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Demanda por adubos no Brasil aumenta 8,3% em janeiro, aponta anda

Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), as entregas de fertilizantes no Brasil alcançaram 3,70 milhões de toneladas em janeiro, marcando um aumento de 8,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, a produção nacional apresentou um declínio, revelando um cenário de demanda crescente e oferta retraída. Mato Grosso se destacou como líder nas entregas, concentrando 28,6% do total, com um volume de 1 milhão de toneladas. Em seguida, estão Paraná (480 mil), Goiás (403 mil), Minas Gerais (344 mil) e São Paulo (309 mil), conforme apontado pela Anda. No entanto, a produção nacional de fertilizantes intermediários registrou uma queda de 9,5% em janeiro, totalizando 512 mil toneladas, em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram fabricadas 566 mil toneladas. O Brasil, conhecido como o maior importador global de adubos, aumentou suas importações em janeiro, adquirindo do exterior 2,93 milhões de toneladas de fertilizantes intermediários, o que representa um aumento de 14,6% em relação ao mesmo mês de 2023, conforme informado pela Anda. No porto de Paranaguá, principal ponto de entrada desses produtos, foram registradas 766 mil toneladas no primeiro mês do ano, um aumento de 16% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse terminal representou cerca de 26% do total importado, de acordo com dados do governo citados pela Anda. Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Projetos de Conservação e Gestão Territorial Indígena serão lançados durante o Acampamento Terra Livre 2024 em Brasília

Em 24 de abril, às 17h30, durante o Acampamento Terra Livre 2024 em Brasília (DF), serão lançados dois projetos apoiados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) no Brasil, na tenda da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Os projetos "Nossa Terra, Nossa Mãe" e "Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental" marcam a continuação de uma colaboração significativa entre associações indígenas e organizações indigenistas parceiras, com o objetivo de fortalecer a conservação da sociobiodiversidade e promover o bem-viver dos povos originários do Sul do Amazonas, Roraima, Maranhão, Pará e Tocantins. 20 anos de ATL O lançamento oficial desses projetos será realizado durante as comemorações de duas décadas do Acampamento Terra Livre (ATL), mobilização organizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). O ATL, o maior acampamento indígena do país, após 20 anos de realizações se consolida como um espaço de convergência política, cultural e social, onde lideranças indígenas se reúnem para fortalecer suas lutas e demandas por direitos territoriais e socioambientais. Com o tema: "Nosso marco é ancestral. Sempre estivemos aqui ", o evento será realizado de 22 a 26 de abril na Fundação Nacional de Artes (Funarte), em Brasília (DF). Projetos A iniciativa "Nossa Terra, Nossa Mãe" busca fortalecer e empoderar os povos indígenas como protagonistas na conservação ambiental, contribuindo para a implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI). Ele será liderado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) em parceria com o Conselho Indígena de Roraima (CIR), Operação Amazônia Nativa (OPAN) e Instituto Terra Brasilis (ITB). O projeto também visa consolidar a gestão territorial indígena integrada no Sul do Amazonas e em Roraima, juntando conhecimentos originários e práticas sustentáveis para preservar a biodiversidade única da Amazônia. Associações indígenas, incluindo a Associação do Povo Indígena Jiahui (APIJ), a Associação do Povo Indígena Tenharin Morõgitá (APITEM), a Associação Indígena do Povo Tenharin do Igarapé Preto (Apitipre), a Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Médio Purus (FOCIMP), a Organização dos Povos Indígenas Apurinã e Jamamadi (OPIAJ), a Organização dos Povos Indígenas Apurinã e Jamamadi de Boca do Acre (OPIAJBAM), a Organização dos Povos Indígenas do Alto Madeira (OPIAM), a Organização do Povo Indígena Parintintin do Amazonas (OPIPAM) e a Associação do Povo Indígena do Lago Capanã Mura e Munduruku (APILCAMM) participam das ações que beneficiarão seus territórios, que juntos chegam a uma área total de 27 milhões de hectares no Sul do Amazonas e Roraima. Em Roraima, o Conselho Indígena de Roraima fará ações de