Agricultura
Canola está implantada e segue em desenvolvimento

FOTO: Paulo Ricardo Sartor
A cultura da canola está implantada no Rio Grande do Sul. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a área de canola deve ser de 51.314 hectares na região, o que representa aumento de 56% em relação à safra passada. São Luiz Gonzaga e Giruá deverão ser os municípios com a maior área de canola semeada na região, chegando próximo a dez mil hectares cada. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (11/07) pela Emater/RS-Ascar, neste ano, o plantio atrasou em comparação à safra passada, quando foi finalizado na primeira quinzena de junho. Mesmo assim, espera-se inicialmente uma produtividade de 1.738 kg/ha, bem superior à produtividade média obtida na safra passada, que sofreu perdas provocadas pelas condições climáticas adversas.
Atualmente, no RS, 81% da área cultivada com canola está em fase de desenvolvimento vegetativo, 16% em florescimento e 3% em enchimento de grãos, que correspondem às lavouras semeadas no cedo. No geral, o aspecto das lavouras é bom, com adequada sanidade. O clima frio e seco, durante a maior parte do período, é benéfico para o desenvolvimento da cultura. Entretanto, havia preocupação com as geadas, ocorridas no período anterior, em relação às lavouras em floração e em início de enchimento dos grãos, onde ainda não foi possível avaliar as prováveis perdas de produtividade.
As lavouras mais precoces, semeadas em abril, apresentam menor densidade de plantas e as semeadas a partir de junho, adequada população de plantas, alto vigor, boa sanidade e desenvolvimento. O controle de invasoras continua em andamento nas lavouras mais tardias. Ocorreu também controle de traça por meio do uso de inseticidas.
Trigo O plantio do trigo foi intensificado no Estado, chegando a 82% da área estimada para esta Safra, que é de 1.312.488 hectares. Enquanto a semeadura do trigo está praticamente finalizada no Noroeste do Estado, nas regiões de Caxias do Sul, Sul e na Campanha, a operação está atrasada e alguns produtores avaliam se desistem do plantio de trigo para não impactar o de soja na próxima safra nos Campos de Cima da Serra, ou se investem em pecuária como é o caso de Bagé, o que pode resultar em menor área implantada.
As baixas temperaturas favoreceram as lavouras implantadas e contribuem para o bom perfilhamento e desenvolvimento das plantas, formando lavouras adequadas. A maioria das lavouras apresenta bons aspecto e população de plantas. Em função das chuvas, muitos produtores aplicam fertilizantes nitrogenados nas áreas de trigo em pré-afilhamento, visando antecipar o fornecimento de nitrogênio e consequentemente estimular ainda mais o perfilhamento e o crescimento inicial.
Aveia branca – A estimativa de cultivo é de 365.590 hectares em 2024. O desenvolvimento das lavouras evoluiu; em algumas regiões, há áreas em enchimento de grãos. As condições climáticas favoreceram a aplicação de fertilizantes nitrogenados e o controle de plantas daninhas.
Cevada – No Estado, a projeção inicial de cultivo é de 34.429 hectares. As lavouras estão em desenvolvimento inicial. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, da área prevista de 12.460 hectares, 98% estão plantados. Destes, 85% encontram-se em desenvolvimento vegetativo e 15% em fase de germinação. As lavouras apresentam desenvolvimento satisfatório. Na região de Soledade, as lavouras apresentam bom estabelecimento, e os tratos culturais começam a ser realizados. O desempenho vegetativo está limitado em razão do tempo encoberto e úmido, porém há potencial de recuperação, se ocorrerem dias ensolarados.
CULTURAS DE VERÃO
Soja – Nas áreas onde não foi realizado manejo químico para implantação das culturas de inverno, a formação de geadas proporcionou a eliminação das plantas voluntárias e reduziu a necessidade de controle químico para atender à legislação, que exige vazio sanitário da cultura. O período do vazio sanitário, quando não se pode manter as plantas de soja vivas, é de 90 dias. Para o Rio Grande do Sul, esse prazo se dá entre 03/07 e 30/09/2024.
