SOJA
Desembolso do crédito rural em Mato Grosso reduziu 65% no atual Plano Safra

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Os primeiros dois meses do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) foram de dificuldade na contratação do crédito rural. As instituições financeiras relatam a falta de recursos equalizados para subsidiar custeio e investimento, enquanto as taxas livres são nenhum pouco atrativas. A análise é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No Brasil, o acumulado de contratação de crédito rural nos meses de julho e agosto de 2024 apresentou redução de 40,57% em relação ao mesmo período do ano passado. O menor volume contratado foi principalmente de custeio e investimento, a principal fonte para produção da agropecuária no país.
No estado de Mato Grosso, essa queda na fonte de recursos de financiamento do produtor rural foi ainda mais expressiva, cerca de 65%.
O volume de R$ 13 bilhões contratados nos dois primeiros meses do PAP 23/24 reduziu para R$ 4,66 bilhões na safra 24/25. De acordo com a Comissão de Política Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), essa redução não se deve à falta de necessidade do produtor, que muito pelo contrário, com quebra de safra por intempéries climáticas, precisa mais do que nunca de um aporte financeiro com taxas de juros equalizadas.
O quadro negativo do crédito rural no estado avança principalmente sobre os recursos controlados com redução de 40%, cerca de R$ 2 bilhões a menos nas mãos dos produtores rurais. Essa redução foi alavancada por uma queda de 85,70% na contratação do PROIRRIGA e de 82,45% do PCA. Se considerarmos os recursos livres a redução é de 75,5%, quase R$ 7 bilhões a menos no volume financiado.
Já a letra de crédito agropecuário (LCA), principal fonte de recurso procurada pelos produtores, com taxa de juros livre e menor burocracia, apresentou uma redução na contratação de R$ 6 bilhões, isto é, 80% a menos.
Todas as regiões de MT apresentaram redução no volume de financiamento no primeiro bimestre do Plano Safra 24/25. A região Oeste destaca-se com a maior retração no volume de recursos contratados com cerca de 79,80%. Já a região Centro-Sul destaca-se por uma redução significativa de 71,35% na utilização dos recursos do RenovAgro, passando de R$ 73 milhões financiados para apenas R$ 21 milhões.
Ainda segundo a Comissão, a expansão ilegal do conceito de embargo e a distorção da definição de florestas públicas geradas pela Resolução nº 5.081, do Conselho Monetário Nacional – CMN e Decreto 11.688/23, colaboraram profundamente com essa redução do crédito ao produtor rural. Caso o imóvel não possua título de propriedade, esteja com pedido de regularização fundiária sob análise ou embargo ambiental de área, independentemente de comprovação de responsabilidade do produtor, fica impedido de acessar o crédito rural.
Essas medidas coordenadas pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, não por acaso, criaram obstáculos a concessão de crédito.
“Após uma safra difícil, com problemas mercadológicos e climáticos, onde a demanda por recursos financeiros foi maior, esperava-se do governo cumprimento da Política Agrícola nacional – nada além do que a Constituição Federal o subordina. Avançar na gestão da execução do crédito rural é fundamental. Penalizar quem produz dentro da legalidade não é, definitivamente, uma política inteligente. Os efeitos serão sentidos pela economia, e os responsáveis não ficarão camuflados”, destaca o diretor-administrativo da Aprosoja-MT, Diego Bertuol.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
SOJA
Colheita atinge 83% em março, com ritmo acelerado em Mato Grosso

Divulgação
A colheita da soja no Brasil fechou março com uma média de 83% da área plantada. Este é o maior percentual para este período do ano desde a safra 2010/11, refletindo um ritmo de colheita acelerado em várias regiões do país, principalmente nas áreas do Norte e Nordeste, favorecidas pelas boas condições climáticas e pela quantidade de lavouras prontas para a colheita.
O Rio Grande do Sul, um dos estados mais impactados pela seca e pelas altas temperaturas durante o ciclo da soja, ainda enfrenta desafios consideráveis. A produtividade média no estado foi estimada em 2.240 kg por hectare, com variações significativas entre as diferentes regiões. No oeste gaúcho, em particular, algumas áreas sofreram perdas severas, tornando a colheita economicamente inviável em determinados pontos.
Já em Mato Grosso, o progresso da colheita é quase total, com mais de 99% da área já colhida até o final de março, um avanço de quase 10 pontos percentuais acima da média histórica para o período. As regiões Centro-Sul, Médio Norte, Noroeste e Norte do estado já concluíram as atividades de colheita, consolidando a liderança de Mato Grosso no processo.
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Em Paraná, as projeções para a produção de soja foram revisadas para baixo, com uma previsão atual de 21 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 0,6% em relação à estimativa anterior. A escassez de chuvas em algumas áreas afetou o desenvolvimento da cultura, resultando em ajustes nas expectativas de produtividade.
A colheita em Bahia também segue em ritmo acelerado, com cerca de 1,8 milhão de hectares já colhidos, colocando o estado em uma posição mais avançada em comparação ao mesmo período da safra anterior, beneficiado pelo clima favorável no início da janela de cultivo. Já no Maranhão, aproximadamente 58% da área foi colhida, e a expectativa é de que melhorias nas infraestruturas rodoviárias, como a BR-135, facilitem o escoamento da produção.
No entanto, a irregularidade das chuvas continua a ser um fator de preocupação para os produtores, especialmente nas regiões do Centro-Sul, que enfrentam uma combinação de escassez de umidade e calor. Apesar disso, a colheita do milho verão 2024/25 no Centro-Sul alcançou 82% até o final de março, mantendo-se no mesmo nível do ano passado, mas com um pequeno aumento em relação à semana anterior.
A safra 2024/25, portanto, segue com desafios e boas perspectivas. As colheitas avançam de maneira desigual, com alguns estados enfrentando dificuldades devido à seca, enquanto outros, como Mato Grosso, apresentam bons índices de produtividade e ritmo acelerado de colheita. A continuidade das chuvas nas próximas semanas será determinante para o andamento das colheitas de milho e soja no país.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
SOJA
Soja – Fungicida destacado em ‘Ensaios de Rede’ registra aumento de demanda ante menor oferta de ‘multissítios’ na safra 2024-25

