Pecuária
Freio de Ouro celebra os melhores em noite de festa na Expointer
Fotos: Felipe Ulbrich/Divulgação
Um ciclo de superação. Depois de mudanças de calendário e locais de provas durante as classificatórias, o Freio de Ouro, modalidade seletiva promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), conheceu seus campeões neste sábado, 31 de agosto, na Arena do Cavalo Crioulo no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).
Um grande público que passou pela Expointer no penúltimo dia de feira pode conferir as disputas acirradas dos conjuntos na mangueira e nas provas na pista. A grande final consagrou a égua Capanegra Doña Guinda-TE da Cabanha Capanegra, de Dom Pedrito (RS), de Fernando Pons, montada pelo ginete Eduardo Weber de Quadros, como a grande campeã do ciclo. Pons conta que a égua repete o feito da mãe, Capanegra Oña Guinda, Freio de Ouro em 2015 FICCC. “Elas não são muito morfológicas, de alta nota de morfologia, mas são muito funcionais. temperamento muito bom, mansas, inteligentes, então eu acho que é tudo aquilo que a gente busca”, disse o criador.
Na categoria machos, o lugar mais alto do pódio foi ocupado pelo cavalo Jalisco da GAP São Pedro, do Condomínio Jalisco da GAP São Pedro, montado pelo ginete Daniel Teixeira. Integrante do condomínio, José Ernesto Ferreira celebrou a conquista, dividida com os demais condôminos e conta que o Jalisco foi um projeto desde um ano de idade. “O meu filho se apaixonou por ele com um ano de idade e queria comprar sozinho. Acabamos não comprando sozinhos e compramos com dois anos de idade com dois amigos, 50%. Hoje nós temos 52 no grupo e o cavalo só deu alegria. E ele não precisava provar nada, porque a primeira geração já está domada e é tudo craque”, relatou.
O presidente da ABCCC, César Hax, festejou a superação. “A perfeição é difícil de dizer que ela aconteça, mas eu acho que a gente fez um trabalho de superação muito grande, de uma raça que é enorme, de uma comunidade que merece isso que a gente está vivendo. Um freio lindo, num momento difícil”, avaliou.
A avaliação desta final ficou por conta de Douglas Leite Gonçalves, Luiz Alberto Martins Bastos e Mateus Gularte da Silveira para a categoria fêmeas. Já para a categoria machos foram escolhidos Ciro Manoel Canto de Freitas, José Francisco Pereira de Moura e Rodrigo Albuquerque Py. O ciclo do Freio de Ouro tem o patrocínio de John Deere, Banrisul, KTO, Florestal, Vetnil e Supra, e o apoio de ABHB, Oviedo, Selas Dumont e RAM.
Confira os resultados:
FÊMEAS
Freio de Ouro
CAPANEGRA DOÑA GUINDA-TE
CRIADOR: FERNANDO DORNELLES PONS
EXPOSITOR: FERNANDO DORNELLES PONS
ESTABELECIMENTO: CABANHA CAPANEGRA, DOM PEDRITO-RS
GINETE: EDUARDO WEBER DE QUADROS
MÉDIA: 21.177
Freio de Prata
ILUMINADA DO RIO NEGRO
CRIADOR: GUSTAVO CAMPONOGARA
EXPOSITOR: GUSTAVO CAMPONOGARA
ESTABELECIMENTO: EST NCIA RIO NEGRO, BAGÉ-RS
GINETE: RICARDO GIGENA WREGE
MÉDIA: 20.822
Freio de Bronze
SAUDADES HIJA BUENA
CRIADOR: ADRIANA BECK NESSI/CLEBER RANGEL TODERO
EXPOSITOR: CONDOMINIO CERRO CHENQUE
ESTABELECIMENTO: FAZENDA CAPÃO REDONDO, BARRA DO RIBEIRO-RS
GINETE: EDUARDO WEBER DE QUADROS
MÉDIA: 20.712
Freio de Alpaca
OFERENDA DA TAMANCA
CRIADOR: LAURO CARDOSO TERRA E FILHOS
