Conecte-se Conosco

Agricultura

Controle da Cigarrinha das Raízes: estratégias para minimizar perdas durante período chuvoso quando praga se prolifera nos canaviais

Publicado

em

O início das chuvas, previsto para setembro, cria um ambiente favorável para o ataque da Cigarrinha, resultando em perdas significativas de produtividade e qualidade do açúcar – lavoura de cana-de-açúcar

 

 

Com a aproximação do período chuvoso, que começa em setembro e vai até meados de abril em algumas regiões do Brasil, produtores de cana-de-açúcar devem se preparar para enfrentar um desafio significativo: a Cigarrinha das Raízes (Mahanarva spp). Desde o início dos anos 2000, essa praga tem se mostrado um problema crescente, podendo reduzir a qualidade do açúcar (ATR) em até 30% e causar perdas de produtividade (TCH) de até 80% por hectare.

O início das chuvas estimula a brotação das novas canas e cria condições ideais de temperatura e umidade para a proliferação das Cigarrinhas. Esse ambiente favorável permite que a praga ataque o sistema radicular das canas jovens, resultando em perdas consideráveis e potencialmente irreversíveis na produção do canavial.

Publicidade

A pesquisadora científica do Centro de Cana do Instituto Agronômico, Leila Luci Dinardo-Miranda, destaca a gravidade da situação: “A Cigarrinha é uma praga de grande importância que se torna mais agressiva no período chuvoso. Algumas variedades de cana são extremamente suscetíveis, resultando em quedas significativas na produtividade e na qualidade do açúcar. Os danos causados afetam tanto o volume quanto o teor de açúcar na planta”.

Embora os agricultores e usinas tenham adotado diferentes estratégias para o controle da Cigarrinha, incluindo o uso de biológico, os inseticidas químicos continuam desempenhando um papel crucial no combate da praga. Recomenda-se o uso de uma matriz de manejo que considere a suscetibilidade das variedades de cana e o porte da planta no momento do ataque. “Produtos com diferentes modos de ação são essenciais para o manejo de resistência. Quando uma dessas moléculas age sobre ovos, pode diminuir a população não apenas para o ciclo atual, mas também para o próximo”, explica a pesquisadora.

A IHARA, empresa de pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrícolas, reforça a importância de rotacionar os produtos para prevenir o desenvolvimento de resistência. “O uso contínuo de um mesmo inseticida pode levar ao surgimento de populações resistentes, tornando essencial a rotação de produtos para manter a eficácia do controle. O inseticida Maxsan se destaca por seu desempenho e capacidade de integrar-se a um programa de rotação de inseticidas, contribuindo para um controle eficiente da Cigarrinha”, afirma o engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Iuri Cosin.

Leila acrescenta: “a IHARA, assim como outras empresas, tem introduzido novas moléculas no mercado para o controle tanto de Cigarrinhas quanto de Sphenophorus. Isso é interessante porque oferece ao produtor opções para rotacionar os ingredientes ativos no campo, reduzindo a possibilidade de surgimento de populações mais resistentes aos inseticidas.”

Importância do controle eficiente e manejo sustentável

Publicidade

Para garantir a saúde dos canaviais e a rentabilidade da safra, a IHARA enfatiza a importância de um controle eficaz das Cigarrinhas, especialmente durante o período chuvoso. O inseticida Maxsan, com seu desempenho comprovado, é uma ferramenta essencial para os produtores que buscam mitigar os impactos da praga e proteger suas lavouras.

cana-de-açúcar

“Com o Maxsan, os produtores podem enfrentar de forma mais eficaz os desafios impostos pela Cigarrinha das Raízes, pois se trata de um produto completo com efeito de choque sobre as ninfas e um efeito ovicida exclusivo. A solução não apenas reduz o número de ovos depositados pelas fêmeas, mas também evita a eclosão desses ovos. Com uma formulação altamente sistêmica e um duplo mecanismo de ação – sistêmico e translaminar – essa tecnologia controla todas as fases da praga com eficiência”, ressalta Cosin.

