Agricultura
Insumos agrícolas – Mercado de adjuvantes quadruplica em nove safras

Divulgação
Os chamados adjuvantes agrícolas movimentaram R$ 2,9 bilhões no país em 2023. O segmento de produtos complementares à formulação da calda dos defensivos agrícolas, tendo em vista a melhora da mistura e da aplicação -, quadruplicou em nove safras. Em 2015, os adjuvantes totalizaram R$ 734 milhões em vendas. A informação provém do levantamento FarmTrak, estudo da Kynetec Brasil que captura o manejo do produtor e abrange mais de 20 culturas.
Segundo a Kynetec, a soja liderou a demanda por adjuvantes, com R$ 1,6 bilhão em negócios ou 56% do total. O milho ocupa a segunda posição, 18% ou R$ 522 milhões. Trigo e algodão, em terceiro, corresponderam cada um a 5% das transações, R$140 milhões e R$136 milhões, respectivamente, seguidos da cana-de-açúcar, 4% ou R$ 113 milhões, e dos demais cultivos analisados.
Por região, o Centro-Oeste puxou a receita da indústria, com 41% das compras ou R$ 1,2 bilhão em 2023, ao passo que o Mato Grosso segue à frente na série histórica, perfazendo 56%: R$ 666 milhões. Os estados do Sul, vice-líder, adquiriram R$ 835 milhões, 28% da cifra nacional.
De acordo com a especialista da Kynetec, Raquel Ribeiro, o emprego de adjuvantes nas lavouras brasileiras cresce de maneira expressiva. Nas áreas de soja, ela salienta, a adoção dos produtos subiu de 87% (2015) para 98%. No milho safrinha, a mesma relação passou de 59% para 95% e, no verão, de 43% para 80%, enquanto na cana-de-açúcar foi de 39% para 71%.
Outras culturas também ajudam a impulsionar os adjuvantes, a exemplo do eucalipto, cuja adoção saltou de 10% para 28%, além da uva, na qual o indicador era de 33% e agora chegou a 83%, segundo Raquel Ribeiro.
Conforme a executiva, a adição de adjuvantes à calda dos defensivos agrícolas, na prática, permite a melhora da qualidade da solução e consequentemente do tratamento da lavoura. “Adjuvantes potencializam o espalhamento e a aderência do defensivo, além de favorecer sua absorção pela planta”, explica Raquel. Outros efeitos benéficos dos adjuvantes, ela frisa, são a diminuição da ‘deriva’ e o fomento ao bom desempenho de moléculas importantes, como 2,4-D e glifosato.
Sobre a Kynetec
A Kynetec é líder global em análises e insights de dados agrícolas, especializada em saúde animal, nutrição animal, proteção de cultivos, máquinas agrícolas, sementes-biotecnologia e fertilizantes. Possui equipes localizadas em 30 países e fornece dados provenientes de 80 países. Recentemente, a Kynetec Brasil adquiriu o controle das consultorias Spark Inteligência Estratégica e MQ Solutions. https://www.linkedin.com/showcase/kynetec-brasil/
Fernanda Campos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Projeto proíbe corte de árvore de erva-mate produtora de semente

Foto: Projeto erva-mate
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei 148/19, que proíbe o corte de árvores de erva-mate identificadas como produtoras de sementes. O objetivo é proteger essas árvores do avanço das lavouras e do extrativismo predatório. A proposta segue para análise do Senado, a menos que haja recurso ao Plenário da Câmara dos Deputados.
O texto aprovado define o raio de 10 metros ao redor da árvore de erva-mate como área de preservação permanente e autoriza estados, municípios e União a manter cadastros próprios para assegurar a integridade da planta.
O corte é permitido apenas se a árvore cair naturalmente, não for importante para melhoramento genético ou coleta de sementes, e for autorizada por órgão ambiental estadual, ou se for necessária para obra de interesse social.
O projeto ainda cria uma política para incentivar pesquisas, seleção e melhoramento genético da erva-mate, além de apoiar produtores.
Queda na produtividade
O relator, deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), defendeu a constitucionalidade da proposta. Segundo o autor, deputado Heitor Schuch (PSB-RS), por falta de políticas de conservação e de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, as árvores matrizes estão sendo perdidas, a produtividade dos ervais cultivados é baixa e a atividade não é sustentável no longo prazo.
Hoje, embora o Brasil tenha a maior área ervateira, a Argentina produz mais. No Brasil, a maior parte da produção vem de ervais nativos, com crescimento das áreas cultivadas. Estima-se que o cultivo ocorra em cerca de 700 mil hectares em 180 mil propriedades, principalmente na região Sul, que responde por 97% da produção nacional.
(Fonte: Agência Câmara de Notícias)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Rasip Agro investe em 300 milhões de abelhas para aumentar produtividade e qualidade da safra de maçã 2025

