Agricultura
Corteva Agriscience anuncia o lançamento de LumiTreoTM, fungicida para tratamento de sementes
Divulgação
*Inovação chega para auxiliar o sojicultor brasileiro no controle das principais doenças iniciais da cultura, já na safra 2024/25
*LumiTreoTM possui três ingredientes ativos para tratamento de sementes com fungicida, potencializando o vigor e a produtividade na cultura da soja, além do controle de doenças
A Corteva reforça seu portfólio no Brasil com o lançamento de LumiTreoTM, fungicida para tratamento de sementes. O produto atua no manejo do complexo de doenças iniciais que afetam a cultura da soja, como podridão, tombamento e murchamento, auxiliando as cultivares a alcançar todo o seu potencial durante seu ciclo.
A nova solução associa a confiabilidade da Corteva à sua expertise em tecnologia aplicada a sementes para promover melhores resultados no campo.
“Com processos de desenvolvimento avançados e testes rigorosos, LumiTreo™ é mais uma inovação que fortalece o trabalho do agricultor brasileiro e a produtividade da sua lavoura por proteger seu principal bem: a semente. O produto tem amplo espectro de controle, não causa fitotoxidade e pode preservar a reserva inicial das plantas de soja”, ressalta Diego Rorrato, Líder de Produto de Tratamento de Sementes da Corteva Agriscience para o Brasil e Paraguai.
Testes para analisar a eficácia do produto foram realizados no Centro de Tecnologia para Tratamento de Sementes (CSAT) da Corteva em Formosa (Goiás), o primeiro da empresa na América Latina e segundo no mundo, que oferece conhecimento e serviços para potencializar a produção e investimento dos multiplicadores, marcas internas e produtores.
A solução conta com uma formulação inovadora, com três ingredientes ativos: oxatiapiprolina, picoxistrobina e ipconazol, sendo os dois primeiros novos em tratamento de sementes de soja. A tecnologia de formulação dos três ativos torna o produto uma ferramenta robusta e efetiva para o gerenciamento da resistência. “Com isso, as sementes de soja melhor mantêm suas características intrínsecas, favorecendo o estabelecimento do estande e, consequentemente, maior potencial produtivo”, explica Rorrato, ressaltando que a produtividade e rentabilidade dependem de fatores como condições de clima, solo, manejo, entre outros.
Com bula para cinco doenças da cultura da soja, LumiTreoTM, fungicida para tratamento de sementes, atua – desde a semente – no controle de podridão radicular e tombamento (Rhizoctonia solani); podridão vermelha da raiz (Fusarium pallidoroseum); antracnose por transmissão via sementes (Colletotrichum truncatum); podridão seca e fungo típico de sementes (Phomopsis sojae) e podridão radicular de fitoftora e oomiceto (Phytophthora sojae).
Modo de ação
O produto é absorvido pela semente e translocado pelo sistema radicular e pela parte aérea das plantas durante os primeiros estágios de desenvolvimento. A recomendação é sempre seguir as instruções específicas fornecidas na bula para melhores resultados. A inovação já é registrada nos Estados Unidos e Canadá.
Estudos de campo
Nos últimos cinco anos, durante o processo de pesquisa e desenvolvimento de LumiTreoTM, fungicida para tratamento de sementes, foram realizados ensaios de campo em 15 regiões do Brasil. Nos testes voltados ao controle de podridão e tombamento da soja, o produto proporcionou aumento no vigor da planta, que já foi observado desde o seu florescimento.
O produto foi aprovado pelas agências reguladoras federais no Brasil e pelas agências estaduais em São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Rondônia, Roraima, Alagoas, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Paraíba, aguardando aprovação de registro nos demais estados onde o produto será comercializado.
Sobre a Corteva
A Corteva, Inc. (NYSE: CTVA) é uma empresa global agrícola que combina inovação e liderança do setor, elevado envolvimento com o cliente e execução operacional para fornecer soluções lucrativas para os principais desafios agrícolas do mundo. A Corteva gera preferência de mercado vantajosa por meio de sua estratégia de distribuição, junto com seu mix equilibrado e globalmente diversificado de sementes, proteção de cultivos, produtos digitais e serviços. Com algumas das marcas mais reconhecidas na agricultura e um pipeline de tecnologia bem posicionado para impulsionar o crescimento, a empresa está comprometida em maximizar a produtividade dos agricultores, enquanto trabalha com stakeholders em todo o sistema alimentar, cumprindo sua promessa de enriquecer a vida daqueles que produzem e consomem, garantindo o progresso das próximas gerações. Mais informações disponíveis no site da Corteva.
