Agronegócio
Exportações do Agronegócio Paulista Caem 15% em Janeiro

Os cinco principais grupos exportados representaram 76,8% do total – Foto: Foto: Eduardo Valente/GOVSC
De acordo com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), o agronegócio paulista registrou uma queda de 15,0% nas exportações em janeiro de 2025, totalizando US$ 2,16 bilhões. Já as importações cresceram 6,1%, atingindo US$ 0,52 bilhão. Com isso, o saldo da balança comercial do setor permaneceu superavitário em US$ 1,64 bilhão, embora tenha sido 20,0% inferior ao do ano anterior. O desempenho do setor agropecuário foi essencial para reduzir o déficit comercial paulista, que chegou a US$ 3,59 bilhões nos demais setores.
Os cinco principais grupos exportados representaram 76,8% do total: complexo sucroalcooleiro (US$ 599,47 milhões), sucos (US$ 334,41 milhões), produtos florestais (US$ 282,39 milhões), carnes (US$ 274,09 milhões) e café (US$ 166,43 milhões). Na comparação com janeiro de 2024, destacaram-se os aumentos nas exportações de café (+82,7%), sucos (+33,6%), produtos florestais (+27,2%) e carnes (+9,8%), enquanto o complexo sucroalcooleiro (-52,0%) e o complexo soja (-32,5%) tiveram retração.
As importações do setor agropecuário paulista totalizaram US$ 515,28 milhões, com destaque para salmão (US$ 46,51 milhões), papel (US$ 40,32 milhões) e trigo (US$ 30,48 milhões). No Brasil, São Paulo liderou as exportações do agronegócio, com 19,6% de participação, seguido por Mato Grosso (13,2%) e Minas Gerais (12,3%).
No cenário nacional, as exportações do agronegócio somaram US$ 11,00 bilhões, uma queda de 5,3% em relação a 2024. O saldo comercial do setor foi de US$ 9,16 bilhões, reforçando a importância do agro para a economia brasileira.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Bataticultura – Fungicida se sobressai em pesquisas sobre tratamento da cultura frente à doença Rhizoctonia ou “mancha-asfalto”

Divulgação
Uma das principais soluções disponíveis no país para a proteção da batata frente à Rhizoctonia, o fungicida Pulsor® 240 SC, da Sipcam Nichino, se sobressaiu em pesquisas voltadas ao controle da doença, realizadas em diferentes regiões produtoras. Em 45 campos demonstrativos, informa a empresa, o produto transferiu a média de produtividade de 72 sacas por hectare, contra 68 sacas por hectare entregues pelos chamados tratamentos-padrão.
Causada pelo fungo Rhizoctonia solani, a doença popularmente chamada de ‘mancha-asfalto’, se não contida, pode levar à perda de uma lavoura inteira de batata, segundo afirma o engenheiro agrônomo Marcelo Palazim, da área de desenvolvimento de mercado. “Trata-se de um fungicida de ação sistêmica, do grupo das carboxanilidas. Age por translocação lenta, com propriedades preventiva e curativa”, ele explica.
De acordo com Palazim, em lavouras situadas em áreas relevantes da bataticultura brasileira, como Conchal (SP), Guarapuava (PR), Perdizes (MG) e Ponta Grossa (PR), Pulsor® 240 SC respondeu pelos maiores indicadores de produtividade, comparativamente a tratamentos-padrão. Em Guarapuava, por exemplo, em trabalho conduzido pela renomada consultoria G12, foi obtida a média de 28,6 toneladas por hectare, ante 26,9 toneladas por hectare de outros fungicidas comumente empregados pelo produtor.
Já em Ponta Grossa, o fungicida da Sipcam Nichino registrou a maior taxa de controle da Rhizoctonia, de 75%, contra 65% dos tratamentos-padrão, conforme ensaio de responsabilidade da consultoria 3M, referência na região. “A solução da companhia uniformiza o ‘estande’ da lavoura, melhora a qualidade da pele da batata, resulta em plantas mais sadias”, diz Palazim. “Preserva o potencial produtivo e aumenta a quantidade de batatas especiais.”
Conforme Palazim, a Sipcam Nichino recomenda aplicar o fungicida, dotado de propriedades preventivas e curativas, além de efeito residual prolongado, no sulco da batata, ao longo de quase todo o ciclo da cultura. “Atua com eficácia nas diversas raças do fungo Rhizoctonia solani”, ele acrescenta.
O agrônomo salienta ainda que a doença Rhizoctonia surge, principalmente, em solos frios característicos de regiões mineiras, paulistas e paranaenses. “O ataque começa por meio do solo, pode afetar o estande e a uniformidade do plantio, a produtividade e podem surgir também outras doenças como a podridão das raízes, cancros e tombamentos.”
Segundo Palazim, uma vez aplicado preventivamente, Pulsor® 240 SC cria uma camada de proteção no solo, preservando a batata até a colheita.
De acordo com a Sipcam Nichino, o fungicida conta ainda com registro nas culturas de café, gramados e crisântemos.
Criada em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.
Fernanda Campos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Na 9ª edição da Abertura de Safra Cana, Açúcar e Etanol, DATAGRO divulga nova projeção para a moagem de cana no Centro-Sul do Brasil

