Agronegócio
IBGE prevê safra de 295,1 milhões de toneladas. Redução de 20,2 milhões de toneladas
Reprodução
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (15.10) o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, trazendo dados importantes sobre a estimativa de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2024.
A safra agrícola de 2024 enfrenta desafios significativos, com uma projeção de 295,1 milhões de toneladas, uma redução de 6,4% em relação ao desempenho de 2023 quando foram produzidas 315,4 milhões de toneladas. Isso representa uma redução de 20,2 milhões de toneladas em um ano e uma leve queda de 0,4% em comparação com a estimativa de agosto.
A variabilidade climática e as mudanças nas áreas de plantio são fatores que influenciam diretamente essas estimativas, exigindo estratégias adaptativas dos agricultores para manter a produtividade e a sustentabilidade do setor.
A área a ser colhida em 2024 é estimada em 78,7 milhões de hectares, um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior. Isso significa um crescimento de 817,3 mil hectares na área plantada, com um leve incremento de 0,1% em relação a agosto.
Arroz, milho e soja continuam sendo os principais produtos agrícolas do Brasil, representando 92,1% da produção estimada para 2024. Esses cultivos ocupam 87,2% da área total plantada.
Em comparação com 2023, houve reduções nas áreas de plantio de algodão herbáceo (15,6%), arroz em casca (5,4%), feijão (6,6%) e soja (3,3%). A área destinada ao milho teve uma queda de 3,3%, sendo 9,3% na primeira safra e 1,4% na segunda safra. Também houve decréscimos nas áreas de trigo (11,9%) e sorgo (2,2%).
Produção Estimada:
*Soja: 144 milhões de toneladas.
*Milho: 116,7 milhões de toneladas (23 milhões de toneladas na primeira safra e 93,7 milhões na segunda safra).
*Arroz: 10,5 milhões de toneladas.
*Trigo: 8,4 milhões de toneladas.
*Algodão Herbáceo (em caroço): 8,8 milhões de toneladas.
*Sorgo: 3,9 milhões de toneladas.
Variações Regionais – A produção agrícola apresentou variação positiva na Região Norte (12,5%). No entanto, houve variações negativas no Sul (-0,7%), Centro-Oeste (-9,9%), Sudeste (-15,8%) e Nordeste (-3,8%). Comparando mês a mês, houve crescimento no Norte (0,4%), Nordeste (0,3%) e Centro-Oeste (0,4%), enquanto o Sudeste (-4,6%) e o Sul (-0,9%) apresentaram declínios.
Mato Grosso continua liderando como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 31%, seguido pelo Paraná (12,8%), Rio Grande do Sul (12%), Goiás (10,6%), Mato Grosso do Sul (7,2%) e Minas Gerais (5,6%). Juntas, essas regiões representam 79,3% da produção total do país.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Indea capacita técnicos para impedir entrada em MT de fungo que afeta plantações de mandioca
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules – Foto por: Divulgação/Embrapa
O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) preparou o quadro técnico de servidores que atuam na defesa sanitária vegetal da autarquia para evitar a entrada do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), conhecido popularmente como vassoura-de-bruxa da mandioca.
Esta doença fitossanitária foi detectada em agosto deste ano pela primeira vez no Brasil, e está atualmente presente no território do Amapá. Lá tem causado prejuízos, principalmente para a comunidade indígena e integrantes da agricultura familiar, nas plantações de mandioca, ao deixar os ramos das plantas secos e deformados.
Em Mato Grosso, o Indea, para proteger o território desse fungo e outras pragas que aqui ainda não adentraram, realizou nos meses de outubro e novembro reuniões regionalizadas com a participação de fiscais e agentes fiscais. Nesses encontros foram demonstradas as características do fungo que atinge a planta da mandioca, além de outras que também requerem igual atenção nos trabalhos de vigilância. As reuniões, que envolveram todo o quadro integrante da Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), passaram pelas cidades de Cuiabá, Água Boa, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta.
“Nesses encontros foram apresentadas as características da doença para que durante as atividades de inspeção, realizadas nas fiscalizações volantes e de campo, sejam identificadas de pronto e adotadas medidas para a contenção da proliferação do fungo”, explica o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
Além disso, ele acrescenta que a Instituição vai avançar no cadastramento de todas as propriedades produtoras e reforçar as fiscalizações do trânsito de mudas (ramas) e tubérculos nas regiões de divisa do Estado.
