Agronegócio
Autoridades prestigiam abertura da 2ª Expominério e setor reflete o futuro da mineração

Políticas públicas para incentivar e desburocratizar o setor foram abordadas na abertura do evento nesta quinta-feira, no Centro de Eventos do Pantanal
Fotos: Daniel Meneghini/ Expominério 2024
Políticas públicas, mudanças em legislações, fortalecimento da Agência Nacional de Mineração (ANM), investimentos privados e o desafio de desassociar a imagem do setor mineral da extração ilegal foram temas abordados na abertura da 2ª Expominério, na manhã desta quinta-feira (07.11), no Centro de Eventos do Pantanal.
Cerca de 700 pessoas lotaram o auditório dos Minerais para debater soluções a fim de que o setor possa crescer ainda mais em Mato Grosso. O Estado é o 6º maior produtor de minérios do país e atingiu R$ 6,9 milhões em produção mineral em 2023.
Na abertura do evento, a advogada e uma das organizadoras do evento, Pâmela Alegria, destacou que a Expominério tem sido uma oportunidade para mostrar ao Brasil e ao mundo as boas práticas do setor de mineração no estado e os esforços para profissionalização e regulamentação.
“A mineração faz parte da identidade de Mato Grosso, que nasceu da busca pelo minério e ainda preserva essa tradição. É uma grande satisfação poder fazer parte de um projeto que une o setor como nunca antes, mostrando ao Poder Público a importância de políticas eficientes para inibir a ilegalidade e promover a regularidade da atividade”, afirmou.
O evento também conta com o apoio da Câmara Setorial Temática da Mineração, da Assembleia Legislativa, que tem trabalhado para desmistificar a imagem negativa do setor. De acordo com Pâmela, o primeiro-secretário da ALMT, deputado estadual Max Russi (PSB), foi fundamental para o desenvolvimento da Expominério, liderando iniciativas que fortalecem a mineração como atividade essencial para a economia do estado.
“A mineração é uma atividade de alto impacto, mas com grandes responsabilidades. Queremos mostrar que somos essenciais para o desenvolvimento e que é possível atuar de forma responsável”, explicou.
Para o deputado Max Russi, a Expominerio é uma conquista importante para Mato Grosso, que já é referência no agronegócio. Ele destacou que o setor mineral tem um potencial tão grande quanto o agro para gerar empregos, renda e desenvolvimento. O parlamentar também defendeu que a mineração, além de contribuir com produtos essenciais, pode ser uma solução econômica para municípios com poucas oportunidades de desenvolvimento.
“É necessário fortalecer o setor e assegurar que ele cresça dentro dos parâmetros de preservação ambiental e sustentabilidade. Precisamos de uma mineração bem-feita, com tecnologia e cuidado. Vemos pequenos empreendimentos minerais gerando dezenas de empregos e o estado tem um potencial enorme para expandir essas oportunidades de forma responsável”, afirmou o deputado.
O senador Wellington Fagundes (PL) também destacou a relevância da Expominério para transformar a economia de Mato Grosso, ressaltando que atualmente apenas 3% das áreas minerais do estado são exploradas. Ele defendeu incentivos governamentais para que essas cooperativas recebam apoio na área de pesquisa e exploração, sempre visando minimizar impactos ambientais, como a contaminação dos rios por mercúrio.
“Este evento é fundamental para orientar uma exploração consciente, que respeite o meio ambiente. Hoje, a tecnologia permite identificar a origem dos minerais, evitando o contrabando e garantindo que a riqueza permaneça no Brasil”, explicou o senador.
Fagundes também citou legislações propostas por ele para destravar o setor e incentivar os municípios produtores como o projeto de lei 2258/2019, para melhorar a distribuição dos royalties no Brasil. Outro projeto é o 355/2020 propondo mudanças no Código de Minas e no Estatuto do Garimpeiro, para melhorar a atividade de garimpagem no Brasil, especialmente para aqueles que atuam de forma individual ou em pequenas associações.
“A ideia é dar mais segurança e respaldo legal a esses trabalhadores, valorizando assim o papel do garimpo na economia, mas de maneira organizada e reconhecida. Destacou ainda outro projeto de lei 3670/2020, que procura assegurar o seguro dos empregos para os nossos trabalhadores extrativistas”.
Tecnologias para extração sustentável
O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), destacou que o Governo do Estado tem o desafio de desenvolver o setor para gerar emprego e desenvolvimento econômico, mas sempre respeitando o meio ambiente.
“A tecnologia moderna permite a extração de minérios de forma mais sustentável, o que contribui para a disseminação de conhecimento sobre os impactos e benefícios da mineração na sociedade”.
Garcia enfatizou a importância do setor mineral para os pequenos municípios como Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Diamantino e Poxoréu e acrescentou que, embora a regulamentação da atividade mineral seja uma competência nacional, o governo estadual tem criado mecanismos de fiscalização e organização para melhorar a gestão e a arrecadação desse setor.
