Agronegócio
Exportações da piscicultura nacional foram 174% maiores no terceiro trimestre
A tilápia permanece como, além do peixe mais produzido, o mais exportado pelo Brasil (Foto: Divulgação)
Crescimentos de 174% no valor financeiro e de 158% na quantidade de produtos exportados. Os números se referem à piscicultura brasileira no terceiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023 e atestam o crescimento do setor no país. Foram U$ 18,5 milhões e 4 mil toneladas exportadas entre julho e setembro para diferentes países. Esses e outros dados estão disponíveis no mais recente informativo Comércio Exterior da Piscicultura.
Já é a 19ª edição do boletim, que a cada trimestre divulga e analisa os dados referentes às exportações e importações da piscicultura brasileira. Elaborada pela Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), a publicação tem acesso gratuito e conta com a parceria da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).
A tilápia permanece como, além do peixe mais produzido, o mais exportado pelo Brasil. Entre julho e setembro, foram mais de U$ 18 milhões envolvidos, crescimento de 173% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Para se ter uma ideia da relevância da tilápia, a segunda espécie mais exportada, o curimatá, envolveu U$ 146 mil. E o tambaqui, espécie nativa brasileira mais produzida, ficou em terceiro lugar nas exportações no período analisado pelo boletim, movimentando U$ 108 mil.
Outra constância nas análises é em relação ao destino das exportações da piscicultura brasileira, com os Estados Unidos na liderança. No terceiro trimestre de 2024, foram para o país 92% (em valores financeiros, U$ 17 milhões) do que o Brasil exportou no setor. Muito distantes, ficaram Canadá, Japão e China, com 2% cada. Como previsível, para todos esses países a espécie mais exportada foi a tilápia. Para o Canadá e o Japão, foi a única espécie exportada no período.
O produto de tilápia mais exportado foi o filé fresco ou refrigerado, responsável por U$ 12 milhões das exportações da piscicultura brasileira entre julho e setembro deste ano. São 174% a mais do que o movimentado por essa categoria no mesmo período de 2023. Já há dois anos, as exportações desse produto têm continuamente crescido e se destacado, sobretudo pela entrada no mercado dos Estados Unidos.
Em termos de valor por kg, é o produto de tilápia mais valorizado, alcançando U$ 7,89 no terceiro trimestre de 2024; no ano passado, no mesmo período, o valor era de U$ 6,99. Portanto, é a categoria com maior valor agregado e, em termos de volume financeiro, a mais exportada pelo Brasil. Essa junção ajuda a explicar o mais recente crescimento das exportações da piscicultura brasileira.
Paraná e São Paulo foram responsáveis, juntos, por 95% das exportações do setor no terceiro trimestre de 2024. O primeiro, com U$ 10,7 milhões ou 59% do total movimentado, e o segundo, com U$ 6,5 milhões ou 36% do total movimentado. Em ambos os estados, o produto mais exportado foi o filé de tilápia fresco ou refrigerado.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Indea capacita técnicos para impedir entrada em MT de fungo que afeta plantações de mandioca
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules – Foto por: Divulgação/Embrapa
O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) preparou o quadro técnico de servidores que atuam na defesa sanitária vegetal da autarquia para evitar a entrada do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), conhecido popularmente como vassoura-de-bruxa da mandioca.
Esta doença fitossanitária foi detectada em agosto deste ano pela primeira vez no Brasil, e está atualmente presente no território do Amapá. Lá tem causado prejuízos, principalmente para a comunidade indígena e integrantes da agricultura familiar, nas plantações de mandioca, ao deixar os ramos das plantas secos e deformados.
Em Mato Grosso, o Indea, para proteger o território desse fungo e outras pragas que aqui ainda não adentraram, realizou nos meses de outubro e novembro reuniões regionalizadas com a participação de fiscais e agentes fiscais. Nesses encontros foram demonstradas as características do fungo que atinge a planta da mandioca, além de outras que também requerem igual atenção nos trabalhos de vigilância. As reuniões, que envolveram todo o quadro integrante da Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), passaram pelas cidades de Cuiabá, Água Boa, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta.
“Nesses encontros foram apresentadas as características da doença para que durante as atividades de inspeção, realizadas nas fiscalizações volantes e de campo, sejam identificadas de pronto e adotadas medidas para a contenção da proliferação do fungo”, explica o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
Além disso, ele acrescenta que a Instituição vai avançar no cadastramento de todas as propriedades produtoras e reforçar as fiscalizações do trânsito de mudas (ramas) e tubérculos nas regiões de divisa do Estado.
Para evitar a entrada vassoura-de-bruxa da mandioca, a população pode colaborar, da seguinte forma:
– não trazer mandioca ou mudas (ramas) oriundas do Estado do Amapá para Mato Grosso; comunicar ao Indea caso encontre sintomas suspeitos da doença, como amarelecimento das folhas, superbrotamento, enegrecimento dos vasos e morte das plantas.
