Agricultura
Safra de maçã encerra com produção 24% menor

A quantidade de maçã colhida foi de 423 mil toneladas na safra 2023/2024 (Foto: Aires Mariga/Epagri)
Os fruticultores catarinenses colheram cerca de 423 mil toneladas de maçã na safra 2023/2024, a menor colheita da série histórica mapeada pelo Observatório Agro Catarinense. Esse volume é cerca de 24% menor do que o registrado na safra anterior, quando a produção atingiu quase 555,2 mil toneladas. Os dados são do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
A colheita da maçã em Santa Catarina encerrou no mês de junho. Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Rogério Goulart Júnior, problemas climáticos prejudicaram a produtividade dos pomares, especialmente dos cultivares Gala e Fuji. Essas duas representam quase 98% do total de maçãs produzidas em Santa Catarina. “O excesso de chuvas no período da floração reduziu a produtividade dos pomares e também levou a problemas fitossanitários”, explica o analista.
Maçã Gala
O cultivar com maior redução da produtividade, em comparação com a safra anterior, foi a da maçã Gala. Na safra 2023/2024, a produtividade média ficou em 27,9 toneladas por hectare, uma redução de 27,35% em relação às 38,4 toneladas por hectare registradas na safra 2022/2023. A produção total de maçã Gala foi de aproximadamente 195,6 mil toneladas, uma redução de 26,43% na comparação com a safra anterior. Os dados estão disponíveis nos sites do Observatório Agro Catarinense e do Infoagro.
Maçã Fuji

No caso da maçã Fuji, os dados levantados pela Epagri/Cepa indicam uma redução de 26% na produtividade da safra de 2023/2024. A produtividade média da variedade foi de pouco mais de 25,7 toneladas por hectare. Já no ano agrícola 2022/2023, a produtividade chegou a 34,7 toneladas por hectare. A produção total foi menos afetada porque a área colhida aumentou em torno de 5,7% (passou de 8 mil hectares para quase 8,5 mil hectares). No total, foram colhidas pouco mais de 218 mil toneladas de maçãs Fuji em Santa Catarina na safra 2023/2024, o que representa uma queda de 21,79% em relação ao volume registrado na safra anterior.
Maçãs precoces
A produção de maçãs precoces também decresceu, no entanto, por um motivo diferente. Nesse caso, foi a redução da área colhida que afetou o volume. Enquanto em 2022/2023 foram colhidos 363 hectares da variedade, na safra 2023/2024 a área colhida foi de 308 hectares, redução de 15,15%. A produtividade cresceu, ficou próximo de 30,7 toneladas por hectare, um aumento de 5,66%. Com isso, o volume total da produção de maçãs precoces, na safra 2023/2024, foi de 9,45 mil toneladas, uma redução de 10,35% na comparação com a safra anterior.
(Por Marcionize Bavaresco, jornalista bolsista na Epagri/Cepa)
Redação Sou Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Produção rentável e preservação são alinhados no Rio dos Couros com auxílio da Prefeitura

Créditos: Divulgação
A equipe técnica da Secretaria Municipal de Agricultura e Trabalho (Smat) visitou recentemente uma propriedade na comunidade Rio dos Couros, em Cuiabá, onde pôde verificar que o negócio no campo é viável. O sucesso do local é digno de inspiração para muitos que tocam a vida rural.
Trata-se do Sítio Talismã, de 36 hectares, pertencente ao senhor Francisco Cícero e à dona Rozália Pontes Teixeira, um casal que representa, com orgulho, a força da agricultura familiar. Com dedicação, cuidado e muito trabalho, eles têm desenvolvido a atividade de piscicultura de forma sustentável, buscando o licenciamento ambiental (que conseguiram) como forma de garantir que sua produção cresça de maneira responsável e legalizada.
Eles adotaram a captação de águas da chuva para ampliar o desenvolvimento das atividades e, assim, a própria evaporação mantém a umidade e a consequente manutenção de outras plantas. Também atuam com apicultura e o plantio de uma diversidade de culturas, entre elas, cítricas e mandioca.
“É o perfil exato da agricultura familiar no município de Cuiabá. E são para essas pessoas, que demandam serviços públicos, que a assistência técnica e a orientação sobre questões de meio ambiente existem. Estamos aqui de portas abertas, esperando novas demandas para que possamos auxiliar. O poder público e a vontade do produtor de querer crescer, querer fortalecer sua atividade, encontram a Prefeitura de Cuiabá de portas abertas para essa missão”, disse o engenheiro agrônomo da Smat, Reginaldo Lemes.
“A propriedade é um exemplo de que é possível aliar tradição com inovação. O casal utiliza recursos locais, respeita o meio ambiente e está sempre aberto a aprender mais, mostrando que o conhecimento técnico pode caminhar lado a lado com a sabedoria da roça”, destacou o diretor de Agricultura da Smat, Renildo França.
Satisfeitos, os proprietários agradeceram a disponibilidade dos profissionais da Smat. “Se não fosse por vocês, não teríamos chegado até aqui. Há três anos estamos esperando”, disse seu Francisco.
A busca pelo licenciamento ambiental, segundo o secretário da Smat, Fellipe Corrêa, demonstra o compromisso com a regularização da atividade e a preocupação com o futuro da produção. “Essa atitude, como vimos, deve servir de exemplo e incentivo para outros agricultores familiares. Produzir com responsabilidade é possível e necessário”, explicou.
A história do senhor Francisco e da dona Rozália mostra que, com esforço e orientação, qualquer propriedade pode se tornar mais produtiva e sustentável. “Essa experiência é um chamado para todos que vivem da terra. É hora de acreditar no potencial da sua produção, buscar conhecimento e fazer da sua propriedade um modelo de desenvolvimento para a comunidade”, frisou Renildo.
Também estiveram no local o engenheiro agrônomo da Smat, Reginaldo Lemes, e os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente de Cuiabá: Luís Antônio, Rodrigo Leiva e Cícera Telma.
#PraCegoVer
A imagem exibe uma área do Sítio Talismã, com o casal de proprietários, seu Francisco e dona Rozália, ao lado de integrantes da equipe da Secretaria Municipal de Agricultura e Trabalho.
Eliana Bess
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Vem aí um dos maiores eventos do agronegócio e da agroindústria, Roraima Agroind