O secretário em exercício de Desenvolvimento Econômico, Paulo Leite, compartilhou da mesma visão sobre a importância de discutir e explorar o potencial mineral do estado. Segundo ele, o território mato-grossense é rico em recursos naturais ainda pouco explorados.
“Nós temos um espaço para todos os tipos de mineração: pequena, média e grande”, destacou.
Leite apontou o papel da mineração na sustentação do setor do agronegócio, mencionando a importância do calcário, proveniente da mineração, para o desenvolvimento agrícola. Ele afirmou que a mineração não demanda grandes extensões de terra, podendo ser altamente concentrada em áreas delimitadas.
“A tecnologia e o conhecimento existem para minimizar e corrigir os impactos ambientais, e discutir isso é essencial para avançarmos no desenvolvimento sustentável. A Expominério proporciona esse ambiente de diálogo entre governo, empresários e a sociedade, promovendo avanços que incluem simplificação de processos e apoio a empreendedores”.
Expominério 2024
A Expominério 2024 segue com programação de hoje até sábado (09.11), com horário para visitação das 8h às 20h, no Centro de Eventos do Pantanal, além de palestras d cursos. O evento conta com o patrocínio oficial do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat). Também tem patrocínio da Alpha Minerals e da Federação das Cooperativas de Mineração de Mato Grosso (Fecomin), Azevedo Sette Advogados, Nexa, Keystone, Aura Apoena, Rio Cabaçal Mineração, Ero Brasil Xavantina e Fomentas Mining Company.
O evento conta com apoio institucional da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Grupo de Trabalho da Mineração da ALMT, Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro de Gemas & Metais Preciosos (IBGM), Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Núcleo de Mineração da USP (Nap.Mineração), Câmara de Comércio Brasil-Canadá, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Abrasel.
Mais informações pelo site www.expominerio.com.br
Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Receita do café no Brasil deve alcançar R$ 127,88 bilhões em 2025

Foto: Pixabay
A receita bruta dos cafés do Brasil para o ano-cafeeiro de 2025 está estimada em R$ 127,88 bilhões, segundo dados divulgados com base nos preços médios recebidos pelos produtores entre janeiro e abril. A cifra representa um crescimento de 59,2% em relação ao faturamento registrado em 2024, que foi de R$ 80,31 bilhões. Quando comparado a 2023, o aumento supera 140%. As informações foram divulgadas pelo Consócio Pesquisa Café.
Do total estimado para 2025, R$ 93,05 bilhões são referentes à produção de Coffea arabica, o que equivale a 72,7% do total, enquanto os R$ 34,82 bilhões restantes dizem respeito ao Coffea canephora (robusta e conilon), com participação de 27,3%.
Na análise por espécies, o café arábica apresenta aumento de 60% em relação ao ano anterior. Em 2024, o faturamento dessa variedade foi de R$ 58,15 bilhões. O desempenho positivo se reflete também nos principais estados produtores. Minas Gerais lidera com receita estimada em R$ 65,55 bilhões, ou 70,4% do total nacional. Em seguida, aparecem São Paulo (R$ 12,31 bilhões), Espírito Santo (R$ 7,23 bilhões), Bahia (R$ 4,61 bilhões) e Paraná (R$ 1,78 bilhão).
Em relação ao C. canephora, o Espírito Santo ocupa a primeira posição no ranking dos estados produtores, com previsão de arrecadar R$ 22,80 bilhões, o equivalente a 65,46% do total dessa espécie. Rondônia surge em segundo lugar com R$ 5,72 bilhões (16,42%), seguido pela Bahia com R$ 5,02 bilhões (14,41%). Minas Gerais e Mato Grosso fecham o grupo dos cinco principais produtores, com receitas estimadas em R$ 760,98 milhões (2,18%) e R$ 330,69 milhões (menos de 1%), respectivamente. A análise do Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil leva em conta os preços médios recebidos pelos produtores e utiliza dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Alta nos insumos eleva custo do algodão em abril

Foto: Canva
O custo de produção do algodão para a safra 2025/2026 apresentou nova alta em abril, segundo levantamento do projeto CPA-MT, divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira (19). O avanço foi puxado principalmente pelos preços dos defensivos agrícolas, fertilizantes e corretivos.
De acordo com o Imea, os custos com defensivos subiram 0,20% no mês, enquanto a classe dos fertilizantes e corretivos registrou aumento de 0,19%. A soma dessas variações elevou o custo total estimado de produção para R$ 10.751,50 por hectare, o que representa um acréscimo de 0,19% em relação ao mês anterior.
O Custo Operacional Efetivo (COE), que inclui gastos diretos da lavoura, também teve alta e passou a ser calculado em R$ 15.363,73 por hectare. Esse valor representa um aumento de 0,47% sobre o apurado em março e uma elevação de 17,36% quando comparado com os dados consolidados da safra 2024/2025.
“O custo atual é o segundo mais alto da série histórica”, aponta o relatório do CPA-MT. Diante disso, o instituto alerta que a próxima safra exigirá atenção redobrada por parte dos produtores. “A produção futura ainda é incerta, e um planejamento mais preciso é indispensável diante dos desafios de rentabilidade”, ressalta o Imea.
