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Expedição mapeia perda de abelhas no Rio Grande do Sul

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Melgueiras carregam mais de uma tonelada de mel foram perdidas na enchente, no município de Taquari, no início de maio/2024. (Foto: Luiz Vicente)

 

 

Uma expedição mapeou a perda de abelhas em apiários e meliponários no Rio Grande do Sul em razão das enchentes de maio de 2024. A ação é convocada pelo Projeto Observatório de Abelhas do Brasil com Foco no Rio Grande do Sul, coordenado pela Embrapa Meio Ambiente em colaboração com a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (ABELHA). Os trabalhos de campo foram realizados de 24 a 29 de junho, e foram visitadas áreas impactadas pelas enchentes ( veja abaixo mapa elaborado com dados da Federação Apícola e de Meliponicultura do Rio Grande do Sul – FARGS ).

Uma expedição mapeou a perda de abelhas em apiários e meliponários no Rio Grande do Sul em razão das enchentes de maio de 2024. A ação é convocada pelo Projeto Observatório de Abelhas do Brasil com Foco no Rio Grande do Sul, coordenado pela Embrapa Meio Ambiente em colaboração com a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (ABELHA). Os trabalhos de campo foram realizados de 24 a 29 de junho, e foram visitadas áreas impactadas pelas enchentes ( veja abaixo mapa elaborado com dados da Federação Apícola e de Meliponicultura do Rio Grande do Sul – FARGS ).

Até o momento a FARGS registrou a perda de 18.943 colmeias, o que representa cerca de 4% do total de contabilizações no estado, segundo o IBGE. Mas estima-se que estes números sejam subnotificados, pois ainda há criadores de abelhas que não registram seu plantel de abelhas junto à inspetoria veterinária de seus municípios.

A iniciativa inédita utilizou o software AgroTag Abelhas, desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente em linha com as demandas do Observatório, para sistematizar as informações sobre mortandade de abelhas no Brasil. Os incidentes e possíveis causas das mortes são registrados, permitindo a estruturação de uma base de dados harmonizada em uma plataforma de dados oficial e em nível nacional.

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De acordo com Betina Blochtein, pesquisadora do observatório de abelhas e um dos integrantes da equipe de campo, uma das prioridades do levantamento é a validação do uso de recursos disponibilizados para o Estado contribuindo na conformação de um relatório, identificando as perdas e onde contabilizar. Assim, posteriormente, os recursos para a restauração do plantel de abelhas poderão ser direcionados estritamente e validados pelas evidências registradas em campo, com fotos dos locais, questionários e delimitação de áreas atingidas.

Para tanto, a utilização da ferramenta da Embrapa é importante, pois, além de registrar dados de forma oficial, também oferece a formação de uma rede de colaboradores, tanto dos produtores atingidos, quanto dos que prestam assistência nas áreas impactadas.

AgroTag-Abelhas

A Embrapa Meio Ambiente desenvolveu o software AgroTag-Abelhas , um sistema abrangente e integrado de monitoramento, que reúne um conjunto de dados sistematizados e contribui para o registro de informações oficiais sobre mortandade desses insetos.

O software foi desenvolvido a partir da estrutura do Sistema AgroTag, em linha com as demandas do Observatório de Abelhas . É um sistema de banco de dados para consultas e análises geoespaciais, dotado de aplicativo para dispositivos móveis (Android), com envio de dados para ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas) e viabilizando a integração desses dados com informações geográficas em campo e registradas pelo aplicativo .

Ele permite consultas e análises integradas online, contando com interface para desenho em tela de polígonos (formas) e visualização no menu de tela para planejamento e posterior coleta de dados em campo com o aplicativo, além das funcionalidades nativas do sistema.

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Em fase posterior do projeto os inspetores de órgãos sanitários oficiais farão os registros de ocorrências rapidamente, com base nas necessidades regionais. Durante o atendimento em campo, o técnico terá acesso a um formulário de preenchimento simples, com as questões essenciais para a investigação, inclusive sobre a coleta de amostras biológicas para análise laboratorial.

O aplicativo segue a premissa do projeto AgroTag, enquanto rede colaborativa ou do termo/conceito crowdsourcing, trabalhando dados geoespaciais para monitoramento territorial agrícola, onde o usuário usa os dados de maneira compartilhada, colaborativa e rastreável, fundamentais para os objetivos do Observatório de Abelhas, o qual busca evidências comprobatórias da mortandade de abelhas, dependendo totalmente dos registros nos locais de ocorrência, sendo que no momento está sendo utilizado para o levantamento de perdas decorrentes das cheias no Rio Grande do Sul, destaca Vicente, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente/Agrotag, e integrante da equipe de campo.

Observatório de abelhas

O Observatório de Abelhas do Brasil   é um programa coordenado pelo Ministério da Agricultura (Mapa), em conjunto com a Embrapa Meio Ambiente, e apoiado por instituições públicas e privadas, como a Associação ABELHA, que visa a mitigação de mortandades de abelhas no Brasil. O Observatório respondeu à necessidade de implantar um sistema de informações para registrar sistematicamente os incidentes de mortes de abelhas, identificar as possíveis causas das mortes, e reunir esses dados harmonizados em uma plataforma de dados oficial em nível nacional.

Com essas características, o sistema facilita a articulação e o trabalho colaborativo com os diversos atores que lidam com o tema (técnicos, órgãos municipais, estaduais e federais, instituições diversas), destaca Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e coordenador geral do Observatório.

Menezes explica que o AgroTag entrou em um contexto no qual estavam sendo discutidos os protocolos que seriam adotados pelo Observatório, pensando especificamente nos fiscais de defesa agropecuária, que são os que fazem o atendimento a campo nos casos de mortalidade. A ferramenta ajuda o fiscal a organizar, coletar e disponibilizar as informações no formato adequado, processos que antes eram feitos, na maioria dos casos, manualmente, sem padronização entre os Estados.