Para mais informações:
InPress Porter Novelli
Júlia de Almeida Sirvente
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
MT Clima e Mercado encerra a segunda semana de viagens, percorrendo mais de 2 mil km nas regiões sul e leste do estado
Foto: Leandro Andrade – Aprosoja MT
Na terceira temporada da série Mato Grosso Clima e Mercado, a equipe da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) percorreu mais de 2 mil quilômetros nas regiões sul e leste do estado, visitando oito cidades e propriedades rurais. Foram realizadas 12 entrevistas com produtores e delegados, que compartilharam suas experiências.
A primeira cidade visitada foi Campo Verde, onde o produtor André Pezzini explicou que o atraso das chuvas em outubro fez com que alguns produtores deixassem talhões sem plantar, adiando o cultivo para a próxima safra. “As operações tiveram que ser feitas de forma mais rápida, desde a aplicação de pré-emergentes, dessecação e a própria semeadura. Tiveram que ser feitas praticamente em tempo recorde”, contou ele.Ele mencionou que, ao plantar a soja mais tarde, o milho safrinha também será plantado mais tarde, o que pode afetar a próxima safra. Por isso, é crucial encerrar a safra atual corretamente, com atenção aos prazos.
Deniz Krampe, produtor e delegado de Alto Garças, explicou que a região enfrentou atraso nas chuvas e uma estiagem severa, o que gerou preocupação entre os produtores. “Na verdade, aqui a gente teve praticamente seis meses de seca. Ela secou muito, até as pastagens”.
Conforme o delegado e produtor de Itiquira, William Rietjens, alguns produtores tiveram uma semana de atraso no plantio, enquanto outros enfrentaram 15 a 20 dias de atraso devido à estiagem e chuvas localizadas. “Os que tiveram 15 dias de atraso provavelmente terão mais problemas na condução da lavoura. Pragas e o momento de fazer o milho vão atrasar demais”, detalhou.
Em Juscimeira, o produtor Lucas Pasqualotto contou que a falta de chuva esperada em setembro atrasou o plantio para outubro, o que pode afetar a safrinha do milho. “O problema está sendo o milho safrinha, que teve a janela encurtada. Aqui na propriedade, tivemos uma redução de 30% na produção de milho safrinha”, apontou Pasqualotto.
No município de Primavera do Leste, o produtor Caio Cesar Anton destacou que a preocupação é com a safrinha de milho, pois o atraso no plantio representa um risco devido à diminuição do período de chuvas. “Com esse atraso, acaba se tornando um risco para a gente, pois nosso período de chuvas vai diminuindo e as portas vão se fechando”, acrescentou Caio Cesar.
Delegado e produtor em Paranatinga, Jean Marcell Benetti, explica que o atraso nas chuvas prejudicou o plantio da soja, afetando a janela para o milho. “Esse atraso vai dificultar ainda mais a safrinha de milho aqui. Muitos produtores já desistiram de plantar milho safrinha no ano passado, e eu sou um deles. Este ano, já estamos quase desistindo de novo e muitos estão buscando culturas alternativas, como o gergelim, que tem se destacado bem no Vale do Araguaia”, acrescentou Benetti.
Em Gaúcha do Norte, Valdomiro Schulz explicou que será necessário terminar o plantio da safrinha de milho até o meio de fevereiro, o que encurtou a janela de plantio. Ele também destacou que a logística será um problema em 2025.
“Como o plantio começou mais tarde, as operações serão aceleradas para garantir a safrinha. A colheita vai acontecer no mesmo período e isso causará fila nos armazéns, porque temos apenas duas empresas que compram o nosso grão”, disse Schulz.
Em Nova Xavantina, delegado coordenador e produtor da cidade, Bruno Tolotti, destacou que o atraso no plantio afetará a cultura da segunda safra, como já ocorre com outros produtores. “Alguns agricultores na região e no município precisaram replantar parte ou grande parte de suas áreas, e aí o prejuízo é grande, pois o custo da soja está muito elevado. Com o replantio, a situação se torna ainda mais complicada”, concluiu ele.
