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Meio Ambiente

Período de seca exige atenção à suplementação do gado

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Sementes Oeste Paulista – Soesp

 

O Brasil é considerado um país com dimensões continentais, pois apresenta extensão territorial de 8.514.876 Km², o que o torna o quinto maior do planeta. Desta forma, obter uma previsão média nacional principalmente quanto ao clima é tarefa difícil. Por exemplo, o período de seca, em boa parte do país, inicia entre maio e junho e costuma terminar até outubro, mas nos últimos anos isso tem variado e cravar o começo ou o fim desse período é praticamente impossível. Para o pecuarista, a solução é se preparar, ter uma eficiente estratégia para garantir a alimentação de qualidade para o gado a pasto no período da seca, até a chegada do próximo período das águas.

De acordo com o zootecnista, Wayron Castro, técnico de sementes na Soesp (Sementes Oeste Paulista), o pecuarista precisa manejar a pastagem como uma cultura e ter atenção em todos os detalhes. Além disso, no período da estiagem, esse cuidado tem que ser redobrado, principalmente quanto ao monitoramento dos níveis de proteína das forrageiras. Na época das águas, por exemplo, o teor de proteína bruta do capim se mantém alto e é comum obter médias de 12% quando bem manejado. Já em sistemas onde o capim é adubado o teor de proteína bruta pode chegar até 18% no período das águas, o que é excelente.

Porém, na época da seca, os valores de proteína bruta despencam, chegando em média a 4%. “Para se ter uma ideia, um animal apenas para sua mantença (sustento para sobreviver) necessita em torno de 7% de proteína bruta em sua dieta, abaixo disso ele terá déficit e vai começar a perder peso. Por isso, a suplementação a pasto é uma ferramenta importante e econômica para a manutenção do peso do rebanho, desde que seja feita corretamente. Com boa estratégia, é possível ainda até ter ganhos na seca”, disse o profissional da Soesp.

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Planejamento

Para dar início a um eficiente planejamento de suplementação do gado, o primeiro passo é escolher uma área da propriedade para vedá-la. É recomendado também, uma adubação com nitrogênio no final do período das chuvas para garantir o máximo de oferta de folhas no período da seca.

Entre as cultivares mais indicadas para vedação de pasto, de acordo com o especialista, são as Brachiarias, reforçando que os Panicuns não são recomendados nesse caso. “O capim coringa para a época da seca é a Brachiaria brizantha cv. Marandu que proporcionará uma pastagem de qualidade”, disse Castro.

Também conhecida como ‘Braquiarão’ ou ‘Brizantão’, esta cultivar tem ótima cobertura de solo, facilitando a formação e competindo mais contra as plantas daninhas, tudo isso com boa qualidade e alta aceitabilidade pelos animais. Esse capim apresenta boa produtividade e tem boa adaptação em diversas regiões, uma opção para quem não quer errar, mas claro, sempre é importante o acompanhamento de um agrônomo ou zootecnista de confiança”, destacou Castro.

Além de escolher a variedade certa, um ponto que merece grande atenção são as sementes que serão utilizadas na formação da pastagem. Utilizando sementes com alta pureza, o produtor não corre o risco de levar plantas daninhas ou torrões, que são fontes de nematoides.

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Os produtos Soesp, por exemplo, são as únicas forrageiras do mercado blindada pela tecnologia Advanced, tratada com dois fungicidas e um inseticida que protegem as sementes contra o ataque de pragas e doenças desde o armazenamento até o plantio. Com uniformidade e tratamento resistente que não se rompe durante a semeadura.

Cuidados contínuos

Depois da pastagem pronta e bem formada é crucial que o produtor siga monitorando. Entre os cuidados indicados, destaque para a oferta de forragem aos animais. Às vezes o gado consome mais capim do que o planejado e corre o risco de faltar forragem. Por isso é importante ficar de olho na taxa de lotação. “Esse monitoramento é bem simples, porém necessário, basta fazer amostragens na área, cortando o capim e pesando. Dessa forma o produtor conseguirá monitorar seu estoque de forragem e equilibrar a oferta ao rebanho”, detalhou o Zootecnista.

