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Mato Grosso

Justiça Federal reconhece posse legítima de indígenas Sabanê, expulsos do Aripuanã no passado

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A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) deverá publicar no prazo máximo de 60 dias, portaria de constituição do grupo de trabalho que elaborará o Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação das terras dos povos indígenas Sabanê no município de Vilhena, em Rondônia. Por decisão do juiz federal da 5ª Vara, Dimis da Costa Braga, esse grupo também deverá apresentar em Juízo o cronograma de atividades.

A ação determinando o reconhecimento desses direitos fora ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF). Os Sabanê moram atualmente em terras dos Tubarão Latundê e Pirineus de Souza, e aldeias Sowaintê e Capitão Kina, dentro do Parque Aripuanã.

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O juiz comunicou a sentença à Unidade de Monitoramento e Fiscalização das decisões do Sistema Interamericano dos Direitos Humanos no TRF – 1ª Região – e ao Conselho Nacional de Justiça.

Décadas depois de dúvidas (judiciais) e dores (indígenas), a Funai é intimada a solucionar o problema. A situação dessa T.I. vem de longe: desde o Decreto nº 64.860, de 23 de julho de 1969, que criou o Parque Indígena Aripuanã, na região limítrofe entre o Estado de Mato Grosso e o Território Federal de Rondônia. O MPF soube do iminente conflito entre indígenas cinta Larga e Sabanê, por causa da área reivindicada.

Jovens Sabanê na Aldeia Sowaintê, durante a Festa do Abanador (Foto Zinha Silva)

Mais uma reunião aconteceu em 3 de agosto de 2022, no plenário da Câmara de Vereadores de Vilhena, entre a Justiça Federal, lideranças sabanê e cinta larga, policiais federais, servidores da Funai em Vilhena, Cacoal e Juína (MT), a fim de tratar do conflito decorrente da área atualmente ocupada por membros da primeira etnia.

Ponte de madeira e placa identificando a Aldeia Sowaintê, no município de Vilhena (Foto Júlio Olivar)

Segundo o juiz Dimes Braga, no Processo Funai nº 08620.009937/2018-92, que trata da reivindicação fundiária denominada Nambiquara Sabanê, em Vilhena, consta uma declaração da Associação Utixunaty, subscrita pelo presidente Lino sabanê, informando a intenção de seu povo era retornar à “antiga aldeia de origem”, que estaria localizada no interior do Parque do Aripuanã, próxima às cabeceiras dos rios Tenente Marques e Roosevelt.

Junto à referida declaração, em meados de 2022 teria sido encaminhado à Funai Parecer Antropológico e Linguístico denominado “A ocupação dos Sabanê na área dos rios Roosevelt e Tenente Marques”, de autoria dos professores Dr. Edwin Reesink e mestre Gabriel Antunes, da Universidade Livre de Amsterdã (Vrije Universiteit Amsterdam). Esse documento, a exemplo do parecer apresentado anteriormente pelos sabanê, também expõe o contexto histórico da expulsão desse povo das aldeias originalmente ocupadas.

Um olhar esperançoso de netos e bisnetos de indígenas até então injustiçados (Foto Zinha Silva)

A Justiça Federal notou que a direção da Funai teria registrado a reivindicação fundiária dos sabanê em 2005, e através do Memorando 337, de 6 de novembro de 2019, solicitou à Coordenação Regional de Cacoal o preenchimento do Roteiro Básico de Qualificação da reivindicação Nambiquara-Sabanê.

Posteriormente, o processo teria sido remetido à Coordenação de Cuiabá, sob o argumento de que o Povo Nambiquara/Sabanê é assistido por essa Coordenação.

Chamou a atenção do juiz Dimes Braga o fato de que 17 anos depois o procedimento administrativo (Processo Funai nº 08620.009937/2018-92) permaneça na fase denominada de qualificação. “Por si só, isso constitui patente violação dos direitos indígenas consagrados na Constitucional Federal de 1988, bem como na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho, sobre Povos Indígenas e Tribais, internalizada no ordenamento pátrio”, assinalou o magistrado.

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A Funai não reconheceu o conflito entre cinta larga e sabanê, alegando que o pleito ao MPF “seria capaz de impor carga de trabalho muito superior ao suportado pela capacidade técnica e orçamentária disponível.” E ainda, “a impossibilidade de o Poder Judiciário determinar a execução de políticas públicas em razão da separação dos poderes e reserva do possível.”

