Agronegócio
Preço do arroz recua no Rio Grande do Sul em meio a baixa liquidez

Novos leilões de contrato de opção de venda de arroz são marcados para próximo dia 20
O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul segue com baixa liquidez, de acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Apesar de um leve aumento nos volumes beneficiados na última semana, unidades de beneficiamento relataram quedas expressivas nos preços do fardo, pressionadas pelo aumento da oferta.
A necessidade de capitalização para cobrir os custos da colheita levou produtores a intensificarem as vendas, o que impactou diretamente as cotações da matéria-prima. A desvalorização foi ainda mais intensa nas negociações “a retirar”, devido ao encarecimento do frete após o recente aumento do diesel.
No balanço da primeira quinzena de março, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% grãos inteiros, com pagamento à vista) registrou uma queda acumulada de 7,2%, fechando a R$ 83,42 por saca de 50 kg no dia 14, o menor patamar desde julho de 2023.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Mercado de açúcar recua diante de cenário econômico incerto e fundamentos baixistas

Divulgação
A Hedgepoint Global Markets divulgou uma análise sobre o comportamento recente do mercado de açúcar, destacando um ambiente de forte cautela influenciado por tarifas de importação, receios de recessão global e problemas na cadeia de suprimentos. Esses fatores afetaram amplamente setores estratégicos, incluindo o energético, e refletiram diretamente sobre o mercado do adoçante, que sofreu perdas expressivas ao longo da última semana.
O início da semana foi marcado pelos efeitos da primeira rodada de tarifas, que geraram um clima de apreensão generalizada nos mercados. A retração do real frente ao dólar — o que geralmente incentiva exportações por parte dos produtores brasileiros — somou-se a fundamentos já enfraquecidos do setor, pressionando ainda mais as cotações. A aproximação da nova safra no Centro-Sul brasileiro contribuiu para o aumento da oferta no curto prazo, em um cenário de demanda ainda enfraquecida. Como resultado, o açúcar bruto registrou recuo, encerrando a terça-feira a 18,3 centavos de dólar por libra-peso.
Segundo Lívea Coda, coordenadora de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, a combinação entre o temor de recessão, interrupções na cadeia de suprimentos e a desvalorização cambial acentuou a pressão sobre os preços. “Esses fatores, somados ao aumento esperado da oferta com a nova safra brasileira, levaram à queda nas cotações”, destacou.
Na quarta-feira, houve uma leve recuperação do mercado, após os Estados Unidos anunciarem novas medidas tarifárias com foco na China e uma trégua de 90 dias para países que não responderam com retaliações, além da redução das tarifas para 10%. Embora tenha havido sinais pontuais de melhora, a perspectiva de curto prazo permaneceu negativa. Outros mercados, como o setor energético e o câmbio, também registraram perdas no mesmo dia, refletindo o grau elevado de incerteza global. Ao fim da semana, o açúcar acumulou retração superior a 4%, cotado a 18 centavos de dólar por libra-peso.
Enquanto o mercado tenta assimilar as recentes mudanças e permanece atento a novos desdobramentos, os fundamentos do açúcar continuam frágeis. A queda brusca nos preços abriu uma janela para arbitragem de importação na China — especialmente em regiões não produtoras —, mas isso não se traduziu em novas compras por parte do país asiático. Especialistas acreditam que o envolvimento direto da China na atual disputa tarifária e a fragilidade de seu setor imobiliário contribuíram para a inércia nas negociações.
Ainda assim, há expectativa de que o mercado chinês volte a exercer influência nos preços. Com ritmo de importações reduzido nos últimos meses, a China poderá voltar a sustentar o mercado, especialmente após o término de sua temporada de moagem — que caminha para um recorde. A projeção é de que a safra 2024/2025 atinja 11 milhões de toneladas de açúcar, com 10,75 milhões já produzidas até o fim de março. Esse cenário pode ter justificado a ausência de compras na última semana.
Na Tailândia, outro importante produtor asiático, os dados finais da moagem começaram a ser divulgados, indicando a colheita de 92 milhões de toneladas de cana e uma produção de 10 milhões de toneladas de açúcar. Embora os números fiquem abaixo das expectativas iniciais, representam avanço em relação ao ciclo anterior, quando foram colhidas cerca de 82 milhões de toneladas.
No Brasil, os fundamentos continuam contribuindo para a pressão baixista. A expectativa pelo próximo relatório da Unica sobre a safra 2024/2025 é alta. As recentes chuvas no Centro-Sul amenizaram as preocupações causadas pela estiagem de fevereiro, com melhora de indicadores como o Índice de Saúde da Vegetação (VHI). Com o início da nova temporada, os contratos futuros de açúcar tendem a encontrar resistência para avançar, a menos que surjam notícias expressivamente altistas.
Por fim, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) confirmou o fim do fenômeno El Niño e a transição para uma fase climática Neutra, o que pode favorecer as lavouras no Hemisfério Norte. Na Índia, as previsões de monções indicam chuvas 3% acima da média histórica em 2025, o que poderá ampliar a disponibilidade de cana na safra 2025/2026, adicionando mais um fator de pressão futura sobre o mercado global de açúcar.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Brasil enfrenta escassez de trigo e aumenta dependência de importações até a nova safra