Tanto para cria, recria ou engorda o cuidado será o mesmo. Já os produtores de gado leiteiro, geralmente neste período utilizam silagem. “A nossa dica é que o produtor não seja apenas esperançoso achando que a seca vai ser curta, afinal, o clima a cada ano está mais instável. Por isso, a melhor solução é se prevenir e garantir o máximo de oferta de alimento aos animais seguindo à risca o protocolo de suplementação do gado”, finalizou o especialista.

Sobre – A Sementes Oeste Paulista está sediada em Presidente Prudente (SP) e há 38 anos atua no mercado oferecendo sementes de pastagem. Sua matriz conta com infraestrutura voltada à produção, beneficiamento, comercialização e desenvolvimento de novas tecnologias, tanto para pecuária como para agricultura de baixo carbono. A empresa desenvolveu a tecnologia Soesp Advanced, que revolucionou o mercado de sementes forrageiras nos países de clima tropical, ao trazer diversos benefícios no plantio e estabelecimento dos pastos, e se adequar perfeitamente ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Acesse www.sementesoesp.com.br.

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Kassiana Bonissoni

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Meio Ambiente

EUA investigam práticas anticompetitivas nos insumos

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A análise deve se concentrar nas estratégias de precificação – Foto: Divulgação

O governo dos Estados Unidos anunciou em 25 de setembro o início de uma nova investigação para apurar possíveis práticas anticompetitivas entre fornecedores de insumos agrícolas, como fertilizantes, sementes e defensivos. A ação será conduzida em conjunto pelo Departamento de Agricultura (USDA) e pelo Departamento de Justiça (DOJ), em resposta ao cenário de custos elevados e voláteis que vêm pressionando produtores rurais já impactados por preços mais baixos das safras e pelas disputas comerciais internacionais. O objetivo é avaliar se a concorrência está sendo limitada, dificultando o acesso dos agricultores a insumos a preços justos e comprometendo a competitividade do setor.

Embora ainda não haja detalhes mais profundos sobre o alcance da investigação, a medida reforça a preocupação do governo com a concentração de mercado e com possíveis abusos de poder econômico por parte das grandes indústrias do setor. A análise deve se concentrar nas estratégias de precificação e nos contratos de fornecimento, investigando se existem barreiras artificiais que impedem maior equilíbrio entre oferta e demanda.

Esse movimento regulatório soma-se a um cenário de crescente pressão sobre o agronegócio norte-americano, em que políticas comerciais e medidas governamentais já vêm sendo apontadas como fatores que restringem a oferta e contribuem para a elevação dos custos. Para os produtores, que enfrentam margens de lucro cada vez mais estreitas, qualquer avanço em transparência e competitividade pode significar maior fôlego para manter a sustentabilidade de suas atividades.

AGROLINK – Leonardo Gottems

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Produtores reforçam compromisso com a logística reversa e a sustentabilidade em Mato Grosso

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Em Mato Grosso, os produtores rurais têm reforçado o compromisso com a sustentabilidade ao adotar práticas de logística reversa para o descarte de embalagens de defensivos agrícolas. Atenta a essa responsabilidade ambiental, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) é associada ao Sistema Campo Limpo (SCL), um programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias desenvolvido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV).

No Brasil, 100% das embalagens de defensivos agrícolas são devolvidas após o uso, e 95% delas são recicladas, transformando-se em novos produtos como tubos para esgoto, conduítes, tampas, dutos elétricos, entre outros. Esse modelo de logística reversa é referência mundial em sustentabilidade no campo e responsabilidade ambiental.

O produtor rural Leandro Bortoluzzi, do município de Campos de Júlio, destaca que segue rigorosamente todas as etapas do processo, garantindo o reaproveitamento dos materiais e a prevenção de impactos ambientais, uma vez que Mato Grosso é um dos maiores produtores de grãos do país.

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“Aqui na propriedade, nós separamos as embalagens por tipo e tamanho, sendo eles papelão, sacos plásticos e embalagens rígidas de plástico, sempre de acordo com os litros. Cada categoria tem sua alocação correta, o que facilita a contagem e o envio ao ponto de recebimento”.

