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Agronegócio

Colheita da primeira safra de feijão avança, mas chuvas impactam qualidade e pressionam preços

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Colheitadeira em Campo Mourão (Foto: Gilson Abreu)

 

As colheitas da primeira safra de feijão no Brasil estão em andamento, mas os desafios impostos pelas chuvas intensas continuam afetando a qualidade dos grãos, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Agentes do setor consultados pelo Cepea relatam que o excesso de umidade tem aumentado a disponibilidade de feijões manchados e brotados, o que impacta negativamente a comercialização do produto. Enquanto isso, os preços apresentam tendências mistas, com desvalorizações nas médias semanais, mas certa sustentação nas cotações do feijão de melhor qualidade, que está mais escasso no mercado.

As chuvas persistentes em várias regiões produtoras têm dificultado a colheita e prejudicado a qualidade dos grãos. O excesso de umidade tem levado ao surgimento de feijões manchados e brotados, que são menos valorizados no mercado. Essa situação tem preocupado os produtores, que enfrentam desafios para comercializar o produto com margens satisfatórias. Além disso, a qualidade inferior dos grãos pode limitar as opções de venda, especialmente para mercados mais exigentes.

Comportamento dos preços e atenção à segunda safra

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Os levantamentos do Cepea mostram que, ao comparar as médias semanais, os preços do feijão apresentam desvalorização. No entanto, ao analisar as variações entre as duas últimas quintas-feiras, observa-se uma certa sustentação nas cotações, especialmente para o feijão de melhor qualidade, que está mais escasso no mercado. Essa dualidade reflete a divisão entre a oferta de grãos de qualidade inferior, que pressiona os preços para baixo, e a demanda por feijão de alta qualidade, que mantém as cotações mais firmes.

Além dos desafios da primeira safra, os agentes do setor estão atentos ao ritmo de cultivo da segunda safra de feijão. As condições climáticas e a disponibilidade de insumos serão fatores determinantes para o sucesso da próxima safra. A expectativa é que os produtores consigam ajustar suas estratégias para minimizar os impactos negativos das chuvas e garantir uma produção de qualidade.

Perspectivas para o mercado

O cenário atual exige atenção redobrada dos produtores e agentes do setor. A qualidade dos grãos da primeira safra deve continuar sendo um fator crítico para a comercialização, enquanto a demanda por feijão de melhor qualidade pode oferecer oportunidades para aqueles que conseguirem garantir a entrega de um produto superior.

Para a segunda safra, a monitoração das condições climáticas e o planejamento adequado serão essenciais para evitar os problemas enfrentados na primeira safra. A capacidade de adaptação e a busca por soluções inovadoras podem ser diferenciais para os produtores que desejam manter a rentabilidade em um mercado desafiador.

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O Cepea ressalta que, embora o momento seja complexo, a volatilidade do mercado agrícola pode trazer mudanças rápidas. Acompanhar as tendências de oferta e demanda, além de investir em boas práticas de manejo, será fundamental para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgirem nos próximos meses.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Cultivo de flores em rodovia traz de volta polinizadores e é bom para o agro

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Imagem: Getty Images

O Programa de Flores Silvestres da Carolina do Norte, criado há 40 anos, surgiu da iniciativa de equipes rodoviárias embelezarem as estradas do estado com espécies nativas. Atualmente, a iniciativa é uma parceria entre o Departamento de Transportes da Carolina do Norte (NCDOT) e o Garden Club estadual, promovendo benefícios ambientais e agrícolas ao criar habitats para polinizadores.

Cada uma das 14 divisões rodoviárias do estado possui equipes ambientais responsáveis pela instalação e manutenção dos canteiros. Ao longo do ano, imagens das flores são submetidas em competições regionais e estaduais, avaliadas por juízes do Garden Club com base na cor, variedade, densidade e organização dos canteiros.

Flores e polinizadores essenciais

Além de tornar as estradas mais atraentes, os canteiros de flores silvestres proporcionam habitats para polinizadores como abelhas, borboletas e mariposas, essenciais para a indústria agrícola estadual, avaliada em US$ 111 bilhões. Cientistas estimam que um terço dos alimentos consumidos depende desses animais, tornando sua preservação crucial para a produção agrícola.

