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Produtores fazem tratoraço contra mudanças no Proagro

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Imagem: Reprodução/Vídeo

Um tratoraço reuniu quase 200 máquinas agrícolas nas ruas de Adustina (380 km da capital, Salvador), Bahia, em protesto contra as recentes mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). A mobilização, organizada por produtores da região da Sealba — fronteira agrícola formada por municípios de Sergipe, Alagoas e Bahia — alertou para os prejuízos causados pelas alterações nas regras do programa, que afetam diretamente a produção de milho, principal cultura local.

As mudanças no Proagro impuseram aumento nas alíquotas do seguro, redução na cobertura das lavouras e limitações territoriais que, segundo os agricultores, desconsideram a realidade da região. Antes fixadas em 8%, as alíquotas chegaram a atingir 23%, tornando o custo do seguro insustentável para pequenos e médios produtores. Além disso, municípios com risco climático superior a 40% passaram a ter cobertura limitada a 50% do valor assegurado — e, em alguns casos, a aplicação de fatores de correção reduziu ainda mais as indenizações.

Os manifestantes também criticaram a redução no limite de contratação do Proagro tradicional, que caiu de R$ 335 mil para R$ 270 mil, e a proibição de incluir áreas de mais de um município em uma mesma apólice, o que afeta diretamente a dinâmica produtiva do Sealba, onde o arrendamento de terras vizinhas é prática comum diante do custo da terra.

Com aproximadamente 300 mil hectares de milho cultivados na região, os produtores temem uma queda de até 50% na área plantada ainda este ano. