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Agronegócio

Casal troca cidade pelo campo e encontra oportunidade nos queijos

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Foto: Sistema Famasul

 

 

Ao trocar a cidade pelo campo, Demian Gabriel e Ângela Portolan encontraram mais do que uma nova rotina: descobriram no leite e na produção de queijos artesanais uma forma de prosperar. Com o apoio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/MS, o casal transformou o pequeno Sítio Bom Princípio, em Guia Lopes da Laguna, em um negócio em expansão.

O casal, que vivia em Maracaju, viu a oportunidade de recomeçar quando Demian perdeu o emprego e o sogro ofereceu a propriedade para que eles pudessem reconstruir sua vida. Com apoio do Senar/MS, a escolha resultou em uma verdadeira revolução. A quantidade ordenhada do rebanho aumentou e os dois estão perto de obter a autorização para a fabricação formalizada dos queijos.

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“Nós víamos que isso aqui dava dinheiro, mas não pensávamos que poderíamos focar em uma atividade e viver dela. Conforme o Senar foi nos mostrando e orientando, nós conseguimos tirar nossa renda do leite e vimos que é possível viver de um sítio pequeno”, relembra o produtor rural.

O início foi desafiador: com ordenha manual e produção de apenas cinco litros de leite por dia. Demian colocava o produto em uma garrafa de água mineral e entregava à vizinha para que ela produzisse queijos. Com o tempo, o casal decidiu dedicar todo o leite ordenhado para fabricar os próprios produtos.

“Nesse tempo, fomos corajosos na nossa decisão. A produção era muito modesta, apenas um ou dois queijos por dia. Mesmo assim continuamos porque eu me encontrei fazendo queijos, é minha terapia”, relembra Ângela.

A grande mudança na trajetória do casal aconteceu quando um problema com uma vaca levou Demian a conhecer Ana Karina, veterinária e técnica de campo do Senar/MS. “Era um sábado. O animal teve uma complicação no parto e eu não encontrava nenhum profissional disponível para atendimento. Um amigo me indicou ela e em cerca de 40 minutos, ela já estava aqui para ajudar e salvar a vaca”, relata.

Após o atendimento, a veterinária apresentou a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/MS aos produtores e, a partir daí, o Sítio Bom Princípio iniciou uma parceria de sucesso com a instituição.

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“Recebemos suporte para o melhoramento nutricional dos animais, a introdução do capiaçu na alimentação das vacas e o curumi para os bezerros. A inseminação artificial e o planejamento reprodutivo também foram incorporados à gestão da propriedade, garantindo um fluxo constante de vacas em lactação”, explica o produtor.

De um processo produtivo mínimo de dez litros diários, hoje o casal passou a ordenhar cerca de 90 litros por dia, com automação no processo. A fabricação de queijos também se multiplicou. Agora, a escala de fabricação saltou para mais de dez queijos por dia, atendendo uma demanda crescente. A ATeG em Bovinocultura de Leite abriu caminho para que os produtores conhecessem também o atendimento em Agroindústria. Os dois estão próximos de formalizar a produção e obter autorização de comercialização.

“Temos um espaço que está em construção onde será nossa queijaria. Me emociono só de pensar nela pronta, toda branquinha, garantindo higiene. Quero que visitem nosso sítio e vejam que ali, meus queijos são feitos corretamente”, conta Ângela.

Histórias como a de Demian e Ângela demonstram o impacto positivo da educação e do conhecimento no desenvolvimento rural. O Senar/MS segue comprometido em transformar vidas no campo, levando capacitação e oportunidades para quem decide apostar na produção rural.

ATeG – A Assistência Técnica e Gerencial, ferramenta de melhoria da gestão do negócio, produtividade e sustentabilidade das propriedades rurais de Mato Grosso do Sul. Com a aplicação da metodologia proposta em conjunto com o produtor, o Senar/MS difunde conhecimento e tecnologias que permitem o crescimento de empresas rurais em várias cadeias produtivas do agronegócio. Para saber mais procure o Sindicato Rural do seu município.

(Da Assessoria, Michael Franco – Famasul)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Agronegócio

Estado terá safra de arroz com produtividade recorde

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Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do Brasil e líder em produtividade (Fotos: Aires Mariga/Epagri)

 

A colheita da safra de arroz irrigado 2024/25 está na reta final e a expectativa de bom desempenho vai se confirmando.  De acordo com a Epagri/Cepa, a produção desta safra deve ser 9,52% maior que a anterior, impulsionada por um aumento de 9,85% na produtividade média, estimada em 8,73 toneladas por hectare.

“Se essa estimativa se concretizar, estaremos diante de uma safra recorde em produtividade, superando inclusive os resultados da temporada 2022/23, que já foi marcada por um excelente desempenho”, destaca a economista Gláucia Padrão, analista de socionomia e desenvolvimento rural da Epagri.

A safra passada foi marcada por adversidades climáticas, como excesso de chuvas, baixa luminosidade e elevada nebulosidade, fatores que favoreceram o surgimento de doenças e pragas, comprometendo o desempenho das lavouras. Já para 2024/25, o cenário é bem diferente. Segundo Gláucia, o bom desempenho da atual safra é resultado da combinação entre condições climáticas favoráveis, uso de cultivares de alto potencial produtivo, investimentos em tecnologia e melhorias nas práticas de manejo, confirmando uma tendência positiva observada nos últimos anos.

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Tecnologia e pesquisa impulsionam o arroz catarinense

O Governo do Estado tem papel fundamental nesse avanço por meio da Epagri, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura e Pecuária que investe há décadas em pesquisa e melhoramento genético do arroz. Já são 32 cultivares com DNA da Epagri lançadas no mercado, com um novo material chegando a cada dois anos.

Em mais de 40 anos de pesquisa com arroz, a Epagri já lançou 32 cultivares no mercado, com um novo material chegando a cada dois anos

“Temos sempre de seis a oito cultivares recomendadas para cultivo, que se adaptam a diferentes condições de clima e solo em Santa Catarina. Nosso diferencial está na capacidade de atender à diversidade de ambientes do estado”, explica Ester Wickert, gerente da Estação Experimental da Epagri em Itajaí (EEI), onde está o Programa de Melhoramento Genético de Arroz.

Em mais de 40 anos de pesquisa da Epagri com arroz, a produtividade média do cereal no estado saltou de 2,2 para mais de 8 toneladas por hectare. Além do avanço genético, Ester destaca a importância da adoção de novas tecnologias, ajustes nas práticas de cultivo, organização da cadeia produtiva e qualidade na produção de sementes, áreas em que a Epagri também atua diretamente.

Cultivar Dueto se destaca com alta produtividade e tolerância climática

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Entre os destaques da safra 2024/25 está o cultivar SCSBRS 126 Dueto, desenvolvido pela Epagri em parceria com a Embrapa. A variedade provou sua resistência diante das oscilações climáticas registradas no verão, com frio fora de época em dezembro e calor intenso entre janeiro e março. Nas Unidades Demonstrativas de cultivares conduzidas em todo estado pela Epagri nesta safra, o Dueto alcançou produtividade superior a 12 mil kg/ha, sendo o mais produtivo entre os avaliados.

A variedade provou sua resistência diante das oscilações climáticas registradas no verão

“Esta superioridade está se confirmando na lavoura com o avanço da colheita. A tolerância do cultivar a extremos de temperatura foi decisiva para o bom desempenho nesta safra”, destaca o pesquisador Laerte Terres, pesquisador responsável pelo Projeto Arroz na Epagri.

Desenvolvido para regiões com altitudes superiores a 400 metros — sujeitas a quedas de temperatura durante a fase reprodutiva — o Dueto é recomendado para todas regiões produtoras de Santa Catarina. A variedade possui ciclo longo (142-144 dias) e média de produtividade de 10.290 kg/ha.