EXPOSITOR: LAURO CARDOSO TERRA E FILHOS
ESTABELECIMENTO: EST NCIA TAMANCA, SANTA VITÓRIA DO PALMAR-RS
GINETE: RICARDO GIGENA WREGE
MÉDIA: 20.570
MACHOS
Freio de Ouro
JALISCO DA GAP SÃO PEDRO
CRIADOR: EDUARDO MACEDO LINHARES
EXPOSITOR: CONDOMÍNIO JALISCO DA GAP SÃO PEDRO
GINETE: DANIEL WAIHRICH MARIM TEIXEIRA
MÉDIA: 22.105
Freio de Prata
CAMPANA ECHO A MANO
CRIADOR: MÁRIO MOGLIA SUÑE
EXPOSITOR: ANDRE RODIGHERI
ESTABELECIMENTO: CABANHA RODIGHERI, OSÓRIO-RS
GINETE: TOMAZ MARQUES IGNACIO GONÇALVES
MÉDIA: 21.065
Freio de Bronze
JACINTO CALA BASSA-TE
CRIADOR: MARCELO REZENDE MÓGLIA
EXPOSITOR: MARCELO REZENDE MÓGLIA
ESTABELECIMENTO: CABANHA CALA BASSA, BAGÉ-RS
GINETE: MARCELO REZENDE MÓGLIA
MÉDIA: 20.924
Freio de Alpaca
LEOPARDO DA GAP SÃO PEDRO-TE
CRIADOR: EDUARDO MACEDO LINHARES
EXPOSITOR: CONDOMÍNIO LEOPARDO
ESTABELECIMENTO: GAP SÃO PEDRO, CABANHA PITANGUEIRA E CABANHA PORTEIRA DE FERRO, URUGUAIANA-RS
GINETE: NATHAN DE VASCONCELOS VALADÃO
MÉDIA: 20.076
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Pecuária
Boi gordo continua em alta, mas enfrenta desafios no consumo interno
Divulgação
O mercado físico do boi gordo segue registrando negócios acima das referências médias em algumas regiões do país, mas a movimentação ainda é considerada lenta. Segundo análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a recuperação dos preços da arroba reflete principalmente o bom desempenho das exportações brasileiras, que vêm batendo recordes mês após mês.
Apesar disso, especialistas alertam para limitações no mercado interno, em função do baixo poder de compra da população, o que pode restringir novas altas nos preços da carne bovina. “Os preços aparentam estar próximos do limite, com alguns cortes já enfrentando dificuldades de repasse. Isso sinaliza que a migração para outras proteínas está se intensificando”, avaliam analistas do setor.
Os preços da arroba do boi gordo variam nas principais praças do país: em São Paulo, o valor médio é de R$ 354,42; em Goiás, R$ 353,75; em Minas Gerais, R$ 333,82; em Mato Grosso do Sul, R$ 341,48; e em Mato Grosso, R$ 331,01.
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No mercado atacadista, o quarto dianteiro registrou aumento, sendo cotado a R$ 20,50 por quilo, alta de R$ 0,50. O quarto traseiro manteve-se em R$ 26,50 por quilo, enquanto a ponta de agulha permaneceu estável em R$ 19,50 por quilo. Apesar de uma leve recuperação, especialistas apontam que os preços estão próximos do limite para o mercado interno, devido à crescente migração do consumo para proteínas mais baratas.
Em Mato Grosso, maior produtor nacional de carne bovina, o preço da carcaça casada atingiu em novembro o maior valor da série histórica, cotada a R$ 22,64 por quilo, após uma valorização de 32,41%. O movimento foi impulsionado pelo aumento de 39,67% na arroba do boi gordo desde setembro, quando o indicador começou a se recuperar.
Esse desempenho reflete tanto a demanda aquecida no mercado interno e externo quanto a menor oferta de animais prontos para o abate. As indústrias conseguiram repassar os custos elevados ao atacado, estreitando a relação entre os preços da carcaça e da arroba, com uma diferença de apenas 9,99% no período.