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Financiamento e expansão do programa

O programa é financiado por recursos provenientes de placas de veículos personalizadas e doações privadas, incluindo do Garden Club estadual. As equipes rodoviárias garantem floradas contínuas ao longo do ano, adaptando-se às condições climáticas e do solo para maximizar os benefícios ambientais.

O impacto do modelo do Texas

Inspirado na abordagem do Texas, a Carolina do Norte diferencia-se pelo cultivo manual e pela atenção ao design dos canteiros. Em vez de simplesmente espalhar sementes, os funcionários do NCDOT planejam, plantam e mantêm cada área de forma cuidadosa, garantindo beleza sazonal e apoio aos polinizadores.

Premiação e reconhecimento

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Os prêmios do William D. Johnson Daylily de flores silvestres do NCDOT são concedidos anualmente, reconhecendo o trabalho das equipes rodoviárias na criação dos canteiros mais impressionantes. O programa, altamente competitivo dentro do NCDOT, inspira funcionários a aprimorar suas técnicas, superando desafios ambientais para garantir exibições florais de destaque.

(Com Forbes Agro)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Cotações Agropecuárias: Preços do soja seguem enfraquecidos no Brasil

Publicado

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Imagem: Freepik

Os preços da soja seguem enfraquecidos no spot brasileiro, conforme apontam levantamentos do Cepea.

Segundo o Centro de Pesquisas, a produtividade da oleaginosa da atual safra está satisfatória, o que mantém elevada a oferta doméstica – e projeções indicam crescimento de área na próxima temporada.

Do lado da demanda, pesquisadores do Cepea explicam que a trégua comercial entre os Estados Unidos e a China pode limitar o aumento dos embarques brasileiros de soja – o governo norte-americano reduziu as tarifas de importações da China, de 145% para 30%; o país asiático, por sua vez, baixou as tarifas sobre os produtos norte-americanos de 125% para 10%.

Relatório divulgado no último dia 12 pelo USDA mostra que a produção mundial de soja deve bater um novo recorde na safra 2025/26, para 426,82 milhões de toneladas.

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No Brasil, as 175 milhões de toneladas estimadas também correspondem a uma nova marca histórica.

Estimativas indicando produção de milho elevada no Brasil e no mundo mantêm pressionados os valores internos do cereal, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) operando no menor patamar nominal desde janeiro, de acordo com levantamentos do Cepea.

No Brasil, as boas condições climáticas na maior parte das regiões produtoras de segunda safra sustentam a expectativa de boa produtividade, enquanto nos Estados Unidos a semeadura em bom ritmo e o clima favorável também melhoram as perspectivas sobre a produção, conforme explicam pesquisadores do Cepea.

Nesse contexto, segundo o Centro de Pesquisas, parte dos consumidores brasileiros prefere se afastar do mercado e aguardar novas desvalorizações para recompor os estoques. Já vendedores tentam negociar lotes remanescentes da temporada 2023/24 e da atual safra verão 2024/25.

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Milho – R$ 53

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Milho – R$ 53

Soja – R$ 115

Trigo – R$ 80

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Boi – R$ 300

Suíno – \\\

Confira a cotação completa AQUI.

(Com Cepea)

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Abate de gado em Mato Grosso aumenta 6,2%

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Divulgação

Mato Grosso atingiu o segundo maior volume de animais abatidos em abril. O total de bovinos enviados para abate nos frigoríficos foi o segundo maior volume já registrado para o mês na série histórica, com acréscimo de 6,29% em relação a março. O abate de fêmeas representou 56,81% do total, somando 330,36 mil cabeças, aumento de 10,07% em relação ao mês anterior.

No entanto, no comparativo anual, a participação das fêmeas segue em queda pelo terceiro mês consecutivo, reflexo da decisão dos produtores de reter matrizes nas propriedades visando ao período de monta.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) informa ainda que, a “curto prazo, a expectativa é que os volumes de abate se mantenham firmes devido ao ajuste de lotação nas fazendas. Contudo, com a chegada da seca e a consequente piora na qualidade das pastagens, a tendência é que o volume total, especialmente a participação de fêmeas, apresente recuo nos próximos meses”.

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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