Esta é apenas a segunda safra em que o Dueto está sendo cultivado comercialmente e a demanda por sementes já supera a oferta

Além do bom rendimento agronômico, o Dueto também se destaca no processamento industrial. “Ele é ideal para a indústria, tanto para arroz parboilizado quanto de arroz branco, pois tem alto rendimento no descascamento e baixa taxa de quebra dos grãos, o que resulta em mais grãos inteiros no produto final”, relata Laerte. Esta é apenas a segunda safra em que o Dueto está sendo cultivado comercialmente e a demanda por suas sementes já supera a oferta.

Santa Catarina: referência nacional em produtividade de arroz

Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do Brasil e líder em produtividade. Com uma área estável de cultivo, em torno de 145 mil hectares, o arroz representa o quarto produto em Valor da Produção Agropecuária (VPA) no estado, somando R$ 2,1 bilhões, o que corresponde a 9,4% do total nacional, segundo dados da Epagri/Cepa (2022/2023).

O modelo de produção adotado em Santa Catarina, em áreas alagadas, é uma marca registrada da cadeia produtiva no Estado

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O cultivo do grão envolve mais de 30 mil famílias catarinenses. O modelo de produção adotado em Santa Catarina, em áreas alagadas, é uma marca registrada da cadeia produtiva no Estado e um exemplo nacional de eficiência no campo.

(Com AEN/PR)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Colheita da Noz-Pecã marca nova fase após desafios climáticos

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Ato simbólico foi realizado em propriedade de Glorinha – Foto: Divulgação Seapi

 

A cerimônia da 7° Abertura Oficial da Colheita da Noz-Pecã, realizada na sede da Nozes Glorinha, em Glorinha, nesta sexta-feira (11/4), iniciou com palestras técnicas e uma roda de conversa sobre o setor, seguida da solenidade oficial com as autoridades. O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Edivilson Brum, presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Claiton Wallauer, o prefeito de Glorinha, Leonardo Carvalho, e outras autoridades estiveram presentes.

O Rio Grande do Sul é responsável por 92% da área plantada e 88% da produção de pecã no Brasil, com 6.373 hectares e 1,5 mil produtores cadastrados. A maior área plantada está em Cachoeira do Sul e o maior número de produtores está localizado em Anta Gorda.

O secretário da Agricultura destacou que a pecanicultura é uma cultura jovem, mas que o Rio Grande do Sul já é o maior produtor do Brasil e quarto do mundo, sempre com o intuito de agregar valor no que produzimos. “Nossa meta é incentivar a irrigação. Ela é fundamental e nós temos um percentual de apenas um dígito de lavouras irrigadas no Estado. Esse será o nosso desafio número um, porque também sabemos a importância da irrigação para o cultivo da noz-pecã e vem ao encontro desse projeto que é estratégico para o governo”, ressaltou Brum.

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O extensionista da Emater, Antônio Carlos Leite de Borba, apresentou um resumo do diagnóstico da pecanicultura no Rio Grande do Sul. A pesquisa foi realizada em 2024, em parceria com a Seapi, Embrapa e Emater. Entre os principais dados apresentados estão que a cultura da pecã é feita, em sua maioria, por pequenos agricultores familiares, que comercializam diretamente ao consumidor. O estudo também apontou que o preço da fruta pago ao produtor é baixo, que há falta de acesso a equipamentos e mão de obra qualificada.

O presidente do IBPecan destacou o dado da pesquisa da Emater que mostrou que a pecã é produzida por pequenos produtores e agricultura familiar. “E para muitos deles, hoje, a pecan já é o principal retorno financeiro de suas famílias. Isso é muito interessante, porque traz para a pecã uma pulverização muito grande”, afirmou. Wallauer disse, ainda, que o crescimento que o setor está alcançando é muito em decorrência do apoio das pessoas presentes.

O pecanicultor Karion Minussi, anfitrião da Abertura da Colheita da Noz-Pecã, falou na necessidade de o produtor ter resiliência perante às dificuldades climáticas que comprometem a produção. Minussi lembrou que a menos de um ano “juntava os cacos da enchente de maio” que prejudicou a fruticultura como um todo. Há 15 anos trabalhando com noz-pecã, o produtor aprendeu que conhecimento é importante. “Porém, é fundamental saber o que fazer e como aplicar esse conhecimento. Levar a informação confiável para dentro do pomar, para entender como agir em situações adversas, sobretudo, usar o conhecimento com sabedoria”, pontuou, dando um exemplo: “saber que tomate é fruta é conhecimento, porém, não colocar tomate na salada de fruta é sabedoria”. Minussi lembrou a importante participação da Seapi no assessoramento técnico aos pecanicultores. Também referiu a expectativa de boa safra para a pecanicultura este ano, após dois anos ruins.

