Agronegócio
Como alcançar mais de 100 sacas de soja por hectare

Divulgação
A conquista de uma produtividade de mais de 100 sacas de soja por hectare exige cuidados especiais com o solo e o uso adequado de tecnologias. “É fundamental ter um solo quimicamente corrigido, fisicamente estruturado e biologicamente vivo”, destaca o consultor Luciano Biancini, vencedor da Região Norte na Categoria Sequeiro do último Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). Atuando na Fazenda Fronteira 2, em Mateiros (TO), propriedade do Grupo Ilmo da Cunha, Biancini colaborou para o alcance de 104,42 sacas por hectare. Em entrevista, ele compartilha dicas valiosas para produtores que buscam superar os desafios da produtividade. Confira os principais pontos abordados:
A relevância do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja
Segundo Biancini, o Desafio promovido pelo CESB é uma iniciativa altamente respeitada no setor. “O CESB tem credibilidade e seriedade. Participar do Desafio nos tira da zona de conforto e nos incentiva a buscar soluções inovadoras”, afirma. Ele ainda acrescenta que a competição oferece uma oportunidade valiosa para os produtores testarem seus limites e aprimorarem suas técnicas.
Dicas essenciais para atingir a máxima produtividade de soja
Para Biancini, o sucesso começa com uma equipe qualificada. “É imprescindível contar com uma equipe bem treinada e capacitada. Sem pessoas competentes, nada acontece”, explica. Além disso, ele ressalta a importância de corrigir o solo adequadamente, ajustá-lo quimicamente e manter sua estrutura física e biológica em bom estado.
Outro fator crucial é a escolha dos materiais apropriados para cada área da plantação. “Esse ajuste fino é um dos passos mais importantes”, destaca. Ele também reforça a necessidade de proteger a cultura de pragas, doenças e plantas daninhas, utilizando soluções eficientes para manejo.
O papel da tecnologia na busca por alta produtividade
A tecnologia, segundo o consultor, é uma aliada indispensável. “Hoje, é possível realizar o mapeamento preciso das fazendas e aplicar a agricultura de precisão. Existem sistemas de monitoramento para detectar pragas e doenças, além de máquinas de alta performance”, observa Biancini, que enfatiza a importância de estar sempre atualizado, ouvindo podcasts e estudando novas soluções tecnológicas.
A contribuição do manejo e controle biológico
Biancini acredita que, para superar a barreira das 90 sacas por hectare, o ajuste biológico é fundamental. “O uso correto de produtos biológicos, palhada e sistemas de manejo pode garantir resultados expressivos”, afirma. Embora o controle biológico ainda precise de mais estudos, ele vê essa prática como um passo decisivo para o futuro da soja.
O CESB, uma organização sem fins lucrativos (OSCIP), reúne especialistas e 22 empresas patrocinadoras que acreditam no avanço sustentável da produtividade da soja no Brasil. Entre as empresas apoiadoras estão BASF, BAYER, SYNGENTA, JACTO, Alltech, e outras. Para mais informações, o contato pode ser feito pelo telefone (15) 3418.2021 ou pelo site oficial www.cesbrasil.org.br.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Tarifa de 50% imposta pelos EUA derruba exportações brasileiras de café solúvel em 60% em agosto

Reprodução/Fonte: Portal do Agronegócio
A entrada em vigor da tarifa de 50% aplicada pelo governo Donald Trump ao café solúvel brasileiro resultou em forte queda nos embarques para os Estados Unidos em agosto. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), as exportações do produto para o mercado norte-americano recuaram 59,9% em relação a agosto de 2024 e 50,1% frente a julho de 2025, totalizando apenas 26.460 sacas de 60 kg.
Impacto do tarifaço frustra expectativas de recorde
O diretor executivo da Abics, Aguinaldo Lima, afirmou que a retração frustra a expectativa de superar o recorde de 4,093 milhões de sacas exportadas em 2024. Ele destacou que a entidade, em conjunto com outras organizações do setor, como Cecafé, BSCA e Abic, está em diálogo com autoridades brasileiras e clientes internacionais para buscar alternativas.
“Essa taxação de 50% inviabiliza o comércio com os americanos. Precisamos restabelecer um fluxo justo de negócios na relação cafeeira entre Brasil e Estados Unidos”, reforçou Lima.
Exportações totais caem em volume, mas receita cresce
Entre janeiro e agosto de 2025, o Brasil exportou 2,508 milhões de sacas de café solúvel para 88 países, uma queda de 3,9% em relação ao mesmo período de 2024.
Apesar disso, a receita cambial alcançou US$ 760,8 milhões, crescimento de 33% no comparativo anual. O desempenho é explicado pela alta dos preços internacionais do café. A Abics projeta que a receita poderá ultrapassar US$ 1 bilhão em 2025, superando os US$ 950 milhões registrados em 2024.
Estados Unidos seguem como principal destino
Mesmo com a queda em agosto, os Estados Unidos permanecem como o maior importador do café solúvel brasileiro em 2025, com 443.179 sacas (-3,7% frente a 2024).
Na sequência, aparecem:
- Argentina: 236.454 sacas (+88,3%);
- Rússia: 188.041 sacas (+16,8%).
Também chamam atenção Colômbia (82,7 mil sacas), Vietnã (72,4 mil sacas) e Malásia (68,8 mil sacas), que passaram a integrar o top 15 dos principais compradores, mesmo sendo grandes produtores de café.
Consumo interno supera 760 mil sacas até agosto
No mercado interno, o consumo de café solúvel somou 763.645 sacas (17,6 mil toneladas) entre janeiro e agosto de 2025, alta de 4,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por categoria:
- Freeze dried (liofilizado): 2.036 toneladas (+11,3%);
- Spray dried (em pó): 15.586 toneladas (+3,9%);
- Cafés solúveis importados: aumento de 30,7%.
Segundo Lima, o avanço está relacionado aos investimentos em qualidade, à diversificação de produtos, à praticidade de preparo e ao fato de o solúvel ser mais acessível em meio ao cenário de preços elevados no mercado.
Abics tem novo presidente interino
Em setembro, Bruno Giestas, diretor comercial da Realcafé, assumiu interinamente a presidência da Abics, após a aposentadoria de Fabio Sato. Ele ficará no cargo até abril de 2026, quando será realizada a eleição da nova diretoria.
“É uma honra e uma grande responsabilidade dar sequência ao trabalho desenvolvido pela gestão anterior. O momento exige atenção especial, principalmente por causa da tarifa imposta pelos EUA, nosso maior cliente”, destacou Giestas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção de milho do Brasil pode crescer 1,75% na safra 2025/26, projeta Safras & Mercado