Para evitar a entrada vassoura-de-bruxa da mandioca, a população pode colaborar, da seguinte forma:
– não trazer mandioca ou mudas (ramas) oriundas do Estado do Amapá para Mato Grosso; comunicar ao Indea caso encontre sintomas suspeitos da doença, como amarelecimento das folhas, superbrotamento, enegrecimento dos vasos e morte das plantas.
O Indea está presente em 139 dos 142 municípios de Mato Grosso.
Características
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A infestação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água.
Produção
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso conta com 15 mil estabelecimentos comerciais plantando mandioca, produziu em 2023 mais de 265 mil toneladas e tem a cidade de Paranatinga como o maior produtor.
Luciana Cury | Indea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção agropecuária brasileira deve alcançar R$ 1,31 trilhão diz o Mapa
Imagem Ilustrativa
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira para a safra 2024/2025 foi estimado em R$ 1,31 trilhão, representando um crescimento de 7,6% em relação ao ciclo anterior. Divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a projeção aponta que as lavouras contribuirão com R$ 874,80 bilhões (67,7% do total), enquanto a pecuária será responsável por R$ 435,05 bilhões (32,6%).
O desempenho positivo reflete avanços em diversas culturas e atividades pecuárias. Na agricultura, o destaque ficou para a soja e o arroz, cuja alta na produção foi determinante para o aumento do VBP. Já para a laranja e o café, o principal fator foi a valorização dos preços. No setor pecuário, a recuperação dos preços teve o maior impacto nos resultados, indicando uma melhora significativa na rentabilidade dos rebanhos.
Os dados, baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e preços coletados de fontes oficiais, também mostram avanços em relação à safra 2023/2024, que teve crescimento de 6,7% nas lavouras e 9,5% na pecuária. O estudo abrange 19 culturas agrícolas e cinco atividades pecuárias, oferecendo um panorama detalhado da economia rural brasileira.
O VBP, divulgado mensalmente, é um indicador essencial para avaliar o desempenho do setor agropecuário e projetar tendências econômicas no campo. Com esses números, o Brasil reforça seu papel de liderança na produção global de alimentos, destacando-se não apenas pela quantidade, mas também pela diversificação e eficiência produtiva.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Pedido de desculpas: declaração de Bompard colocaram em risco as operações do Carrefour no Brasil
Assesoria
Com faturamento de R$ 95 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil é o segundo maior mercado do Carrefour no mundo, atrás apenas da França. Esse é o tamanho do problema gerado pelas declarações do CEO global do grupo, Alexandre Bompard, que orientava a suspensão da compra de carne do Mercosul.
A declaração de Bompard foi publicada no dia 20 e a reação foi imediata: grandes frigoríficos como JBS e Marfrig interromperam o fornecimento de carne à rede varejista no Brasil. Nas últimas horas, cerca de 40 empresas declararam oficialmente a suspensão de negociações com o grupo. Políticos brasileiros também entraram na discussão, com deputados expressando apoio a ações contra as lojas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.
“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.
A empresa citou que está em busca de “soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.
Diante da escalada do problema, a empresa trabalha na elaboração de uma carta de retratação. A expectativa é que o próprio Bompard assine o documento, no qual deve reconhecer os equívocos da declaração e reafirmar a parceria histórica com o setor de carnes brasileiro. Fontes indicam que o texto será previamente submetido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar novos desgastes.
A embaixada francesa no Brasil participa das negociações para entregar oficialmente a retratação, seja por meio do embaixador Emmanuel Lenain ou do presidente do Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo brasileiro só aceitará um pedido de desculpas se for considerado suficientemente claro e enfático.
Enquanto isso, os impactos começam a ser sentidos nas gôndolas dos supermercados da rede, com relatos de desabastecimento de carne. Além disso, o risco de perda de competitividade cresce: especialistas apontam que o Atacadão, maior bandeira do grupo no Brasil, pode perder a liderança para o Assaí caso a crise não seja resolvida rapidamente.
Com o Brasil representando uma fatia tão significativa dos negócios do Carrefour global, a resposta a essa crise se tornou prioridade para a empresa. A resolução do impasse pode determinar não apenas a continuidade da parceria com o agronegócio brasileiro, mas também a reputação e a posição da marca no mercado nacional.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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