A 7° Abertura Oficial da Colheita da Noz-Pecã é uma realização da Seapi, do IBPecan, da Emater e da Prefeitura Municipal de Glorinha. O apoio é da Embrapa e da Nozes Glorinha.

(Com Seapi)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Carne suína paranaense dobra a parcipação internacional

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Foto: Fernando Ogura

As exportações paranaenses de carnes suína e de frango in natura, de cereais e de automóveis registraram crescimento superior a 20% no 1º trimestre de 2025, na comparação com os três primeiros meses do ano passado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e foram tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), que elaborou o “Informativo do Comércio Exterior Paranaense – Exportação” , divulgado nesta segunda-feira (14).

CARNE DE FRANGO

No caso do frango in natura, a variação foi de 23%, saltando de US$ 814 milhões no 1º trimestre de 2024 para US$ 1 bilhão nos três primeiros meses de 2025. A participação desse produto na balança de exportações paranaenses também cresceu, passando de 14,8% para 18,8%. O Estado é líder nacional na produção de frangos, responsável por 34,2% da produção no País.

CARNE SUÍNA

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Em carne suína in natura, o crescimento foi de 89,5%, saindo de US$ 64 milhões entre janeiro e março de 2024 para US$ 121 milhões nos mesmos três meses de 2025, praticamente dobrando a participação do produto na pauta internacional paranaense, alcançando 2,3%, ante 1,2% no primeiro trimestre do ano anterior. Segundo maior produtor brasileiro de suínos, em 2024 o Paraná diminui a diferença com Santa Catarina, chegando a 21,5% dos abates no País.

Ainda no setor de alimentos e com crescimento de 20,9%, a venda de cereais para o mercado internacional passou de US$ 215 milhões para US$ 260 milhões, crescendo um ponto percentual em relação à sua participação na pauta de exportações do Paraná, com 4,9%.

AUTOMÓVEIS

A maior alta na comparação entre os primeiros trimestres de 2024 e de 2025, porém, foi na exportação de automóveis, setor em que o Paraná é o segundo maior polo do Brasil, chegando a 130,4% de variação, resultando em uma elevação de US$ 72 milhões para US$ 167 milhões. Isso fez com que a participação na balança de exportações paranaenses mais que dobrasse, passando de 1,3% para 3,1%.

No total, as exportações paranaenses atingiram US$ 5,3 bilhões no acumulado de janeiro a março deste ano, o que garantiu ao Estado a quinta colocação entre as unidades da Federação, com 5,3% de participação, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

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MERCADOS

Em termos de mercados, a China foi o principal cliente dos produtos paranaenses, absorvendo 21,9% das exportações estaduais; seguida pela Argentina, com participação de 6,9%; Estados Unidos, com 6,7%, e México, com 4,1%. Com representatividade entre 2% e 3%, aparecem ainda Irã, Paraguai, Bangladesh, Chile, Emirados Árabes Unidos e Índia.

De acordo com o secretário do Planejamento do Paraná, Ulisses Maia, as exportações exercem um papel importante no crescimento econômico do Estado, uma vez que ao atender o mercado internacional são gerados empregos e salários localmente. “As exportações são uma vocação paranaense, envolvendo praticamente todas as regiões do Estado”, afirma.

Com base no cenário atual de barreiras tarifárias, o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, analisa que o Paraná pode aproveitar para ampliar sua participação no comércio internacional. “Mesmo com as disputas comerciais, que são prejudiciais para a economia mundial, há oportunidades que podem ser abertas ao Paraná, principalmente no segmento de commodities agropecuárias, com a substituição, favoravelmente ao Estado, de fornecedores para grandes mercados”, explica.

(DA ASSESSORIA, AEN)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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