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Agricultura

Preço do Milho sobe 4,16% e acelera comercialização em Mato Grosso

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Em agosto, as vendas da safra de milho 2023/24 em Mato Grosso avançaram, impulsionadas por um aumento de 4,16% no preço da saca.

 

As vendas da safra de milho 2023/24 em Mato Grosso registraram um avanço significativo em agosto, alcançando 69,70% da produção estimada para o estado, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Esse número representa um crescimento de 11,61 pontos percentuais em relação ao mês anterior, superando pela primeira vez o percentual comercializado na safra 2022/23. O fator chave para esse avanço foi a melhora nos preços do milho, que registraram alta durante o mês.

MAIS SOBRE MILHO

  • Comercialização de milho em Mato Grosso avança com melhora nos preços
  • Preços do milho continuam em alta no mercado interno, impulsionados por valorização externa e clima adverso

Segundo o IMEA, o valor médio da saca de milho em agosto chegou a R$ 41,63, representando um aumento de 4,16% em comparação a julho. Esse cenário favorável contribuiu para acelerar as negociações e permitir que o estado ultrapassasse as expectativas de comercialização para o período.

Expectativas para a Safra 2024/25

As perspectivas para a próxima safra também mostram avanços, embora em ritmo mais moderado. Em agosto, a comercialização da safra de milho 2024/25 atingiu 11,36% da produção projetada, um crescimento de 4,07 pontos percentuais em relação ao mês anterior. No entanto, o volume negociado está 16,55 pontos percentuais abaixo da média histórica, o que indica que os produtores estão mais cautelosos com as vendas futuras.

Mercado da Soja

No mercado de soja, Mato Grosso também registrou números importantes em agosto. A comercialização da safra 2023/24 atingiu 94,53% da produção prevista, representando um avanço de 2,18 pontos percentuais em comparação ao mês de julho. O resultado é ligeiramente superior à média dos últimos cinco anos, ficando 1,54 pontos percentuais acima do registrado nesse período.

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Entretanto, o ritmo de vendas desacelerou, reflexo da queda nos preços da oleaginosa. Em agosto, o preço médio da saca de soja no estado foi de R$ 120,91, uma queda de 0,63% em comparação com o mês anterior. A desvalorização da soja afetou o mercado e fez com que os produtores adotassem uma postura mais cautelosa nas negociações.

Para a safra 2024/25, a comercialização avançou, com 30,41% da produção esperada já vendida, um crescimento de 4,12 pontos percentuais em relação ao mês anterior. No entanto, os preços futuros também apresentaram queda, com a saca de 60 kg negociada a R$ 107,20, uma retração de 1,77%.

Algodão: Desafios no Mercado

O mercado de algodão, por sua vez, enfrenta um cenário mais desafiador em Mato Grosso. Em agosto, a comercialização da safra 2023/24 chegou a 67,62% da produção estimada, com um crescimento modesto de 2,32 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Contudo, as vendas ainda estão abaixo da média histórica, refletindo a pressão de uma maior oferta global que impacta diretamente os preços da pluma.

O preço médio da arroba do algodão no estado foi de R$ 128,51 em agosto, uma queda de 2,57% em comparação com julho. Com a expectativa de uma oferta elevada no mercado internacional, os produtores têm enfrentado dificuldades em negociar a pluma a preços mais atrativos.

Já para a safra 2024/25, as vendas permanecem abaixo da média, com apenas 21,84% da produção projetada comercializada até agosto, um avanço de 1,07 ponto percentual no mês. O preço médio da arroba para a safra futura foi de R$ 127,57, uma queda de 4,70% em relação ao mês anterior, evidenciando o impacto da oferta excessiva no mercado.

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Perspectivas para o Setor Agropecuário

Os resultados de agosto mostram que o mercado agrícola em Mato Grosso segue dinâmico, com algumas culturas como o milho e a soja registrando avanços importantes na comercialização, impulsionados por oscilações nos preços. No entanto, o algodão continua enfrentando desafios devido à pressão do mercado global, o que deve exigir estratégias mais cautelosas por parte dos produtores nos próximos meses.

