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Dia de Floresta em MT pode ajudar a destravar normas para manejo florestal sustentável no país

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Assessoria

 

A realização do Dia da Floresta entre os dias 17 e 21 de junho podem trazer o impacto positivo de destravar o setor, com normas ambientais mais flexíveis pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Na edição deste ano, 38 conselheiros, policiais federais, delegados, promotores e magistrados puderam conhecer de perto o dia a dia do manejo em uma floresta onde as árvores são catalogadas e rastreadas até o funcionamento de uma indústria de beneficiamento de madeira.

Também foi realizado um evento paralelo pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Exporta Mais Brasil – Manejo Florestal Sustentável, que trouxe 10 compradores internacionais que também foram até a floresta ver como funciona o manejo sustentável na prática.

Para a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, o Dia da Floresta é uma oportunidade para demonstrar às autoridades envolvidas no controle dos produtos florestais que o manejo florestal sustentável é uma ferramenta eficaz para promover o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso. Ela destaca que essa prática é a principal economia de 44 municípios diretamente, e beneficia mais de 55 municípios no estado.

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“O manejo garante a manutenção da floresta em pé, com a colheita apenas de indivíduos maduros, transformando esses produtos em diversos insumos como pisos, decks e móveis”, explica.

A ideia do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNBF) em trazer membros do Conama foi fundamental, pois o Poder Executivo cumpre as normas e regras estabelecidas pelo Conama.

“Agora conhecendo o manejo, espero que eles possam ter maior capacidade de trabalhar a revisão das normas que estão no Conama e que são necessárias para que nós modernizemos o manejo florestal sustentável garantindo a continuidade da atividade. Mato Grosso já promoveu uma alteração na legislação estadual que diz respeito ao período de validade da autorização. O objetivo também é que isso possa ser levado para a norma federal e isso traz maior segurança para o empreendedor, que não precisa ficar atrelado a burocracias de renovação de uma autorização, já que não há alteração real em campo, ao mesmo tempo em que melhora o procedimento interno do órgão ambiental, da maior segurança, continua permitindo o controle. É só eliminar uma burocracia para garantir que a gente possa executar com mais tranquilidade o manejo”, disse a secretária.

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) também foi parceira na realização do evento, com aporte financeiro. A superintendente de Agronegócios e Crédito da pasta, Linacis Silva, disse que o apoio do Governo de Mato Grosso é fundamental para mostrar o potencial de sustentabilidade dos planos de manejo florestal.

“É uma atividade comercial responsável, que gera desenvolvimento econômico, emprego e renda. Atualmente, o setor de base florestal em Mato Grosso emprega mais de 12 mil pessoas. A madeira é uma atividade chave para cerca de um terço das cidades do estado, evidenciando a importância do setor florestal para a economia local”.

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Para Mariana Circe, conselheira do Conama e procuradora nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente da Advocacia Geral da União (AGU), a experiência de ter vivenciado o manejo florestal sustentável na prática mostrou de que é possível associar a atividade econômica com meio ambiente e sustentabilidade.

“Tenho expectativas de que isso possa ajudar no trabalho que a gente tem feito de uma advocacia que transforme a Administração Federal num lugar mais sustentável, mais afeito aos desafios das mudanças do clima. Agradeço demais o Fórum e o Cipem porque é tudo maravilhoso. A gente espera que essa experiência possa nos ajudar a fazer com que as políticas públicas espelhem esse tipo de realidade de um desenvolvimento sustentável como a gente acredita que precisa ser”.

Segundo o presidente do FNBF, Frank Rogieri, a principal mensagem deste evento para o mundo é de que a produção florestal brasileira respeita o meio ambiente e lidera a preservação de suas florestas.