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Um dos destaques dos ‘Ensaios da Rede’ da safra 2023-24, sobretudo nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, o fungicida Fezan® Gold ganhou tração no mercado diante da menor oferta de produtos “multissítios” neste ciclo 2024-25. A informação é da companhia Sipcam Nichino, desenvolvedora da solução, que reporta demanda aquecida pelo fungicida entre as ferramentas para controle da ferrugem da soja.
“O mercado passa por um momento crítico de escassez de fungicidas protetores ou multissítios, em virtude de problemas logísticos de importação e fornecimento de ativos”, afirma José de Freitas, engenheiro agrônomo da área de desenvolvimento de mercado da Sipcam Nichino. “A companhia, neste momento, reúne plenas condições para atender em boa medida a essa demanda reprimida”, ele acrescenta.
Para Freitas, fungicidas já formulados com protetores ou multissítios se mostram altamente relevantes em relação à eficiência agrícola e ao manejo de resistência de fungos a produtos específicos.
Números dos Ensaios de Rede
De acordo com o agrônomo, o fungicida da companhia, que também está registrado nas culturas de algodão, milho, feijão e trigo, se sobressaiu entre as tecnologias ‘premium’ mais efetivas no tocante a resultados entregues nos Ensaios de Rede, frente à ferrugem da soja, em 2023-24, comparativamente a outros 16 insumos do gênero analisados.
“Fezan® Gold obteve desempenho acima da média nas análises realizadas na fazenda experimental da cooperativa Coamo, em Campo Mourão (PR) e também em campos da consultoria Agro Techno Research, de Passo Fundo (RS)”, continua Freitas.
Em Campo Mourão, salienta o agrônomo, o fungicida Fezan® Gold apareceu na primeira posição em eficácia. Ficou ainda entre os quatro mais efetivos em Passo Fundo. Outro dado relevante, destaca ele, consiste no baixo risco de fitotoxicidade decorrente do uso produto frente a outros fungicidas do mercado.
Conforme Freitas, nos experimentos de Campo Mourão a ação de Fezan® Gold permitiu a entrega de 4,896 mil quilos de soja por hectare, ante à eficácia de controle de 95% do fungo causador da doença (Phakopsora pachyrhizi). Já na gaúcha Passo Fundo, o indicador de produtividade atingiu 4,474 mil kg/ha, uma diferença de quase 2,3 mil kg/ha comparada ao tratamento padrão. Ainda no solo gaúcho, a taxa de eficácia do produto ficou próxima a 60%, acima do chamado padrão do produtor, “mesmo em um cenário de alta severidade da doença”.
Fezan® Gold constitui um fungicida sistêmico e protetor, com formulação líquida SC à base de água, não precisa de óleo, que traz praticidade e facilidade de manuseio e aplicação, além de ter ótima relação de custo & benefício.
Criada em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.
Fernanda Campos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
SOJA
Custo da safra de soja 2025/26 em Mato Grosso sobe 1,16% em janeiro, impulsionado por insumos

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O custeio da safra de soja 2025/26 em Mato Grosso apresentou um aumento de 1,16% no mês de janeiro, alcançando uma projeção de R$ 4.051,33 por hectare. Os dados, divulgados pelo projeto Custo de Produção Agrícola de Mato Grosso (CPA-MT), indicam que a elevação foi impulsionada, principalmente, pelo aumento nos preços dos insumos, com destaque para as sementes.
As despesas com sementes registraram um avanço significativo de 6,30% em comparação ao mês anterior, tornando-se o principal fator de pressão sobre os custos gerais da produção agrícola. Esse aumento reflete tanto a valorização do insumo no mercado quanto os desafios enfrentados pelos produtores para garantir a aquisição de material de qualidade.
Apesar da alta recente, o estudo aponta que o custo das sementes ainda se mantém 8,95% abaixo do valor registrado na safra 2024/25. Esse recuo no comparativo anual sugere que, embora haja oscilações pontuais, os produtores ainda enfrentam um cenário de insumos mais acessíveis do que no ciclo anterior.
O CPA-MT realiza monitoramentos constantes dos custos de produção no estado, oferecendo um panorama essencial para o planejamento do setor agrícola. As variações nos preços de insumos como sementes, fertilizantes e defensivos impactam diretamente na rentabilidade do produtor e na competitividade da safra mato-grossense, que segue sendo um dos principais pilares do agronegócio brasileiro.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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