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Algodão

Colheita de algodão alcança 95,6% e pode bater recorde histórico

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Reprodução

 

A safra de algodão 2023/24 no Brasil está 95,6% colhida. Com os trabalhos em sua reta final, a avaliação é de que a produção pode configurar um recorde histórico, mais em função do aumento de área do que pela produtividade.

Especialistas destacam que foi um ano interessante, mas desafiador. A soja, que antecede 70% da safra de algodão, enfrentou dificuldades, resultando em uma janela de plantio mais curta em janeiro, o que não favoreceu tanto o algodão. A expectativa é de uma produtividade boa, mas não excelente como em 2023. Ainda assim, o aumento de área deve levar a um recorde de produção.

Um exemplo desse cenário é o estado do Mato Grosso, principal produtor de algodão do Brasil. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicam um aumento de 21,57% na área semeada na safra 23/24 em relação ao plantio de 22/23. A produtividade, no entanto, ficou 6,42% menor no atual ciclo. Assim, a produção final do Mato Grosso deve alcançar 6,39 milhões de toneladas de algodão em caroço, 13,9% superior ao ciclo 22/23.

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Em Goiás, apesar das dificuldades, a produção final também está acima do esperado. O ano foi atípico, com problemas climáticos no início do estabelecimento da cultura e pragas como a mosca-branca e o bicudo. Mesmo assim, a maioria das regiões e produtores está atingindo uma produção maior do que o esperado.

O que mais chamou a atenção foram as infestações altas de bicudo em praticamente todas as regiões produtoras, além de problemas com mosca-branca e tripes. A mancha-alvo também teve um ataque severo devido ao período de chuvas intensas em abril, que prejudicou as lavouras do Mato Grosso e aumentou a tensão para manchas foliares.

Especialistas destacam que as condições climáticas desta temporada foram mais favoráveis ao desenvolvimento das pragas. O período mais seco e a dificuldade de destruição da soqueira mantiveram algumas plantas na cultura da soja, contribuindo para a proliferação de pragas.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Algodão

Projeções Apontam Produção Recorde de Algodão no Brasil para a Safra 2024/25

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Divulgação

A produção brasileira de algodão para a safra 2024/25 é projetada em 3,89 milhões de toneladas de fibra, segundo estimativa da Safras & Mercado. Este volume representa um crescimento de 5,6% em relação à safra atual, que deve atingir 3,68 milhões de toneladas. O avanço é impulsionado pela expansão da área plantada, estimada em 2,15 milhões de hectares – 7,9% a mais do que na temporada anterior.

Dados da Safras & Mercado indicam que o aumento da área é liderado pelos estados da Bahia e Mato Grosso, que concentram 90% da produção nacional. Embora a semeadura tenha começado timidamente, atingindo apenas 0,17% da área projetada, o potencial de crescimento reforça as expectativas de uma safra recorde.

Mato Grosso: Líder na Produção Nacional

O Mato Grosso, maior produtor de algodão do Brasil, deve ampliar sua área plantada em 6,9%, alcançando 1,56 milhão de hectares – o equivalente a 73% da área nacional. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a segunda safra continua predominante, representando 82% do total plantado no estado.

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A retração nos preços do milho tem favorecido o retorno ao cultivo de algodão, que oferece maior rentabilidade, mesmo diante de preços internacionais mais baixos. Apesar disso, a recente recuperação do preço do milho e os altos custos de produção do algodão têm limitado um crescimento ainda mais expressivo. A produção mato-grossense é estimada em 2,77 milhões de toneladas, um aumento de 4,2% em relação à safra anterior.

Bahia: Crescimento Acelerado na Produção

Na Bahia, o plantio começará no final de novembro, após o período de vazio sanitário. A área plantada deve crescer 10%, atingindo 380 mil hectares, ou 18% da área nacional. O oeste do estado responde por 98% dessa produção, com destaque para a proporção de cultivo em sequeiro (72%) e irrigado (28%).

A queda nos preços de soja e milho tem atraído não apenas produtores que haviam migrado para os grãos, mas também novos agricultores interessados no algodão. A produção baiana deve crescer 10%, alcançando 748 mil toneladas, consolidando a região como o segundo maior polo de produção do país.

Expansão em Outras Regiões

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Além de Mato Grosso e Bahia, que dominam o cenário, estados como Minas Gerais vêm ampliando suas áreas plantadas. Novas fronteiras agrícolas, como o Piauí e o Maranhão, também estão atraindo atenção, indicando um movimento de diversificação regional na produção de algodão.

Com a perspectiva de aumento na área plantada e na produção, o Brasil reforça sua posição de destaque no mercado internacional de algodão, impulsionado pela alta competitividade de suas principais regiões produtoras.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Algodão

Algodão – Ácaro-rajado demanda monitoramento e, não controlado, transfere sozinho perdas potenciais da ordem de 20%

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Pesquisador destaca que a praga saiu de uma posição secundária para ganhar relevância entre agentes que ocasionam perdas à produtividade da cultura – Divulgação

 

Se não for controlado quando atingir 10% de plantas de algodão infestadas, em uma área com potencial produtivo da ordem de 5,2 mil quilos por hectare, o ácaro-rajado (Tetranychus urticae) tende a ocasionar perdas estimadas em 20% à lavoura, equivalentes a mais de 1 000 kg da fibra por hectare. A projeção vem do pesquisador Jacob Crosariol Netto, do IMA – Instituto Mato-Grossense do Algodão. Ele ressalta que a praga, considerada secundária até cerca de cinco anos atrás, ganhou protagonismo no manejo do algodoeiro.