Hora de resolver

O MPF apresentou réplica. União e Funai agravaram a decisão, e por considerar que todas as preliminares já haviam sido enfrentadas e afastadas, bem como a matéria posta sob apreciação judicial se trata eminentemente de direito, o juiz anunciou o julgamento antecipado da lide, intimando as partes para que se manifestassem em cinco dias.

A Funai apresentou alegações finais no ID 1992436675 pedindo a suspensão do feito alegando “extrema complexidade consistente na disputa territorial entre duas etnias e pediu a remessa ao Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Indígenas.” Para o juiz, os fatos são incontroversos: “As divergências orbitam no campo jurídico, o processo está maduro. Todas as preliminares foram enfrentadas e afastadas.”

Juiz Federal Dimes da Costa

O juiz concluiu que cabe à Funai analisar os pedidos das comunidades indígenas, “ainda que venha concluir pela inexistência de tradicionalidade das terras. O que não pode é ignorar referido pleito.”

Qualquer omissão não encontra justificativa razoável em suposta ausência de recursos públicos ou prioridade na execução de outros serviços.

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Vínculo à região atestado por jornalista

(…) “A ocupação dos Sabanê na área dos rios Roosevelt e Tenente Marques”, de autoria dos Professores Dr. Edwin Reesink e Me. Gabriel Antunes, da Universidade Livre de Amsterdã (Vrije Universiteit Amsterdam), o qual, assim como o parecer apresentado anteriormente pelos sabanês, também expõe o contexto histórico da expulsão povo Sabanê das aldeias originalmente ocupadas por eles na região compreendida entre os rios Roosevelt e Tenente Marques. Logra-se encontrar na imprensa e na cultura popular vários registros históricos em torno da importância e da vinculação histórica do Povo Nambiquara-Sabanê à região. Tomo como exemplo textos lítero-jornalísticos do escritor e jornalista Júlio Olivar, membro da Academia Rondoniense de Letras, destacado pesquisador da história e da cultura rondoniense e especialmente vilhenense, de cuja municipalidade exerceu a pasta da Educação, mesma que assumiu no próprio Estado de Rondônia, assim como a de Turismo.”

“Às margens do lendário Rio Roosevelt – por onde passaram em 1914 o ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, acompanhado pelo militar Cândido Rondon e sua comitiva – está a comunidade indígena Sowaintê, dos indígenas Sabanê: são 18 famílias e 52 pessoas que vivem nessas terras. Localizada a 70 km do centro de Vilhena, a comunidade indígena fica no Parque Indígena Aripuanã — área com 2,7 milhões de hectares, em que moram diversas etnias de Rondônia e do Mato Grosso, além dos Sabanê.”

Última foto do líder Antônio Sabanê, morto por picada de cobra. Ele é citado na sentença. (Foto Júlio Olivar)

O termo Sabanê foi mencionado pela primeira vez em 1914 em um relatório do general Cândido Mariano da Silva Rondon, responsável pela construção da linha de telégrafo na região e líder da Expedição Científica Rondon-Roosevelt.
O acesso à comunidade indígena é difícil; em vários trechos da estrada, dominam os ‘areões’. Às margens dos caminhos que levam aos povos indígenas, veem-se muitas belezas naturais, gado, sítios, mas também latifúndio, devastação e queimada. O bioma é o de cerrado, com características de savana e de transição para o campo e a Floresta Amazônica.”

O indígena mencionado nessa notícia veio a falecer vítima de picada de uma cobra surucucu-pico-de-jaca, após voltar a viver na Floresta, como registra a reportagem. Em outra reportagem, menciona-se as consequências de os indígenas não gozarem o direito à propriedade coletiva: Muitos indígenas hoje vivem nas cidades e se desconectaram de seus modos de vida genuínos. São os chamados desaldeados –centenas deles.

Conforme o testemunho do jornalista Júlio Olivar há também quem faça o caminho inverso: caso de um funcionário da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que trabalhou durante 22 anos como agente na instituição. Antônio Sabanê nasceu em 1968 na antiga Vila Vilhena, no núcleo urbano que na época era um distrito pertencente a Porto Velho e com uma população incipiente.

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Desde 1912

Júlio Olivar aponta o reconhecimento da existência dos povos Nambiquara-Sabanê desde a passagem em 1912 de Edgard Roquette-Pinto (primeiro a nomear a antiga porção noroeste do antigo Estado do Mato-Grosso como Rondônia [Terras de Rondon], que gravou áudio da canção do povo indígena.