elaboração de quatro novos Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) e implementação de nove PGTAs em 33 terras indígenas, somando 19 milhões de hectares e população de 58 mil indivíduos de 10 povos originários. No Sul do Amazonas, participarão nove organizações indígenas, que abrangem 44 terras indígenas com 8 milhões de hectares e população de 12 mil indivíduos de 14 povos indígenas. Na região, serão elaborados seis PGTAs e 13 a serem implementados. Por sua vez, o projeto "Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental: Conservar, Proteger e Restaurar" tem como meta contribuir para a proteção, conservação e restauração das florestas na região da Amazônia Oriental, abrangendo 14 terras indígenas nos estados do Maranhão, Pará e Tocantins, totalizando cerca de 2,5 milhões de hectares e uma população de aproximadamente 35 mil pessoas. O projeto fortalece iniciativas de gestão territorial comunitária, apoia redes locais e alianças para a defesa dos direitos indígenas e conservação da biodiversidade de seus territórios, além de investir em capacitações direcionadas aos povos indígenas em diversas áreas. O que inclui elaboração e implementação de planos de gestão territorial e ambiental, comunicação comunitária estratégica com a formação de jovens comunicadores indígenas, fomento a iniciativas comunitárias e familiares, promoção à conservação e restauração ambiental, agricultura tradicional e segurança alimentar. O projeto também possui um relevante componente de fortalecimento político e institucional do movimento indígena regional, incluindo de modo estratégico ações focadas em relações de gênero. O projeto "Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental: Conservar, Proteger e Restaurar" é uma realização do Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) e as organizações indígenas Coordenação das Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), Articulação das Mulheres Indígenas do Maranhão (Amima) e Associação Wyty Catë das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins, com apoio da USAID. Cooperação Internacional Ambos os projetos recebem apoio em um momento em que a cooperação entre Brasil e Estados Unidos completa seu bicentenário. Esta relevante parceria histórica ressalta a importância da cooperação internacional para enfrentar desafios globais, como a conservação na Amazônia e o respeito aos direitos indígenas. Também reafirma o compromisso mútuo de ambas nações com a conservação da biodiversidade, reconhecendo os povos originários como guardiões das florestas e promovendo sua participação ativa nesses esforços. Sobre a USAID A USAID é uma das principais agências de desenvolvimento internacional do mundo e um ator catalisador que impulsiona os resultados de desenvolvimento. A USAID trabalha para ajudar a melhorar vidas, construir comunidades e promover a democracia e o desenvolvimento sustentável nos países onde atua. No Brasil, atua em parceria com o governo brasileiro em temas prioritários nas áreas de meio ambiente e saúde. Serviço: Lançamento dos projetos "Nossa Terra, Nossa Mãe" e "Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental: Conservar, Proteger e Restaurar", ambos apoiados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Data: 24 de abril, às 17h30 Local: Tenda da COIAB, no ATL 2024/ Funarte / Brasília-DF Isabela Toledo Foto: Webert da Cruz Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Cai diferencial de base do preço do boi de Mato Grosso em relação ao de SP

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) informou que o diferencial de base do preço do boi entre Mato Grosso-São Paulo alcançou a média de -10,90% na parcial de abril, que representa 2,77 pontos percentuais a menos que a média do mesmo período de março, o que representa menor distanciamento entre as praças pela terceira semana consecutiva. Esse movimento foi reflexo, principalmente, da maior pressão baixista na arroba paulista em relação a Mato Grosso. Assim, o preço do boi gordo em São Paulo foi de R$ 231,10/@ (Cepea-SP), queda de 2,30% ante a março, enquanto a arroba em Mato Grosso teve alta de 0,83% no mesmo período e foi cotada a R$ 205,92/@ (Imea), ambas as cotações a prazo e livres de Funrural. O diferencial entre as praças também tem apresentado queda em relação ao ano passado, visto que a média do indicador na parcial de abril era de -15,58%. O IMEA conclui que essa redução pode ser um sinal de transição do ciclo pecuário, uma vez que em fase de alta o diferencial entre Mato Grosso-São Paulo tende a ser ainda menor. Só Notícias foto: arquivo/assessoria Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Confinamento Expresso proporciona lucratividade na pecuária em períodos de seca

