Economia
Olivicultores brasileiros querem compensação por isenção fiscal ao azeite importado

Foto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective
A recente medida tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) de isentar de imposto de importação uma série de alimentos, entre eles o azeite de oliva, segue provocando reações do setor. O presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes, pondera que os produtores de azeite não são propriamente contra a redução da alíquota de importação do azeite de oliva. No entanto, reivindicam um tratamento igual, na medida em que os olivicultores brasileiros não têm essa mesma porta aberta para exportar seus produtos ao mercado europeu, por exemplo.
A ideia, segundo Fernandes, é formar uma frente de deputados federais para intermediar um encontro com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em Brasília. “Os deputados Alceu Moreira, Pedro Westphalen, Afonso Hamm , Marcel van Hattem e Paulo Pimenta estão formalizando pedidos de uma agenda junto ao ministro Fávaro. Acredito que em breve teremos um retorno para esse pedido visando tratar desta questão de redução de alíquotas aos importados”, acrescenta.
O presidente do Ibraoliva reitera que a redução de alíquotas de importação significa um desestímulo à indústria nacional. “E agora esse azeite importado passa a ter um incentivo onde não é sequer fiscalizado de forma efetiva. Em contrapartida, o azeite brasileiro é taxado nos principais mercados consumidores, com altas alíquotas de impostos”, compara.
Fernandes ressalta que o Ibraoliva está comprometido com as autoridades brasileiras no combate às fraudes no azeite. “Reconhecemos que o Brasil vem dando passos largos no sentido de coibir essa adulteração do nosso produto com as outras gorduras vegetais, mas estamos carentes de atitudes que precisam ser tomadas no combate a essa adulteração onde é atribuído no rótulo a classificação de extravirgem, mas, na verdade, trata-se de azeite virgem”, explica.
O dirigente detalha ainda que essa fraude não mistura outras gorduras vegetais, mas mascara os defeitos sensoriais ocasionados pela deterioração do azeite de oliva, seja no processo produtivo, com frutas que não são saudáveis, seja no processo de transporte e armazenamento do produto. “Esta fraude é muito comum e está nas prateleiras dos principais varejistas do Brasil. Nós do Ibraoliva estimamos que mais de metade dos azeites importados atualmente tem a sua classificação adulterada. São, na verdade, produtos de segunda categoria, onde no rótulo está descrito como se fossem de primeira, ou seja, extravirgem”, alerta. Fernandes acrescenta que somente a análise sensorial feita pelo laboratório do Ministério da Agricultura pode coibir essa prática que é tão arriscada para a saúde dos brasileiros.
(Com Artur Chagas/Ibraoliva)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Economia
Seaf e Empaer apoiam feira da agricultura familiar no Sesc Arsenal e convidam população

O Governo do Estado por meio da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer) estão unidas no apoio à feira da agricultura familiar realizada no Sesc Arsenal, em Cuiabá. Os produtos são comercializados todas as terças-feiras, a partir das 17h, e a população têm produtos frescos, artesanais e de qualidade, diretamente das mãos de produtores da agricultura familiar.
Esta ação integrada entre Seaf, Empaer em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), tem como objetivo fortalecer a comercialização dos produtos da agricultura familiar, ampliar a renda dos pequenos produtores e incentivar o consumo consciente e local. Enquanto o Sesc oferece a estrutura e programação cultural, a Seaf e a Empaer são responsáveis por identificar, mobilizar e prestar apoio técnico aos produtores que participam da feira
De acordo com o presidente da Empaer, Suelme Fernandes, incentivar os produtores a comercializar em espaços oferecidos como a feira do Sesc facilita o acesso da população, esse é um dos desejos do Governo de MT, de aproximar a produção de alimentos. “Incentivar os produtores a participarem de espaços como este, que promovem a geração de renda e a valorização da produção local, é fundamental também para o acesso da população. Essa é uma das metas que o governador Mauro Mendes e do vice-governador Otaviano Pivetta, para que as cidades tenham acesso a produtos de qualidade e, dessa forma, os produtores também terão o retorno comercial”, destacou.