O mundo precisa entender que o Brasil é líder mundial de preservação ambiental. Nós temos condições e somos exemplos para vários países do mundo. O setor de madeira, o setor florestal brasileiro, ele agrega muito valor e gera muitos empregos. É uma cadeia muito grande que envolve os extratores, o tratorista, o cortador, o apontador, a pessoa do escritório que faz nota fiscal e a guia florestal, os motoristas de caminhão, a indústria, o setor de prestação de serviços, a fábrica de móveis, a indústria de carrocerias de caminhão, a construção civil, as lojas, varejo, atacado. Temos muito potencial e o Dia de Floresta serve para isso, para mostrar como produzimos com responsabilidade ambiental”.

Assessoria

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Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Veja onde a chuva deve beneficiar o plantio de soja

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Foto: Freepik

A previsão de chuvas para o Rio Grande do Sul nos próximos dias é uma boa notícia para os produtores da soja do estado, que enfrentavam a falta de precipitações. A chegada das precipitações deverá ajudar a melhorar a umidade do solo, que estava abaixo do ideal, o que favorecerá o crescimento das lavouras.

Além do Rio Grande do Sul, estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul também devem receber bons volumes de chuva, com possibilidade de superar 100 mm em cinco dias. No entanto, apesar dos benefícios para a umidade do solo, as chuvas intensas podem dificultar o trabalho no campo.

Plantio da soja avança em Santa Maria

Segundo a Safras & Mercado, na região de Santa Maria (RS), o plantio da soja está em fase inicial, com mais de 60% da área já semeada, conforme dados da Emater/RS. A área total destinada ao cultivo de soja na região é de 1,063 milhão de hectares, com o restante da semeadura programada para as próximas semanas. Até o momento, não há registro de infestação de pragas ou doenças nas plantações de soja. No entanto, alguns municípios, como Capão do Cipó e Tupanciretã, ainda enfrentam dificuldades devido a uma leve estiagem, o que tem retardado o andamento das atividades agrícolas nessas regiões.

Desafios após as enchentes

As enchentes que afetaram o estado em maio deste ano deixaram marcas nas áreas agrícolas, principalmente nas regiões de coxilha e várzea. Nos campos de coxilha, o impacto mais visível foi a erosão do solo, com a formação de valetas e voçorocas, que exigiram o uso de maquinário para restaurar as condições adequadas para o plantio.

Nas lavouras de várzea, os danos foram mais severos. Áreas afetadas por inundação receberam uma camada de lodo e matéria orgânica, que pode ser corrigida com uma ou duas gradagens. Já em outras áreas, os rios e arroios formaram depressões no terreno, dificultando a recuperação, especialmente nas regiões mais próximas aos corpos d’água. Embora algumas dessas áreas não sejam recuperáveis, muitas foram restauradas, permitindo o retorno do cultivo, principalmente o arroz.

Além disso, áreas aterradas pelo transporte de materiais, como areia, pedras e galhos, exigiram grandes esforços dos agricultores para restabelecer as condições produtivas. A recuperação dessas áreas aumentou o custo de produção, uma vez que a fertilidade do solo foi reduzida.

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Serão necessários investimentos elevados em correção de acidez e aplicação de adubos para restaurar a produtividade das lavouras. Esse processo de recuperação pode levar mais de uma ou duas safras, até que as áreas atingidas pelas enchentes retomem um nível de produção similar ao período anterior às cheias.

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Cuidado com o calor: manejo avícola na primavera

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Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente – Foto: Divulgação

 

A primavera traz temperaturas mais altas, um desafio para avicultores. O calor intenso, aliado à baixa umidade, afeta a produtividade das aves, alerta Guilherme Pimenta, analista técnico da MCassab Nutrição e Saúde Animal. Para minimizar os impactos, ajustes no manejo e foco na saúde e eficiência da granja são indispensáveis.

O manejo pré-alojamento é essencial. Limpeza, desinfecção e manutenção preventiva dos aviários, além de um pinteiro bem dimensionado, garantem conforto às aves e reduzem a competição por recursos. O transporte também exige atenção: caminhões equipados e equipes ágeis minimizam o estresse térmico no alojamento.

