Agronegócio
Brasil lidera sustentabilidade no agronegócio: modelo de logística reversa inspiram práticas globais
Assessoria
O agronegócio brasileiro, que responde por 21,8% do PIB nacional, é um dos setores mais estratégicos para a economia do país, impulsionando a geração de empregos, renda e desenvolvimento regional. Em 2024, o setor empregou 28,6 milhões de pessoas, alcançando um recorde histórico e representando 26,85% das ocupações no Brasil. Esse desempenho é sustentado pela adoção de tecnologias avançadas e práticas sustentáveis, o que posiciona o Brasil como líder global em várias cadeias produtivas e reforça a competitividade do agronegócio.
O inpEV, como entidade gestora do Sistema Campo Limpo, se destaca ao garantir que 100% das embalagens vazias de defensivos agrícolas recebidas sejam recicladas ou incineradas de maneira controlada, com 97% sendo recicladas e 3% incineradas. Desde 2017, o instituto ampliou sua atuação para incluir as sobras pós-consumo de defensivos, reforçando o impacto positivo dessa operação para a sustentabilidade do setor. O modelo de logística reversa do inpEV não só preserva o meio ambiente, como gera benefícios econômicos significativos, transformando resíduos em novos produtos e incentivando a inovação.
Recentemente, o diretor-presidente do inpEV, Marcelo Okamura, esteve no Vietnã, onde participou do CropLife International Container Management Symposium, um evento global que discutiu o futuro da gestão de resíduos e embalagens no agronegócio. Nesse fórum, o Brasil foi destacado como um líder natural em sustentabilidade e gestão de resíduos, com o modelo do Sistema Campo Limpo sendo amplamente reconhecido por sua eficiência e inovação. Okamura compartilhou sua experiência com o Sistema e ressaltou que “há mais de 15 anos, o Brasil deu um passo à frente no uso de resinas de pós-consumo na produção de embalagens de defensivos agrícolas. Esse movimento nos colocou à frente de muitos países quando o assunto é economia circular. Hoje, essas embalagens são totalmente recicláveis, sendo reutilizadas para a criação de novos artefatos, fechando o ciclo de vida das embalagens”.
O reconhecimento internacional da iniciativa foi um ponto de destaque durante o simpósio, com países como Austrália e Argentina se inspirando no Brasil para implementar sistemas semelhantes. De acordo com Okamura, “Nosso grande trunfo nessa área é o Sistema Campo Limpo, o primeiro programa de logística reversa no agronegócio do mundo, coordenado pelo inpEV. Ele garante que 100% das embalagens vazias de defensivos agrícolas recebidas tenham a destinação ambientalmente correta. E os números são impressionantes: 97% são recicladas, enquanto 3% são incineradas de forma controlada.”
O Brasil foi amplamente destacado no evento como líder no setor de sustentabilidade, com o modelo de logística reversa do inpEV sendo citado como uma referência global. Essa liderança também foi reforçada pela participação da China, que tem avançado significativamente em suas práticas de reciclagem de plásticos, destacando-se ao lado do Brasil em esforços globais nesse setor.
Além disso, um dado relevante que surgiu durante as discussões no simpósio é que o Brasil gera apenas 1,3% de todo o lixo plástico do mundo, mas, apesar desse percentual relativamente baixo, quando comparado aos outros países, a gestão eficiente das embalagens vazias de defensivos agrícolas demonstra a eficácia do trabalho do inpEV. A prática de logística reversa e o uso de resinas de pós-consumo não apenas garantem a destinação adequada dos resíduos, mas também na reciclagem de materiais, mantendo o ciclo de vida das embalagens e preservando o meio ambiente.
“No evento, ficou evidente o compromisso com a economia circular, tema central das apresentações e debates. Há anos, trabalhamos com a logística reversa e o uso de resinas de pós-consumo, práticas que nos permitem destinar adequadamente e reutilizar materiais que, de outra forma, seriam descartados, conservando o meio ambiente.”, explica Okamura.
O inpEV, com o Sistema Campo Limpo, permanece como um pilar fundamental na sustentabilidade do agronegócio brasileiro e, por meio de inovação contínua em processos e práticas eficientes, posiciona o Brasil como líder na agenda global de economia circular e gestão de resíduos agrícolas. Esse resultado reflete o esforço coletivo de todos os elos da cadeia agrícola, que, juntos, trabalham para um agro mais sustentável. Porque juntos, fazem o campo mais limpo e o futuro mais verde
Fonte: Assessoria inpEV
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Indea capacita técnicos para impedir entrada em MT de fungo que afeta plantações de mandioca
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules – Foto por: Divulgação/Embrapa
O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) preparou o quadro técnico de servidores que atuam na defesa sanitária vegetal da autarquia para evitar a entrada do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), conhecido popularmente como vassoura-de-bruxa da mandioca.
Esta doença fitossanitária foi detectada em agosto deste ano pela primeira vez no Brasil, e está atualmente presente no território do Amapá. Lá tem causado prejuízos, principalmente para a comunidade indígena e integrantes da agricultura familiar, nas plantações de mandioca, ao deixar os ramos das plantas secos e deformados.