Após o lançamento do Plano Safra 2024/2025, houve aumento da procura por parte dos agricultores nos escritórios da Emater/RS-Ascar, por informações para a elaboração dos projetos de custeio da lavoura de soja. Na de Pelotas, por exemplo, os sojicultores estão buscando informações sobre políticas públicas que amenizem os prejuízos ocasionados pelo excesso de chuvas. Há expectativas de repetir, na próxima safra, a área semeada na Safra 2023/2024, que foi de 527 mil hectares. Porém, o número de produtores envolvidos com o cultivo diminuirá.
Na região de Soledade, o período foi de recuperação de áreas. As áreas de solo impactadas pela erosão hídrica estão sendo sistematizadas (escarificadas com o uso de plainas) e corrigidas com aplicação de calcário. Alguns poucos terraços também estão sendo construídos.
Milho – Após o lançamento do Plano Safra 2024/2025, produtores de milho das regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Bagé, Ijuí e Santa Rosa buscaram informações tanto em relação a encaminhamentos de pré-custeios e custeios de lavouras, quanto sobre a aquisição de sementes e insumos.
Na região de Bagé, na Fronteira Oeste, deve iniciar, nos próximos dias, a dessecação de manejo das plantas de cobertura do solo em áreas com implantação prevista entre o final de julho e a primeira quinzena de agosto. Em São Gabriel e Alegrete, os produtores estão em busca de novos híbridos que apresentem boa relação custo-benefício, especialmente com alguma tolerância a períodos de estiagem e ao enfezamento transmitido pela cigarrinha.
Em São Borja, os produtores planejam a implantação das lavouras o mais cedo possível como forma de garantir que as lavouras não sejam atingidas por uma eventual estiagem no período reprodutivo, considerando as previsões de alta probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña no segundo semestre.
PASTAGENS E CRIAÇÕES
O campo nativo segue sendo impactado pelo aumento do frio e pelos dias mais curtos, reduzindo a oferta de pastagem aos rebanhos. As pastagens cultivadas estão em desenvolvimento vegetativo e mostraram melhora durante o período sem chuvas e de dias mais ensolarados.
Para os rebanhos de corte, segue reduzida a oferta de pastagens, pois muitas áreas ainda estão inacessíveis, como consequência dos eventos climáticos nos últimos meses. As fases de criação do momento incluem parição, desmame e engorda. A vacinação continua sendo realizada. Houve redução das infestações por ectoparasitos, após as geadas, em boa parte do Estado.
OVINOCULTURA – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o estado corporal do rebanho ovino está em déficit devido às geadas, que afetam a forragem nos campos nativos. Animais em pastagens de aveia e azevém estão em melhor condição, mas com suporte limitado. O tempo mais seco e frio reduziu a incidência de verminoses, problemas de cascos e miíase, melhorando a saúde do rebanho.
Na de Erechim, o desenvolvimento das pastagens de inverno ainda está em atraso, impactando a condição corporal dos rebanhos e aumentando a vulnerabilidade a doenças, especialmente durante a fase de parição, o que exige manejo intensivo para minimizar perdas. Na de Passo Fundo, fêmeas em gestação e em parição enfrentam dificuldades em razão do excesso de chuva e da falta de pastagens. O mercado enfrenta problemas de comercialização em função do baixo preço e de desafios para engorda dos ovinos.
APICULTURA – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, os apicultores utilizaram redutores de alvado para ajudar na retenção de calor nas colmeias. As condições gerais dos apiários foram satisfatórias, sem relatos de danos nas caixas. A produção de mel está praticamente estagnada. Na de Passo Fundo, a escassez de floradas tem cada vez mais reduzido o fluxo de néctar e pólen para as colmeias, exigindo revisões para avaliar a alimentação das colmeias, sendo necessário fornecer alimentos suplementares, se os níveis estiverem baixos. Na de Porto Alegre, apenas os enxames mais fortes conseguiram produzir.
apicultores seguem fornecendo alimentação artificial, e a colheita já foi finalizada. A produtividade teve uma queda estimada entre 50% e 70%. Na de Santa Maria, a atividade apresenta queda significativa na produtividade, especialmente em São Vicente do Sul, onde a redução chegou a 70%. Na de Santa Rosa, a chegada da frente fria reduziu o forrageamento das abelhas e o fluxo no alvado. As floradas predominantes no momento são as de nabo forrageiro e canola.