Leandro Bortoluzzi – Produtor Rural

Vale ainda destacar que a Lei Federal nº 9.974/2000 regulamenta a devolução e destinação final adequada das embalagens, promovendo responsabilidade compartilhada entre produtores, comerciantes e fabricantes. E desde 2002, o Sistema Campo Limpo já deu a destinação correta a mais de 750 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas.

Para o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier essa ação é mais um exemplo de que os produtores brasileiros são exemplos em sustentabilidade.

“A logística reversa de embalagens é exemplo brasileiro para o mundo. Nós temos, por exemplo, os nossos principais concorrentes, que são os americanos, que não fazem nenhum tipo de logística reversa. Muitas vezes só queimam as embalagens. E o Brasil, mais uma vez, sendo exemplo em sustentabilidade, em cuidado com o meio ambiente e fazendo com que essas embalagens voltem de maneira sustentável para outros fins, criando novos produtos e aproveitando todo o material que é gasto com elas para construir esses recipientes”.

Luiz Pedro Bier/ Vice-Presidente da AprosojaMT

Outro exemplo de boas práticas vem do produtor Stéfano Passinato, que também atua em Campos de Júlio. Para ele, a logística reversa se inicia no momento em que o os vasilhames são esvaziados para utilização na lavoura até a entrega das embalagens vazias nos locais autorizados.

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“O processo que ocorre aqui na fazenda começa com a utilização dos produtos na lavoura e, no momento em que os vasilhames são esvaziados, nós realizamos a tríplice lavagem. Logo após, a embalagem é inutilizada, ou seja, é realizada uma perfuração, normalmente no fundo do galão, para evitar qualquer reuso indevido. Em seguida, nós guardamos em um depósito para ser encaminhado ao local adequado”, explica Stéfano Passinato.

Ambos os produtores destacam a importância ambiental da logística reversa, sobretudo no combate ao descarte inadequado dos resíduos. “O procedimento é de grande importância e procuramos fazer nossa parte para garantir a sanidade do meio ambiente, da própria fazendo e da destinação que precisa acontecer”, explicou.

A adoção de boas práticas e o respeito ao meio ambiente refletem o compromisso da Aprosoja Mato Grosso e dos produtores do setor com a sustentabilidade, preservando os recursos naturais e garantindo a produção responsável de alimentos. Clique aqui e acompanhe diariamente o agro.

Mato Grosso

AGRONEWS.TV.BR

VIda Rural

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Protocolo cria indicadores para medir agricultura regenerativa e reduzir emissões de carbono

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Protocolo inédito reúne 124 indicadores para medir sustentabilidade na agricultura. Ferramenta pode orientar políticas públicas, certificações e pagamentos por serviços socioambientais. Agricultura regenerativa alia produção de alimentos, renda no campo e conservação ambiental. Modelo avalia seis dimensões: ambiental, socioeconômica, governança, agropecuária, biodiversidade e cultural. Brasil se alinha a métricas internacionais e abre espaço em mercados globais exigentes.

A crise climática global, marcada pela perda de biodiversidade, poluição e aumento das emissões de gases de efeito estufa, exige mudanças urgentes nos sistemas de produção. No Brasil, o setor agroalimentar — ainda fortemente baseado em insumos químicos externos, pouco adaptados aos ambientes locais e prejudiciais à vida do solo — aparece como um dos grandes desafios.

Como resposta, pesquisadores brasileiros e estrangeiros elaboraram o Padrão de Agricultura Regenerativa Sustentável (PARS), um protocolo que estabelece indicadores técnicos para orientar a transição da agricultura convencional para práticas regenerativas. O documento reúne 124 indicadores distribuídos em seis dimensões — ambiental, socioeconômica, governança, agropecuária, biodiversidade e cultural —, avaliados por um modelo multicritério que traduz dados complexos em parâmetros claros de sustentabilidade.

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“Os indicadores do PARS funcionam como “termômetros” capazes de medir qualidade, quantidade e evolução de processos agrícolas no tempo e no espaço. Um bom indicador, segundo os pesquisadores, deve ser representativo, de fácil medição, preciso e acessível”, explica João Mangabeira, pesquisador da Embrapa Territorial.