Em Mato Grosso, o Indea, para proteger o território desse fungo e outras pragas que aqui ainda não adentraram, realizou nos meses de outubro e novembro reuniões regionalizadas com a participação de fiscais e agentes fiscais. Nesses encontros foram demonstradas as características do fungo que atinge a planta da mandioca, além de outras que também requerem igual atenção nos trabalhos de vigilância. As reuniões, que envolveram todo o quadro integrante da Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), passaram pelas cidades de Cuiabá, Água Boa, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta.
“Nesses encontros foram apresentadas as características da doença para que durante as atividades de inspeção, realizadas nas fiscalizações volantes e de campo, sejam identificadas de pronto e adotadas medidas para a contenção da proliferação do fungo”, explica o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
Além disso, ele acrescenta que a Instituição vai avançar no cadastramento de todas as propriedades produtoras e reforçar as fiscalizações do trânsito de mudas (ramas) e tubérculos nas regiões de divisa do Estado.
Para evitar a entrada vassoura-de-bruxa da mandioca, a população pode colaborar, da seguinte forma:
– não trazer mandioca ou mudas (ramas) oriundas do Estado do Amapá para Mato Grosso; comunicar ao Indea caso encontre sintomas suspeitos da doença, como amarelecimento das folhas, superbrotamento, enegrecimento dos vasos e morte das plantas.
O Indea está presente em 139 dos 142 municípios de Mato Grosso.
Características
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A infestação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água.
Produção
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso conta com 15 mil estabelecimentos comerciais plantando mandioca, produziu em 2023 mais de 265 mil toneladas e tem a cidade de Paranatinga como o maior produtor.
Luciana Cury | Indea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção agropecuária brasileira deve alcançar R$ 1,31 trilhão diz o Mapa
Imagem Ilustrativa
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira para a safra 2024/2025 foi estimado em R$ 1,31 trilhão, representando um crescimento de 7,6% em relação ao ciclo anterior. Divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a projeção aponta que as lavouras contribuirão com R$ 874,80 bilhões (67,7% do total), enquanto a pecuária será responsável por R$ 435,05 bilhões (32,6%).
O desempenho positivo reflete avanços em diversas culturas e atividades pecuárias. Na agricultura, o destaque ficou para a soja e o arroz, cuja alta na produção foi determinante para o aumento do VBP. Já para a laranja e o café, o principal fator foi a valorização dos preços. No setor pecuário, a recuperação dos preços teve o maior impacto nos resultados, indicando uma melhora significativa na rentabilidade dos rebanhos.
Os dados, baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e preços coletados de fontes oficiais, também mostram avanços em relação à safra 2023/2024, que teve crescimento de 6,7% nas lavouras e 9,5% na pecuária. O estudo abrange 19 culturas agrícolas e cinco atividades pecuárias, oferecendo um panorama detalhado da economia rural brasileira.
O VBP, divulgado mensalmente, é um indicador essencial para avaliar o desempenho do setor agropecuário e projetar tendências econômicas no campo. Com esses números, o Brasil reforça seu papel de liderança na produção global de alimentos, destacando-se não apenas pela quantidade, mas também pela diversificação e eficiência produtiva.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Pedido de desculpas: declaração de Bompard colocaram em risco as operações do Carrefour no Brasil
Assesoria
Com faturamento de R$ 95 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil é o segundo maior mercado do Carrefour no mundo, atrás apenas da França. Esse é o tamanho do problema gerado pelas declarações do CEO global do grupo, Alexandre Bompard, que orientava a suspensão da compra de carne do Mercosul.
A declaração de Bompard foi publicada no dia 20 e a reação foi imediata: grandes frigoríficos como JBS e Marfrig interromperam o fornecimento de carne à rede varejista no Brasil. Nas últimas horas, cerca de 40 empresas declararam oficialmente a suspensão de negociações com o grupo. Políticos brasileiros também entraram na discussão, com deputados expressando apoio a ações contra as lojas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.
“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.
A empresa citou que está em busca de “soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.
Diante da escalada do problema, a empresa trabalha na elaboração de uma carta de retratação. A expectativa é que o próprio Bompard assine o documento, no qual deve reconhecer os equívocos da declaração e reafirmar a parceria histórica com o setor de carnes brasileiro. Fontes indicam que o texto será previamente submetido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar novos desgastes.
A embaixada francesa no Brasil participa das negociações para entregar oficialmente a retratação, seja por meio do embaixador Emmanuel Lenain ou do presidente do Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo brasileiro só aceitará um pedido de desculpas se for considerado suficientemente claro e enfático.
Enquanto isso, os impactos começam a ser sentidos nas gôndolas dos supermercados da rede, com relatos de desabastecimento de carne. Além disso, o risco de perda de competitividade cresce: especialistas apontam que o Atacadão, maior bandeira do grupo no Brasil, pode perder a liderança para o Assaí caso a crise não seja resolvida rapidamente.
Com o Brasil representando uma fatia tão significativa dos negócios do Carrefour global, a resposta a essa crise se tornou prioridade para a empresa. A resolução do impasse pode determinar não apenas a continuidade da parceria com o agronegócio brasileiro, mas também a reputação e a posição da marca no mercado nacional.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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