A série Mato Grosso Clima e Mercado continuará a percorrer o estado, a partir do dia 9 de dezembro para a terceira semana da terceira edição, percorrendo as regiões leste e oeste do estado, a fim de entender as realidades e dificuldades enfrentadas pelos produtores.
Leiagora
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Finalistas do prêmio ‘CNA Brasil Artesanal de Mel’ participam de congresso
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Sebrae por meio do programa Juntos Pelo Agro, marca presença no XXIV Congresso Brasileiro de Apicultura e Meliponicultura (Conbrapi).Realizado de 27 a 30 de novembro, em Aparecida (SP), a confederação contou com a participação de seis produtores rurais finalistas do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2024.
Os finalistas do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2024 têm a oportunidade de expor e comercializar seus produtos na Feira de Negócios do XXIV Congresso Brasileiro de Apicultura e Meliponicultura (Conbrapi), que reúne especialistas, apicultores, meliponicultores e empresas do setor, além de oferecer workshops, palestras e exposições.
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Para Kalinka Koza, assessora técnica da CNA, o evento é uma plataforma única para troca de conhecimentos e fortalecimento da cadeia produtiva do mel no Brasil. Ela destaca que a participação dos produtores vai além da comercialização, proporcionando contato com inovações do setor.
Na categoria mel claro, os finalistas são Nivaldo Alves da Silva (Apiário Sul de Minas), Verno Luis Luneburger (Apiário Três Coqueiros) e Joaquim Ribeiro de Oliveira (ApisBC). Iara da Silva Marinho, do ApisBC, enfatiza a importância da visibilidade adquirida por pequenos produtores no evento.
Nivaldo Alves da Silva, do Apiário Sul de Minas, observa que o prêmio aumentou a visibilidade de seus produtos e ajudou a fortalecer sua marca. Ele destaca que o Congresso oferece uma oportunidade valiosa para estreitar relações com apicultores de todo o Brasil e impulsionar o negócio.
Na categoria mel escuro, os finalistas incluem Validinei da Conceição (Associação dos Apicultores da Agricultura Familiar de Corumbá Florada Pantaneira), Thiago Tineli (Apicultura Tineli) e Jaime Venturin (Apicultura Venturin). Caroline Maciel da Costa, representante da Apicultura Venturin, afirma que eventos como o Conbrapi são essenciais para divulgar o mel de Melato de Bracatinga e ampliar os negócios. “As palestras científicas e as oportunidades de networking são essenciais para nosso desenvolvimento”, destaca.
A participação dos produtores no Conbrapi é viabilizada pelo programa Juntos Pelo Agro, que apoia o desenvolvimento do setor rural e fortalece o ambiente de negócios do agronegócio brasileiro. A iniciativa tem sido fundamental para conectar os produtores a novos mercados e divulgar seus produtos em todo o Brasil e no exterior.
O Prêmio CNA Brasil Artesanal visa valorizar os pequenos e médios produtores rurais e reconhecer a qualidade e tradição em suas produções. Desde 2019, o concurso tem promovido diversas categorias de alimentos artesanais, como chocolates, queijos, cachaças, salames, mel e outros produtos, com o objetivo de impulsionar a profissionalização e agregar valor à produção rural.
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Agricultura
Pescadores artesanais pedem apoio para enfrentar crises climáticas e desigualdades
Foi a avó que ensinou Rita de Cássia da Silva a pescar, aos 7 anos de idade. No cenário paradisíaco da Praia de Macau, no Rio Grande do Norte, aprender o ofício dos mais velhos significa a transmissão de um saber ancestral, mas também uma “necessidade”. “A gente era muito pobre. Ela não tinha como me deixar sozinha”, lembra.
Embora o mar a encante e seja um saber passado pelas gerações, não há motivo para romantizar a atividade. Tanto que também foi a fome que fez o marido de Rita ir para o mar em uma noite de lua cheia, no ano de 1993, para tentar o sustento da família. Ele não sabia que era uma área de empresários que mantinham viveiros de camarões.
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“Meu marido tomou um tiro do vigia da empresa e depois faleceu”. Ele não queria roubar nada de ninguém. Mas o sangue e a dor nas águas mostraram para a família que o mar não era deles, como sonharam.