. Disponibilidade de forragem é ponto de atenção . Área de cocho disponível por animal . Formulação deve incluir aditivos melhoradores de desempenho A chegada dos meses de menor intensidade de chuvas representa um desafio crítico para os pecuaristas, impactando diretamente a produtividade e, consequentemente, a lucratividade dos negócios. “A escassez de chuvas ou mesmo estiagem prolongada reduzem a disponibilidade de pastagens, comprometendo a nutrição do rebanho e aumentando os custos de produção. Diante desse cenário, é essencial o planejamento antecipado para enfrentar os desafios da seca. (garantindo o bem-estar dos animais e a manutenção da rentabilidade na pecuária.) Para aquelas propriedades que tenham animais em fase de engorda, uma estratégia que pode ser utilizada é o confinamento expresso, que pode ser aplicada tanto para pequenos quanto para as grandes propriedades”, explica João Paulo Costa, consultor técnico da Trouw Nutrition. O Confinamento Expresso®, desenvolvido pela Bellman | Trouw Nutrition, proporciona bom ganho de peso dos animais sem a necessidade de utilização de alguns recursos dos confinamentos convencionais. “O sistema envolve o fornecimento de alto teor de concentrado para animais alimentados a pasto, resultando em carcaças pesadas sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura para engorda. Além disso, é uma técnica acessível a todos os pecuaristas, desde que seja somada às outras condições para a terminação eficiente, como boa genética, condição corporal adequada e controle sanitário eficaz”, detalha o consultor técnico. Antes de implementar o Confinamento Expresso®, é importante considerar três pontos-chave para maior eficácia do sistema. “A oferta de forragem deve ser farta, não limitando o consumo dos animais. Recomenda-se oferta em torno de 200 quilos de matéria seca por cabeça ao longo dos 90 dias da estratégia. O capim serve como fonte de fibra, não sendo necessária qualidade tão elevada – o que é viável tanto no período das águas quanto das secas. Em seguida, se deve ajustar a disponibilidade de cocho para os animais, que deve ser de 40 a 60 centímetros por animal, para garantir acesso à comida sem gerar competição”, recomenda João Paulo. O especialista da Trouw Nutrition destaca que a formulação da ração deve atender às necessidades dos animais em energia, proteína, minerais e vitaminas. “Também é importante incluir aditivos nutricionais na formulação, tais como os promotores de crescimento: monensina – que auxilia a modulação ruminal e a melhoria da eficiência alimentar – e os tamponantes – que garantem a segurança da dieta, especialmente quando o volumoso, o pasto, é consumido separadamente da ração. Todas essas características estão disponíveis nas soluções da Trouw Nutrition”, ressalta. O objetivo da Trouw Nutrition é oferecer alternativas para que todos os pecuaristas possam alcançar a eficiência produtiva com menos recursos, seja durante a seca ou no período das águas e, para isso, os produtores podem contar com o amplo portfólio da companhia. Raphaela Candido/Texto Comunicação Corporativa Foto: Reprodução Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Decreto federal deixa produtores preocupados sobre segurança jurídica no campo

A publicação de um decreto federal nesta semana tem chamado a atenção de proprietários de terras. Isto porque, o Decreto nº 11.995, de 15 de abril de 2024, institui o Programa Terra da Gente e dispõe sobre a incorporação de imóveis rurais no âmbito da Política Nacional de Reforma Agrária. Conforme o texto, o programa visa a aquisição e a disponibilização de terras para a reforma agrária, incluindo os beneficiários da política pública de regularização fundiária de territórios quilombolas e de outros povos e comunidades tradicionais. Estão dentre as modalidades de obtenção de imóveis rurais previstas no decreto, a desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária; a desapropriação por interesse social para promover a distribuição da terra; a expropriação de imóveis rurais com exploração de trabalho em condições análogas à escravidão, a ser