Pecuária
Exposição Hereford e Braford dos Campos de Cima da Serra divulga os campeões
Foto: ABHB/Divulgação
A cidade de Vacaria (RS) foi palco da 1ª Exposição de Hereford e Braford dos Campos de Cima da Serra, que aconteceu durante a 58ª ExpoVac. Bruno Loureiro de Souza Delabary foi o jurado responsável por avaliar os animais em pista. Nos animais rústicos da raça Polled Hereford PO Machos, o Lote Grande Campeão foi para Fazenda da Esperança, de Vacaria (RS), com os animais de tatuagens 112, 115 e 116. O prêmio de Melhor Rústico ficou com o exemplar FIVH50, da Fazenda São Pedro, de Muitos Capões (RS).
Na raça Hereford PC, a Fazenda da Esperança conquistou o Lote Grande Campeão, tatuagens 706, 710 e 713 e, Melhor Rústico com o animal 713. A propriedade também levou para casa o Lote Reservado Grande Campeão Polled Hereford PC, com os exemplares 704, 705 e 708. A Fazenda São Pedro, conquistou o Lote Grande Campeão Polled Hereford PC G57, G138 e G129 e Melhor Rústico com o macho G57. A propriedade também se consagrou com o Lote Grande Campeão da raça Braford, com os animais FIVH38, FIVH103 e H83. O Melhor Rústico da raça Braford foi para a Cabanha Manto Serrano, de Vacaria (RS), com o animal E10.
Entre as fêmeas da raça Braford o Lote Grande Campeão ficou com a Cabanha Manto Serrano, tatuagens E05, E70 e E03, que também levou para casa o Lote Reservado Grande Campeão, com as exemplares FIVE33, FIVE24 e E62. O prêmio de Melhor Rústica foi para Cabanha Boa Vista, de Bom Jesus (RS), com a fêmea FIV492. Entre os animais de argola na raça Hereford Po a Cabanha Moreira, de Vacaria (RS) conquistou o Grande Campeão com o terneiro FIV342. A propriedade também levou para casa Grande Campeão com o animal FIV2100 e Reservado Grande Campeão com o exemplar FIV341. Na raça Braford a parceria entre a Fazenda Bom Princípio e Rancho Centauro, de Bom Jesus e Vacaria (RS), conquistou o título de Grande Campeã com a terneira E021 e, o prêmio de Reservada Grande Campeã com a fêmea E104.
Os resultados completos podem ser conferidos no site www.abhb.com.br.
Texto: Lauren Brasil/ABHB
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Vacas milionárias consolidam status de superestrelas no Brasil
Assessoria
No universo da pecuária brasileira, dois nomes vêm chamando atenção por cifras que rivalizam com transações empresariais de alto escalão. Carina FIV do Kado e Viatina-19 FIV Mara Móveis, duas matrizes da raça Nelore, não são apenas animais de produção, mas ícones de excelência genética e investimentos milionários.
Carina, tricampeã da raça Nelore e destaque em exposições como Expoinel e Expozebu, alcançou um valor impressionante de R$ 24,06 milhões, na última sexta-feira (22.11) . Durante o Leilão Cataratas Collection, em Foz do Iguaçu, Paraná, 25% de sua posse foram vendidos por R$ 6,015 milhões, consolidando seu lugar na história como a vaca mais valiosa do mundo. O animal, que possui 36 meses, pertence às empresas Casa Branca Agropastoril, RS Agropecuária, Nelore RFA e Syagri Agropecuária, cada uma detendo 25% de sua propriedade.
Já Viatina-19, recordista anterior e referência no Guinness Book, teve seu valor projetado em R$ 21 milhões após sucessivas negociações. Reconhecida por sua genética impecável e prêmios internacionais, como o título “Miss América do Sul” na competição bovina Champion of the World, Viatina também é símbolo de ousadia no mercado pecuário. Um dos momentos marcantes de sua história foi o leilão de 2022, quando a Agropecuária Napemo adquiriu 50% do animal por quase R$ 4 milhões.
Mais do que números astronômicos, essas vacas representam o ápice do trabalho de seleção genética no Brasil. A comercialização de partes desses animais, como óvulos ou participações societárias, alimenta um mercado dinâmico que visa perpetuar as qualidades excepcionais em novas gerações. A combinação de excelência produtiva, prêmios e estratégias de marketing — incluindo outdoors e eventos de gala — reforça a posição do Brasil como líder global na criação de bovinos de elite.
