Economia
Procon-MT orienta foliões sobre cuidados que devem ser observados com compras de Carnaval

Comércio de produtos típicos de carnaval, em Cuiabá – Foto por: Josi Dias/Setasc-MT
Para que os foliões aproveitem o feriadão de Carnaval livre de problemas, a Secretaria Adjunta de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon-MT), da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc), elaborou algumas dicas que devem ser observadas pelos consumidores nos dias de folia.
A secretária adjunta do Procon-MT, Cristiane Vaz, lembra que para evitar armadilhas e golpes, é preciso redobrar a atenção ao fazer pagamentos e transações bancárias.
“Para aumentar a segurança, uma boa opção é temporariamente reduzir os limites do cartão e desativar a função de pagamento por aproximação. Caso isso não seja possível, o consumidor deve guardar seu cartão em local seguro, que não fique longe de sua vista, evitando bolso de trás da calça, mochila ou bolsa para trás do corpo”, salienta Cristiane.
Outra dica do Procon é redobrar a atenção com o celular, pois se trata de um aparelho onde são guardadas a maioria das informações pessoais, sociais e bancárias. Caso furtado/extraviado, os golpistas podem ter acesso a todos os dados localizados no aparelho.
Segurança: Ative medidas que dificultam o acesso do seu celular, como o bloqueio de tela inicial e a biometria facial ou digital, por exemplo.
– Cadastre seu aparelho no aplicativo Celular Seguro BR que permite bloquear a linha telefônica caso seu celular seja roubado, furtado ou extraviado.
– Em caso de roubo de cartões ou do celular, o consumidor deve comunicar imediatamente ao banco, solicitar o bloqueio e registrar um boletim de ocorrência.
Pagamentos com cartão: Antes de digitar a senha, confira se o valor digitado na maquininha está correto;
– Caso o visor do equipamento esteja quebrado ou com avarias e não seja possível conferir se o valor está correto, suspenda a compra;
– Evite entregar seu cartão para que o fornecedor insira na maquininha. Caso isso aconteça, ao receber de volta verifique se o cartão devolvido é realmente o seu;
– Solicite o comprovante de pagamento e confira se o valor está correto. Se algo estiver errado, o consumidor deve solicitar o estorno da operação imediatamente.
– Ao fazer pagamentos por PIX, não esqueça de conferir se o valor e os dados do destinatário estão corretos.
Fantasias e produtos típicos: A compra de produtos típicos – fantasias, espuma, spray, lantejoulas, paetês, serpentina, confetes, buzinas, tintas, pincéis, máscaras, entre outros – deve ser realizada em lojas especializadas;
– Confira se na embalagem constam informações como idade indicada, origem do produto, quantidade e composição. Não se esqueça de verificar o prazo de validade;
– No caso de produtos importados, as informações da embalagem devem estar em língua portuguesa;
– Troca: A troca só é obrigatória quando o produto apresenta algum defeito;
– Compras online: o Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante o direito ao arrependimento no prazo de sete dias da compra ou do recebimento do produto.
Produtos infantis: Evite adquirir produtos falsificados, pois podem colocar em risco a segurança dos pequenos;
– Leia nas embalagens as informações do produto, como faixa etária indicada, composição, instruções de uso e cuidados;
– Produtos destinados a crianças devem ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Ingressos para camarotes, bailes e abadás: Adquira esses produtos apenas em locais oficiais de venda;
– Observe se o bilhete contém as informações sobre o local, horário e data do evento e se conferem com os que você solicitou;
– Confira com atenção as regras e os serviços inclusos (bebidas, comidas e seguro para emergências, imprevistos ou assistência médica no local da festa, por exemplo).
Alimentos e bebidas: Antes de consumir os produtos, observe as condições de higiene e armazenamento dos alimentos e bebidas;
– Confira a data de validade e as condições da embalagem antes de consumir a mercadoria;
– Não consuma os alimentos se a embalagem estiver violada ou rasgada, pois o produto pode estar contaminado.
Consumo de fumo e álcool: Em Mato Grosso, é proibido o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e assemelhados em locais de uso coletivo, públicos ou privados, em ambientes de uso coletivo total ou parcialmente fechados.
– É proibido também o fornecimento, assim como a exposição, oferta, venda ou permissão de consumo de bebida alcoólica a menores de 18 anos.
Casas noturnas, bares e restaurantes: Os estabelecimentos não podem cobrar multa por perda de comanda. A responsabilidade pelo controle do que é consumido é do fornecedor;
– Os estabelecimentos podem cobrar couvert artístico quando houver música ao vivo ou outra manifestação artística no local. Entretanto, deve haver informação prévia ao consumidor (em placas afixadas na entrada e no cardápio, por exemplo);
– O pagamento da taxa de serviço (10%) ou gorjeta é opcional.
Dúvidas e reclamações
Em caso de problemas, o consumidor pode procurar a unidade de Procon mais próxima de sua residência. Também é possível utilizar o PROCON+, que está disponível pelo aplicativo MT Cidadão.
O Procon-MT disponibiliza também o atendimento por WhatsApp pelo número (65) 99228-3098. Outra opção é registrar uma reclamação pela plataforma Consumidor.gov.br, que está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Solange Wollenhaupt | Setasc-MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
China quer comprar mais. Como fica a logística?