regulamentada pelo Incra; a arrematação judicial de imóveis rurais penhorados em execuções, a aquisição mediante autorização judicial de imóveis rurais penhorados em execuções em trâmite na Justiça do Trabalho e a adjudicação de imóveis rurais em execuções relativas a débitos federais tributários ou não tributários. E, nos termos do decreto, a desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária será realizada, nos termos da lei vigente, quando verificado o descumprimento da função social da propriedade, conforme normas editadas pelo Incra, e por interesse social para promover a distribuição da terra mediante depósito em dinheiro do valor do imóvel no ajuizamento da ação. O advogado Frederico Buss, da HBS Advogados, alerta que os procedimentos para desapropriação, seja por necessidade, utilidade pública ou interesse social devem ser regulamentados por lei, não por decreto, o que está expresso na Constituição Federal. “Ademais, o decreto ao dispor sobre as hipóteses de desapropriação para fins de reforma agrária, aponta que verificará simultâneamente a produtividade e o cumprimento da função social. Este tema foi objeto de recente decisão do STF e depende de regulamentação através de lei prevista na Constituição que deve garantir tratamento especial para a propriedade produtiva, fixar as normas para cumprimento dos requisitos relativos à função social da propriedade, isto porque, conforme o texto expresso na Constituição, a propriedade produtiva, assim como a pequena e a média propriedade, estão imunes à desapropriação para fins de reforma agrária”, explica o advogado. O advogado alerta ainda que outro ponto importante é que o descumprimento de normas ambientais e trabalhistas pode submeter o proprietário à responsabilização administrativa, civil e criminal junto aos órgãos competentes e até ao poder judiciário, mas jamais submeter a uma desapropriação. Frederico Buss ressalta que logicamente a propriedade produtiva também deve cumprir sua função social, porém deve haver uma regulamentação específica prevista na constituição a respeito. Além destes pontos, o especialista destaca que o decreto prevê que a União e o Incra poderão arrematar judicialmente imóveis rurais que tenham sido penhorados em processos de execução e também a adjudicação de imóveis rurais em execução de dívidas relativas a débitos federais tributários ou não, como dívidas de Imposto Territorial Rural (ITR) ou infrações ambientais. Esta modalidade certamente conta com um amparo de recente parecer da Advocacia Geral da União que, modificando entendimento anterior, opinou pela desnecessidade de recursos orçamentários, empenho e transferência por parte do Incra nestas aquisições. Para Frederico Buss, o decreto recentemente publicado, em diversos pontos, acentua a insegurança jurídica e a relativização do direito de propriedade, afrontando direitos e garantias fundamentais asseguradas em cláusulas pétreas da Constituição Federal. Ele afirma que cabe ao Poder Legislativo, no uso de suas exclusivas atribuições e competências, regulamentar e pacificar estas questões em consonância com o texto constitucional. Foto: Divulgação Texto: Ieda Risco/AgroEffective Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Boa perspectiva para compras de boi magro: análise do Cepea

De acordo com pesquisas recentes do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a relação atual entre os preços do boi magro e os ajustes do contrato Julho/24 negociado na B3 indicam um momento favorável para a aquisição de novos lotes dessa categoria de animal. Esta análise considera um período de três meses, correspondente a um ciclo de confinamento. Diferentemente do que era observado até o início desta década, desde 2022 os valores do boi magro têm apresentado uma tendência de queda de março a maio. Essa dinâmica é explicada pela demanda relativamente baixa de agentes que ainda não finalizaram o planejamento das operações para o segundo semestre. É importante ressaltar que o boi magro representa aproximadamente 60% do custo de produção de confinamento. Além disso, outros insumos que impactam significativamente nos custos são os relacionados à alimentação. Tanto o milho quanto o farelo de soja, tradicionais referências na composição da dieta, estão atualmente em patamares inferiores aos registrados em anos recentes. Diante desse cenário, produtores e investidores do setor agropecuário estão atentos às oportunidades de compra de boi magro, considerando a perspectiva de redução nos custos de produção. Essa análise do Cepea oferece insights valiosos para a tomada de decisão e o planejamento estratégico dos agentes envolvidos na cadeia de produção de carne bovina. Fonte: CenárioMT Foto: Divulgação Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Governo de MT investe em projeto-piloto que garantirá produção e venda de gengibre e açafrão