A aplicação do Maxsan pode ser feita, de preferência, direcionando o jato para ambos os lados da linha de plantio de forma a distribuir 70% da calda nas folhas e 30% na base das plantas.

Entenda as fases de proliferação da Cigarrinha

Durante o período chuvoso, o ciclo da Cigarrinha dura entre 45 e 60 dias. A fêmea, ao acasalar, deposita os ovos no solo próximo às plantas. Em 15 dias, nascem as ninfas, que se dirigem às raízes e começam a sugar a planta por um período de 30 a 40 dias, produzindo uma espuma como proteção até se transformarem em adultos. Após o pico de infestação, as fêmeas depositam novos ovos, que permanecem no solo por cinco a seis meses, sobrevivendo aos períodos de seca e eclodindo no próximo ciclo chuvoso.

“As ninfas e os adultos são os que mais causam danos na lavoura, sendo que as ninfas sugam as raízes e os adultos se alimentam nas folhas. Para se alimentarem, eles injetam substâncias que são tóxicas para a planta, por isso, as folhas ficam amareladas e, consequentemente, secam. Os danos levam à morte do colmo e à redução de produtividade e de açúcar na área. A Cigarrinha é dependente da umidade do solo e a palha deixada no solo, da colheita da cana crua, favorece o aumento da umidade e a proliferação da praga nas lavouras”, explica a pesquisadora.

Publicidade

O gerente de Marketing Regional enfatiza que “com investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, a IHARA continuará a fornecer soluções avançadas para garantir a proteção fitossanitária das culturas e maximizar a rentabilidade das safras. Nossa missão é atender as necessidades dos agricultores, promovendo a sustentabilidade e a produtividade nos canaviais”.

Sobre a IHARA

A IHARA é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento que há 59 anos leva soluções para a agricultura brasileira, setor no qual é reconhecida como fonte de inovação e tecnologia japonesa como uma marca que tem a credibilidade e a confiança dos seus clientes. A empresa conta com um portfólio completo de fungicidas, herbicidas, inseticidas, biológicos, acaricidas e produtos especiais somando mais de 80 soluções que contribuem para a proteção de mais de 100 diferentes tipos de cultivos, colaborando para que os agricultores possam produzir cada vez mais alimentos, com mais qualidade e de forma sustentável. Em 2022, a IHARA ingressou no segmento de pastagem, oferecendo soluções inovadoras para o pecuarista brasileiro. Para mais informações, acesse o site da IHARA.

Iara Soriano

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Publicidade
Continue Lendo
Publicidade
Clique Para Comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Agricultura

MT Clima e Mercado encerra a segunda semana de viagens, percorrendo mais de 2 mil km nas regiões sul e leste do estado

Publicado

em

Foto: Leandro Andrade – Aprosoja MT

 

Na terceira temporada da série Mato Grosso Clima e Mercado, a equipe da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) percorreu mais de 2 mil quilômetros nas regiões sul e leste do estado, visitando oito cidades e propriedades rurais. Foram realizadas 12 entrevistas com produtores e delegados, que compartilharam suas experiências.

A primeira cidade visitada foi Campo Verde, onde o produtor André Pezzini explicou que o atraso das chuvas em outubro fez com que alguns produtores deixassem talhões sem plantar, adiando o cultivo para a próxima safra. “As operações tiveram que ser feitas de forma mais rápida, desde a aplicação de pré-emergentes, dessecação e a própria semeadura. Tiveram que ser feitas praticamente em tempo recorde”, contou ele.Ele mencionou que, ao plantar a soja mais tarde, o milho safrinha também será plantado mais tarde, o que pode afetar a próxima safra. Por isso, é crucial encerrar a safra atual corretamente, com atenção aos prazos.

Deniz Krampe, produtor e delegado de Alto Garças, explicou que a região enfrentou atraso nas chuvas e uma estiagem severa, o que gerou preocupação entre os produtores. “Na verdade, aqui a gente teve praticamente seis meses de seca. Ela secou muito, até as pastagens”.