No protocolo, a avaliação segue uma escala decimal de 0 a 10, que varia de “não conformidade” (0 a 2) até o nível “especialista” (8,1 a 10), quando os sistemas atingem alto grau de regeneração, com emissão líquida zero ou sequestro positivo de carbono.

Como muitos parâmetros ambientais, como estoques de carbono no solo e biodiversidade, são caros e complexos de medir diretamente, o PARS adota também os proxies — indicadores indiretos que funcionam como substitutos confiáveis e de baixo custo.

Entre as práticas avaliadas estão o intemperismo acelerado de rochas, que aplica pó de basalto ou silicatos ao solo para fixar carbono em bicarbonatos estáveis, e o biochar, biocarvão produzido a partir de resíduos agrícolas que pode reter até 50% do carbono da biomassa original por mais de mil anos.

“Estudos indicam que, no Brasil, a adoção de biochar poderia capturar entre 40 e 110 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano, além de reduzir o uso de fertilizantes sintéticos e recuperar áreas degradadas”, destaca Lauro Pereira, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente.

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Para Lucas Lima, pesquisador da Unicamp, a substituição de químicos por biofertilizantes e biodefensivos pode cortar em até 50% o uso de fertilizantes sintéticos e em 70% a aplicação de defensivos químicos, diminuindo as emissões de óxido nitroso, gás de efeito estufa quase 300 vezes mais potente que o CO2.

Raimundo Maciel, professor da Universidade Federal do Acre (UFAC), explica que sistemas biodiversos como agroflorestais, silvipastoris e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) mostram forte capacidade de captura de carbono e aumento da matéria orgânica do solo. Pesquisas da Embrapa apontam que eucaliptos em sistemas integrados acumularam, em média, 65 toneladas de carbono por hectare em oito anos.

Governança, cultura e inclusão social

O protocolo também abrange dimensões sociais e culturais. Questões como equidade, transparência, rastreabilidade, certificações, participação comunitária e igualdade de gênero são avaliadas como parte essencial da sustentabilidade.

A dimensão cultural reconhece o valor das tradições agrícolas e do conhecimento transmitido entre gerações, entendendo que práticas enraizadas nos territórios fortalecem a identidade local e a permanência de jovens no campo.

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Ferramenta para agricultores e políticas públicas

Com metodologia construída ao longo de três décadas de pesquisas, o PARS transforma indicadores qualitativos em índices quantitativos. Isso permite orientar tanto produtores rurais quanto empresas e governos, subsidiando políticas públicas, certificações e pagamentos por serviços socioambientais.

De fácil aplicação e baixo custo, o protocolo foi pensado para democratizar o acesso a ferramentas de avaliação. A expectativa dos especialistas é que ele se torne um instrumento prático para medir, valorizar e remunerar a agricultura regenerativa no Brasil, tornando a sustentabilidade um objetivo mensurável e tangível.

“Com metodologia construída ao longo de três décadas de pesquisas, o PARS transforma indicadores qualitativos em índices quantitativos. Isso permite orientar tanto produtores rurais quanto empresas e governos, subsidiando políticas públicas, certificações e pagamentos por serviços socioambientais”, afirma Ademar Romeiro, professor do Instituto de Economia da Unicamp.

O trabalho foi publicado em Texto para Discussão. Unicamp. IE, Campinas, n. 483, julho 2025, de autoria de João Mangabeira, Lucas Lima, Raimundo Maciel, Unicamp, Fernando Nauffal Filho, Universidade Federal do Paraná, Ademar Romeiro, Unicamp, José Kassai, USP, Carolina Bueno, Unicamp, Caroline Oliveira, Universidade Federal do Paraná, Fabíola Colle, Advogada, Gisele Vilela, Sérgio Tôsto, Embrapa territorial, Mitali Maciel, Unicamp, Oleides Oliveira, Universidade de Santa Cruz do Sul, Oscar Sarcinelli, Unicamp, Lauro Pereira, Embrapa Meio Ambiente, Rômulo Valentim e Márcio de Aquino, da Universidade Federal do Acre

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Cristina Tordin (MTB 28499/SP) – Embrapa Meio Ambiente

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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