(Com Emater/Tchê)
Redação Sou Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Aos 22 anos, jovem assume comando de aviário da família no interior do Paraná

A rotina de Larissa Pagani de Morais, de 22 anos, é marcada pela dedicação e responsabilidade. Filha e neta de avicultores, ela comanda sozinha um dos cinco aviários da família, localizados em Japira, no interior do Paraná. O trabalho que começou como aprendizado na infância hoje se tornou um negócio que ela administra com autonomia e resultados expressivos.
Larissa representa a terceira geração de uma família que há mais de 30 anos atua na criação de frangos. Desde pequena, acompanhava o pai e o avô nos galpões, aprendendo na prática os cuidados com as aves. “Acho que esse contato desde cedo despertou em mim a vontade de continuar no campo e seguir a vida rural”, diz.
Assumindo a gestão da granja
O momento de assumir a gestão veio quando a família construiu dois novos aviários. “Meu pai disse que não conseguiria ajudar nesse galpão e perguntou se eu queria cuidar. Eu aceitei. Foi uma oportunidade e eu agarrei com tudo”, lembra.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
Hoje, Larissa é responsável por 27 mil aves, cuidando de todas as etapas do manejo, desde o controle de temperatura e alimentação até a compra de peças e insumos. “Brinco que sou a dona grangeira. Meu pai e meu tio são os donos no papel, mas eu sou quem cuida do dia a dia, quem faz o negócio acontecer”, afirma.
Conciliando estudos e trabalho
Além do trabalho no campo, Larissa cursa agronomia, conciliando os estudos com a rotina intensa da granja. “Quando tenho aula, meu pai me ajuda a acompanhar o aviário. No tempo livre, aproveito para estudar e fazer as provas. É uma correria, mas vale a pena”, informa.
O esforço tem gerado bons resultados. Segundo ela, a produtividade melhora a cada ciclo, reflexo do aprendizado e da dedicação diária. “Esse aviário me ensinou disciplina e responsabilidade. Hoje, ver que o frango que eu cuido aqui no interior do Paraná chega a outros países é muito gratificante”, completa.
Futuro no campo
Para Larissa, o futuro está no campo, e o orgulho de continuar a história da família é o que a motiva. “Pretendo continuar na avicultura. É o que eu amo fazer”, afirma.
João Nelson Arruda, diretor da Facta, explica que falhas na ambiência e baixa velocidade do ar estão entre as principais causas de mortalidade no fim do ciclo. Ele destaca ainda a importância da imunonutrição para fortalecer a resistência das aves e garantir melhor desempenho produtivo.
No mercado internacional, a África do Sul foi pela primeira vez principal destino mensal dos embarques brasileiros do produto. Um estudo mostra que a empresa alcançou a marca de 60,40% de penetração nas residências do país.
O Brasil está livre de gripe aviária em plantel comercial desde o fim de junho. O analista Fernando Iglesias destaca a retomada gradual das vendas externas e o controle dos custos de produção.
Com informações de: interligados.canalrural.com.br.
Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.
O post Aos 22 anos, jovem assume comando de aviário da família no interior do Paraná apareceu primeiro em Canal Rural.
Agricultura
Veja cinco dicas para uma avicultura mais sustentável e lucrativa

A sustentabilidade no campo se torna cada vez mais relevante nas práticas diárias dos produtores. O supervisor de agropecuária da unidade da Lapa (PR), Eurides Pereira, compartilhou cinco medidas que podem tornar a produção de frango de corte mais sustentável e lucrativa.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
Segundo Eurides, várias dessas práticas já estão sendo adotadas, mas ainda há espaço para ampliar o uso e reforçar o compromisso ambiental do setor. Ele destaca que o tipo de biomassa usada para aquecer as aves impacta diretamente os custos e a sustentabilidade da produção.
Medidas práticas para sustentabilidade
“Quem utiliza eucalipto, este é o período ideal para o plantio, de setembro a novembro. Ter sua própria biomassa ajuda a reduzir despesas e garante o atendimento às exigências ambientais”, orienta o especialista.
