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Agricultura

Desacordo entre vendedores e compradores enfraquece valores do algodão

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Foto: USDA

O mercado de algodão em pluma enfrenta dificuldades na comercialização devido ao desacordo entre vendedores e compradores em relação aos preços e à qualidade dos lotes disponíveis no mercado spot. De acordo com o boletim informativo do Cepea, essa falta de consenso tem reduzido a liquidez e enfraquecido os valores da pluma.

Pesquisadores do Cepea destacam que os vendedores estão mais focados no cumprimento de contratos a termo, enquanto os cotonicultores direcionam esforços para as atividades no campo. O período atual é crucial para a colheita da soja e a semeadura do algodão, o que também reduz a oferta no mercado spot.

Do lado dos compradores, apenas aqueles que precisam recompor estoques seguem ativos nas negociações. Com menor demanda imediata e a priorização das operações agrícolas, a tendência é de que o mercado siga com ritmo lento, pressionando os preços do algodão.

AGROLINK – Aline Merladete

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Soja: prêmios de exportação atingem o maior valor desde 2022

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Foto: Ivan Bueno/Embrapa

Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que as negociações envolvendo soja foram intensificadas na última semana no spot nacional, ou seja, no mercado de transações em que a entrega da mercadoria é imediata e o pagamento é feito à vista.

Segundo o Centro de Pesquisas, isso se deve ao crescimento na oferta e à presença mais ativa de compradores, sobretudo externos.

Como reflexo, os prêmios de exportação já começaram a subir no país, de acordo com análises do Cepea. Com base no porto de Paranaguá (PR), o prêmio de exportação de soja está sendo ofertado em 85 centavos de dólar/bushel para embarque em março/25, o maior valor desde 2022.

A maior demanda internacional pela oleaginosa brasileira está atrelada ao agravamento no conflito comercial entre os Estados Unidos e a China – o governo chinês anunciou tarifas a produtos agropecuários norte-americanos; para a soja, a taxa adicional é de 10%.

Agora, pesquisadores do Cepea explicam que consumidores asiáticos devem se redirecionar à América do Sul, principalmente para o Brasil, que é o maior produtor e exportador mundial de soja.

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Agricultura

Cotações do milho seguem estáveis no Brasil

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Foto: Leandro Balbino/Canal Rural Mato Grosso

Os preços do milho permanecem estáveis na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), embora a intensidade das altas tenha sido menor na última semana.

De acordo com o Centro de Pesquisas, compradores brasileiros seguem ativos, mas com dificuldades em adquirir novos lotes, tendo em vista que esbarram na baixa disponibilidade e nos maiores valores pedidos por vendedores.

Preços do milho

O indicador do milho Esalq/BM&FBovespa, na última sexta-feira (7), fechou em R$ 88,71 a saca de 60 kg, à vista, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP – alta de 0,98% em relação o mesmo período do mês anterior.

Segundo o Cepea, esses agentes limitam a oferta do cereal na transação comercial com pagamento à vista e entrega imediata (spot), à espera de novas valorizações, fundamentados nas incertezas referentes à segunda safra, que, por enquanto, apresenta ritmo de semeadura abaixo do da temporada passada.

Importação de milho

Na tentativa de reduzir os preços, o governo brasileiro anunciou que retirará a taxa de importação de milho nos próximos dias.

Os pesquisadores do Cepea ressaltam que, na safra 2023/24, foram importadas 1,7 milhão de toneladas, representando apenas 1,4% da oferta (resultado da soma dos estoques iniciais, produção e importação, conforme dados da Conab).

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Sobre o Cepea

O Cepea é parte do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), unidade da Universidade de São Paulo (USP).

Analistas do Centro realizam pesquisas sobre a dinâmica de cadeias produtivas e também sobre o funcionamento integrado do agronegócio, o que abrange questões (transversais) de defesa sanitária, políticas comerciais externas e influência de novas tecnologias, por exemplo.

O desempenho macroeconômico do setor é também acompanhado de perto. A equipe Cepea calcula periodicamente o PIB do Agronegócio (nacional e de estados), o PIB de cadeias produtivas e, também, índices de exportação do setor.

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Agricultura

Volatilidade no mercado da soja: quais os impactos internos e externos apresentados?

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Foto: Aprosoja MT

O mercado da soja tem experimentado um período de alta volatilidade, impulsionado por uma combinação de fatores internos e externos. A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, a colheita avançada no Brasil e as flutuações nas cotações internacionais são elementos chave que têm influenciado o comportamento dos preços.

Segundo a plataforma Grão Direto, o índice de exportação da soja refletiu essa volatilidade nos preços durante a semana passada. Considerando o valor da soja brasileira destinada à exportação nos principais portos, o índice iniciou a semana cotado a R$133,64 e encerrou com um aumento de 1,92%, atingindo R$136,21/saca.

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Volatilidade nos preços da soja

A primeira semana de março foi marcada por oscilações nos preços da soja no mercado internacional, o que teve reflexos no preço da soja brasileira. Ao longo da semana, as cotações nos portos brasileiros superaram os R$135,00/saca.

O mercado segue atento à volatilidade apresentada, que pode apresentar novas oportunidades de negócios ou desafios para os produtores de soja.

Guerra comercial

A disputa comercial entre Estados Unidos e China, que se acirrou recentemente com a imposição de novas tarifas americanas sobre produtos chineses, tem afetado diretamente o mercado de soja. O Brasil tem se beneficiado dessa situação, já que as exportações brasileiras se tornaram mais competitivas no cenário internacional. No Brasil, esse movimento gerou uma valorização nos preços internos, com os portos registrando alta de até R$3,00 por saca em relação à semana anterior.

Exportação

De acordo com dados da ANEC, o Brasil deve exportar cerca de 14,8 milhões de toneladas de soja em março, um aumento de 9,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse crescimento reflete a constante demanda externa e a competitividade da soja brasileira no mercado global.

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Colheita de soja em MT

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou na última sexta-feira que 91,84% da área plantada com soja no Mato Grosso já foi colhida, superando o ritmo da colheita do ano anterior e a média histórica dos últimos cinco anos.

O avanço pode gerar uma pressão pontual nos preços internos, já que o aumento da oferta disponível tende a pesar no mercado. No entanto, o impacto pode ser atenuado por fatores como os custos logísticos e as condições climáticas.

USDA

O mercado segue atento ao próximo relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para ser divulgado em 11 de março. O relatório pode confirmar a expectativa de uma safra recorde de soja no Brasil, além de indicar possíveis quedas na produção da Argentina. Esse cenário pode gerar volatilidade nas cotações da soja, especialmente no mercado de Chicago, influenciando diretamente as expectativas dos produtores brasileiros.

O que esperar do mercado?

Com o avanço da colheita, é natural que março comece com uma pressão negativa sobre os preços internos, dada a grande oferta disponível. No entanto, fatores como problemas logísticos, condições climáticas adversas e a guerra comercial entre as grandes potências globais sustentam os preços da soja no Brasil, criando boas oportunidades de negócios na primeira semana de março.

Nos próximos dias, a dinâmica de preços será influenciada por uma série de variáveis, como prêmios de exportação, custos logísticos, condições climáticas e as decisões dos agricultores norte-americanos em relação à área plantada de soja na próxima safra. Esses fatores terão um papel importante na formação dos preços da soja ao longo do mês.

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