Grito da pesca artesanal
Quem trabalha com a pesca artesanal sabe que são necessárias mais condições, garantias de direitos e políticas públicas para que o mar não seja tão revolto. Inclusive, nesta semana, em Brasília, pelo menos 800 trabalhadores da pesca de 18 estados fizeram uma série de discussões para pedir mais atenção para a categoria, no evento “Grito da pesca artesanal”.
A proposta foi discutir com órgãos governamentais e outras entidades as violações de direitos, regularização das comunidades tradicionais e os impactos das mudanças climáticas nas comunidades pesqueiras.
No caso de Rita, hoje aos 45 anos de idade, a vida dela passa por uma canoa com rabeta a motor de 6 metros de comprimento, onde percebe que outros desafios se colocaram sobre as ondas. “A mudança do clima é nítida. Hoje é muito mais quente e existem, por exemplo, muito menos anchovas, tainhas e xaréus [peixes que eram mais comuns naquela região]”.
Se os períodos de estiagem prejudicam a pesca no litoral potiguar, foram as enchentes que impactaram os pescadores da Ilha dos Marinheiros, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Viviane Machado Alves, de 44 anos de idade, atua na região do Estuário da Lagoa dos Patos, uma região de lago onde trabalham mais de 4,8 mil pescadores, desde os 20 anos de idade.
Ela lamenta que da ilha para o estuário não há mais ponte, destruída pelas enchentes do primeiro semestre. Ela denuncia que a comunidade está com dificuldades de acesso a benefícios, reconstrução de casas e também autorização para que possam pescar em uma área maior.
Para quem pesca no Rio São Francisco, como o mineiro João Batista da Silva, de 50 anos de idade, nascido e criado na comunidade quilombola Caraíbas, de Pedras de Maria da Cruz, as mudanças climáticas e a poluição do Velho Chico desanimam as 40 famílias que vivem das águas. “Temos sentido muito a falta do surubim, do pacamão e do curimatã. Antes era muito diferente”, disse.
“O rio nunca mais voltou a ser o mesmo”, garante o trabalhador que criou nove filhos com a atividade no rio. A pesca é para sustento das famílias e também para comercialização no centro da cidade, que fica a 12 quilômetros de distância da comunidade quilombola. Ele enfatiza que as atividades deles são de proteção ambiental, e que, por isso, recebe ameaças de violência. Tanto que atualmente está em programa de proteção governamental.
Essa é uma preocupação da Pastoral dos Pescadores e Pescadoras, que busca apoiar as comunidades na preservação e proteção das áreas. De acordo o secretário de Economia Solidária da entidade, Marcelo Apel, as ações da pastoral têm a intenção de prestar suporte aos trabalhadores para minimizar as desigualdades e a histórica escassez de políticas públicas.
Programa de apoio aos pescadores
O secretário Nacional de Pesca Artesanal do Ministério da Pesca e Aquicultura, Cristiano Ramalho, reconhece que existe um déficit histórico de políticas públicas voltadas ao atendimento a essas comunidades pesqueiras.
Segundo ele, o governo federal tem apoiado que os trabalhadores façam denúncias por mais direitos. “O pedido das comunidades pesqueiras artesanais, quando envolve temas de conflitos, é um tema muito caro às comunidades. Da mesma forma, em relação às questões de poluição e mudanças climáticas. A gente aciona órgãos estaduais quando compete dentro do pacto federativo”.
Ele lembrou que, no ano passado, o governo lançou o programa Povos da Pesca Artesanal, que busca uma articulação de diferentes ministérios e parcerias com diferentes âmbitos de governo, incluindo saúde.
“É uma ação direta com apoio à juventude da pesca artesanal, com bolsas de estudo, fortalecimento da cadeia produtiva da pesca artesanal e combate ao racismo ambiental. A gente tem feito isso com orçamentos diretos com a construção do primeiro Plano Nacional da Pesca Artesanal”.
Ele defende a necessidade de reforçar a política de estado para uma categoria que necessita de apoio e está em vulnerabilidade.
Atualmente, segundo o secretário, são cerca de 1,2 milhão de pessoas que trabalham na atividade, sendo que 80% delas concentradas no Nordeste e no Norte do Brasil. É uma população em sua maioria de homens negros e negras.
O programa do governo vai ao encontro de enfrentar uma das expressões da desigualdade histórica do Brasil, afirmou Cristiano Ramalho.
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