A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Seciteci), em parceria com o Instituto Brasil, está colocando em prática um projeto-piloto para a produção de gengibre e açafrão e construção de uma unidade de processamento dessas raízes, no Assentamento Capão das Antas, localizado em Nossa Senhora do Livramento. A iniciativa surgiu do resultado de uma pesquisa do Instituto Brasil que apontou produção insuficiente de gengibre e açafrão em Mato Grosso. O projeto elaborado pela instituição, que visa melhorar a renda das famílias, obteve apoio financeiro do Governo do Estado. O projeto teve início em setembro de 2023 e já está com 100% dos rizomas, raízes e sementes, adquiridos em Minas Gerais, plantados. O secretário de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Allan Kardec, afirmou que a iniciativa é fundamental tanto para a geração de renda das famílias locais quanto para a economia estadual. “O Governo do Estado não mede esforços para apoiar projetos que fomentem o desenvolvimento sustentável e a diversificação econômica em nosso estado”, disse. Recentemente, uma equipe da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) foi até o Assentamento Capão das Antas para conhecer o projeto e verificar a viabilidade de implantação de um sistema de irrigação na plantação de gengibre e açafrão no período de poucas chuvas. “Estamos investindo em tecnologias de irrigação eficientes para garantir a sustentabilidade e o aumento da produtividade agrícola em nossa região, com o projeto de irrigação. Desde 2019, já foram entregues 500 kits de sistema de irrigação desde 2019”, destacou o secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luluca Ribeiro. A presidente do Instituto Brasil, Clair Velozo, explicou que as famílias do assentamento escolhido para fase piloto conta com o suporte de uma equipe de profissionais, composta por bioquímico, agrônomo e farmacólogo, para garantir a conformidade com as regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo ela, a produção já está com a venda garantida para uma indústria. “Um compromisso de compra de toda a produção já foi estabelecido com uma indústria, além dos planos para venda de produtos in natura. As plantações estão em progresso, e a primeira colheita é esperada para o primeiro semestre de 2025”, explicou. A unidade de processamento, encarregada de lavar e transformar os produtos em pó e outras formas, está quase concluída. Atualmente, 35 famílias estão envolvidas, com a expectativa de que esse número aumente para 120. Secom-MT Crédito - Arquivo pessoal Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Produção de cana-de-açúcar chega a 713,2 milhões de toneladas na safra 2023/24, a maior da série histórica da Conab

A produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2023/2024 registra 713,2 milhões de toneladas e estabelece novo recorde na série histórica acompanhada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa um aumento de 16,8%, quando comparado ao ciclo passado, como aponta o 4º Levantamento sobre a cultura divulgado, nesta quinta-feira (18), pela Companhia. De acordo com o boletim, a área colhida também registrou um leve crescimento de 0,5%, estimada em 8,33 milhões de hectares, enquanto que o rendimento médio teve um incremento de 16,2%, saindo de 73.655 quilos por hectare para 85.580 kg/ha. As condições climáticas e os investimentos do setor proporcionaram esse resultado, com destaque para a recuperação da produtividade no centro-sul do país. No Sudeste, região que concentra a maior produção de cana-de-açúcar, houve aumento no volume colhido em 21%, quando comparada à safra anterior, totalizando 469 milhões de toneladas. A área colhida reduziu 0,6%, enquanto que a produtividade média aumentou, justificado pelas melhores condições climáticas e dos investimentos para a renovação das lavouras, com uma estimativa de 91.987 kg/ha. Já na segunda maior região produtora de cana, o Centro-Oeste, foi verificado aumento