O IMEA destaca que o cenário futuro para as safras depende não apenas das condições de mercado, mas também de fatores como clima e logística, que podem impactar diretamente a produção e a comercialização. A alta nos preços do milho e o avanço nas vendas indicam uma reação positiva, mas é fundamental que os produtores se mantenham atentos às movimentações do mercado global e às variações nos preços das commodities para garantir melhores margens de lucro.

Com a proximidade do final do ciclo das principais culturas, Mato Grosso continua a desempenhar um papel de liderança no agronegócio brasileiro, confirmando sua importância estratégica para o setor. As expectativas para os próximos meses indicam que, com planejamento e ajustes nas estratégias de comercialização, o estado continuará a alcançar resultados expressivos nas safras futuras.

Fonte: CenárioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

No pódio do agro: a produtora de soja premiada que ‘abraçou’ a sustentabilidade

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Foto: Vanessa Bomm/Arquivo Pessoal

“Me apaixonei pelo agronegócio.” Essa é a frase que resume a trajetória de Vanessa Bomm, arquiteta de formação e produtora de soja que, por escolha, decidiu se arriscar no mundo do pai e se apaixonou pelo campo. No início, a agricultora, natural de Palotina, conciliava sua rotina entre obras e lavouras, dois universos distintos, mas ainda predominantemente dominados por homens.

Após 20 anos de profissão como arquiteta, Vanessa decidiu trocar a fita métrica pelas máquinas. “Quando entrei no mundo do plantio, sabia que estava entrando em um grupo muito masculino e estava acostumada a lidar com isso, porque nas obras a maioria eram homens”, diz a produtora.

Aprendizado semeado

Foto: Vanessa Bomm

Há sete anos, Vanessa semeia a soja na propriedade de sua família, no município de Terra Roxa. Neta de italianos vindos do Rio Grande do Sul, ela sempre teve uma conexão com o campo, embora tenha iniciado sua trajetória profissional em outra área. Quando seu pai a convidou para se juntar a ele na lavoura, ela não hesitou. Ouviu o chamado do patriarca e não pensou duas vezes. Mergulhou de cabeça.

Desde então, Vanessa tem vivido e aprendido o ritmo e os desafios do agro e as coisas têm caminhado de forma promissora. Com muito trabalho e dedicação, ela ajudou a consolidar o sucesso da propriedade. “Estamos passando por anos com desafios. Nem sempre conseguimos demonstrar uma grande produção, mas sabemos que não perderemos tudo se adotarmos práticas sustentáveis e outras estratégias.”

Para ela, o segredo está em adaptar-se às dificuldades do clima e do solo, sem deixar de lado uma abordagem responsável e inovadora para garantir a produtividade e a longevidade da lavoura.

Sustentabilidade adotada pela produtora de soja

Vanessa diz que mesmo com muitos desafios, como o clima e as condições do solo, a adoção de práticas mais sustentáveis tem mostrado resultados positivos na lavoura de soja+. “Hoje, técnicas como o plantio de cobertura e a diversificação de raízes têm contribuído para reduzir os impactos no ambiente e criar um sistema produtivo mais resiliente.” Segundo a produtora, as práticas melhoram a qualidade do solo e ajudam a manter a água no solo e a reduzir a erosão, tornando o sistema agrícola mais robusto. Descarbonizacao de carbono, sequestro de carbono.

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A produtora faz parte do Programa PRO Carbono, iniciativa da Bayer, voltada à inovação para uma agricultura sustentável. Algumas ferramentas, desenvolvidas em parceria com a Embrapa, se destacam pela criação de técnicas de baixa emissão e sequestro de carbono, além de quantificar os benefícios ambientais.

E o controle de pragas não fica de fora! O plantio de cobertura, com plantas como aveia, nabo, trigo mourisco, sorgo, milheto e capins braquiária e crotalária, além de controlar pragas de maneira ecológica, protege o solo contra a erosão, melhora a retenção de água e cria um ambiente mais saudável para o crescimento das culturas.