Além dos áudios inéditos, Roquette-Pinto publicou algumas referências a esse povo em 1917 no livro Rondônia / Anthopologia – Ethnografia.

O juiz incorporou aos autos as informações publicadas pelo jornalista.

A canção veio a ser reproduzida em partitura de Heitor Villa-Lobos, por ele nomeada, pouco depois, em 1919, Nanzani-Ná, interpretada pela cantora paulista Helena Pinto de Carvalho (1908/1937). Ela era muito próxima ao principal nome da música clássica brasileira, o carioca Heitor Villa-Lobos (1887/1959).

Em 1932 ela apresentou um show sofisticado na Capital de São Paulo em que interpretou, entre outras músicas, algumas consideradas de “vanguarda da retaguarda” [inovadoras, porém com raízes na história do Brasil] pelo caráter experimental pugnado pelos modernistas: Sodade, cantiga de roda de Mário de Andrade; e Nanzani-Ná.

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No entanto, esse aspecto pouco foi divulgado, principalmente entre os indígenas. Villa-Lobos produziu arranjos para uma música genuína recolhida junto ao povo da etnia Pareci da linhagem Aruaque. “Também grafados como Paresí, esses indígenas estão vinculados à formação de Mato Grosso, cujo nome nos tempos dos bandeirantes paulistas era Mato Grosso dos Parecis”, explica Olivar.

Um guia Nambikwara

A Serra dos Parecis, onde se encontra boa parte do Sul de Rondônia, também faz alusão a eles. Olivar lembra que diversos indígenas foram telegrafistas treinados pela Comissão Rondon e atuaram nos postos que deram origem ao atual Estado de Rondônia. Até 1943 a região era parte integrante do território mato-grossense.

Em outra publicação, Olivar revela: no dia 13 de abril de 2024, em Belo Horizonte (MG), Moema Dequech, filha e herdeira do legado do explorador Vitor Dequech – falecido aos 95 anos em 2011 – apresentou o livro Victor Dequech e a Expedição Urucumacuã – A história de um brasileiro visionário. Nesse trabalho ela relata a expedição do pai, cujo guia era, naturalmente, um indígena nambiquara.

Médico legista, professor, escritor, antropólogo, etnólogo e ensaísta brasileiro Edgard Roquette-Pinto: conhecedor da geografia e dos povos indígenas desde o velho Matto Grosso (Foto Memória Abert)

O juiz menciona a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre Povos Indígenas e Tribais, internalizada no ordenamento jurídico pátrio, bem como à própria Convenção Americana sobre os Direitos Humanos, no que tange à garantia dos povos indígenas ao direito de gozar de suas propriedades tradicionais coletivas, e outros correlatos.

Dimes da Costa pede a finalização e apresentação em Juízo, do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação das áreas tradicionalmente ocupadas pelos indígenas Sabanê, no prazo máximo de 365 dias, a contar da data da publicação da Portaria de designação do Grupo de Trabalho.

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“A União deverá suportar solidariamente todas as despesas necessárias para atendimento dos comandos dispostos sob pena de multa diária no valor de R$ 2.000,00, a se iniciar no dia seguinte ao encerramento de cada prazo estipulado.

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Mato Grosso

Mutirão da Cidadania leva serviços e benefícios sociais aos distritos de Ouro Branco e Colorado do Norte

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Durante os dois dias de ação, foram oferecidos diversos serviços para a população – Foto por: João Reis

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) realizou, entre os dias 10 e 11 de junho, mais duas edições do Mutirão da Cidadania, desta vez nos distritos de Ouro Branco e Colorado do Norte, no município de Nova Canaã do Norte. A iniciativa, idealizada pela primeira-dama Virginia Mendes e promovida em parceria com a prefeitura, levou serviços essenciais, benefícios sociais e acolhimento às famílias em situação de vulnerabilidade.

Durante os dois dias de ação, foram oferecidos atendimentos como emissão de segunda via de certidões (nascimento, casamento e óbito), plastificação de documentos, foto 3×4, orientações sobre os cursos do SER Família Capacita, atendimentos relacionados ao SER Família Habitação, orientações da Van Rosa do SER Família Mulher, emissão da Carteira de Identificação do Autista (CIA), além de palestras sobre bullying e cyberbullying nas escolas dos distritos, atendimentos do Procon e informações gerais sobre os programas do SER Família.