tanto na área como na produtividade deste ciclo. As condições climáticas apresentadas proporcionaram o adequado desenvolvimento das lavouras, com um rendimento médio de 81.537 kg/ha, em uma área de aproximadamente 1,78 milhão de hectares. O clima também benefic iou as lavouras do Sul, que apresentaram uma produtividade de 73.860 kg/ha, alta de 13,4% à obtida na temporada anterior. Após sucessivas reduções da área colhida, a atual safra também apresentou aumento de área, o que resultou em uma produção de 38,73 milhões de toneladas de cana. Na região Nordeste, a estimativa de produção de cana-de-açúcar é de 56,48 milhões de toneladas, discreta redução de 0,7% quando comparada à safra passada. O aumento da área, continuando o movimento observado na safra passada de investimentos na recuperação de áreas anteriormente cultivadas, contribuiu para a produção semelhante à última safra, apesar da redução de produtividade. Já no Norte, o incremento de área e as produtividades semelhantes à última safra resultaram em aumento de 3,1% na produção. Subprodutos – A produção recorde de cana também reflete no aumento de fabricação dos subprodutos. Com o mercado favorável ao açúcar, a maior parte da cana foi direcionada para a produção do adoçante, estimada em 45,68 milhões de toneladas, representando um aumento de 24,1% em relação à safra passada e um novo recorde na série histórica. Apesar da priorização na produção de açúcar, o aumento da produção de cana dá suporte para um incremento na produção do combustível em relação à temporada 2022/2023. O produto com origem no esmagamento da cana-de-açúcar registra um aumento de 11,9%, totalizando 29,69 bilhões de litros. Já o etanol de milho tem um aumento relevante de 33,1% em comparação à última safra, novo recorde de produção, resultando em um volume de 5,92 bilhões de litros do combustível. Neste cenário, a produção total do combustível chega a 35,61 bilhões de litros, aumento de 15% em relação à safra anterior. Desse total, 14,29 bilhões de litros são de etanol anidro e 21,32 bilhões de litros de etanol hidratado. Mercado – Com a produção recorde para o açúcar, as vendas do adoçante para o mercado internacional também atingiram os maiores níveis já registrados. No ano comercial da safra 2023/2024 foram embarcadas pouco mais de 35 milhões de toneladas do produto, uma alta de 26,8% no volume comercializado na comparação com o mesmo período do ciclo anterior, gerando um faturamento de U$ 18,27 milhões, segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Além da boa produção no país, importantes produtores como Índia e Paquistão tiveram menores embarques, o que beneficia os produtores brasileiros. Já o mercado para o etanol se apresentou mais desafiador. As exportações registraram redução de 2,92%, atingindo 2,57 bilhões de litros. A queda foi influenciada tanto pelo comportamento do câmbio quanto do preço do petróleo, que nos últimos meses de 2023 passou a apresentar trajetória descendente afetando os preços da gasolina e consequentemente do seu principal concorrente, o etanol. Confira os dados completos sobre o 4° Levantamento da Safra 2023/2024 de Cana-de-Açúcar e as condições de mercado deste produto no Boletim divulgado no site da Companhia. Conab Arquivo/Elza Fiúza/Agência Brasil Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Colheita de soja no Brasil avança, mas fica atrás de 2022; milho enfrenta desafios climáticos

A colheita de soja da temporada 2023/24 no Brasil prossegue em ritmo acelerado, atingindo 84% da área plantada até esta semana, conforme divulgado pela empresa AgRural nesta segunda-feira (15.04). Este percentual representa um avanço de 6 pontos em relação à semana anterior, porém ainda está 2 pontos percentuais abaixo dos 86% registrados no mesmo período do ano passado. O impulso recente na colheita é liderado pelos produtores do Rio Grande do Sul e da região Norte/Nordeste, com destaque para Bahia e Piauí. No Rio Grande do Sul, os agricultores têm intensificado suas atividades para aproveitar ao máximo o período antes das chuvas intensas previstas para o estado. Até o momento, as produtividades reportadas são muito boas, segundo a consultoria. Em relação ao milho, a situação é mais complicada. A AgRural reportou chuvas recentes em áreas críticas do Paraná, sul de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul, onde a segunda safra enfrenta problemas devido ao calor e à falta