SOJA
Mato Grosso registra alta nos preços da soja
Foto: CenárioMT
O setor de soja em Mato Grosso continua apresentando resultados positivos. De acordo com dados do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), a comercialização da oleaginosa para a safra 2023/2024 avançou significativamente em julho, atingindo 92,35% da produção prevista.
O aumento nos preços da soja, que se mantiveram em torno de R$ 120,00 por saca na maior parte do estado, impulsionou a comercialização. O preço médio negociado em julho foi de R$ 121,67 por saca, registrando uma valorização de 0,40% em relação ao mês anterior.
A estabilidade dos preços e a proximidade do início do plantio da nova safra estimularam os produtores a comercializar seus grãos, garantindo assim a receita para os próximos investimentos. As vendas antecipadas da safra 2024/2025 já alcançaram 26,29% da produção estimada, demonstrando a confiança dos produtores no mercado.
A valorização do dólar também contribuiu para a alta dos preços futuros da soja em Mato Grosso, incentivando ainda mais a comercialização da oleaginosa.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
SOJA
Falta de silos de armazenamento põe em risco a superprodução brasileira de grãos
Assessoria
A safra 2024/2025 deve alcançar um crescimento expressivo de 8% na produção de grãos, totalizando 322,5 milhões de toneladas, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, o aumento da colheita intensifica um problema estrutural no agronegócio brasileiro: o déficit de armazenagem. Especialistas alertam para o risco de um colapso logístico no período pós-colheita, especialmente se as condições climáticas favorecerem a produtividade em todo o país.
O presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos da Abimaq, Paulo Bertolini, destaca a necessidade de investimentos robustos para acompanhar o crescimento da produção. Ele calcula que seriam necessários R$ 15 bilhões anuais apenas para manter o ritmo do aumento de 10 milhões de toneladas por ano. “Esse valor é só para acompanhar o crescimento, não para eliminar o déficit, que já ultrapassa R$ 120 bilhões”, explica.
“No ano passado, o déficit total da capacidade de armazenagem brasileira era de 83 milhões. Esse ano, salta para 118 milhões. É comum e esse ano vai ser mais grave ainda. Se vê milho sendo armazenado a céu aberto, sujeito a ataques de insetos, sujeito a ataques de roedores e, inclusive, a chuvas”, diz Paulo Bertolini. Falta de silos de armazenamento ameaça a superprodução de grãos
A capacidade de armazenagem no Brasil teve um avanço de 5,4% nos primeiros seis meses de 2024, segundo o IBGE, chegando a 222,3 milhões de toneladas. Apesar disso, o crescimento ainda é insuficiente para atender à demanda. Atualmente, cinco produtos concentram 96,1% do total estocado, com destaque para soja (43,3 milhões de toneladas) e milho (32,7 milhões de toneladas). O número de estabelecimentos de armazenagem também cresceu 3,5%, totalizando 9.424 unidades.
Para tentar minimizar o déficit, o governo federal destinou R$ 7,8 bilhões ao Programa para a Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) no Plano Safra 2024/2025, um aumento de 17,4% em relação ao ciclo anterior. Apesar de ser uma iniciativa elogiada pelo setor, os recursos ainda estão longe do ideal, segundo especialistas. Bertolini enfatiza que o crédito precisa priorizar a instalação de silos nas propriedades rurais, reduzindo a dependência de estruturas industriais.
Outro entrave apontado pelo especialista é a burocracia para a construção de armazéns. “Um trator de R$ 2 milhões exige apenas um aval para financiamento. Já para um silo, é necessário lidar com hipoteca, licença ambiental, licença prévia e licença de operação. Isso torna o processo extremamente complicado para o agricultor”, afirma.
O cenário atual exige atenção e planejamento estratégico. Sem investimentos adequados e a redução da burocracia, o agronegócio brasileiro corre o risco de enfrentar gargalos logísticos que podem comprometer a eficiência e a competitividade do setor.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Embrapa revela que cascudinho-da-soja ameaça safra brasileira
Emprapa
Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontou para o crescimento de uma praga com potencial para reduzir a produtividade da soja em até 30%, o que equivale a perdas de 8 a 10 sacas por hectare, impactando diretamente o potencial econômico das lavouras. O cascudinho-da-soja (Myochrous armatus) tem preocupado produtores rurais, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, por sua capacidade de causar danos significativos nas plantações.
De acordo com dados da Embrapa, o cascudinho atua desde as primeiras fases da cultura da soja, prejudicando as plantas já na fase de germinação. Na fase larval, a praga vive no solo e destrói as raízes das plantas, enquanto na fase adulta, o ataque se intensifica, com a alimentação no caule, hastes e pecíolos. Isso pode levar ao tombamento e até à morte das plantas, resultando em uma queda considerável na produção.
Hudslon Huben, especialista em manejo agrícola, destaca que os danos são especialmente críticos em plantas jovens. “O cascudinho ataca principalmente no início do ciclo da cultura, o que é ainda mais problemático quando ocorre em períodos de estiagem. Nessas condições, as perdas podem ser ainda mais graves, deixando as plantas enfraquecidas ou até matando-as”, explica Huben.
A identificação correta do cascudinho é um desafio para os produtores, pois a praga é similar ao torrãozinho (Aracanthus mourei). O cascudinho adulto tem coloração preto-fosca, mas pode variar de marrom a acinzentado, dependendo do tipo de solo. Suas larvas, por sua vez, são amareladas e se desenvolvem no solo.
A Embrapa, que é referência em pesquisa agrícola no Brasil, alerta para a importância do monitoramento constante das lavouras e do uso de estratégias de manejo integrado. Isso inclui a combinação de monitoramento frequente, além da aplicação de produtos químicos e biológicos registrados para combater a praga.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
SOJA
Queda nas compras chinesas de soja em outubro reflete menor oferta e tendência de mercado
Soja colheita – Canva
Em outubro de 2024, a China reduziu significativamente as importações de soja do Brasil e dos Estados Unidos. Dados mostram que as exportações brasileiras para o gigante asiático somaram 3,52 milhões de toneladas , representando uma queda de 28,14% em relação ao mesmo período de 2023. Essa redução reflete a menor disponibilidade de soja no Brasil , atribuída à quebra de safra nos principais estados produtores.
Nos EUA, o cenário também foi de retração, com a China adquirindo 2,42 milhões de toneladas , uma queda de 5,37% no comparativo anual.
Apesar do retorno mensal, o acumulado do ano (janeiro de outubro de 2024) revela uma alta de 3,50% nas compras chinesas de soja brasileira em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, o consumo da oleaginosa norte-americana pela China caiu 10,38% no mesmo intervalo, refletindo mudanças nas dinâmicas de mercado e na competitividade entre os dois países.
Tendências para 2025
Para o próximo ano, os analistas esperam que a China amplie suas compras de soja brasileira, caso o governo norte-americano implemente promessas de campanha do ex-presidente Donald Trump, semelhantes às políticas protecionistas adotadas entre 2018 e 2019. Se for aprovada, essa mudança poderá favorecendo ainda mais o Brasil, consolidando sua posição como principal fornecedor de soja para o mercado chinês.
O cenário reflete não apenas questões de oferta e demanda, mas também as implicações geopolíticas e comerciais que moldam o comércio global de commodities agrícolas.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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