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Economia

Agricultura tem que estar no centro da discussão na COP, defende CEO da JBS

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Crédito: Divulgação CNI

 

Com o objetivo de ampliar a participação da iniciativa privada na COP30, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou, na segunda-feira (10), a Sustainable Business COP30 (SB COP). O evento, que aconteceu na sede da CNI, em Brasília, reuniu figuras importantes do governo e do setor empresarial, com destaque para a participação de Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS. A SB COP, inspirada no sucesso do B20, visa criar um grupo de representatividade empresarial internacional para levar as contribuições do setor privado às negociações da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém, no Pará.

“O setor produtivo tem compromisso com a sustentabilidade”, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI. “Queremos mostrar o que o Brasil e as indústrias do mundo inteiro estão fazendo para contribuir com a agenda climática.” Alban ressaltou a importância da COP30 para o Brasil e a necessidade do setor privado se unir para garantir que o país seja vitrine, durante o evento.

O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou o potencial do estado para a bioeconomia e o mercado de carbono: “O Pará está de braços abertos para os negócios sustentáveis”. Barbalho ainda enfatizou a importância da COP30 para consolidar um novo modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia, conciliando preservação ambiental com geração de empregos verdes.

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Gilberto Tomazoni, em seu discurso, defendeu o protagonismo do agronegócio na agenda climática global. “A agricultura tem que estar no centro da discussão”, afirmou o executivo, ressaltando o potencial do Brasil para liderar a produção de alimentos de forma sustentável. Tomazoni apontou a necessidade de aumentar a produtividade no campo, levar tecnologia e assistência técnica aos pequenos produtores e atrair mais investimentos para o setor. “O Brasil tem exemplos extraordinários, como a produção de três safras na mesma área e a aplicação de práticas regenerativas. Precisamos dar escala a esses exemplos”, disse.

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, celebrou a criação da SB COP e a união do país em torno da agenda climática. “A COP30 será uma extraordinária oportunidade para mostrarmos ao mundo a relevância do Brasil”, afirmou. Corrêa do Lago ressaltou a importância da participação do setor privado para o sucesso da COP30 e convidou todos a se unirem em um “pacto nacional pela COP30”.

A Sustainable Business COP30 promete ser um espaço importante para o diálogo e a construção de soluções conjuntas entre o setor público e privado para os desafios climáticos. Com a participação ativa de líderes, a iniciativa reforça o compromisso do Brasil em liderar o caminho para um futuro mais sustentável.

Sobre a JBS

A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Com uma plataforma diversificada por tipos de produtos (aves, suínos, bovinos e ovinos, além de plant-based), a Companhia conta com mais de 280 mil colaboradores, em unidades de produção e escritórios em países como Brasil, EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, China, entre outros. No Brasil, a JBS é uma das maiores empregadoras do país, com 158 mil colaboradores. No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação: Friboi, Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre muitas outras, que chegam todos os dias às mesas de consumidores em 180 países. A empresa investe em negócios correlacionados, como couros, biodiesel, colágeno, higiene pessoal e limpeza, envoltórios naturais, soluções em gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transportes, com foco na economia circular. A JBS conduz suas operações priorizando a alta qualidade e a segurança dos alimentos e adota as melhores práticas de sustentabilidade e bem-estar animal em toda sua cadeia de valor, com o propósito de alimentar pessoas ao redor do mundo de maneira cada vez mais sustentável.

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Alexandre Fumagalli

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Consumo de milho para produção de etanol no Brasil totalizou 1,7 milhão de toneladas em fevereiro

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Assessoria

 

Em fevereiro, a indústria de etanol consumiu 1,7 milhão de toneladas de milho para a produção do biocombustível, maior registro para o mês na série histórica, mostra estimativa da DATAGRO, com base em dados fornecidos pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA).

Esse volume é 41% superior a janeiro de 2024 e 76% maior que a média plurianual do período, o que sinaliza demanda aquecida no setor.