Divulgação
A Rasip Agro, unidade da RAR Agro & Indústria e uma das maiores produtoras de maçãs do Brasil, anunciou um investimento de destaque para a florada da safra 2025: o aluguel de 300 milhões de abelhas para a polinização de 1,5 mil hectares de pomares.
Serão instaladas mais de 5,5 mil caixas ninho, com cerca de cinco colmeias da espécie Apis mellifera por hectare, garantindo eficiência no pegamento das flores e qualidade superior na formação das frutas. O ciclo de florescimento das macieiras terá início na segunda quinzena de setembro, considerado um dos períodos mais críticos do processo produtivo.
Polinização como diferencial de qualidade
Para Sergio Martins Barbosa, presidente executivo da RAR Agro & Indústria, o investimento reforça a estratégia da empresa em inovação e excelência agrícola.
“Investimos na expansão dos pomares em 10% em relação a 2024. A polinização é fundamental não apenas para produtividade, mas também para garantir frutos de padrão superior, consolidando a Rasip Agro como referência nacional e internacional em maçãs de qualidade”, afirma Barbosa.
Abelhas impulsionam produtividade e sustentabilidade
Segundo Celso Zancan, diretor da Rasip Agro e engenheiro agrônomo, a presença das abelhas aumenta o pegamento das flores, influenciando diretamente no calibre e uniformidade das maçãs.
“Essa interação natural resulta em frutos mais uniformes e de maior valor agregado. O investimento não só garante eficiência, como também fortalece práticas sustentáveis no manejo dos pomares”, explica Zancan.
Expansão dos pomares fortalece presença da empresa
Além do uso estratégico das abelhas, a Rasip Agro ampliou em 20% suas áreas de cultivo em relação ao ano anterior. Para Barbosa, a expansão dos pomares, aliada à polinização natural, reforça a liderança da empresa no mercado e contribui para o desenvolvimento econômico da região de Vacaria (RS).
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Setor produtivo alerta para riscos da importação de banana do Equador e cobra rigor fitossanitário

Foto: Imagem Ilustrativa
Produtores levam preocupação ao governo
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), junto a associações do setor como Conaban, Abanorte, Abavar e Febanana, reuniu-se na terça-feira (30) com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. O encontro teve como objetivo discutir os riscos fitossanitários relacionados à possível importação de banana do Equador.
A principal preocupação está ligada ao Fusarium oxysporum f. sp. cubense raça tropical 4 (TR4), praga quarentenária ainda ausente no Brasil e considerada uma das maiores ameaças à produção mundial da fruta.
Risco elevado para variedades mais consumidas no Brasil
Segundo informações apresentadas durante a audiência, a TR4 representa perigo significativo para as variedades do grupo Cavendish, como a banana nanica e a banana prata, que concentram a maior parte da produção e do consumo no Brasil.
O setor defende que produtores e instituições de pesquisa tenham participação ativa nas Análises de Risco de Pragas (ARP’s), já que o fruto pode funcionar como fonte de inóculo, como já comprovado por estudos científicos reconhecidos internacionalmente. Além disso, alertam para o risco indireto de contaminação por meio de caixarias, pallets e embalagens.
CNA cobra medidas preventivas mais rígidas
A assessora técnica da CNA, Letícia Barony, elogiou o trabalho do Ministério da Agricultura em ações de defesa fitossanitária, mas reforçou que, diante da ameaça da TR4, é necessário ampliar as medidas de prevenção.
Segundo ela, a gravidade aumenta pela inexistência de variedades resistentes e pela falta de tratamentos eficazes. “É uma doença de solo que, uma vez introduzida, torna a área imprópria para o cultivo de banana”, explicou.
Barony também destacou que a CNA já havia enviado ofício ao Mapa relatando a preocupação do setor e lembrou que a bananicultura brasileira reúne mais de 200 mil produtores, sendo 80% da agricultura familiar, o que tornaria impossível o controle da praga caso ela chegasse ao país.
Governo reafirma compromisso com defesa sanitária
Durante a reunião, os ministros reafirmaram que o Brasil mantém seu compromisso internacional com a defesa sanitária. Garantiram que as análises de risco serão conduzidas com o apoio da Embrapa e participação do setor produtivo.
Eles também foram categóricos ao afirmar que, caso seja identificado risco de ingresso da TR4, o mercado não será aberto para a banana equatoriana.
O encontro contou ainda com a presença do senador Jaime Bagatoli, dos deputados Jorge Goetten e Nilto Tatto, além de prefeitos e vereadores que apoiaram o pleito do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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