Esses animais, além de símbolos de status no setor, traduzem um modelo de negócios em que genética de ponta, ciência e tradição se encontram para moldar o futuro da pecuária de alto valor.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
ANCP consolida liderança genômica no Brasil com 400 mil animais genotipados
Arquivo
A Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) alcança um marco histórico na genética bovina brasileira ao ultrapassar a marca de 400 mil animais genotipados, consolidando sua posição de pioneirismo e liderança no uso de tecnologias genômicas que colocam o Brasil em posição de destaque no cenário do melhoramento genético mundial.
A cada safra, a entidade registra entre 140 mil e 150 mil nascimentos entre os rebanhos de várias raças zebuínas de seus associados, sendo que cerca de metade desses animais são genotipados, demonstrando a confiança dos produtores na ferramenta. Inicialmente utilizada para aumentar o valor de venda dos animais, a genotipagem hoje é vista como um recurso essencial para a tomada de decisão e a otimização da produção.
Pioneirismo e visão de futuro
Desde 2009, quando os principais países da Europa e Estados Unidos discutiam o uso de marcadores para avaliação genética em gado de leite, a ANCP, sob o comando do professor Raysildo Lôbo, já demonstrava uma compreensão clara do potencial da genômica para revolucionar a pecuária, o que colocaria o Brasil ao lado das nações mais avançadas em genética animal.
Em meados de 2011, em parceria com a Zoetis, a ANCP implementou a genotipagem animal, utilizando os dados moleculares gerados pela empresa para enriquecer a avaliação genética dos animais. Em 2019, a entidade deu um salto tecnológico ao adotar o método de passo único genômico, o mais avançado mundialmente para avaliação genômica, alcançando o pioneirismo ao implementá-lo em larga escala no País.
Base de dados sólida e resultados concretos
A construção de uma base de dados robusta era uma das prioridades da ANCP e foi crucial para o sucesso da genômica. Essa base, com quase 40 anos de coleta de informações de alta qualidade, aliada à genotipagem, permitiu identificar animais superiores com maior precisão e agilidade, acelerando o processo de melhoramento genético.
“A informação genômica é fundamental para aumentar a confiabilidade e a robustez na identificação de animais jovens, especialmente aqueles sem fenótipos próprios ou com baixa confiabilidade, uma vez que a qualidade da DEP (Diferença Esperada de Progênie) depende da quantidade de informações”, explica Fernando Baldi, pesquisador sênior da ANCP e professor da Unesp FCAV, Campus de Jaboticabal.
O uso da genômica também permitiu encurtar os prazos. “Na fórmula do ganho genético, o tempo é inversamente proporcional ao ganho genético. Então, o tempo de espera agora é menor, já que é possível identificar mais cedo os animais superiores para serem utilizados como pais dos animais da próxima geração, se traduzindo em uma maior resposta à seleção, diminuindo o tempo de espera para saber se o animal é melhorador”, pontua Baldi.
Impacto positivo para o setor
Como resultado, a ANCP conseguiu praticamente quadruplicar o ganho genético em diversas características, o que significa que os rebanhos estão evoluindo mais rapidamente em direção aos objetivos de seleção, viabilizando também a seleção de características de difícil medição, como a eficiência alimentar e a maciez da carne.
“Nossa base de dados, com um maior número de fêmeas genotipadas, é um diferencial crucial para o avanço da genética bovina”, explica Letícia Pereira, analista sênior da ANCP. “A genômica, especialmente para características de baixa herdabilidade, típicas de fêmeas, proporciona um ganho significativo na precisão da seleção. Então, ao permitir a identificação precoce de fêmeas com maior potencial genético para essas características, a genômica acelera o progresso genético e otimiza os programas de melhoramento”, destaca.
Os benefícios da genômica também se estendem além dos rebanhos registrados no banco de dados da entidade. Criado recentemente, um projeto de pesquisa liderado pela ANCP em parceria com a Neogen tem permitido viabilizar a avaliação genômica nas raças Brahman, Guzerá e Tabapuã, por meio da avaliação multirracial.
Através da recomposição de pedigree, a genômica tem permitido a avaliação genética de rebanhos comerciais com a redução de custos de genotipagem, alcançando outras essas raças zebuínas que possuem menor número de dados, além de facilitar a seleção de características de alto custo fenotípico.
Futuro promissor
A ANCP continua investindo em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar as ferramentas genômicas e oferecer cada vez mais benefícios aos seus associados. Com a redução dos custos da genotipagem e o aumento da confiabilidade das avaliações genômicas, a expectativa é que a adoção dessa tecnologia continue crescendo nos próximos anos.