Foto: João Reis | Setasc-MT

A primeira-dama Virginia Mendes reforçou o compromisso do Governo do Estado em levar cidadania e dignidade às comunidades mais distantes.

“Sabemos das dificuldades que muitas famílias enfrentam, especialmente nas áreas mais afastadas. Por isso, o Mutirão da Cidadania é tão importante. Estamos levando serviços essenciais e acolhimento para quem mais precisa. Ver o retorno positivo das comunidades é o que nos motiva a continuar”, destacou.

Além dos atendimentos, o mutirão garantiu a entrega de 480 cestas básicas com kits de higiene, 120 filtros de barro, 400 cobertores, 200 brinquedos e 200 kits de guloseimas. Os itens proporcionaram mais dignidade e conforto para as famílias beneficiadas, fortalecendo o compromisso do Governo de Mato Grosso com a inclusão social e o bem-estar da população.

Foto: João Reis | Setasc-MT

Morador do Distrito Ouro Branco, Claudemir Martins Noronha aproveitou a oportunidade para atualizar o Cadastro Único e buscar uma vaga de emprego por meio do Sine-MT.

“Busquei o Sine a procura de uma oportunidade como motorista. Estou desempregado há um tempo. Aproveitei o mutirão também para atualizar o Cadastro Único. É a oportunidade que temos com todos os serviços disponíveis e o atendimento está sendo muito bom. Facilita bastante para a população”, afirmou.

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Foto: João Reis | Setasc-MT

Também no Distrito Ouro Branco, dona Adelaide Regina de Lima, moradora há 15 anos, recebeu cesta básica, kit de higiene e cobertor. Vivendo sozinha e sem renda fixa, ela ressaltou a importância da ação.

“Essa ajuda é muito boa, Deus abençoe vocês todos. Só moro eu e Deus, e essa cesta com o kit de higiene e o cobertor me ajudaram bastante. A gente vive com 600 reais, que não dá para custear todas as despesas. Tem que pagar casa, comida, gás, conta de energia elétrica. Então isso aqui é uma bênção. A primeira-dama Virginia Mendes me ajudou muito, que Deus abençoe ela também”, disse emocionada.

O secretário da Setasc, Klebson Gomes Haasgma, destacou a importância de ações que descentralizam os serviços e levam dignidade a quem mais precisa.

“O Mutirão da Cidadania é mais do que uma entrega de benefícios, é uma ponte entre o Estado e a população vulnerável. Ao estarmos presentes nos distritos, estamos ouvindo, acolhendo e garantindo acesso a direitos básicos que muitas vezes são difíceis de alcançar. Essa proximidade faz toda a diferença na vida das pessoas e reforça o compromisso do Governo de Mato Grosso com uma assistência social mais humana, eficiente e inclusiva”, reforçou.

O prefeito de Nova Canaã do Norte, Vinicius Oliveira, celebrou a realização do Mutirão da Cidadania nos distritos de Ouro Branco e Colorado do Norte, destacando a importância da ação para as comunidades mais distantes da sede municipal.

“Essa parceria com o Governo do Estado, com o apoio do nosso governador Mauro Mendes e da primeira-dama Virginia Mendes, é fundamental. Sozinho o município não consegue alcançar todas as demandas, principalmente das regiões mais afastadas. A população está muito satisfeita com os atendimentos e com a entrega das cestas, kits de higiene, brinquedos e cobertores. É um momento de muita alegria e acolhimento para todos nós”, afirmou o prefeito.

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Foto: João Reis | Setasc-MT

No Distrito Colorado do Norte, os serviços também foram muito bem avaliados pelos moradores. Ivanete dos Reis Cruz participou da ação em busca de documentos e informações sobre habitação.

“Vim atrás da segunda via da certidão de nascimento e para saber mais sobre o programa de moradia. Achei ótimo. Muita gente não tem essa informação e aqui tivemos tudo de forma gratuita. Sou muito grata à primeira-dama Virginia Mendes por fazer isso pela nossa comunidade”, destacou.

Tallya Letticia dos Santos Lopes, também de Colorado do Norte, participou pela primeira vez da ação e elogiou os serviços ofertados.