Com o início do ano comercial em fevereiro, a DATAGRO estima que 21.760 mi de t de milho sejam destinados para fabricação de etanol — esse volume representa um acréscimo de 21,8% em relação ao ciclo anterior, que registrou valor acumulado de 17.866 mi de t do cereal no período.

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Já a produção de DDG, resultante da produção do etanol à base de milho, atingiu 572 mil t em fevereiro — volume 2,5% inferior ao registrado no mês anterior, porém 41% acima na comparação com igual mês de 2024.

No acumulado da safra 2024/25 — de abril/24 a março/25 – foram produzidas 5,640 mi de t do subproduto, alta de 31% na comparação com o mesmo período da temporada anterior.

Fonte: DATAGRO

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Influenciado por alimentos, preços da indústria têm leve alta em janeiro

Publicado

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Foto: Agência IBGE Notícias

 

Os preços da indústria nacional tiveram uma leve alta de 0,13% em janeiro de 2025, após subirem 1,35% em dezembro de 2024, na comparação com o mês anterior. Esta é a 12ª alta consecutiva neste indicador. Em janeiro de 2024, a taxa havia sido de -0,24%. O Índice de Preços ao Produtor (IPP), assim, acumula alta de 9,69% em 12 meses, nono resultado positivo seguido e o maior desde setembro de 2022 (9,84%).

Os dados foram divulgados hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. Em janeiro de 2025, 14 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preço quando comparadas ao mês imediatamente anterior, acompanhando a variação do índice na indústria geral. Em dezembro do ano passado, 22 atividades haviam apresentado os maiores preços médios em relação ao mês anterior.

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As atividades industriais responsáveis pelas maiores influências no resultado de janeiro foram alimentos (-0,22 p.p.), refino de petróleo e biocombustíveis, (0,15 p.p.), outros produtos químicos (0,14 p.p.) e indústrias extrativas (-0,07 p.p.).

Alimentos

O setor de alimentos (-0,84%), que tem maior peso no cálculo do IPP, mostrou variação negativa após uma sequência de nove meses com aumento de preços. Em dezembro do ano passado, havia registrado 1,65%. O acumulado em 12 meses, que estava em 13,80% em dezembro, ficou em 13,64% em janeiro, completando uma série de oito resultados positivos

O setor de refino de petróleo e biocombustíveis, que aparece entre as principais influências no resultado geral da indústria, apresentou alta de 1,49%, terceiro resultado positivo consecutivo e o maior deles. O acumulado em 12 meses saltou de 1,47%, em dezembro, para 8,14%, em janeiro, a maior variação desde julho de 2024 (14,17%).

A atividade de outros produtos químicos (1,72%) também mostrou variação positiva expressiva.

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Os preços do setor de indústrias extrativas, por sua vez, caíram 1,49% em relação ao mês anterior, depois de três taxas positivas em sequência. Essa variação negativa, a quarta mais intensa na comparação entre janeiro de 2025 e dezembro de 2024, ocorreu devido ao recuo dos preços dos minérios, tanto os de ferro quanto os não metálicos. Os produtos da extração de petróleo e gás natural apresentaram variação positiva.

Já o setor de metalurgia mostrou variação média de -0,54%. Esse resultado acontece após 13 taxas positivas seguidas, gerando um acumulado nos últimos 12 meses de 26,77%. Foi a variação mais intensa e a segunda maior influência (1,59 p.p. em 9,69%) nesse indicador dentre as atividades pesquisadas.

Pela perspectiva das grandes categorias econômicas, a variação de preços observada na passagem de dezembro de 2024 para janeiro de 2025 repercutiu da seguinte forma: 0,53% de variação em bens de capital, -0,19% em bens intermediários e 0,53% em bens de consumo, sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis foi de 1,24%, enquanto nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de 0,39%.

Sobre o IPP

O IPP acompanha a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, e sua evolução ao longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no país. Trata-se de um indicador essencial para o acompanhamento macroeconômico e um valioso instrumento analítico para tomadores de decisão, públicos ou privados.

