Arroz
Estimativas da produção de arroz gera embate entre entidades e governo
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A divulgação do levantamento da safra 2024/25 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) gerou reações contundentes de entidades ligadas à produção de arroz no Rio Grande do Sul. A Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) e a Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul) criticaram os dados apresentados, acusando a Conab de superestimar números para influenciar o mercado e pressionar o preço do cereal para baixo.
De acordo com a Conab, a área plantada de arroz no Rio Grande do Sul deve atingir 988 mil hectares, representando um crescimento de 6,4% em relação às projeções do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que estima 927,8 mil hectares. Essa diferença de 60 mil hectares, segundo as entidades, pode significar uma produção adicional de 500 mil toneladas de arroz, impactando diretamente a formação de preços no mercado interno.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, criticou a metodologia da Conab e apontou que o órgão desconsiderou dados consolidados pelo Irga, que realiza levantamentos diretamente no campo. Segundo Velho, a Conab estaria usando números “inflados” com objetivos políticos e econômicos, o que poderia gerar prejuízos significativos à cadeia produtiva do arroz.
As entidades destacaram que erros como esse já causaram problemas no passado. Em 2024, o governo federal chegou a considerar a importação de arroz no valor de R$ 7,2 bilhões, alegando risco de desabastecimento – um cenário que, segundo a Federarroz e a Farsul, nunca se concretizou.
A nota conjunta tranquilizou os consumidores ao afirmar que o Brasil produzirá mais arroz do que o necessário para atender à demanda interna, exportando o excedente. Contudo, alertou para os prejuízos econômicos que estimativas equivocadas podem causar aos produtores e à competitividade do arroz brasileiro no mercado internacional.
Em nota oficial, a Conab defendeu a metodologia utilizada em seus levantamentos, afirmando que seus estudos agrícolas, realizados há quase 50 anos, servem para subsidiar políticas públicas. A autarquia ressaltou que suas projeções refletem expectativas de produção com base no mês anterior à publicação e que novos levantamentos serão realizados com o uso de tecnologias avançadas, como o mapeamento por imagens de satélite em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo a Conab, o objetivo é oferecer informações mais confiáveis e detalhadas, reduzindo divergências.
Para as entidades, a falta de alinhamento entre os dados da Conab e do Irga evidencia a necessidade de maior integração entre os órgãos responsáveis. Enquanto o Irga ajusta suas estimativas com base em condições adversas enfrentadas pelos produtores, como eventos climáticos, a Conab trabalha com projeções mais amplas, que podem não refletir a realidade no campo.
A disputa por credibilidade entre os dois levantamentos é vista como um risco para o setor, especialmente em um momento de margens reduzidas para os produtores de arroz. A superprodução artificialmente projetada pela Conab pode desestabilizar o mercado, pressionando ainda mais os preços pagos ao produtor.
Enquanto aguarda os próximos levantamentos, o setor agropecuário reforça a necessidade de dados precisos e políticas públicas alinhadas à realidade, para evitar prejuízos econômicos e sociais à cadeia produtiva do arroz.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Receita Federal faz alerta sobre golpes envolvendo Pix
Reprodução
Uma fake news divulgada nas redes sociais nos primeiros dias de 2025 levou criminosos a criarem um novo golpe, utilizando o nome da Receita Federal para aplicar fraudes. A fake news com objetivos políticos dava conta que o governo inicia taxar o pix a partir de janeiro.
Os criminosos se aproveitaram da mentira e criaram o golpe da taxa do pix. Nesta sexta-feira (10.01), a Receita emitiu um alerta para conscientizar os contribuintes sobre essas práticas criminosas, que aproveitam a desinformação para prejudicar pessoas.
O agronegócio, setor que vem adotando de forma crescente ferramentas digitais como o Pix para facilitar transações, também pode ser afetado por esse tipo de golpe. Muitos produtores rurais utilizam o Pix para realizar pagamentos de insumos, transporte de mercadorias e até negociações internacionais. A disseminação de fake news sobre supostas taxas ou bloqueios pode gerar insegurança e até prejudicar a dinâmica de negócios no campo.
