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Agronegócio

Ciclo de baixa da pecuária impulsiona alta nos preços da carne, diz Sindifrigo

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Desde agosto deste ano, o preço da carne começou a apresentar uma elevação, chegando a subir até 16% em alguns estabelecimentos. Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo MT), Paulo Bellincanta, a previsão é de um novo aumento entre 20% e 30%. Os principais fatores que determinarão a continuidade dessa alta serão a oferta e demanda, além da disponibilidade de matéria-prima nos pastos.

Segundo Bellincanta, esse movimento de alta faz parte de um ciclo pecuário conhecido, no qual a oscilação da oferta de bezerros e bois magros para engorda influencia diretamente os preços. Esse ciclo ocorre geralmente em intervalos de dois anos.

“Nos últimos dois anos, tivemos uma oferta excessiva de carne no mercado. Muitas matrizes foram abatidas porque o preço do gado não estava atrativo. Com isso, os produtores não se sentiram seguros para manter as fêmeas e investir na atividade. Houve uma retração e, em muitos casos, áreas de pasto foram convertidas para o cultivo de soja”, afirmou o presidente do Sindifrigo.

A estabilidade é sempre um objetivo fundamental para as indústrias de carne e para os pecuaristas, mas o momento atual gera incertezas quanto ao ponto de equilíbrio entre oferta e demanda.

Novo índice pecuário na B3

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Paulo Bellincanta também comentou a troca do indicador utilizado para liquidar os contratos futuros de boi gordo na B3, que passará a ser o indicador da Datagro a partir de fevereiro de 2025. A medida já foi aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Ciclo de baixa da pecu�ria impulsiona aumento nos pre�os da carne, diz Sindifrigo

“A mudança é positiva para o setor, pois o indicador da Datagro é amplamente utilizado por pecuaristas, frigoríficos e produtores para definir estratégias de venda e renegociar contratos. Além disso, investidores e traders utilizam a ferramenta para prever tendências e identificar oportunidades de lucro”, ressaltou Bellincanta.

O indicador reflete o preço médio ponderado do boi gordo, considerando variações sazonais, demanda interna, exportações e condições climáticas que afetam a pastagem. Atualmente, ele representa mais de 60% dos abates bovinos no Brasil, abrangendo 14 estados e reportando mais de um milhão de cabeças de gado por mês.

Rdnews

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Plantio fora da janela e ataque de lagartas preocupam no milho, alerta Aprosoja Mato Grosso

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Pouco mais de meio milhão de hectares de milho, cerca de 15% da área, foram semeados nesta safra 2024/25 fora da janela ideal, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Tal fato aumenta os riscos de perdas, uma vez que o cereal semeado mais tarde pode sofrer com a falta de chuvas.

O alerta é ligado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja Mato Grosso), motivado pelo atraso nos trabalhos com o cereal em decorrência da demora na colheita da soja por excesso de chuva.

Conforme a entidade, teme-se que a falta de chuva na fase de desenvolvimento da cultura possa prejudicar a produtividade.

Apesar da precaução dos produtores ao planejar a segunda safra desta temporada 2024/25, os mesmos foram pegos de surpresa, pontua o diretor administrativo da entidade e coordenador da Comissão de Política Agrícola, Diego Bertuol.

“O produtor opta por aquilo que vai trazer uma produtividade maior para ele, sementes de alta tecnologia, que têm um alto custo. E esse ano, o produtor foi pego de surpresa, porque essas tecnologias não foram eficientes, gerando custo adicional. O produtor já tem sua margem apertada, quando ela não é uma margem negativa, e nós vemos ainda um custo cada vez maior”.

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Chuvas já apresentam irregularidades

Dados do programa Aproclima, da Aprosoja Mato Grosso, apontam que municípios da região nordeste como Confresa, Matupá e Guiratinga, e da região leste, como Água Boa e Nova Xavantina, registraram mais de 22 dias sem precipitação e volumes acumulados abaixo de 130 milímetros. No norte do estado, Confresa ficou até 27 dias sem chuva, prejudicando o desenvolvimento das lavouras justamente no período crítico.

O vice-presidente leste da Aprosoja Mato Grosso, Diego Dallasta, frisa que apesar da seca que perdurou um longo período, as lavouras da região conseguiram se estabilizar com as chuvas das últimas semanas.

“Estamos no início de abril com uma boa umidade dos solos. Porém, o milho foi plantado no meio para o final de fevereiro, então precisaremos de chuvas até o final do mês de abril. Às lavouras estão bem estabelecidas, mas dependemos de chuvas para confirmarmos a safrinha”, frisa.

Falhas na proteção contra lagartas

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Outra preocupação destacada pela Aprosoja Mato Grosso é quanto ao ataque de lagartas no milho, que também pode prejudicar o resultado final da safra, projetado em mais de 46 milhões de toneladas.

Segundo a entidade, variedades amplamente utilizadas para controle de pragas, apresentaram falhas na proteção, forçando os produtores a realizarem aplicações extras de defensivos.