Quando Vanessa entrou para o universo do agro, pôde perceber a dimensão do setor e sua importância para o Brasi. A produtora também destacou a transformação tecnológica que a agricultura está vivendo, com o uso crescente de agricultura digital e tecnologias como o feed view para monitoramento das lavouras.

“No ano em que entrei na fazenda, pude visualizar o impacto dessas inovações no campo. Com o auxílio dessas ferramentas, consegui perceber o desempenho de cada talhão, facilitando o manejo e a tomada de decisões mais assertivas”, detalha Vanessa.

No pódio do agro

Em outubro deste ano, a produtora de soja conquistou o primeiro lugar no Prêmio Mulheres do Agro 2024, na categoria Grande Propriedade. Essa é uma premiação que reconhece as contribuições das mulheres no setor agropecuário. O reconhecimento, que celebra o impacto feminino no agro, marca um dos maiores feitos na trajetória de Vanessa que, ao longo dos anos, tem se dedicado a transformar o campo por meio de práticas sustentáveis, inovação tecnológica e um trabalho que integra tradição e modernidade no agronegócio.

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Agricultura

Exportações de soja devem ultrapassar 2 milhões de toneladas

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Fonte: Appa

As exportações brasileiras de soja em grão devem somar 2,456 milhões de toneladas em novembro, segundo o levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). No mesmo mês de 2023, as exportações de soja atingiram um volume expressivo de 4,599 milhões de toneladas. Segundo a Safras & Mercado, em comparação, em outubro de 2024, o Brasil embarcou 4,443 milhões de toneladas, evidenciando uma leve redução, mas ainda mantendo um ritmo forte de exportações.

Na semana encerrada em 23 de novembro, o Brasil exportou cerca de 480 mil toneladas de soja. Para o período de 24 a 30 de novembro, a ANEC estima um aumento nos embarques, com a previsão de exportação de mais de 660 mil toneladas, o que indica uma aceleração no ritmo de embarques até o final do mês.

Quanto ao farelo de soja, as exportações devem registrar um volume semelhante ao do ano passado, com uma leve queda em relação ao mês anterior. Em novembro, a expectativa é de embarques próximos a 1,9 milhão de toneladas, um valor inferior ao exportado em 2023, mas consideravelmente abaixo do total de outubro de 2024. Na última semana, as exportações de farelo de soja somaram pouco mais de 370 mil toneladas, com uma previsão de aumento nos embarques para o final deste mês.

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Agricultura

Ministro apoia PL da Reciprocidade, que protege exportações brasileiras de regras desiguais

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Foto: Mapa/divulgação

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, manifestou apoio ao projeto de lei 1406/2024, o chamado PL da Reciprocidade, em declaração realizada nesta terça-feira (26). A proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, busca impedir que exportações brasileiras sofram prejuízos devido a regras ambientais consideradas rigorosas e desiguais impostas por outros países.

O projeto prevê a não aceitação de acordos internacionais que possam restringir de forma discriminatória o comércio de produtos brasileiros. Segundo Fávaro, o Brasil já adota normas sanitárias e ambientais rígidas, garantindo uma produção de alimentos sustentável e respeitosa ao meio ambiente.

“É muito cabível que a gente possa cobrar a reciprocidade”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que o Brasil está preparado para discutir boas práticas ambientais, rastreabilidade e transparência em seus processos com qualquer país ou bloco comercial. O objetivo é assegurar aos consumidores a qualidade e a sustentabilidade dos produtos brasileiros.

O que diz o PL 1406/2024?

O PL propõe alterações na Lei nº 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Entre as mudanças, está a criação do Programa Nacional de Monitoramento da Isonomia Internacional de Políticas Ambientais.

O programa terá como função acompanhar as políticas ambientais de países que mantêm relações comerciais com o Brasil, garantindo isonomia e cobrando a aplicação de práticas sustentáveis globalmente.

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