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Agronegócio

Projeto paranaense de produção de couro de peixe será implantado em Cabo Verde

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Foto: Seti

 

O projeto “Couro de Peixe”, desenvolvido no litoral paranaense, será implantado em Praia, capital de Cabo Verde, arquipélago próximo à costa noroeste da África. O objetivo é instalar curtumes comunitários para transformar a pele de peixe em couro, contribuindo com a geração de trabalho e renda para as comunidades, principalmente as mulheres. A iniciativa conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura de Cabo Verde (FAO/ONU).

A ação é coordenada pela professora Kátia Kalko Schwarz, do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Câmpus Paranaguá, no Litoral. Ela foi convidada a ministrar um curso sobre o tratamento do couro de peixe para a comunidade local, juntamente com a presidente da Associação Couro de Peixe de Pontal do Paraná, Ana Maria de Oliveira Ferreira de Almeida.

A equipe chegou no país africano no dia 23 de janeiro e retorna ao Brasil em 3 de fevereiro. O curso foi aplicado no Instituto do Emprego e Formação Profissional para 15 mulheres da região. Durante as aulas, as participantes aprenderem técnicas de curtimento, preparação, tingimento e acabamento da pele do peixe para transformar em couro.

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“A expectativa é que o sucesso do projeto-piloto em Cabo Verde sirva de modelo para sua futura implementação em outros países da África que tem como idioma o português. Assim, a iniciativa contribui tanto para a redução do desperdício de resíduos da pesca quanto para a promoção do desenvolvimento social e econômico das comunidades envolvidas”, explica a professora.

PARCERIAS – O objetivo é instalar um curtume comunitário de couro de peixe nos moldes do projeto da Unespar. A FAO/ONU custeou a viagem e também adquiriu o equipamento utilizado para o processamento do couro.

No país africano, essa iniciativa tem o apoio de uma empresa pesqueira local, a Gustinh. A fábrica faz a separação da pele dos peixes e destina para o curtimento, otimizando o aproveitamento da matéria-prima.

CABO VERDE – O arquipélago é reconhecido por abrigar uma grande biodiversidade marinha. Foram catalogadas cerca de 300 espécies de peixes, sendo 23 espécies consideradas endêmicas, o que significa só podem ser encontradas naquela região.

O setor pesqueiro é de grande importância para o país, destacando-se como um dos pilares econômicos e responsável por mais de 80% das exportações. A pesca também garante a subsistência de famílias e geração de empregos.

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COURO DE PEIXE – O projeto da Unespar surgiu em 2008 e tem como finalidade utilizar a pele do peixe para a confecção de artesanatos. A iniciativa contempla os municípios de Paranaguá, Matinhos, Guaraqueçaba e Pontal do Paraná. No ano passado, foi criada a Associação Couro de Peixe de Pontal do Paraná, que integra 17 mulheres. Ao todo, o programa beneficia 34 famílias.

(Por AEN)

Redação Sou Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Cultivo de flores em rodovia traz de volta polinizadores e é bom para o agro

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em

Imagem: Getty Images

O Programa de Flores Silvestres da Carolina do Norte, criado há 40 anos, surgiu da iniciativa de equipes rodoviárias embelezarem as estradas do estado com espécies nativas. Atualmente, a iniciativa é uma parceria entre o Departamento de Transportes da Carolina do Norte (NCDOT) e o Garden Club estadual, promovendo benefícios ambientais e agrícolas ao criar habitats para polinizadores.

Cada uma das 14 divisões rodoviárias do estado possui equipes ambientais responsáveis pela instalação e manutenção dos canteiros. Ao longo do ano, imagens das flores são submetidas em competições regionais e estaduais, avaliadas por juízes do Garden Club com base na cor, variedade, densidade e organização dos canteiros.

Flores e polinizadores essenciais

Além de tornar as estradas mais atraentes, os canteiros de flores silvestres proporcionam habitats para polinizadores como abelhas, borboletas e mariposas, essenciais para a indústria agrícola estadual, avaliada em US$ 111 bilhões. Cientistas estimam que um terço dos alimentos consumidos depende desses animais, tornando sua preservação crucial para a produção agrícola.