Além disso, criminosos podem usar a desinformação para enganar produtores menos familiarizados com tecnologia, intensificando os riscos de fraudes. Por isso, é essencial que o setor agropecuário esteja atento às orientações da Receita Federal e busque sempre verificar a autenticidade das informações em fontes confiáveis.
No agronegócio, o uso responsável de ferramentas digitais é crucial para garantir a eficiência nas operações financeiras. Proteger-se contra fraudes e desinformação ajuda a manter o setor forte, seguro e competitivo, especialmente em um momento em que o Brasil consolida sua posição de liderança no mercado internacional de produtos agrícolas e pecuários.
As mensagens falsas têm sido divulgadas por meio de aplicativos como WhatsApp e Telegram, utilizando indevidamente o nome e o logotipo da Receita Federal. As mensagens informam a cobrança de supostas taxas sobre transações via Pix acima de R$ 5 mil, alegando que o Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos contribuintes pode ser bloqueado caso a suposta taxa não seja paga.
Os golpistas utilizam falsos documentos que imitam o padrão visual da Receita Federal, incluindo boletos fraudulentos. O objetivo é enganar os contribuintes e obter informações pessoais e financeiras para aplicações indevidas.
A Receita Federal deixou claro que não existe qualquer tributação sobre o Pix e que tal prática é inconstitucional. Segundo o órgão, “não existe tributação sobre o Pix, e nunca vai existir, até porque a Constituição não autoriza imposto sobre movimentação financeira”.
A Receita também ressaltou que as novas regras em vigor desde 1º de janeiro apenas atualizam o sistema de acompanhamento de movimentações financeiras para incluir meios de pagamento como Pix e carteiras digitais, mas isso não implica na criação de novos impostos.
Orientações para evitar golpes
Para auxiliar os contribuintes a se protegerem, a Receita Federal forneceu uma lista de recomendações:
- Desconfie de mensagens suspeitas: Não forneça informações pessoais ou financeiras em resposta a e-mails ou mensagens de origem desconhecida.
- Evite clicar em links desconhecidos: Links suspeitos podem direcionar para sites fraudulentos ou instalar programas prejudiciais nos dispositivos.
- Não abra arquivos anexos: Anexos em mensagens fraudulentas geralmente contêm programas que podem roubar informações ou causar danos ao computador.
- Verifique a autenticidade: A Receita Federal utiliza exclusivamente o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (Portal e-CAC) e o site oficial como canais seguros de comunicação.
A Receita Federal reforçou a necessidade de combater a disseminação de fake news. O compartilhamento de informações falsas facilita a ação de criminosos e prejudica toda a sociedade. Por isso, é fundamental verificar a fonte das informações antes de repassá-las, consultar os canais oficiais do Fisco e questionar textos sensacionalistas ou com promessas milagrosas.
Ao dialogar sobre o tema com parentes e amigos, é possível evitar que outras pessoas sejam vítimas de golpes. A Receita Federal segue comprometida em informar a população e garantir a segurança dos contribuintes frente às práticas fraudulentas.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Aprosoja Mato Grosso abre inscrições para visita técnica no CTECNO Araguaia
Foto: Assessoria
As inscrições para a visita técnica do Centro Tecnológico (CTECNO) Araguaia, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), estão abertas. O evento ocorre no dia 29 de janeiro, em Nova Nazaré, e promete trazer atualizações importantes para os produtores de soja da região, abordando temas como: dinâmica da água na lavoura e estratégias de manejo e conservação do solo; construção de um programa de herbicidas eficiente; e, desafios e estratégias de plantio em solo siltoso.
No ano passado, a entidade implantou um projeto hidrológico para manejo de enxurrada e escoamento superficial. Este projeto molda a área experimental e a torna pioneira nessa temática. De acordo com o vice-presidente sul e coordenador da comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja MT, Fernando Ferri, o projeto foi necessário devido à baixa penetração de água nas áreas com alto teor de silte.
“A primeira camada rochosa é muito rasa nessas áreas, então ali exige uma atenção maior do produtor, porque a água não desce para o lençol freático. Então, um bom manejo é necessário para reter ou conter essa água, para que não cause erosões, sendo benéfico ao meio ambiente e para o produtor não ter perda de fertilidade, matéria orgânica, palhada e todo aquele investimento que ele fez no solo”, explica Ferri.