Durante o alojamento, é crucial controlar as temperaturas da cama e do ambiente, oferecer ar de qualidade e garantir acesso fácil à água e ração balanceada. Essas ações preservam o desempenho produtivo das aves.

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A nutrição adequada é outra estratégia para mitigar o estresse térmico. Ajustes na dieta, com fontes energéticas mais leves, suplementação de vitaminas, probióticos e o uso de óleos essenciais, ajudam a manter o conforto térmico e a saúde das aves, promovendo frescor e melhor função respiratória. Essas práticas tornam a produção mais eficiente, mesmo sob altas temperaturas.

“A adequação das fontes energéticas e ácidos graxos nas dietas ajuda a compensar a baixa ingestão de outros nutrientes, decorrentes da alteração da fisiologia do apetite. Além disso, a menor produção de calor durante a digestão de gorduras, quando comparado às proteínas, contribui para o conforto térmico das aves. A suplementação de vitaminas, minerais, aminoácidos e probióticos em água ou via ração também são boas alternativas para minimizar os impactos do estresse térmico. Outra medida utilizada com sucesso é a administração de produtos à base de óleos essenciais, opção que promove sensação de frescor nas altas temperaturas e ainda melhora a função respiratória das aves”, conclui.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Restrições à pesca durante a piracema visam proteger espécies nativas

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Reprodução

 

A piracema, fenômeno natural que marca a temporada de reprodução de várias espécies de peixes, exige atenção especial de pescadores e autoridades ambientais. A piracema ocorre em todo o território nacional, com variações no período de defeso dependendo das características climáticas e das bacias hidrográficas.

Em estados como Goiás e Tocantins, a restrição vai de novembro a fevereiro, enquanto no Rio Grande do Sul e Santa Catarina começa em outubro e se encerra em janeiro. Em Roraima, devido às peculiaridades da região amazônica, o defeso ocorre de março a junho.

Em Minas Gerais, o período de defeso começou agora em novembro e segue até fevereiro de 2025. Durante esses meses, a pesca de espécies nativas está proibida, com o objetivo de preservar a biodiversidade e garantir a sustentabilidade das bacias hidrográficas.

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A proibição protege espécies como dourado, curimba, mandi e piapara, que dependem de condições específicas para a reprodução. Nesse período, pescadores comerciais e estabelecimentos que comercializam pescado devem declarar seus estoques por meio do site do Instituto Estadual de Florestas (IEF), um procedimento obrigatório para evitar irregularidades.

Leia Também: Exportação de carne bovina deve atingir 35% da produção até o fim do ano
Embora a pesca de espécies nativas seja restrita, é permitida a captura de espécies exóticas e alóctones, como tilápias, tucunarés e carpas, desde que respeitadas as regras de quantidade e equipamentos. Pescadores podem utilizar até cinco varas ou caniços e capturar até três quilos de peixe, além de um exemplar adicional. A licença de pesca, emitida pelas autoridades estaduais ou federais, é obrigatória.

Áreas sensíveis, como lagoas marginais e confluências de rios, têm a pesca totalmente proibida. Em Minas Gerais, locais específicos como trechos do rio Grande e do rio Tijuco, além de reservatórios como o de Nova Ponte, estão entre os protegidos. A legislação prevê multas que variam de R$ 1 mil a R$ 100 mil e até pena de detenção para quem descumprir as normas.

O termo piracema, de origem tupi, significa “subida do peixe” e descreve o esforço dos cardumes em nadar contra a correnteza em busca de locais adequados para desova. Algumas espécies percorrem milhares de quilômetros, enfrentando desafios como cachoeiras e barragens. Essa jornada é crucial para a reprodução e o equilíbrio ecológico das espécies.

Com as mudanças nos habitats e a pressão da pesca predatória, o período de defeso é essencial para a recuperação das populações de peixes e a manutenção dos ecossistemas aquáticos. O respeito às regras da piracema, além de ser uma exigência legal, é um compromisso com a preservação ambiental e o futuro da pesca no Brasil.

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Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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