Divulgação DATAGRO
Na safra 2025/26, o Centro-Sul do Brasil deverá processar 612 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produzir 42,35 milhões de toneladas do adoçante, além de 12,76 bilhões de litros de etanol anidro e 21,95 bilhões de litros do biocombustível hidratado. O mix açucareiro deverá ficar em 51%.
A projeção foi apresentada pelo presidente da DATAGRO, Plinio Nastari, durante o primeiro painel da 9ª edição do DATAGRO Abertura de Safra Cana Açúcar e Etanol, que acontece nesta quarta (12) e quinta-feira (13) em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O painel ainda contou com a participação de Bruno Wanderley Freitas, líder de conteúdo da DATAGRO, e de Hugo Cagno, presidente da União Nacional da Bioenergia UDOP.
Se confirmada as projeções, teremos uma queda de 1,4% no processamento de cana em relação a temporada 2024/25, quando foram esmagadas 621 milhões de toneladas. “Foi uma safra muito impactada por incêndios e seca, que consumiram 450 mil hectares”, pontuou Nastari.
A DATAGRO aponta ainda que a produção de açúcar na temporada passada totalizou 39,81 milhões de toneladas, queda de 5,6% em relação a 2023/24. Por outro lado, a fabricação de etanol cresceu 3,7%, para 33,57 bilhões de litros, sendo 12,2 bilhões de litros de etanol anidro (-5,8%) e 21,4 bilhões de litros de etanol hidratado (+10,0%).
A temporada 2025/26 tem início oficialmente em abril, todavia, algumas usinas já iniciaram a moagem de cana. “Apesar de em janeiro e fevereiro chover menos, o acumulado desde outubro garante um abastecimento hídrico maior para a safra 2025/26 que está por vir. Mas as precipitações de março e abril serão determinantes para a oferta de cana”, pontuou o presidente da DATAGRO.
De acordo com dados apresentados, a precipitação acumulada entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025 no Centro-Sul do Brasil, meses que antecedem a nova temporada, somou 1.003 mm, ante 686 mm no mesmo período da safra anterior e 935 mm na média dos últimos cinco anos.
Sobre as condições gerais dos canaviais na região, a expectativa é de um aumento na área de corte pela redução de 0,5 ponto percentual na intenção de plantio (de 15,8% para 15,3%). Projeta-se ainda expansão sobre áreas de Citrus, Pastagens e Seringueiras, sobretudo nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
Quanto à qualidade da cana, espera-se uma maior infestação de plantas daninhas, podendo elevar impurezas, mas menor infestação de pragas, como a broca de cana, e redução de inoculo de doenças devido ao aumento de incêndios em 2024.
Fonte: DATAGRO
Carlos Correia
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
O melhor fevereiro: Embarques de carne suína crescem 17%

foto:reprodução/MAPA
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 114,4 mil toneladas em fevereiro, número que supera em 17% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 97,8 mil toneladas. É o melhor resultado já registrado para um mês de fevereiro.
ABPA: Alta nos preços dos ovos é sazonal
Em receita, houve crescimento de 32,6%, com US$ 272,9 milhões em fevereiro deste ano, contra US$ 205,7 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.Considerando o primeiro bimestre, os embarques de carne suína registraram elevação de 11,6%, com 220,4 mil toneladas neste ano, contra 197,5 mil toneladas embarcadas nos dois primeiros meses de 2024.No mesmo período comparativo, a receita cresceu 26,2%, com US$ 510,9 milhões neste ano, e US$ 404,8 milhões no ano anterior.
Principais destinos
Filipinas seguem como principais destinos das exportações de carne suína, com 23 mil toneladas em fevereiro (+72% em relação ao ano anterior). Em seguida estão China, com 19,4 mil toneladas (-26,2%), Hong Kong, com 13,4 mil toneladas (+49,8%), Japão, com 9 mil toneladas (+61,8%), Chile, com 8,3 mil toneladas (-0,2%), Singapura, com 6,5 mil toneladas (+3,6%), Argentina, com 4,8 mil toneladas (+313,1%), Uruguai, com 3,6 mil toneladas (+13,1%), Costa do Marfim, com 3,1 mil toneladas (+58,4%) e Vietnã, com 3 mil toneladas de carne suína (+64,8%).
“Neste mês vimos também o México ganhar grande relevância, com mais de 2 mil toneladas, como resultado direto da renovação da renovação do programa de segurança alimentar mexicano. Com isto, além dos bons indicadores de demanda das Filipinas, Japão e outras nações da Ásia, África e Américas projetam resultados positivos para este ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin .
Ranking dos Estados
Principal exportador de carne suína do Brasil, Santa Catarina embarcou 61,8 mil toneladas em fevereiro (+14,2%), seguida pelo Rio Grande do Sul, com 23,9 mil toneladas (+13,8%), Paraná, com 17,9 mil toneladas (+48,1%), Minas Gerais, com 2,3 mil toneladas (+43,9%) e Mato Grosso, com 2,8 mil toneladas (+21%).
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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