Para a secretária da Seaf, Andreia Fujioka, os alimentos e produtos são de alta qualidade e uma oportunidade dos cuiabanos conhecerem o que os produtores da região estão produzindo. “Os alimentos e produtos ofertados carregam a identidade do nosso campo. É uma excelente oportunidade para os cuiabanos conhecerem de perto o que está sendo produzido pela agricultura familiar da nossa região, valorizar esses produtores e contribuir diretamente com o fortalecimento da economia local”, afirmou a secretária de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka.
Além da feira de alimentos e produtos artesanais, o público também pode aproveitar uma programação cultural diversificada, com música ao vivo, cinema, recreação infantil e outras atividades gratuitas, tornando o ambiente um espaço de convivência e lazer para toda a família.
A Seaf e a Empaer convidam a população de Cuiabá e região a prestigiar a feira, fortalecer os vínculos entre campo e cidade, e contribuir com o desenvolvimento da agricultura familiar em Mato Grosso.
Serviço:
Local: Sesc Arsenal – Cuiabá – Sesc Arsenal (Rua 13 de Junho, 1435 – Centro Sul, Cuiabá)
Quando: Todas as terças-feiras
Horário: A partir das 17h
Vânia Neves | Seaf
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Economia
Crédito internacional oferece financiamento mais vantajoso ao produtor rural, afirma consultor

Imagem Ilustrativa
Segundo Luciano Bravo, CVO da consultoria Inteligência Comercial, especializada em crédito internacional, obter empréstimos fora do Brasil pode reduzir significativamente os custos financeiros para o agronegócio. Empresas como JBS, BRF e Cutrale já adotam esse modelo, que oferece taxas mais baixas e maior flexibilidade de pagamento.
Empréstimos internacionais: alternativa aos juros elevados do Plano Safra
Luciano Bravo defende que recorrer a fundos estrangeiros pode ser uma solução eficaz frente às altas taxas cobradas nas linhas de crédito do Plano Safra, que podem chegar a 20% ao ano, em juros compostos. Segundo ele, as taxas praticadas por fundos internacionais giram em torno de 6,5%, o que representa uma economia considerável e amplia a liquidez dos produtores rurais.
Menor demanda por crédito rural no Brasil
O atual Plano Safra 2024/2025 disponibiliza R$ 400,59 bilhões para custeio e investimento, um aumento de 10% em relação ao ciclo anterior. No entanto, o número de contratos fechados caiu: foram 1,4 milhão até fevereiro deste ano, contra 1,6 milhão no mesmo período de 2023. Para Bravo, isso evidencia uma retração na busca por financiamento rural, provocada pelo aumento dos juros e pelo crescimento da inadimplência no setor.
“Houve encolhimento na tomada de crédito rural e menor capacidade de endividamento do produtor, devido ao custo elevado das taxas e à inadimplência crescente”, pontua o especialista.
Grandes empresas do agronegócio já adotam o modelo internacional
Embora ainda represente uma fatia pequena no total de crédito movimentado pelo agronegócio brasileiro, o financiamento internacional já se tornou uma prática consolidada entre grandes companhias do setor. A JBS, por exemplo, estruturou sua liquidez com cerca de US$ 10 bilhões, sendo US$ 1 bilhão provenientes de títulos emitidos no mercado americano.
BRF e Cutrale seguem o mesmo caminho, buscando no exterior melhores condições para viabilizar seus projetos de expansão e consolidar sua presença internacional.
Crédito externo fortalece estratégia de crescimento e reduz riscos
Bravo destaca que o crédito internacional permite às empresas brasileiras fortalecerem suas estratégias de crescimento e internacionalização, ao acessar recursos mais baratos e prazos de pagamento mais longos. Isso proporciona não apenas maior competitividade, mas também mais resiliência e capacidade de adaptação em um mercado global em constante transformação.
“O Brasil precisa reconhecer a importância dessa ferramenta. Ela é essencial para empresas que desejam protagonismo no cenário internacional”, defende o consultor.