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A pesquisa investiga, em pouco mais de 2.100 empresas, os preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes, definidos segundo as práticas comerciais mais usuais. Cerca de 6 mil preços são coletados mensalmente. As tabelas completas do IPP estão disponíveis no Sidra. A próxima divulgação do IPP, referente a fevereiro, será em 9 de abril.

Thiago Dantas

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Economia

Maioria dos estados já isenta ou reduz ICMS da cesta básica

Publicado

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Foto: Ideme

 

A maioria dos estados brasileiros já havia desonerado ou reduzido a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a cesta básica antes mesmo de o governo federal apelar pelo esforço dos governadores pela redução do preço dos alimentos, na semana passada.

Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo junto aos estados mostra que pelo menos 14 já adotam alíquotas diferenciadas para esses produtos e apenas um implementará a medida após o pedido do governo.

O alto custo da comida afetou em cheio a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo anunciou uma série de ações para diminuir a pressão inflacionária sobre esses itens, cobrando também dos governos regionais a colaboração nessa missão e criando um novo ponto de tensão com as unidades da federação. A efetividade dessas medidas é questionada por especialistas.

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O jornal procurou todos os estados para detalhar a cobrança de ICMS sobre a cesta básica. Até o momento, 15 responderam e apenas o Piauí vai modificar a tributação da cesta básica após o pedido do governo.

Assim, Acre, Pará, Roraima, Bahia, Maranhão, Sergipe, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina já desoneram ou reduzem a carga tributária de produtos que compõem a cesta básica regional. Cada estado tem autonomia para definir o rol de itens beneficiados.

Redução do preço dos alimentos

O preço dos alimentos é uma pedra no sapato do governo neste início de 2025, que busca uma solução rápida para um problema complexo.

Múltiplos fatores influenciaram a alta dos alimentos, como quebra de produção, câmbio e sazonalidade. Para tentar reduzir os preços, o governo anunciou um rol de medidas que incluem tributação – a redução do Imposto de Importação sobre alguns itens e o apelo aos governadores para isentarem a cesta básica -, mas, na prática, essas propostas devem ter pouco impacto para o consumidor final.

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O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, avalia que é difícil que o governo consiga mudanças de preço dos alimentos mexendo no ICMS e demais impostos.

“Não é uma questão de impostos aqui. A tributação já foi cortada ao longo dos anos nesses produtos, e tem pouca margem de saída por esse lado”, observa. No caso do Imposto de Importação, além da queda tarifária anunciada ser pequena, o país é um grande exportador, o que diminui a efetividade da medida.

“Nós já tivemos altas de preços muito maiores no passado e nunca foram algo de questionamento como agora. O governo evita fazer o que precisa, que é desaquecer a economia, e parte para soluções que não funcionam. Como a safra vai ser boa, a tendência é de os preços crescerem menos este ano. O governo vai ter o benefício da queda por uma razão que não tem nada a ver com o corte de imposto”, pontua.

Já o vice-presidente de turma no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e especialista em direito tributário, Laércio Uliana, lembra que, para reduzir o ICMS da cesta básica, os estados precisam de autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e aprovar as medidas nas assembleias locais.

Apesar de serem pautas apelativas junto ao eleitorado, ele não vê chances de grande redução no preço dos alimentos só com esse tipo de iniciativa. “Vale lembrar, o que fez subir o preço dos produtos foi a escassez deles. E outra parte pela alta do dólar, que reflete diretamente na compra de insumos”, diz.

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A questão envolvendo a isenção dos itens da cesta básica é antiga e complexa, frisa André Mendes Moreira, sócio do SCMD Advogados. Ele destaca que, ainda que haja efeitos parecidos, o mero manejo de alíquotas e bases de cálculo é diferente de isenção, cuja concessão é mais complexa e exige aprovação de legislação específica.

Victor Faverin/Estadão Conteúdo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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