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Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Expectativa positiva marca contagem regressiva para os julgamentos do Mundial Braford

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Foto: Gustavo Rafael/Divulgação

Com a proximidade do 9º Congresso Mundial da Raça Braford, a expectativa dos jurados que irão avaliar os animais durante o evento cresce a cada dia. A programação começa no dia 28 de abril com a Gira Técnica por propriedades selecionadas e segue até 4 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), reunindo criadores, técnicos e representantes de diversos países envolvidos no desenvolvimento da raça.

Entre os jurados da exposição está Ciro Manoel Canto Freitas, que compartilha a responsabilidade com Celina Maciel. Para Ciro, a honra de compor a mesa de julgamento do Mundial representa um reconhecimento importante. “É uma satisfação muito grande ser convidado para julgar essa exposição do Mundial, juntamente com a Celina. Me sinto muito honrado pela confiança da associação e dos criadores de nos designarem essa tarefa tão significativa que é classificar os animais da raça Braford”, afirma. Segundo ele, a expectativa é de uma exposição com excelente representatividade. “Acho que teremos um grande número de animais e, principalmente, uma qualidade muito boa. O Braford é uma raça que vem crescendo, melhorando, evoluindo e buscando espaço em todo o Brasil”, reforça.

Celina Maciel, que tem mais de quatro décadas de envolvimento direto com a raça, também projeta uma edição histórica do evento. “Nossa expectativa é de uma grande exposição, tanto em volume quanto em qualidade genética, já que estarão presentes os melhores criatórios da raça. Foi uma grata satisfação ser convidada junto com o Ciro para compor a dupla de jurados do Congresso Mundial da Raça. Convidamos a todos para estarem conosco nesse grande evento”, convida.

Os julgamentos do Mundial Braford contarão com a arbitragem de Paulo Azambuja. A programação completa do Congresso inclui, além da Gira Técnica e da Exposição, painéis técnicos, atividades de campo, ações de promoção da carne e momentos de confraternização entre os criadores brasileiros e estrangeiros. O Mundial Braford é promovido pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) e contará com a participação de delegações da Argentina, Uruguai, Paraguai, Austrália e Estados Unidos, consolidando o evento como um dos principais do calendário internacional da pecuária de corte.

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Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Remate Crioulos JA e Cabanha Mais Um fecha com média de R$ 27,9 mil e liquidez

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Foto: Divulgação

 

O remate Crioulos JA e Cabanha Mais Um, ambas de São Lourenço do Sul (RS), realizado de forma virtual no dia 16 de abril, atingiu liquidez total. Com a batida do martelo do diretor e leiloeiro da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, o leilão teve 33 lotes de cavalos e éguas Crioulas em oferta.

Conforme Silva, o remate atraiu compradores de Santa Catarina, Paraná, Piauí, Maranhão, Amazonas, além de criadores do Rio Grande do Sul. Com média de R$ 27,9 mil, o leilão também registrou a marca de R$ 80 mil com a comercialização da égua JA Havaiana para a Estância da Liberdade, de Rolante (RS).

O remate foi transmitido pela Trajano Web e pelo Lance Rural. Com o sucesso de vendas do remate, a leiloeira e os gestores da Crioulos JA e Cabanha Mais Um já organizam nova venda para o mês de outubro.

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Texto: Ieda Risco/AgroEffective

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Temporada de Outono promete reaquecimento e reabilitação na pecuária gaúcha

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Foto: Caco Loureiro de Souza/Divulgação

A temporada de outono da pecuária gaúcha já se desenha como um período de reaquecimento no setor. Tradicional época de comercialização de terneiros e reprodutores, o primeiro semestre de 2025 chega marcado por uma demanda equilibrada e um cenário de recuperação de preços, movimentando produtores, leiloeiras e criadores em todo o Rio Grande do Sul.

De acordo com o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, há uma expectativa de grande procura no mercado. “A temporada de outono está se antevendo muito otimista. O terneiro bom, de primeira classe, está valendo R$ 15,00 o quilo”, afirma. Segundo ele, parte dessa movimentação se deve à migração de alguns agricultores que, diante de dificuldades climáticas consecutivas e de preços das culturas como soja e arroz, vêm substituindo parte de áreas de lavoura pela pecuária. “Acredito em números satisfatórios”, projeta.

Para o diretor comercial da GAP Genética, João Paulo Schneider, o Kaju, o setor vive um período de reabilitação e reaquecimento. “Ingressando agora em abril, vemos uma pecuária se reerguendo. Há muitos eventos acontecendo, como o Mundial Braford, e ações já em andamento para o Mundial Brangus de 2026. A intensa agenda de julgamentos, leilões e atividades em Esteio agita o mercado gaúcho e ajuda a dar fôlego aos negócios”, comenta. Ele destaca ainda o papel de eventos estratégicos como a Expoutono, em Uruguaiana (RS), que chega ao seu terceiro ano consolidada como referência no calendário do outono. “A raça Brangus teve papel decisivo para consolidar essa feira, que consegue reunir interesses de todo o Estado”, ressalta.

Um dos grandes destaques dessa movimentação será o leilão da GAP Genética, nos dias 7 e 8 de maio, que deve balizar os preços do mercado. A marca inova ao oferecer um volume inédito de 600 fêmeas com prenhez confirmada, reforçando a confiança do setor na liquidez do momento. “É um semestre de bastante movimento, de recuperação do mercado e da comercialização. Estamos bastante confiantes e, junto com a Trajano, acreditamos que será um grande leilão”, completa Kaju.

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Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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