Imagem: Arquivo Pensar Agro
O que poderia ser celebrado como uma excelente notícia para o agro brasileiro pode rapidamente se transformar em um pesadelo logístico. Com uma safra recorde para escoar e portos operando no limite de sua capacidade, o Brasil corre o risco de não conseguir atender à crescente demanda da China por soja — seu principal parceiro comercial no setor.
Nesta semana, uma comissão técnica chinesa desembarca no Brasil para uma reunião bilateral com representantes do governo e técnicos brasileiros. O objetivo é avaliar, de forma reservada, a real capacidade logística do país para cumprir com uma possível ampliação dos embarques de grãos ao gigante asiático. A informação foi revelada pelo jornalista Marcelo Dias, do Canal Rural, e reforça uma preocupação já antecipada pelo Pensar Agro (veja aqui), que alertou sobre o risco de colapso na infraestrutura portuária nacional.
O encontro — tratado como sigiloso — foi tema de uma reunião entre o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada na segunda-feira (14.04), no Palácio da Alvorada. A sinalização é clara: o Brasil está sendo observado de perto, e o mercado internacional exige garantias de entrega em meio a gargalos logísticos cada vez mais visíveis.
Em março, a China se manteve como o maior destino das exportações do agronegócio brasileiro, com compras que somaram US$ 15,64 bilhões — crescimento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A expectativa é de que a procura continue em alta, em especial diante das incertezas climáticas nos Estados Unidos, que ameaçam a safra norte-americana.
O Brasil deve colher um recorde de 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25, um aumento de 10,9% (32,6 milhões de toneladas) em relação ao ciclo passado, segundo o 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 divulgado na quinta-feira passada (10.04), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Porém, o escoamento da produção recorde brasileira enfrenta obstáculos sérios: portos sobrecarregados, filas crescentes de caminhões, limitações ferroviárias e falta de integração entre modais. A situação já preocupa tradings, cooperativas e produtores, que veem com apreensão o aumento da pressão por novos embarques sem a devida estrutura para sustentá-los.
Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio(IA), comentou a situação com preocupação e senso de urgência: “Como comentávamos no domingo, o que estamos vendo é um paradoxo. Produzimos como nunca, temos mercado comprador garantido, mas estamos travados pela falta de estrutura para escoar. A China quer comprar, o Brasil tem para vender, mas a logística virou nosso calcanhar de aquiles. Se não houver uma reação rápida, vamos assistir a um colapso anunciado”, disse.
“Essa visita técnica dos chineses é um sinal claro de que eles querem compromisso com entrega. E o mundo está olhando. Se falharmos, perdemos credibilidade e espaço para outros players. Não é só uma questão de soja ou de safra recorde. É a imagem do Brasil como fornecedor confiável que está em jogo”, comentou Rezende.
“Já passou da hora de tratarmos infraestrutura como política estratégica de Estado. Enquanto continuarmos exportando grãos por rodovias congestionadas e portos saturados, estaremos sempre no limite. É preciso investir pesado e com urgência em ferrovias, hidrovias e ampliação portuária, ou a conta dessa omissão vai chegar com juros para todo o setor”, completou Rezende.
Caso o Brasil não consiga garantir agilidade e eficiência na entrega, corre o risco de perder espaço para concorrentes no cenário global — justamente em um momento de forte demanda e bons preços internacionais. O temor é que atrasos, custos extras com armazenagem e demurrage (multas por espera de navios) minem a competitividade brasileira no mercado asiático.
A possível ampliação das exportações para a China exige, portanto, mais do que vontade política e capacidade produtiva: requer investimentos urgentes em infraestrutura, modernização portuária e ampliação dos corredores logísticos, especialmente os que conectam o Centro-Oeste ao litoral.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Reforço na hora certa: Agricultores recebem maquinários do Estado