A proximidade das festas de fim de ano e o aumento sazonal do poder aquisitivo da população podem sustentar os preços elevados da carne bovina. O consumo típico do período, aliado à continuidade das exportações em ritmo acelerado, traz perspectivas de manutenção ou até novas altas nos preços da proteína vermelha.
No entanto, o setor segue atento aos desafios do mercado doméstico e às possíveis oscilações na oferta de animais terminados, fatores que podem influenciar os preços nas próximas semanas.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Novo caso de raiva bovina é detectado em propriedade rural de Rondonópolis
Assessoria Indea
Um novo caso de raiva bovina foi detectado em uma propriedade rural de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), nesta terça-feira (26). A presença da doença, transmitida pela mordida do morcego hematófago, foi atestada após exames feitos no laboratório do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).
Com a confirmação da presença da doença, os médicos veterinários do Indea notificaram a Secretaria de Saúde de Rondonópolis e todas as propriedades existentes em um raio de 10 quilômetros onde o foco foi detectado. O protocolo pra esse tipo de caso é notificar os produtores onde está o foco e o perifoco a vacinar os bezerros e revacinar o gado, se houver sido feito a vacinação em prazo superior a 60 dias.
A propriedade onde ocorreu a confirmação da raiva bovina terá de vacinar obrigatoriamente os animais novamente. Todas as propriedades do foco e perifoco não sofrerão bloqueio e nem estarão impedidos de realizar o trânsito de animais.
A técnica laboratorial usada pelo Indea para detectar a presença da raiva foi a metodologia de Imunofluorescência direta na qual são coletadas amostras do cérebro e o cerebelo do animal doente. Esse material é colocado em uma lâmina onde se acrescenta o reagente de Imunofluorescência diretamente sobre material, que após reação química é possível confirmar se há a presença da raiva. O resultado leva até 48 horas, porém nesse caso ocorreu no mesmo dia que o material foi recebido
Com o caso de Rondonópolis chega a 22 o número de casos confirmados de raiva bovina em Mato Grosso em 2024.
HNT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Vacas milionárias consolidam status de superestrelas no Brasil
Assessoria
No universo da pecuária brasileira, dois nomes vêm chamando atenção por cifras que rivalizam com transações empresariais de alto escalão. Carina FIV do Kado e Viatina-19 FIV Mara Móveis, duas matrizes da raça Nelore, não são apenas animais de produção, mas ícones de excelência genética e investimentos milionários.
Carina, tricampeã da raça Nelore e destaque em exposições como Expoinel e Expozebu, alcançou um valor impressionante de R$ 24,06 milhões, na última sexta-feira (22.11) . Durante o Leilão Cataratas Collection, em Foz do Iguaçu, Paraná, 25% de sua posse foram vendidos por R$ 6,015 milhões, consolidando seu lugar na história como a vaca mais valiosa do mundo. O animal, que possui 36 meses, pertence às empresas Casa Branca Agropastoril, RS Agropecuária, Nelore RFA e Syagri Agropecuária, cada uma detendo 25% de sua propriedade.
Já Viatina-19, recordista anterior e referência no Guinness Book, teve seu valor projetado em R$ 21 milhões após sucessivas negociações. Reconhecida por sua genética impecável e prêmios internacionais, como o título “Miss América do Sul” na competição bovina Champion of the World, Viatina também é símbolo de ousadia no mercado pecuário. Um dos momentos marcantes de sua história foi o leilão de 2022, quando a Agropecuária Napemo adquiriu 50% do animal por quase R$ 4 milhões.
Mais do que números astronômicos, essas vacas representam o ápice do trabalho de seleção genética no Brasil. A comercialização de partes desses animais, como óvulos ou participações societárias, alimenta um mercado dinâmico que visa perpetuar as qualidades excepcionais em novas gerações. A combinação de excelência produtiva, prêmios e estratégias de marketing — incluindo outdoors e eventos de gala — reforça a posição do Brasil como líder global na criação de bovinos de elite.
Esses animais, além de símbolos de status no setor, traduzem um modelo de negócios em que genética de ponta, ciência e tradição se encontram para moldar o futuro da pecuária de alto valor.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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