“Tivemos uma pressão enorme de lagartas em todas as tecnologias de milho, os produtores relataram necessidade de três, quatro e até cinco aplicações”, comenta Diego Dallasta.

O vice-presidente oeste e vice-coordenador da Comissão de Defesa Agrícola da entidade, Gilson Antunes de Melo, destaca que a dificuldade de controlar as lagartas foi enfrentada em muitas propriedades.

“Recebemos relatos de ataques de lagartas de produtores de todas as regiões do estado, dizendo ter problemas bem maiores que os outros anos. Isso aponta para uma quebra de eficiência das biotecnologias, que os obriga a um aumento de aplicações para o combate dessa praga, aumentando assim os custos de produção e consequentemente, a redução de produtividade”, afirma Gilson Antunes de Melo.

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Ainda segundo a Aprosoja Mato Grosso, nos últimos meses, o aumento da demanda interna, impulsionada pelo setor de etanol e pela indústria de proteína animal, tem disputado o milho disponível com a demanda internacional, ocasionando o aumento do valor da saca. Em 2023, a saca do grão era negociada entre R$ 35 e R$ 38, enquanto atualmente varia entre R$ 80 e R$ 90 em algumas regiões.

Apesar dos preços mais altos, ressalta a Associação, a rentabilidade da produção preocupa os produtores e a produtividade pode não ser suficiente para arcar com os custos da produção. A combinação de plantio tardio, escassez de chuvas e dificuldades no controle de pragas deve resultar em perdas significativas na produtividade.

canalrural

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Brasil está próximo de exportar DDG para a China, diz Fávaro

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Divulgação

O Brasil está em via de firmar um acordo com as autoridades sanitárias chinesas que permitirá a exportação de DDG, subproduto do processo de produção de etanol de milho, utilizado como ração animal.

A informação foi dada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante a cerimônia de abertura da 2ª Conferência Internacional UNEM DATAGRO Sobre Etanol de Milho, que acontece nesta quinta-feira (3), em Cuiabá (MT).

A China abriu mercado para DDG dos Estados Unidos em 2015, quando importou aproximadamente 6,8 milhões de toneladas. No entanto, no ano seguinte, aplicou taxas antidumping e, com isso, os desembarques chineses da matéria-prima caíram drasticamente desde então.

Quanto ao Brasil, as exportações de resíduos da indústria de amidos (incluso DDG) somaram 791,9 mil toneladas no ano passado, ante 600,2 mil t em 2023 e 278,1 mil t em 2022, mostram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pela DATAGRO.

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No ano passado, o Vietnã foi o principal destino de 27% dos embarques brasileiros; em seguida aparecem a Turquia (20%), Espanha (14%), Nova Zelândia (13%) e Tailândia (12%).

A partir da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), a DATAGRO Grãos esclarece que o código de classificação de mercadorias utilizado para conseguir as informações foi o 2302.10.00, que tem uma definição um pouco mais ampla do que DDG.

Fonte: DATAGRO

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Alta temperatura afeta produção de morangos

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Foto: Seane Lennon

A produção de morangos no Rio Grande do Sul passa por um período de transição, com entressafra e preparativos para o próximo ciclo. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (3) pela Emater/RS-Ascar, nas lavouras da região de Pelotas, os produtores realizam a preparação dos canteiros e estruturas para o novo plantio. Para as cultivares de dias neutros, está em andamento uma poda mais drástica para renovação das plantas. As encomendas de mudas já foram feitas e aguardam entrega. Algumas mudas importadas da Espanha já foram plantadas, mas chegaram com poucas raízes. No caso da cultivar Fênix, recomendada para plantio antecipado, a entrega das mudas está prevista para abril. Os preços do morango variam entre R$ 15,00 e R$ 40,00/kg.

Na região de Santa Rosa, a colheita segue reduzida e houve registro de ataques de ácaro-branco e tripes. A expectativa é de que as temperaturas mais amenas favoreçam uma nova florada e frutificação, elevando a produção. Produtores também realizam o plantio de novas mudas em estufas. O preço do morango menor é de R$ 20,00/kg, enquanto os frutos maiores e padronizados são vendidos a R$ 40,00/kg.

Em Bom Princípio, reconhecida como a capital estadual do morango, o plantio começou no fim de março e deve se estender até junho, quando chegam as últimas mudas encomendadas. Durante este período, os produtores intensificam a limpeza das plantas que serão mantidas de um ciclo para outro. Alguns também aproveitam para produzir novas mudas a partir de estolões emitidos nos meses mais quentes. A expectativa é positiva, com mais de um milhão de mudas em produção no município. No entanto, a oferta de morango diminuiu devido às altas temperaturas até o final de fevereiro, resultando na elevação dos preços. A caixa com quatro bandejas varia entre R$ 25,00 e R$ 30,00/kg.

AGROLINK – Seane Lennon

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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