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Financiamento e expansão do programa

O programa é financiado por recursos provenientes de placas de veículos personalizadas e doações privadas, incluindo do Garden Club estadual. As equipes rodoviárias garantem floradas contínuas ao longo do ano, adaptando-se às condições climáticas e do solo para maximizar os benefícios ambientais.

O impacto do modelo do Texas

Inspirado na abordagem do Texas, a Carolina do Norte diferencia-se pelo cultivo manual e pela atenção ao design dos canteiros. Em vez de simplesmente espalhar sementes, os funcionários do NCDOT planejam, plantam e mantêm cada área de forma cuidadosa, garantindo beleza sazonal e apoio aos polinizadores.

Premiação e reconhecimento

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Os prêmios do William D. Johnson Daylily de flores silvestres do NCDOT são concedidos anualmente, reconhecendo o trabalho das equipes rodoviárias na criação dos canteiros mais impressionantes. O programa, altamente competitivo dentro do NCDOT, inspira funcionários a aprimorar suas técnicas, superando desafios ambientais para garantir exibições florais de destaque.

(Com Forbes Agro)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Cotações Agropecuárias: Preços do soja seguem enfraquecidos no Brasil

Publicado

em

Imagem: Freepik

Os preços da soja seguem enfraquecidos no spot brasileiro, conforme apontam levantamentos do Cepea.

Segundo o Centro de Pesquisas, a produtividade da oleaginosa da atual safra está satisfatória, o que mantém elevada a oferta doméstica – e projeções indicam crescimento de área na próxima temporada.

Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a trégua comercial entre os Estados Unidos e a China pode limitar o aumento dos embarques brasileiros de soja – o governo norte-americano reduziu as tarifas de importações da China, de 145% para 30%; o país asiático, por sua vez, baixou as tarifas sobre os produtos norte-americanos de 125% para 10%.

Relatório divulgado no último dia 12 pelo USDA mostra que a produção mundial de soja deve bater um novo recorde na safra 2025/26, para 426,82 milhões de toneladas.

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No Brasil, as 175 milhões de toneladas estimadas também correspondem a uma nova marca histórica.

Estimativas indicando produção de milho elevada no Brasil e no mundo mantêm pressionados os valores internos do cereal, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) operando no menor patamar nominal desde janeiro, de acordo com levantamentos do Cepea.

No Brasil, as boas condições climáticas na maior parte das regiões produtoras de segunda safra sustentam a expectativa de boa produtividade, enquanto nos Estados Unidos a semeadura em bom ritmo e o clima favorável também melhoram as perspectivas sobre a produção, conforme explicam pesquisadores do Cepea.

Nesse contexto, segundo o Centro de Pesquisas, parte dos consumidores brasileiros prefere se afastar do mercado e aguardar novas desvalorizações para recompor os estoques. Já vendedores tentam negociar lotes remanescentes da temporada 2023/24 e da atual safra verão 2024/25.

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Suíno – \\\

Confira a cotação completa AQUI.

(Com Cepea)

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Abate de gado em Mato Grosso aumenta 6,2%

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Divulgação

Mato Grosso atingiu o segundo maior volume de animais abatidos em abril. O total de bovinos enviados para abate nos frigoríficos foi o segundo maior volume já registrado para o mês na série histórica, com acréscimo de 6,29% em relação a março. O abate de fêmeas representou 56,81% do total, somando 330,36 mil cabeças, aumento de 10,07% em relação ao mês anterior.

No entanto, no comparativo anual, a participação das fêmeas segue em queda pelo terceiro mês consecutivo, reflexo da decisão dos produtores de reter matrizes nas propriedades visando ao período de monta.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) informa ainda que, a “curto prazo, a expectativa é que os volumes de abate se mantenham firmes devido ao ajuste de lotação nas fazendas. Contudo, com a chegada da seca e a consequente piora na qualidade das pastagens, a tendência é que o volume total, especialmente a participação de fêmeas, apresente recuo nos próximos meses”.

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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