Para Cristiano Botelho, CEO da ANCP, a conquista de 400 mil animais genotipados é um marco histórico para a associação e para a pecuária brasileira. “Essa marca demonstra o nosso compromisso com a inovação e a busca por soluções que garantam a sustentabilidade e a competitividade do setor. A genômica se consolida como uma ferramenta fundamental para o melhoramento genético do rebanho nacional, trazendo benefícios para os produtores, consumidores e para toda a sociedade”, destaca.
Daniel – DS Vox
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
A recuperação do boi gordo e as perspectivas para o mercado: alta dos preços reflete oferta restrita e forte demanda
Reprodução
O mercado do boi gordo atravessa um momento de forte recuperação, impulsionado por uma combinação de oferta reduzida e aumento expressivo da demanda interna e externa. Segundo relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA, após atingir a mínima de R$ 215/@ em junho, os preços começaram a subir de forma consistente em setembro, alcançando níveis significativamente mais altos.
Razões para a alta no boi gordo
A dinâmica atual é resultado de fatores como a redução da oferta de gado terminado, reflexo da seca severa que afetou regiões produtoras no Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Essa condição climática prejudicou as pastagens e pressionou a oferta no segundo semestre. Além disso, os abates de fêmeas desaceleraram em algumas regiões, como no Mato Grosso, principal estado confinador do Brasil.
Nos confinamentos, os baixos custos da ração e do boi magro contribuíram para margens atraentes, estimulando a oferta em parte do país. Contudo, em estados menos dependentes dessa prática, a seca teve um impacto mais significativo na redução da disponibilidade de gado.
Demanda interna e exportações impulsionam o mercado
Do lado da demanda, dois movimentos se destacam. No mercado interno, a combinação de indicadores econômicos positivos, como aumento do salário real, queda na taxa de desemprego e crescimento do PIB, favoreceu o consumo. Isso permitiu que a indústria repassasse o aumento do custo do boi para os preços no atacado, com a carcaça casada acompanhando a alta de 42,7% do boi gordo entre setembro e novembro.
Nas exportações, os meses de setembro e outubro marcaram novos recordes, com volumes de 252 mil toneladas e 270 mil toneladas, respectivamente. Apesar disso, os preços de exportação tiveram recuperação tímida frente à alta do boi, reduzindo os ganhos das indústrias nesse segmento.
Impacto no preço do bezerro e perspectivas futuras
O bezerro também refletiu a dinâmica de alta no boi gordo. Embora o preço por cabeça tenha subido 25% entre setembro e novembro, foi o valor por quilo que mostrou maior valorização, com um aumento de 43% no período. Com a recuperação das pastagens nos próximos meses, espera-se uma elevação na demanda por reposição, o que deve impulsionar ainda mais os preços da cria.
Para o boi gordo, o cenário no curto prazo é positivo, com demanda sólida e oferta limitada. A regularização tardia das chuvas deve postergar a chegada de animais terminados a pasto, favorecendo preços mais altos até o início de 2025. Contudo, desafios como o custo crescente de insumos e possíveis oscilações na demanda requerem atenção dos produtores.
Cenário internacional e estratégia para o produtor
No mercado externo, a China, principal destino da carne bovina brasileira, mantém forte demanda, enquanto os Estados Unidos, que vêm aumentando suas importações, devem ampliar suas compras em 2025 devido à queda na produção local. Esses fatores sustentam o otimismo quanto ao desempenho das exportações no próximo ano.
Diante desse panorama, a recomendação é de cautela. Estratégias de proteção contra oscilações nos preços são importantes, especialmente considerando os custos crescentes e a possibilidade de imprevistos que possam afetar as margens. Apesar do cenário amplamente favorável, os produtores devem monitorar de perto os desdobramentos econômicos e climáticos nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Meio Ambiente7 dias atrás
Parlamento Europeu adia aplicação da Lei Antidesmatamento, mas desafios para produtores brasileiros persistem
-
Notícias7 dias atrás
Cuidado com o calor: manejo avícola na primavera
-
Mato Grosso7 dias atrás
Brasil prevê recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas
-
Agronegócio5 dias atrás
Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social
-
Agronegócio6 dias atrás
Mulheres de Sinop e Sorriso são destaques em seus negócios e inspiram novas empreendedoras
-
Destaque7 dias atrás
Ministério da fazenda revisa previsão do PIB agropecuário e aponta recuperação em 2025
-
Mato Grosso7 dias atrás
Prefeito eleito de Sorriso anuncia criação de secretaria da Mulher e da Vulnerabilidade
-
Mato Grosso7 dias atrás
Energisa promove campanha de negociação de débitos no sábado