O cenário reforça a necessidade de os cotonicultores acompanharem de perto as variações de mercado e adotarem estratégias para mitigar riscos, em especial em um ambiente de custos crescentes e margens pressionadas.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Graças à soja, MT vai colher maior safra da sua história em 2025

A produtividade média apresentou alta de 5,22% em relação à projeção anterior e de 25,22%, em comparação com a safra passada, alcançando 65,31 sc/há – Foto: Divulgação/Aprosoja
Desde quando assumiu a liderança da safra nacional de grãos, no ciclo 2011/12 – ao superar o Paraná –, Mato Grosso nunca mais perdeu a liderança e, por ciclos e mais ciclos, vem superando o próprio recorde.
Na safra 2024/25 não será diferente.
Apesar de todos os problemas de início de cultivo, por falta de chuvas, o Estado está prestes a quebrar novo recorde e ofertar a maior safra da história, com mais 102 milhões de toneladas.
Dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) projetam que Mato Grosso deverá superar, em 10%, a colheita anterior, passando de 93,19 milhões t para 102,64 milhões t.
Se os números se confirmarem, mais uma vez, o Estado irá responder, sozinho, por mais de um terço da produção nacional de grãos e fibras.
O grande diferencial está na safra de soja. Enquanto a área plantada aumentou 2,9% de um ciclo ao outro, a produção do grão cresceu, na mesma comparação, quase 27%.
São mais de um milhão de toneladas a mais: de 39,34 milhões t para 49,71 milhões t.
O algodão em pluma tem projeção de somar 2,69 mil t, aumento de 1,7%, ante a colheita anterior de 2,65 mil t. Já o milho segunda safra deve reduzir em 2,2% a oferta.
Segundo a Conab, a produção passa de 48,20 milhões t para 47,15 milhões t.
No país, a produção de grãos no país na safra 2024/25 tende a registrar um aumento de 35,4 milhões de toneladas sobre o ciclo anterior, e deve chegar a 332,9 milhões de toneladas.
O volume, se confirmado, configura um novo recorde para a série histórica da Conab.
A área cultivada também deve crescer em torno de 2,2%, estimada em 81,7 milhões de hectares, assim como a produtividade média das lavouras, que tende a apresentar uma recuperação de 9,5% projetada em 4.074 quilos por hectare.
Os dados estão no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 publicado na quinta-feira (15) pela companhia.
Dentre os produtos cultivados, a soja se destaca com a estimativa de um volume a ser colhido de 168,3 milhões de toneladas, a maior já registrada para o grão na história do país.
A colheita da oleaginosa já chega a 98,5% da área semeada, sendo que nos estados do Centro-Oeste, Sudeste, Paraná e Tocantins os trabalhos já foram concluídos.
Em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Rondônia e Tocantins, as produtividades alcançadas foram recordes da série histórica da Conab.
Esses ótimos rendimentos foram reflexo de condições climáticas favoráveis e do alto grau de profissionalismo dos produtores.
Outra cultura importante na safra brasileira, o milho tem produção total estimada em 126,9 milhões de toneladas, crescimento de 9,9% em relação à temporada 2023/24.
A 1ª safra do grão tem a colheita finalizada em 77,6% da área semeada, com estimativa de produção em 24,7 milhões de toneladas.
Já a 2ª safra do cereal apresenta a semeadura concluída.
A Conab espera uma produção em torno de 99,8 milhões de toneladas.
As boas condições climáticas nas principais regiões produtoras vêm favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e enchimento de grãos.
No caso do arroz, importante produto na alimentação dos brasileiros, a expectativa é de uma produção de 12,1 milhões de toneladas, incremento de 14,8% em relação ao ciclo anterior.
O bom resultado é reflexo de uma maior área semeada, atingindo 1,7 milhão de hectares, combinado com uma melhora de 7,4% na produtividade média das lavouras, chegando a 7.071 quilos por hectare.
Para o feijão, a expectativa da Conab é que ao final das três safras da leguminosa sejam colhidas 3,2 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento interno.
Outro produto de destaque na segunda safra, o algodão também registra a semeadura finalizada, com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 7,2% sobre a safra de 2023/24.
Para a produção, é esperada uma colheita de 3,9 milhões de toneladas da pluma, 5,5% acima do volume produzido na safra anterior.
O comportamento climático nos principais estados produtores vem favorecendo as lavouras, que se encontram desde o estágio de floração até o de início da colheita.
Dentre as culturas de inverno, a semeadura do trigo já teve início nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e no Paraná.
Os trabalhos de plantio já atingem 26% da área prevista para o cultivo do grão no estado paranaense. No Rio Grande do Sul, a semeadura ainda não foi iniciada.
A estimativa de produção da Conab para o cereal indica um volume de 8,3 milhões de toneladas para a safra 2025, crescimento de 4,6% sobre o ciclo passado.
Marianna Peres/Diário de Cuiabá
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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