Divulgação
A safra de milho 2025/26 no Brasil tem potencial para alcançar um novo recorde de produção, segundo estimativa divulgada nesta segunda-feira (15) pela consultoria Safras & Mercado. O volume total pode chegar a 142,494 milhões de toneladas, alta de 1,75% em relação ao ciclo anterior.
Milho verão cresce com aumento de área cultivada
Na região centro-sul, a produção do milho verão deve atingir 25,476 milhões de toneladas, avanço de 3% frente à temporada 2024/25. O crescimento será impulsionado pela expansão de 3% na área plantada, que deve chegar a 3,602 milhões de hectares, além de um pequeno ganho de produtividade média, estimada em 7.072 quilos por hectare.
A semeadura da safra de verão já está em andamento nas principais regiões produtoras.
Safrinha deve puxar novo recorde nacional
A maior parte da produção brasileira, no entanto, continua concentrada na segunda safra (safrinha), semeada no início de 2025. A consultoria mantém, por ora, a expectativa de uma área semelhante à registrada no ciclo 2024/25, em 15,406 milhões de hectares.
Com esse cenário, a produção da safrinha de 2026 pode alcançar 101,230 milhões de toneladas, superando as 100,807 milhões de toneladas previstas para este ano e estabelecendo um novo recorde histórico.
Área total deve crescer 1,4%
A projeção da área total de milho no Brasil para a safra 2025/26 é de 21,577 milhões de hectares, o que representa aumento de 1,4% em relação ao ciclo anterior.
Segundo o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, o avanço consolida a posição do Brasil como um dos principais produtores globais de milho, com tendência de produção crescente impulsionada pela safrinha.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Abates de bovinos no Brasil devem atingir recorde em 2025 antes de retração em 2026, aponta Datagro

Assessoria
Os abates de bovinos no Brasil devem ultrapassar 40,8 milhões de cabeças em 2025, avanço de 2,9% em relação ao ano anterior, segundo projeções divulgadas nesta quarta-feira (17) pela consultoria Datagro, durante evento realizado em São Paulo.
O resultado é impulsionado pela forte demanda internacional, que deve garantir embarques recordes no próximo ano. Parte desse crescimento está ligada ao maior abate de fêmeas, o que pode reduzir a disponibilidade de animais para os ciclos seguintes.
Exportações sustentam aumento dos abates
De acordo com o analista da Datagro, Guilherme Jank, 2025 deve registrar níveis próximos às máximas históricas. “Esse movimento é muito impulsionado pelo abate de fêmeas”, destacou.
As exportações de carne bovina devem crescer 7,7% no próximo ano em relação a 2024. Com isso, 37,1% da produção líquida brasileira terá como destino o mercado externo em 2025, ante 34,6% neste ano. Para 2026, a participação prevista sobe para 39,3%.
Queda prevista para 2026 após ciclo de crescimento
Apesar do bom desempenho projetado para 2025, a Datagro estima retração de mais de 9% nos abates em 2026, para 37,1 milhões de cabeças. O movimento deve ocorrer após o forte crescimento registrado nos últimos anos, quando os abates avançaram 16,4% entre 2023 e 2024, alcançando cerca de 39,7 milhões de animais.
Consumo interno deve recuar
Enquanto as exportações avançam, o consumo doméstico de carne bovina tende a perder espaço. A consultoria projeta queda de 3,9% no consumo em 2025 em relação a 2024, seguida de nova retração em 2026, de 9,4%.
Impactos para o setor pecuário
As previsões indicam que, mesmo diante do crescimento das exportações, o mercado interno poderá enfrentar menor disponibilidade e preços mais altos. Já para os pecuaristas, o aumento no abate de fêmeas pode comprometer a reposição futura, exigindo planejamento para equilibrar oferta, demanda e sustentabilidade da produção.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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