Nos dias 25 e 26 de abril, o município de São João da Baliza será palco de um dos maiores encontros do agronegócio e da agroindústria no estado de Roraima.
O Roraima Agroind chega para movimentar a economia rural, oferecer capacitação técnica e conectar produtores com novos mercados.
Realizado em parceria com o Sebrae/RR e com diversas instituições, o evento se destaca por reunir produtores rurais, empresários, técnicos e instituições parceiras com o objetivo de integrar o campo e a indústria.
A programação foi planejada para abranger diversas frentes do setor produtivo, promovendo trocas comerciais, capacitação e experiências práticas.
Toda a estrutura estará voltada para o desenvolvimento sustentável e competitivo da produção local.
Além de palestras e cursos técnicos, o público terá acesso à exposição de produtos, rodadas de negócios e atendimentos especializados.
A proposta é clara: promover integração entre o campo e a indústria, criando um ambiente de aprendizado, negociação e troca de experiências com foco no crescimento da região.
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Destaques da programação:
Entre os momentos mais aguardados da programação, está o painel “Empreendedores em Ação”, que trará histórias inspiradoras de quem já venceu os desafios na agroindústria e no campo com criatividade e gestão.
A Rodada de Negócios, agendada para o fim da tarde do dia 25, será um ponto alto do evento. Neste espaço, os produtores poderão conversar diretamente com compradores e fornecedores, criando conexões comerciais sem intermediários. A proposta é fomentar negócios locais e valorizar a produção regional.
O segundo dia do evento terá uma agenda voltada para a capacitação técnica dos produtores. O curso ‘Negócio Certo Rural’, voltado aos produtores de cacau, irá oferecer ferramentas de gestão e estratégias para melhorar a produtividade e a renda no campo.
Outro destaque é o painel ‘Crédito para Desenvolver seus Negócios’, que trará orientações práticas sobre como acessar linhas de financiamento.
Encerrando as atividades técnicas do dia 26 de abril, a palestra ‘Oportunidades de Negócios na Agroindústria’ apontará caminhos para agregar valor à produção rural.
Durante todo o evento, a Unidade Sebrae Região Sul estará com equipe de atendimento disponível para orientar empreendedores e produtores rurais sobre formalização, acesso ao crédito, capacitações e consultorias.
Evento busca ampliar mercados
Segundo Itamira Soares, gerente da Unidade de Competitividade Agroambiental do Sebrae Roraima, o evento é um marco importante para o fortalecimento da economia rural da região.
“O Roraima Agroind tem como objetivo fortalecer o setor produtivo regional ao integrar campo e indústria, promovendo a competitividade e o desenvolvimento econômico do sul do estado. A programação foi pensada para ampliar as oportunidades comerciais e oferecer apoio técnico e estratégico aos produtores”, afirmou Soares.
Com essa abordagem prática e voltada ao fortalecimento do setor produtivo, o Roraima Agroind se consolida como uma vitrine do potencial agrícola e agroindustrial do estado. O evento valoriza o que é feito no campo, promove a troca de conhecimento e impulsiona a economia rural com visão de futuro.
Serviço:
Roraima Agroind: A Indústria Começa no Campo
Data: 25 e 26 de abril de 2025
Local: Município de São João da Baliza – RR
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Agricultura
Cigarrinha das Raízes: Desafio Crescente para a Cana-de-Açúcar e seus Impactos Econômicos