Publicidade

Conforme o delegado e produtor de Itiquira, William Rietjens, alguns produtores tiveram uma semana de atraso no plantio, enquanto outros enfrentaram 15 a 20 dias de atraso devido à estiagem e chuvas localizadas. “Os que tiveram 15 dias de atraso provavelmente terão mais problemas na condução da lavoura. Pragas e o momento de fazer o milho vão atrasar demais”, detalhou.

Em Juscimeira, o produtor Lucas Pasqualotto contou que a falta de chuva esperada em setembro atrasou o plantio para outubro, o que pode afetar a safrinha do milho. “O problema está sendo o milho safrinha, que teve a janela encurtada. Aqui na propriedade, tivemos uma redução de 30% na produção de milho safrinha”, apontou Pasqualotto.

No município de Primavera do Leste, o produtor Caio Cesar Anton destacou que a preocupação é com a safrinha de milho, pois o atraso no plantio representa um risco devido à diminuição do período de chuvas. “Com esse atraso, acaba se tornando um risco para a gente, pois nosso período de chuvas vai diminuindo e as portas vão se fechando”, acrescentou Caio Cesar.

Delegado e produtor em Paranatinga, Jean Marcell Benetti, explica que o atraso nas chuvas prejudicou o plantio da soja, afetando a janela para o milho. “Esse atraso vai dificultar ainda mais a safrinha de milho aqui. Muitos produtores já desistiram de plantar milho safrinha no ano passado, e eu sou um deles. Este ano, já estamos quase desistindo de novo e muitos estão buscando culturas alternativas, como o gergelim, que tem se destacado bem no Vale do Araguaia”, acrescentou Benetti.

Em Gaúcha do Norte, Valdomiro Schulz explicou que será necessário terminar o plantio da safrinha de milho até o meio de fevereiro, o que encurtou a janela de plantio. Ele também destacou que a logística será um problema em 2025.

Publicidade

“Como o plantio começou mais tarde, as operações serão aceleradas para garantir a safrinha. A colheita vai acontecer no mesmo período e isso causará fila nos armazéns, porque temos apenas duas empresas que compram o nosso grão”, disse Schulz.

Em Nova Xavantina, delegado coordenador e produtor da cidade, Bruno Tolotti, destacou que o atraso no plantio afetará a cultura da segunda safra, como já ocorre com outros produtores. “Alguns agricultores na região e no município precisaram replantar parte ou grande parte de suas áreas, e aí o prejuízo é grande, pois o custo da soja está muito elevado. Com o replantio, a situação se torna ainda mais complicada”, concluiu ele.

A série Mato Grosso Clima e Mercado continuará a percorrer o estado, a partir do dia 9 de dezembro para a terceira semana da terceira edição, percorrendo as regiões leste e oeste do estado, a fim de entender as realidades e dificuldades enfrentadas pelos produtores.

Leiagora

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

Publicidade
Continue Lendo

Agricultura

Finalistas do prêmio ‘CNA Brasil Artesanal de Mel’ participam de congresso

Publicado

em

finalistas-do-premio-‘cna-brasil-artesanal-de-mel’-participam-de-congresso
Foto: créditos CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Sebrae por meio do programa Juntos Pelo Agro, marca presença no XXIV Congresso Brasileiro de Apicultura e Meliponicultura (Conbrapi).Realizado de 27 a 30 de novembro, em Aparecida (SP), a confederação contou com a participação de seis produtores rurais finalistas do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2024.

Os finalistas do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2024 têm a oportunidade de expor e comercializar seus produtos na Feira de Negócios do XXIV Congresso Brasileiro de Apicultura e Meliponicultura (Conbrapi), que reúne especialistas, apicultores, meliponicultores e empresas do setor, além de oferecer workshops, palestras e exposições.

Para Kalinka Koza, assessora técnica da CNA, o evento é uma plataforma única para troca de conhecimentos e fortalecimento da cadeia produtiva do mel no Brasil. Ela destaca que a participação dos produtores vai além da comercialização, proporcionando contato com inovações do setor.