de chuvas regulares. Embora essas precipitações tenham sido bem-vindas, elas não foram suficientemente distribuídas, mantendo o alerta ativo, especialmente no oeste do Paraná e no sul de Mato Grosso do Sul, regiões importantes para a produção da segunda safra de milho. No entanto, as perspectivas são mais positivas em outros estados chave para o cultivo de milho, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, onde as lavouras estão se desenvolvendo muito bem. Previsões de novas chuvas para a segunda quinzena de abril reforçam as expectativas de uma boa safra nesses estados. A Rural Clima, uma empresa privada de meteorologia, informou que uma área de instabilidade climática já trouxe chuvas para a maior parte das áreas produtoras no Sul do país, incluindo o oeste do Paraná e Mato Grosso do Sul. Além disso, uma nova frente fria deverá trazer chuvas torrenciais para grande parte do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina a partir desta segunda-feira. A mesma frente fria avançará sobre o Sudeste durante a semana, organizando chuvas em estados como Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A partir de quarta-feira, o tempo deverá abrir com a chegada de uma massa de ar polar, trazendo o primeiro frio mais intenso do ano para as regiões Sul e parte do Sudeste, conforme indicou o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Rural Clima. Com informações do portal do agronegócio e assessorias Fonte: Pensar Agro Foto: Divulgação Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

VBP passou de R$ 1,14 trilhão em março. Soja, milho, Cana-de-açúcar, café e laranja responderam por 52%

O Ministério da Agricultura divulgou nesta terça-feira (16.04) sua estimativa para o Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária brasileira projetando uma retração de 1,4% em comparação com igual período de 2023. deste ano. A projeção agora é de um VBP de R$ 1,147 trilhão em 2024. As lavouras participaram com R$ 775,8 bilhões (67,6%) e a pecuária R$ 371,4 bilhões (32,4%). Nos últimos cinco anos o VBP cresceu 12,5%, influenciado por aumento de 36,7% da cana-de-açúcar, 55,6% do cacau, 21% do arroz e, 50% da mandioca. Em março, a soja, o milho, a cana-de-açúcar, o café e a laranja foram responsáveis por 52% do valor total. Na pecuária, bovinos, aves e suínos representaram 25%. No comparativo do mesmo período do ano anterior, o resultado apresenta redução de 1,4%. As lavouras sofreram diminuição no VBP de 4,4% no mês, influenciada por clima desfavorável e queda de preços, principalmente soja e milho. Já a pecuária apresentou aumento de 5,5%, favorecido pelo crescimento na suinocultura (65,4%) e avicultura (9,2%). Segundo a Secretaria de Política Agrícola do Mapa, a atividade da agricultura e pecuária, apesar da queda no VBP em março, vem mostrando resiliência conseguindo desempenho relevante mesmo nestes momentos de crise climática e de rebaixamentos preços dos grãos, mantendo, pelo 5º ano seguido, valor acima de um trilhão de reais. O arroz aumentou 21,8%, o feijão 18,2% e o café 17%, por conta da alta nos preços no mercado externo para o arroz e café e, redução na estimativa de produção do feijão, na segunda safra. No caso das lavouras, a cultura que teve maior redução no VBP foi a soja, com 19,8%, seguida pelo milho com 10,8%. O que é o VBP – O Valor Bruto da Produção calcula o volume financeiro apropriado pela agricultura e pecuária brasileira, baseado na variação dos preços e da quantidade estimada de produção. E mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais. O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês. Fonte: Pensar Agro Foto: Reprodução Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Redução de custos impulsiona expectativas para a safra 24/25 em Mato Grosso