Divulgação
A cigarrinha das raízes, uma praga que afeta severamente os canaviais, representa uma ameaça crescente para a produção de cana-de-açúcar no Brasil. Associada à transmissão da escaldadura das folhas, uma doença bacteriana, a praga compromete ainda mais a produtividade dos canaviais, exigindo medidas de controle rigorosas para mitigar os prejuízos tanto para os agricultores quanto para a indústria.
Impactos na Safra 2025/26 e Preocupações com a Produtividade
De acordo com dados da DATAGRO, espera-se que o processamento de cana-de-açúcar na safra 2025/26 do Centro-Sul do Brasil atinja 612 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 1,4% em relação ao ciclo anterior. Essa redução é atribuída aos impactos de incêndios e condições climáticas adversas. No entanto, a presença persistente da cigarrinha das raízes, combinada ao aumento da incidência de escaldadura das folhas, promete intensificar ainda mais os desafios para o setor, podendo comprometer a produtividade nas próximas safras.
A pesquisadora Leila Luci Dinardo-Miranda, do Centro de Cana do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), alerta para o risco da praga. Embora as populações de cigarrinha tenham diminuído durante períodos mais secos, ela permanece uma ameaça significativa devido ao manejo inadequado de algumas variedades de cana e à prática da colheita mecanizada. “A palha deixada no solo pela colheita mantém a umidade, favorecendo a proliferação do inseto”, explica Leila, ressaltando que algumas variedades de cana são mais suscetíveis à praga.
Danos Econômicos e Produtivos
O impacto da cigarrinha vai além dos prejuízos diretos aos canaviais. As ninfas da praga atacam as raízes, enquanto os adultos se alimentam das folhas, injetando toxinas que provocam o amarelecimento e o ressecamento das folhas. Em casos mais graves, o colmo da planta pode secar completamente, reduzindo significativamente o teor de açúcar e aumentando a quantidade de fibra, o que dificulta a extração industrial. As microfissuras formadas nos colmos secos favorecem a entrada de fungos e bactérias, como a podridão vermelha, complicando ainda mais o processo de industrialização do açúcar.
O engenheiro agrônomo Marcos Vilhena, gerente de Marketing Regional da IHARA, destaca o impacto econômico da praga. “O controle inadequado pode resultar em uma queda de até 30% da produtividade por hectare, chegando a 50% em algumas regiões. Em áreas de alta produtividade, como Ribeirão Preto, o prejuízo pode ser significativo, alcançando até R$ 4.500 por hectare”, alerta Vilhena.
A Escaldadura das Folhas: Um Novo Desafio para os Canaviais
A escaldadura das folhas, doença bacteriana causada pela Xanthomonas albilineans, compromete a absorção de água e nutrientes pelas plantas. Embora conhecida desde 1940, a doença ganhou destaque com a mecanização da colheita, que facilita a disseminação entre as plantas. Estudos do IAC confirmam que a cigarrinha das raízes atua como vetor da doença, tornando ainda mais crucial o controle da praga para evitar maiores perdas na produção de cana.
Estratégias de Manejo e Inovações Tecnológicas
Diante dos desafios impostos pela cigarrinha das raízes e sua associação com a escaldadura das folhas, o setor sucroenergético precisa adotar estratégias de manejo eficazes para mitigar os impactos. O controle adequado da praga é essencial para preservar a saúde dos canaviais e garantir a produtividade.
Um aspecto importante do manejo é a rotação de moléculas para evitar o desenvolvimento de resistência pelos insetos. “A IHARA desenvolve produtos com múltiplos ingredientes ativos que podem ser integrados a programas de rotação de inseticidas, oferecendo um controle mais eficaz e sustentável”, afirma Vilhena. Um exemplo é o Maxsan, um produto que combina diferentes modos de ação e atua sobre os ovos da cigarrinha, sendo eficaz não apenas no ciclo atual, mas também no controle de populações futuras.
O mercado de defensivos também está evoluindo para oferecer soluções mais seguras e eficientes. “Os produtos de hoje são mais seguros para o meio ambiente e para os aplicadores, com menor dosagem e impacto. O futuro da produtividade dos canaviais está ligado a um controle equilibrado e cientificamente fundamentado”, destaca a pesquisadora Leila Luci Dinardo-Miranda.
Avanços e Novas Soluções
A IHARA está comprometida em desenvolver novas soluções para o controle da cigarrinha e de outras pragas que afetam a cana-de-açúcar. Entre os lançamentos previstos para 2025 e 2026, a empresa planeja disponibilizar dois novos produtos, além do Terminus, um inseticida com registro para aplicação aérea. Vilhena também menciona o sucesso do Zeus, produto registrado para controlar o Sphenophorus levis, conhecido como Bicudo da cana-de-açúcar, que tem mostrado resultados positivos nos campos.
Essas inovações reforçam a importância de um manejo integrado e a adoção de tecnologias modernas para enfrentar a crescente ameaça da cigarrinha das raízes e suas consequências econômicas e produtivas para o setor sucroenergético.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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