Divulgação
Escassez de trigo nacional e aumento nas importações
O Brasil esgotou suas reservas nacionais de trigo e precisará recorrer a importações até a colheita da nova safra, prevista para agosto de 2025. De acordo com a TF Agroeconômica, com base em dados do Cepea/Esalq-USP, a baixa oferta interna, aliada à temporada de pouca comercialização, tem elevado os preços e ampliado a necessidade de importação do cereal. Em março deste ano, o país importou 651,79 mil toneladas de trigo, representando um aumento de 12% em relação ao mês anterior e de 27,6% comparado a março de 2024.
Acúmulo de importações no primeiro trimestre
No acumulado do primeiro trimestre de 2025, as importações totais de trigo somaram 1,95 milhão de toneladas, um aumento de 18% em comparação com o mesmo período de 2024. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que o Brasil deverá importar 5,6 milhões de toneladas do cereal até o final de 2025.
Impacto das tarifas e custos logísticos elevados
Os preços internos do trigo brasileiro estão alinhados com a paridade de importação, principalmente do trigo argentino, que se beneficia de vantagens comerciais dentro do Mercosul, como a isenção da Tarifa Externa Comum (TEC). Contudo, o mercado enfrenta desafios com custos logísticos elevados e a escassez de frete, o que complica ainda mais o processo de importação.
Limitações na oferta argentina e retenção de vendas
Apesar das perspectivas de aumento na oferta de trigo do Mercosul, a disponibilidade de trigo argentino permanece limitada. Exportadores locais têm priorizado o envio de milho, em função da valorização internacional do grão. Além disso, produtores de trigo, especialmente na região sul dos Pampas, têm retido a venda de estoques na expectativa de preços mais elevados.
Projeções para a safra de trigo brasileira
A Conab revisou para baixo a área destinada ao plantio de trigo no Brasil para a próxima safra, estimando 2,772 milhões de hectares, uma redução de 9,3% em relação a 2024. No entanto, a expectativa é de que a colheita atinja 8,47 milhões de toneladas, o que representaria um aumento de 7,4% em comparação ao ano passado. A Conab aposta em uma maior produtividade, embora o clima e outros fatores incertos possam influenciar essa projeção.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Exportações de carne bovina sobem 12% no 1º trimestre de 2025

Foto: Pixabay
As exportações brasileiras de carne bovina registraram aumento de 12% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período do ano passado. O resultado gerou uma receita de US$ 3,2 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17) no Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), do Paraná.
De acordo com o relatório, o preço médio do quilo exportado chegou a US$ 4,78, frente aos US$ 4,40 praticados no primeiro trimestre de 2024. A valorização da carne no mercado externo tem contribuído para impulsionar a receita do setor.
No mercado atacadista paranaense, o cenário também é de alta. As peças do dianteiro e do traseiro bovino seguem com preços em elevação. O quilo do traseiro está sendo comercializado, em média, a R$ 25,01, enquanto o dianteiro chega a R$ 18,54.
“Ambos os cortes acumulam elevações expressivas nos últimos 12 meses”, informa o boletim. O corte traseiro teve valorização de 35% e o dianteiro, de 24%, no período, refletindo a pressão da demanda e o comportamento do mercado interno.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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