O Indea está presente em 139 dos 142 municípios de Mato Grosso.
Características
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A infestação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água.
Produção
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso conta com 15 mil estabelecimentos comerciais plantando mandioca, produziu em 2023 mais de 265 mil toneladas e tem a cidade de Paranatinga como o maior produtor.
Luciana Cury | Indea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção agropecuária brasileira deve alcançar R$ 1,31 trilhão diz o Mapa
Imagem Ilustrativa
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira para a safra 2024/2025 foi estimado em R$ 1,31 trilhão, representando um crescimento de 7,6% em relação ao ciclo anterior. Divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a projeção aponta que as lavouras contribuirão com R$ 874,80 bilhões (67,7% do total), enquanto a pecuária será responsável por R$ 435,05 bilhões (32,6%).
O desempenho positivo reflete avanços em diversas culturas e atividades pecuárias. Na agricultura, o destaque ficou para a soja e o arroz, cuja alta na produção foi determinante para o aumento do VBP. Já para a laranja e o café, o principal fator foi a valorização dos preços. No setor pecuário, a recuperação dos preços teve o maior impacto nos resultados, indicando uma melhora significativa na rentabilidade dos rebanhos.
Os dados, baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e preços coletados de fontes oficiais, também mostram avanços em relação à safra 2023/2024, que teve crescimento de 6,7% nas lavouras e 9,5% na pecuária. O estudo abrange 19 culturas agrícolas e cinco atividades pecuárias, oferecendo um panorama detalhado da economia rural brasileira.
O VBP, divulgado mensalmente, é um indicador essencial para avaliar o desempenho do setor agropecuário e projetar tendências econômicas no campo. Com esses números, o Brasil reforça seu papel de liderança na produção global de alimentos, destacando-se não apenas pela quantidade, mas também pela diversificação e eficiência produtiva.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Pedido de desculpas: declaração de Bompard colocaram em risco as operações do Carrefour no Brasil
Assesoria
Com faturamento de R$ 95 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil é o segundo maior mercado do Carrefour no mundo, atrás apenas da França. Esse é o tamanho do problema gerado pelas declarações do CEO global do grupo, Alexandre Bompard, que orientava a suspensão da compra de carne do Mercosul.
A declaração de Bompard foi publicada no dia 20 e a reação foi imediata: grandes frigoríficos como JBS e Marfrig interromperam o fornecimento de carne à rede varejista no Brasil. Nas últimas horas, cerca de 40 empresas declararam oficialmente a suspensão de negociações com o grupo. Políticos brasileiros também entraram na discussão, com deputados expressando apoio a ações contra as lojas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.
“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.
A empresa citou que está em busca de “soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.
Diante da escalada do problema, a empresa trabalha na elaboração de uma carta de retratação. A expectativa é que o próprio Bompard assine o documento, no qual deve reconhecer os equívocos da declaração e reafirmar a parceria histórica com o setor de carnes brasileiro. Fontes indicam que o texto será previamente submetido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar novos desgastes.
A embaixada francesa no Brasil participa das negociações para entregar oficialmente a retratação, seja por meio do embaixador Emmanuel Lenain ou do presidente do Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo brasileiro só aceitará um pedido de desculpas se for considerado suficientemente claro e enfático.
Enquanto isso, os impactos começam a ser sentidos nas gôndolas dos supermercados da rede, com relatos de desabastecimento de carne. Além disso, o risco de perda de competitividade cresce: especialistas apontam que o Atacadão, maior bandeira do grupo no Brasil, pode perder a liderança para o Assaí caso a crise não seja resolvida rapidamente.
Com o Brasil representando uma fatia tão significativa dos negócios do Carrefour global, a resposta a essa crise se tornou prioridade para a empresa. A resolução do impasse pode determinar não apenas a continuidade da parceria com o agronegócio brasileiro, mas também a reputação e a posição da marca no mercado nacional.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Agronegócio7 dias atrás
Mulheres de Sinop e Sorriso são destaques em seus negócios e inspiram novas empreendedoras
-
Agronegócio6 dias atrás
Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social
-
Agronegócio6 dias atrás
96% da produção de grãos é transportada por caminhões. Foram mais de 10 milhões de viagens na safra passada
-
Transporte7 dias atrás
PF de Rondônia prende delegado da Polícia Civil que atuou em Humaitá em operação contra corrupção
-
Agronegócio6 dias atrás
Importações de fertilizantes batem recordes e refletem cenário global instável
-
Mato Grosso7 dias atrás
Curso do ifro em parceria com a deputada Sílvia Cristina para criadores de cordeiro é finalizado
-
Pecuária7 dias atrás
A recuperação do boi gordo e as perspectivas para o mercado: alta dos preços reflete oferta restrita e forte demanda
-
Agricultura7 dias atrás
Traça-dos-cereais: uma ameaça silenciosa aos armazéns de milho