Caso JBS: expansão global viabilizada por financiamento externo
Um dos exemplos mais emblemáticos do uso bem-sucedido de crédito internacional é o da JBS. Em 2017, a empresa emitiu US$ 1,25 bilhão em bônus para financiar a aquisição da americana Tyson Foods. A operação impulsionou em cerca de 15% as atividades internacionais da companhia, especialmente nos mercados dos Estados Unidos e Europa.
Bravo ressalta que, sem esse tipo de suporte financeiro, muitas empresas não teriam condições de competir globalmente. “O impacto do crédito externo no crescimento é significativo. Ele possibilita aquisições estratégicas e entrada em novos mercados, o que seria inviável com os custos praticados internamente”, afirma.
Com custos menores, prazos mais longos e maior flexibilidade, o crédito internacional surge como uma ferramenta estratégica para produtores rurais e grandes empresas do agronegócio que buscam expansão e competitividade. Apesar de ainda pouco explorado entre pequenos e médios produtores, esse modelo pode ganhar força nos próximos anos, diante da necessidade crescente de alternativas ao financiamento tradicional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Economia
Porto de Paranaguá bate recorde histórico com movimentação de mais de 78 mil toneladas de fertilizantes em único navio

Foto: Cláudio Neves
A embarcação estabeleceu um recorde ao movimentar mais de 78 mil toneladas de sulfato de amônio, superando o volume anteriormente registrado por outro navio no terminal paranaense.
Novo recorde de movimentação
O navio Tai Knighthood atracou na última sexta-feira (2), procedente da China, com um carregamento de 78.325 toneladas de sulfato de amônio, marca que representa o maior volume de fertilizantes descarregado por uma única embarcação no Porto de Paranaguá.
Esse volume supera o recorde anterior, registrado em 26 de março deste ano, quando o navio Red Marlin desembarcou 77.911 toneladas do insumo agrícola.
Importância estratégica do Porto de Paranaguá
Com esse desempenho, o Porto de Paranaguá reforça sua posição como o principal canal de entrada de fertilizantes no Brasil, sendo responsável por mais de 25% do total importado pelo país.
Segundo Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, a tendência é que o porto continue a registrar números expressivos. “Com o aumento do calado, a elevação dos nossos números será cada vez mais comum”, afirmou.
Aprofundamento do calado amplia capacidade operacional
O avanço logístico foi viabilizado pelo aumento do calado operacional — distância entre a quilha do navio e a superfície da água. No final de 2023, diversos berços do porto passaram a contar com 30 centímetros a mais de profundidade, permitindo a atracação de navios de maior porte.
Hoje, os terminais operam com calado de 13,1 metros, conforme autorizado pela Portaria nº 306/2024, que regula o tráfego marítimo e a permanência nos portos de Paranaguá e Antonina.
Para o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira, essa adequação é essencial para acompanhar o crescimento do comércio exterior:
“O comércio exterior avançou muito nos últimos anos, e, com isso, surgiu a necessidade de navios maiores, com maior capacidade, para a redução do custo logístico. Nós estamos preparados para essa mudança.”
Derrocagem foi decisiva para a ampliação do calado
A obra que permitiu esse ganho de profundidade foi a derrocagem da Pedra da Palangana, concluída em novembro de 2023. Essa formação rochosa submersa limitava a área de manobra e representava um risco à navegação no canal de acesso à baía de Paranaguá.
A intervenção removeu cerca de 20 mil metros cúbicos de rocha, o equivalente a 10% da massa total estimada, que supera os 200 mil metros cúbicos.
A obra seguiu as diretrizes ambientais estabelecidas pelo licenciamento federal nº 1144/2016, emitido pelo Ibama, e foi considerada essencial para garantir segurança, eficiência operacional e competitividade ao porto.
Com investimentos em infraestrutura e modernização, o Porto de Paranaguá consolida-se cada vez mais como um dos mais importantes hubs logísticos do país, não apenas batendo recordes, mas também se preparando para atender à crescente demanda do agronegócio brasileiro.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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