Outra recomendação importante é a utilização de painéis fotovoltaicos. Muitos produtores já adotam essa tecnologia, mas aqueles que ainda não a implementaram devem buscar orientação. “A energia solar traz economia e ainda contribui com o meio ambiente. Vale procurar um extensionista para entender como aplicar na propriedade”, explica.
Coleta seletiva e uso da água
Eurides também ressalta a importância da coleta seletiva e do descarte correto de embalagens, seguindo o programa PAROS, da Seara. “Deixem as embalagens em local adequado até o recolhimento, conforme o cronograma da unidade”, lembra.
A captação e o uso adequado da água são medidas simples e eficientes. “Utilizar cisternas para aproveitar a água das chuvas ajuda na limpeza e manutenção das instalações, além de reduzir o consumo de água potável”, complementa o técnico.
Por fim, é essencial manter o licenciamento ambiental atualizado, especialmente em relação ao número de aves declarado. “É essencial acompanhar os prazos e volumes previstos no documento para evitar irregularidades e garantir a continuidade da produção”, ressalta Eurides.
Essas orientações fazem parte das ações de capacitação promovidas pelo programa Interligados, que conecta produtores de frango em todo o país e divulga boas práticas do campo.
Com informações de: interligados.canalrural.com.br.
Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.
O post Veja cinco dicas para uma avicultura mais sustentável e lucrativa apareceu primeiro em Canal Rural.
Agricultura
Diálogos Boi na Linha: evento debate pecuária sustentável e desmatamento

Produtores, frigoríficos, investidores e representantes do Ministério Público se reuniram em Brasília para o evento Diálogos Boi na Linha, iniciativa do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) em parceria com o Ministério Público Federal.
O encontro discutiu o fortalecimento de compromissos socioambientais na cadeia da carne bovina, com foco na redução do desmatamento e no incentivo à regularização de áreas degradadas.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
Segundo a diretora executiva do Imaflora, Marina Piatto, a iniciativa também inclui programas de requalificação de produtores, permitindo que aqueles que tenham áreas degradadas possam regularizar suas propriedades e voltar ao mercado com segurança.
Beef on Track
Durante o evento, foi apresentado o selo Beef on Track, que certifica frigoríficos que monitoram seus fornecedores e promovem práticas sustentáveis. A certificação, reconhecida internacionalmente, abre portas para mercados como China, União Europeia e Oriente Médio.
Além disso, durante o evento, foi anunciada uma intenção de compra de 50 mil toneladas de carne certificada Beef on Track pela Tianjin Meat Association, com entrega prevista até o meio do próximo ano, fortalecendo a presença da carne brasileira no mercado chinês. O lançamento do selo e essa negociação de grande escala refletem a importância da cooperação entre produtores, frigoríficos e autoridades na promoção de uma pecuária sustentável.
Ações de monitoramento
De acordo com Marina Piatto, o selo e as ações de monitoramento representam um avanço para toda a cadeia: “A requalificação traz o produtor de volta ao jogo, garantindo acesso a crédito, assistência técnica e melhores oportunidades de mercado.”
O post Diálogos Boi na Linha: evento debate pecuária sustentável e desmatamento apareceu primeiro em Canal Rural.
-
Pecuária7 dias atrás
Demanda firme e oferta limitada sustentam alta do boi gordo em outubro, aponta Cepea
-
Transporte7 dias atrás
Morador de Nova Mutum morre em grave acidente na BR-163 entre Eldorado e Itaquiraí, no Mato Grosso do Sul
-
Agronegócio7 dias atrás
Produção de amora cresce 264% no Paraná em uma década, aponta Deral
-
Agronegócio7 dias atrás
Competitividade da carne suína sinaliza reação frente à de frango
-
Mato Grosso7 dias atrás
Conab participa de evento para discutir o papel das estatais no combate às mudanças climáticas
-
Agronegócio7 dias atrás
Déficit na balança de lácteos cresce 20% em setembro, aponta Secex
-
Mato Grosso7 dias atrás
Embrapa oferece curso gratuito sobre Inoculação e Coinoculação em Soja
-
Mato Grosso6 dias atrás
Governo de MT prorroga até 2028 benefício fiscal que isenta IPVA de veículos novos