O CTECNO Araguaia é o único centro de pesquisa independente com foco em solos siltosos. As áreas com alto teor de silte representam mais de três milhões de hectares de áreas agricultáveis e careciam de informações técnicas e científicas.
“Por ver esse gargalo dos produtores entrarem onde não há nenhuma pesquisa científica, a gente desenvolveu o CTECNO Araguaia justamente para trazer as soluções para o produtor aprender a fazer o manejo da melhor forma, trazendo mais rentabilidade”, completa o coordenador da comissão de Defesa Agrícola, Fernando Ferri.
O solo da região é composto por 30 a 44% de silte, o que torna a prática da agricultura bastante desafiadora. Em solos assim caracterizados, são curtos os momentos de umidade ideal para realizar operações mecanizadas. Outra problemática comum e importante em solos com alto teor de silte é o selamento superficial, que dificulta e atrasa o processo de emergência de plântulas, em especial a soja.
“Foi diante dessa problemática que elaboramos três ensaios de plantabilidade da soja. Nestes ensaios estamos avaliando a resposta da cultura da soja a diferentes profundidades de semeadura, com presença e ausência de palha, e ao uso de diferentes bandas cobridoras de semente. A partir disso discutiremos as melhores técnicas de plantio em solos com alto teor de silte. Além disso, no dia da visita técnica-soja nós vamos compreender como é a dinâmica da água na lavoura, quais os potenciais perdas de solo e fertilizantes; e, quais estratégias de manejo e conservação do solo são apropriadas para diferentes situações”, aponta a pesquisadora do CTECNO Araguaia, Isley Bicalho.
Durante o evento, os participantes ainda poderão acompanhar o desenvolvimento de 36 variedades de soja semeadas em duas épocas, uma no final de outubro e outra em meados de novembro.
Com a presença de pesquisadores e especialistas, o evento promete ser uma oportunidade única para os produtores debaterem os desafios e as soluções para a agricultura em áreas de solos rasos e com alto teor de silte. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas clicando aqui.
Vitória Kehl Araujo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Colheita de Melancia no Rio Grande do Sul Avança com Bons Resultados
Divulgação
A colheita de melancia no Rio Grande do Sul avança de maneira satisfatória, com destaque para as regiões de Bagé, Quaraí e Pelotas, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (2). As áreas plantadas têm apresentado bons índices de produtividade, frutas de qualidade elevada e preços competitivos tanto no mercado local quanto regional.
Na região de Bagé, especificamente em São Gabriel, foram cultivados 75 hectares de melancia, dos quais 30% já foram colhidos. Aproximadamente 30% das lavouras estão em fase de frutificação, 30% em floração, e 10% estão em estágio de desenvolvimento vegetativo, após o recente plantio. As frutas colhidas apresentam tamanhos grandes, com peso variando entre 17 e 20 kg, sendo as variedades mais cultivadas Jubilee, Conquista e Combat.
Os preços na lavoura variam entre R$ 1,80 e R$ 1,90 por quilo, enquanto no comércio local as unidades são vendidas entre R$ 25 e R$ 30. Cerca de 40% da produção é destinada ao consumo local, com os outros 60% sendo comercializados em municípios vizinhos. Em Quaraí, foram plantados 70 hectares, e 10% das lavouras já foram colhidas.
Na região de Soledade, apesar da redução nas chuvas e da menor umidade no solo, o desenvolvimento das lavouras segue conforme o esperado, sem prejuízos significativos. Em Pelotas, o desenvolvimento da cultura tem sido positivo, especialmente após a realização de tratos culturais. Em Rio Grande, 60% das lavouras estão em frutificação, e espera-se que a colheita se intensifique a partir de fevereiro de 2025.
Na região de Santa Rosa, os produtores de melão que utilizam o sistema de mulching com irrigação por gotejamento estão em plena colheita. A produção tem sido satisfatória, com frutas de alta qualidade, que estão sendo comercializadas regionalmente. O preço médio praticado é de R$ 7,00 por quilo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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