Foto: Tiago Giotti
Os agricultores familiares de Nova Prata do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, poderão contar com o auxílio de maquinários para as atividades agrícolas, entregues pelo Governo do Estado à prefeitura nesta quarta-feira (16). Elas são fruto de um Termo de Convênio, que garantiu investimento estadual superior a R$ 2,8 milhões.
O município entrou com contrapartida de pouco mais de R$ 343 mil. Com os recursos foi possível adquirir seis tratores agrícolas, quatro plantadeiras plantio direto e três ensiladeiras, tendo como objetivo prioritário o atendimento de agricultores familiares.
Segundo a prefeitura, o maquinário vai ajudar diretamente pelo menos 150 famílias de agricultores e outras 450 de forma indireta, com expectativa de elevar a produtividade média em cerca de 18%. A proposta é estimular a adoção de boas práticas de manejo e conservação do solo e da água, a utilização da técnica do plantio direto e da colheita de forragem.
“Essa Patrulha Agrícola é muito importante porque vai fortalecer a agricultura familiar do município, que desenvolve várias culturas e investe também na agroindustrialização da produção”, salientou o chefe do Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Dois Vizinhos, Adão Carlos dos Santos.
Município fundado em 1979, às margens do Rio Iguaçu, e atingido por duas hidrelétricas, Salto Caxias e Baixo Iguaçu, Nova Prata do Iguaçu tem no milho, soja, trigo, feijão, hortifruticultura, além da avicultura e bovinocultura de leite e de corte as principais atividades agropecuárias exploradas em 28 mil hectares.
De acordo com o chefe do Núcleo da Seab, cerca de 80% dos 2.179 cadastros ativos de produtores é da agricultura familiar. “Não há dúvida de que um investimento desse tamanho vai fortalecer e muito a prática agrícola da região, fazendo com que o agricultor familiar reduza os custos de sua produção e assim consiga mais renda para a família”, acentuou Santos.
A prefeita Elizete Cavazin destacou o trabalho do governador Carlos Massa Ratinho Junior, do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, e da chefia da Seab na região. “É uma grande satisfação fazer a entrega desses equipamentos aos nossos produtores rurais, o governador tem um olhar muito especial para os pequenos municípios e com Nova Prata do Iguaçu não poderia ser diferente”, disse. “Estamos juntos neste caminho, trazendo alegria e coisas boas para a nossa população”.
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Sindicato é reaberto por nova geração de produtores

Foto: Faep
Uma nova geração de produtores rurais de Vera Cruz do Oeste uniu forças para reativar o sindicato rural do município e ofertar cursos e serviços aos agricultores e pecuaristas da região. Depois de mais de um ano com as portas fechadas, a entidade realizou eleição da nova diretoria, no dia 7 de março, que toma posse em abril. Somando o Sindicato Rural de Vera Cruz do Oeste, o Sistema FAEP passa a contar com 161 entidades espalhadas pelo Paraná.
Segundo o presidente eleito, Douglas Felipe da Silva, apesar do curto prazo à frente do Sindicato Rural de Vera Cruz do Oeste, já é possível elencar avanços. “Reformamos a sede, realizamos parcerias com a associação comercial e empresas de georreferenciamento, ótica e telefonia. Neste novo momento, o sindicato vai estar presente no dia a dia do produtor rural. Essa é a nossa filosofia de atuação”, aponta o dirigente.
“Essa retomada em Vera Cruz do Oeste mostra que a classe produtora está atenta à necessidade de organização e união para fazer valer os seus direitos. Juntos conseguimos ser ouvidos, ter nossas demandas atendidas e fazer da agropecuária paranaense uma das maiores do mundo”, Ágide Eduardo Meneguette, Presidente Interino do Sistema FAEP

Apesar da eleição ter sido realizada oficialmente em março, a nova chapa já estava atuante desde novembro do ano passado, quando foi formada uma junta governativa provisória para cuidar da manutenção da entidade durante o vácuo administrativo. A ideia, segundo Felipe da Silva, é trazer uma geração mais jovem para compor a diretoria. “Nossa chapa é formada por mais da metade dos filhos da geração que estava na diretoria anterior. A gente já convivia e conhecia o dia a dia do sindicato. O restante é um pessoal novo e com vontade de trabalhar que veio somar forças”, complementa.
A reestruturação do Sindicato Rural em Vera Cruz do Oeste contou com o apoio do Programa de Sustentabilidade Sindical (PSS) do Sistema FAEP, que visa capacitar as entidades no intuito de fortalecer o sistema sindical rural no Paraná. Outras entidades sindicais vizinhas, como Medianeira e Céu Azul, também apoiaram a reabertura em Vera Cruz do Oeste.
Na visão do novo presidente, a gestão vai contar com o apoio da comunidade produtora. “Tivemos apoio dos produtores do município, com participação nas reuniões para reabertura do sindicato. Isso é uma resposta de que acreditam no nosso trabalho”, avalia. “Nosso intuito é angariar mais associados e fazer a devolutiva para a população rural, em forma de cursos e serviços”, finaliza Felipe da Silva.
(Com FAEP)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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