Na categoria mel claro, os finalistas são Nivaldo Alves da Silva (Apiário Sul de Minas), Verno Luis Luneburger (Apiário Três Coqueiros) e Joaquim Ribeiro de Oliveira (ApisBC). Iara da Silva Marinho, do ApisBC, enfatiza a importância da visibilidade adquirida por pequenos produtores no evento.

Nivaldo Alves da Silva, do Apiário Sul de Minas, observa que o prêmio aumentou a visibilidade de seus produtos e ajudou a fortalecer sua marca. Ele destaca que o Congresso oferece uma oportunidade valiosa para estreitar relações com apicultores de todo o Brasil e impulsionar o negócio.

Na categoria mel escuro, os finalistas incluem Validinei da Conceição (Associação dos Apicultores da Agricultura Familiar de Corumbá Florada Pantaneira), Thiago Tineli (Apicultura Tineli) e Jaime Venturin (Apicultura Venturin). Caroline Maciel da Costa, representante da Apicultura Venturin, afirma que eventos como o Conbrapi são essenciais para divulgar o mel de Melato de Bracatinga e ampliar os negócios. “As palestras científicas e as oportunidades de networking são essenciais para nosso desenvolvimento”, destaca.

Publicidade

A participação dos produtores no Conbrapi é viabilizada pelo programa Juntos Pelo Agro, que apoia o desenvolvimento do setor rural e fortalece o ambiente de negócios do agronegócio brasileiro. A iniciativa tem sido fundamental para conectar os produtores a novos mercados e divulgar seus produtos em todo o Brasil e no exterior.

O Prêmio CNA Brasil Artesanal visa valorizar os pequenos e médios produtores rurais e reconhecer a qualidade e tradição em suas produções. Desde 2019, o concurso tem promovido diversas categorias de alimentos artesanais, como chocolates, queijos, cachaças, salames, mel e outros produtos, com o objetivo de impulsionar a profissionalização e agregar valor à produção rural.

O post Finalistas do prêmio ‘CNA Brasil Artesanal de Mel’ participam de congresso apareceu primeiro em Canal Rural.

Publicidade
Continue Lendo

Agricultura

Pescadores artesanais pedem apoio para enfrentar crises climáticas e desigualdades

Publicado

em

pescadores-artesanais-pedem-apoio-para-enfrentar-crises-climaticas-e-desigualdades
Foto: Pescadores/Agência Brasil

Foi a avó que ensinou Rita de Cássia da Silva a pescar, aos 7 anos de idade. No cenário paradisíaco da Praia de Macau, no Rio Grande do Norte, aprender o ofício dos mais velhos significa a transmissão de um saber ancestral, mas também uma “necessidade”. “A gente era muito pobre. Ela não tinha como me deixar sozinha”, lembra. 

Embora o mar a encante e seja um saber passado pelas gerações, não há motivo para romantizar a atividade. Tanto que também foi a fome que fez o marido de Rita ir para o mar em uma noite de lua cheia, no ano de 1993, para tentar o sustento da família. Ele não sabia que era uma área de empresários que mantinham viveiros de camarões.

“Meu marido tomou um tiro do vigia da empresa e depois faleceu”. Ele não queria roubar nada de ninguém. Mas o sangue e a dor nas águas mostraram para a família que o mar não era deles, como sonharam. 

Grito da pesca artesanal

Quem trabalha com a pesca artesanal sabe que são necessárias mais condições, garantias de direitos e políticas públicas para que o mar não seja tão revolto. Inclusive, nesta semana, em Brasília, pelo menos 800 trabalhadores da pesca de 18 estados fizeram uma série de discussões para pedir mais atenção para a categoria, no evento “Grito da pesca artesanal”. 

A proposta foi discutir com órgãos governamentais e outras entidades as violações de direitos, regularização das comunidades tradicionais e os impactos das mudanças climáticas nas comunidades pesqueiras.