Em meio a um cenário desafiador marcado por preços baixos, custos elevados e margens apertadas, os produtores agrícolas de Mato Grosso encontram motivos para uma cautelosa otimismo com a divulgação dos dados recentes sobre os custos de produção para a próxima safra. De acordo com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (IMEA), os gastos estimados para a produção da safra 2024/2025 registraram uma diminuição significativa durante o mês de março de 2024. O custo estimado para a temporada alcançou R$ 4.098,87 por hectare, apresentando uma queda de 1,25% em relação ao mês anterior. Essa redução foi impulsionada principalmente pela desvalorização de 2,54% nos preços dos fertilizantes e corretivos, aliviando um pouco a pressão financeira sobre os agricultores. No detalhamento dos custos, o Custo Operacional Efetivo (COE) foi calculado em R$ 5.627,92 por hectare, representando uma redução mensal de 1,11%. Já o Custo Operacional Total (COT) também apresentou um recuo de 1,00% em comparação com a estimativa de fevereiro de 2024, projetado em R$ 6.233,75 por hectare. Entretanto, apesar da queda nos custos, a análise do Ponto de Equilíbrio (PE) revela que os desafios persistem para os agricultores. Para cobrir o COE, os produtores do estado precisarão produzir, no mínimo, 57,09 sacas por hectare, enquanto para o COT, a necessidade é de pelo menos 63,24 sacas por hectare na próxima temporada. Esses números destacam a importância de uma gestão eficiente e de estratégias de produção mais assertivas para garantir a rentabilidade das operações agrícolas. Uma consequência visível desse cenário é a redução na área ocupada com determinadas culturas. Um exemplo disso pode ser observado em Água Boa, onde houve uma queda impressionante de mais de 50% nas lavouras de milho. Na safra passada, foram plantados 58 mil hectares, enquanto para a temporada atual, a área diminuiu para 26 mil hectares. Essa redução pode refletir as decisões dos agricultores em ajustar suas estratégias de plantio frente às condições econômicas desafiadoras. Diante desse contexto, as atenções permanecem voltadas para os investimentos dos produtores na próxima safra. As incertezas em torno dos preços, custos e condições climáticas exigem uma abordagem cuidadosa e estratégica por parte dos agricultores, que buscam equilibrar a produtividade com a sustentabilidade financeira de suas operações. A busca por eficiência e inovação se torna ainda mais crucial para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam no setor agrícola de Mato Grosso. Fonte: Pensar Agro Foto: Reprodução Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

Câmara aprova urgência para PL anti-invasões em meio a tensões agrárias

Em uma sessão marcada por debates acalorados e posicionamentos firmes, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (16) o regime de urgência para o projeto de lei (PL) nº 895/23, proposto pelo deputado Luciano Zucco (PL-RS). A medida estabelece sanções administrativas e restrições aplicadas aos ocupantes e invasores de propriedades rurais e urbanas em todo o país. O trâmite acelerado do projeto surge em meio à crescente tensão provocada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que, apenas neste mês de abril, já contabiliza mais de 20 invasões de propriedades em onze estados brasileiros. O líder da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), destacou sua crítica à posição do governo federal em relação ao MST e suas ações. Lupion expressou descontentamento não apenas com as invasões, mas também com o anúncio do Programa Terra para Gente, que visa acelerar o assentamento de famílias e destinar terras para a reforma agrária. “Após invadirem criminosamente 24 áreas, os invasores do MST ganharam do governo uma ‘prateleira de terras’, programa de ‘reforma agrária’ do Planalto. É a prova cabal de que, no Brasil do PT, o errado é o certo, e o crime, se cometido pelos aliados, compensa”, declarou Lupion. Por sua vez, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) expressou seu apoio ao projeto anti-invasões de terra, afirmando que “quem invade terra não poderá ocupar cargo público, receber auxílio e benefícios ou participar de programas de assistência social. Quem invade é criminoso e assim deve ser tratado!”. Enquanto a Frente Parlamentar da Agropecuária celebra a aprovação do regime de urgência para o PL, o MST reivindica as áreas invadidas como improdutivas e destinação para assentamento e reforma agrária. Com cerca de 20 mil famílias mobilizadas em todo o país, o movimento ressalta a Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, conhecida como Abril Vermelho, em memória ao massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 1996. Neste cenário de polarização e tensão no campo, a votação do projeto anti-invasões de terra promete continuar gerando debates intensos e reflexões sobre os direitos de propriedade, a reforma agrária e a segurança jurídica no meio rural brasileiro. Fonte: Pensar Agro Foto: Divulgação Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com