“Achei tudo muito interessante, principalmente por trazerem esses atendimentos até nós, que moramos longe da cidade. Os brinquedos para as crianças foram ótimos, e a cesta básica com o kit de higiene ajudou muito. Nem sempre temos condições de comprar tudo o que precisamos. Quero agradecer a Deus e à dona Virginia. Foi uma grande ajuda para a nossa comunidade”, disse.

Com uma atuação que une cidadania, solidariedade e acesso a direitos, o Mutirão da Cidadania reforça o papel do Estado em transformar realidades e levar dignidade a todos os cantos de Mato Grosso.

Foto: João Reis | Setasc-MT

Layse Ávila | Setasc-MT
Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Mato Grosso

Seciteci prorroga prazo de inscrições de processo seletivo com 1.160 vagas para cursos técnicos

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Candidatos podem se inscrever através do inédito sistema da Seciteci – Foto por: Ascom Seciteci

A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) prorrogou o prazo de inscrições do processo seletivo para cursos técnicos que serão realizados gratuitamente em 15 Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) de Mato Grosso. Os interessados nas 1.160 vagas poderão se inscrever até o próximo domingo (15.6) por meio do Sistema Gestor de Concursos (SGC) (inscreva aqui).

Com a prorrogação, os candidatos terão mais três dias para se inscrever. A inscrição se encerraria nesta quinta-feira (12.6). O candidato que quer acessar as vagas disponibilizadas para cotas raciais também terá até o próximo domingo (15.06) para se inscrever e enviar os documentos para verificação das autodeclaração de preto ou pardo.

Podem participar do processo seletivo quem já concluiu ou para quem está cursando o Ensino Médio. As aulas serão realizadas no período noturno nas Escolas Técnicas Estaduais (ETECs), localizadas nos municípios de Água Boa, Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Campo Verde, Cuiabá, Diamantino, Juara, Lucas do Rio Verde, Matupá, Poxoréu, Primavera do Leste, Rondonópolis, Tangará da Serra e Várzea Grande.

Os candidatos poderão escolher cursar gratuitamente uma das 16 opções de cursos técnicos: Administração, Agricultura, Agroindústria, Agropecuária, Agronegócio, Análises Clínicas, Contabilidade, Edificações, Enfermagem, Farmácia, Guia de Turismo, Informática, Logística, Manutenção de Máquinas Industriais, Segurança do Trabalho e Zootecnia.

No site da Seciteci, há o manual para realizar inscrição para os candidatos de ampla concorrência e para os das ações afirmativas. Das vagas disponíveis, 60% são destinadas a candidatos que se enquadram nos critérios de ações afirmativas, assegurando prioridade de ingresso para estudantes negros (pretos e pardos), indígenas, pessoas com deficiência (PcD) e oriundos de escolas públicas.

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Mais informações sobre os documentos necessários para inscrição em cada categoria, inclusive os procedimentos específicos para a verificação da autodeclaração racial e da condição de deficiência estão descritos no edital do processo seletivo disponível no site oficial da Seciteci (www.secitec.mt.gov.br).

Julianne Caju | Seciteci-MT
Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]
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Mato Grosso

Unemat divulga obras literárias e data preliminar do Vestibular

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Unemat

 

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) realizará vestibular próprio no segundo semestre de 2025, para ingresso no período letivo 2026/1. As provas serão no dia 30 de novembro de 2025.
Os interessados devem acompanhar o site e as redes sociais oficiais da Unemat, onde o edital será divulgado assim que for publicado.
Para acessar a página oficial da Unemat no Facebook, clique aqui.
Para acessar o perfil oficial da Unemat no Instagram, clique aqui.

Obras literárias 

A Diretoria de Concursos e Vestibular (Covest) também anunciou a lista de livros para o Vestibular 2026/1. Confira abaixo:
A dança do jaguar, de Tereza Albues
Eu sou Macuxi e outras histórias, de Julie Dorrico
Jardim de ossos, de Marli Walker
Laços de família, de Clarice Lispector
Nação crioula, de José Eduardo Agualusa
Úrsula, de Maria Firmina dos Reis

Segundo semestre de 2025

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O ingresso no segundo semestre de 2025 é feito pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação (MEC), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano anterior e publicou a segunda chamada na terça-feira (10).
Em breve, a Universidade abrirá inscrições para a Seleção Especial para preenchimento das vagas que não foram ocupadas pelo Siisu. Os interessados devem acompanhar o site e as redes sociais oficiais da Unemat, onde a Seleção Especial será divulgada assim que for publicada.

Nataniel Zanferrari | Unemat

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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