“Era uma praga que chegava em final de ciclo, em ambiente seco, ou do meio para o final da safra. Demandava certo cuidado, mas o produtor conseguia resolver e conviver facilmente com ela. Hoje, o ácaro-rajado se faz presente durante todo o ciclo do algodão”, descreve Crosariol Netto.

Segundo ele, nas regiões mato-grossenses de Campo Verde e Primavera do Leste, trabalhos em nível de campo apontaram que o uso excessivo de fungicidas, para doenças foliares, e de inseticidas de baixa seletividade, acaba por eliminar inimigos naturais do ácaro-rajado. “Tais moléculas não controlam o ácaro e aceleram seu ciclo reprodutivo. Isso faz com que as populações dele se multipliquem e ressurjam de maneira muito rápida”, reforça o pesquisador.

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Esse cenário, recomenda Crosariol Netto, exige cuidados específicos no tocante às aplicações de acaricidas, entre outras medidas protetivas. “No passado, fazíamos duas, três aplicações destes produtos. Hoje, chegamos a até 12 na safra, dependendo da região do estado de Mato Grosso”, revela.

Crosariol Netto foi um dos profissionais responsáveis por conduzir ensaios atrelados ao ingrediente ativo acaricida fenpiroximato, da Sipcam Nichino Brasil, há pouco registrado nos órgãos reguladores para controle do ácaro-rajado. Segundo avalia o pesquisador do IMA, integrado aos sistemas de manejo da cultura, e em rotação a outros ativos, a solução da companhia de origem ítalo-japonesa resultou em eficácia de controle superior a 80%.

“Temos de aplicar em condição de controle, quando a população do ácaro-rajado estiver no nível ideal, com 10% de plantas infestadas”, enfatiza o pesquisador. “As soluções existentes, como o fenpiroximato, pedem também uma boa tecnologia de aplicação, porque o ácaro se instala na parte abaxial da folha, para se alimentar, e necessitamos atingir o alvo com uma boa distribuição de gotas”, ele assinala.

Crosariol Netto ressalta ainda que o manejo eficaz do ácaro-rajado requer monitoramento constante de lavouras, além da busca por recursos alternativos capazes de deter a praga. “Ao escolher cultivares com sanidade melhor para evitar doenças e, consequentemente, diminuir o uso de fungicidas, reduzimos o desequilíbrio em relação aos inimigos naturais do ácaro-rajado”, exemplifica.

“A praga é crescente. Dependemos bastante da efetividade na rotação de ativos, porque o ciclo de desenvolvimento do ácaro-rajado é rápido. Se forem feitas aplicações sequenciais de um mesmo ingrediente ativo na lavoura, serão selecionadas mais populações resistentes. Com o manejo estruturado, porém, é possível conviver bem com a praga”, conclui Jacob Crosariol Netto.

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Fernanda Campos

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Algodão

Controle eficiente do ácaro-rajado no algodão

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“Reduz a taxa fotossintética das plantas causando a desfolha precoce” – Foto: Canva

 

O acaricida Fujimite 50 SC foi aprovado para controlar o ácaro-rajado no algodão, após sucesso em citros e café. Testado por especialistas, ele atua por contato e ingestão, com mais de 90% de eficácia, principalmente em fases jovens e adultas. A recomendação é aplicar no início das infestações.

“O acaricida conta com ação ovicida, age nas formas móveis do ácaro-rajado e entrega prolongados períodos de controle”, destaca Eric Ono, engenheiro agrônomo da área de pesquisas da Sipcam Nichino. “Trata-se de solução plenamente adequada ao manejo integrado de pragas (MIP), visando a preservar inimigos naturais do ácaro-rajado e outros insetos benéficos ao algodoeiro”, continua Ono.

O ácaro-rajado é considerado uma praga significativa no algodoeiro, atacando folhas e causando desfolha precoce, o que reduz a qualidade e quantidade das plumas, gerando grandes prejuízos. Carulina Oliveira, da Sipcam Nichino, destaca o crescimento dos negócios relacionados ao algodão e a intenção da empresa de trazer novas soluções para essa cultura nos próximos anos.

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“Reduz a taxa fotossintética das plantas causando a desfolha precoce, além de reduzir o número, peso e qualidade das plumas do algodoeiro. O ‘rajado’, não controlado, detém potencial para transferir elevados prejuízos ao produtor”, diz Ono. “A expectativa da companhia é trazer ao Brasil novas soluções para o algodão de agora aos próximos anos”, finaliza.

A Sipcam Nichino, formada em 1979 pela união da italiana Sipcam e da japonesa Nihon Nohyaku, é especializada em agroquímicos. A Nichino, pioneira no Japão desde 1928, foca na inovação e desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos. A empresa planeja lançar mais de 20 produtos no mercado brasileiro até 2025.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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