No caso de Rita, hoje aos 45 anos de idade, a vida dela passa por uma canoa com rabeta a motor de 6 metros de comprimento, onde percebe que outros desafios se colocaram sobre as ondas. “A mudança do clima é nítida. Hoje é muito mais quente e existem, por exemplo, muito menos anchovas, tainhas e xaréus [peixes que eram mais comuns naquela região]”. 

Publicidade

Se os períodos de estiagem prejudicam a pesca no litoral potiguar, foram as enchentes que impactaram os pescadores da Ilha dos Marinheiros, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Viviane Machado Alves, de 44 anos de idade, atua na região do Estuário da Lagoa dos Patos, uma região de lago onde trabalham mais de 4,8 mil pescadores, desde os 20 anos de idade.

Ela lamenta que da ilha para o estuário não há mais ponte, destruída pelas enchentes do primeiro semestre. Ela denuncia que a comunidade está com dificuldades de acesso a benefícios, reconstrução de casas e também autorização para que possam pescar em uma área maior. 

Para quem pesca no Rio São Francisco, como o mineiro João Batista da Silva, de 50 anos de idade, nascido e criado na comunidade quilombola Caraíbas, de Pedras de Maria da Cruz, as mudanças climáticas e a poluição do Velho Chico desanimam as 40 famílias que vivem das águas. “Temos sentido muito a falta do surubim, do pacamão e do curimatã. Antes era muito diferente”, disse. 

“O rio nunca mais voltou a ser o mesmo”, garante o trabalhador que criou nove filhos com a atividade no rio. A pesca é para sustento das famílias e também para comercialização no centro da cidade, que fica a 12 quilômetros de distância da comunidade quilombola. Ele enfatiza que as atividades deles são de proteção ambiental, e que, por isso, recebe ameaças de violência. Tanto que atualmente está em programa de proteção governamental. 

Essa é uma preocupação da Pastoral dos Pescadores e Pescadoras, que busca apoiar as comunidades na preservação e proteção das áreas. De acordo o secretário de Economia Solidária da entidade, Marcelo Apel, as ações da pastoral têm a intenção de prestar suporte aos trabalhadores para minimizar as desigualdades e a histórica escassez de políticas públicas. 

Publicidade

Programa de apoio aos pescadores

O secretário Nacional de Pesca Artesanal do Ministério da Pesca e Aquicultura, Cristiano Ramalho, reconhece que existe um déficit histórico de políticas públicas voltadas ao atendimento a essas comunidades pesqueiras. 

Segundo ele, o governo federal tem apoiado que os trabalhadores façam denúncias por mais direitos. “O pedido das comunidades pesqueiras artesanais, quando envolve temas de conflitos, é um tema muito caro às comunidades. Da mesma forma, em relação às questões de poluição e mudanças climáticas. A gente aciona órgãos estaduais quando compete dentro do pacto federativo”.

Ele lembrou que, no ano passado, o governo lançou o programa Povos da Pesca Artesanal, que busca uma articulação de diferentes ministérios e parcerias com diferentes âmbitos de governo, incluindo saúde.

“É uma ação direta com apoio à juventude da pesca artesanal, com bolsas de estudo, fortalecimento da cadeia produtiva da pesca artesanal e combate ao racismo ambiental. A gente tem feito isso com orçamentos diretos com a construção do primeiro Plano Nacional da Pesca Artesanal”. 

Ele defende a necessidade de reforçar a política de estado para uma categoria que necessita de apoio e está em vulnerabilidade. 

Publicidade

Atualmente, segundo o secretário, são cerca de 1,2 milhão de pessoas que trabalham na atividade, sendo que 80% delas concentradas no Nordeste e no Norte do Brasil. É uma população em sua maioria de homens negros e negras. 

O programa do governo vai ao encontro de enfrentar uma das expressões da desigualdade histórica do Brasil, afirmou Cristiano Ramalho.

O post Pescadores artesanais pedem apoio para enfrentar crises climáticas e desigualdades apareceu primeiro em Canal Rural.

Continue Lendo

Tendência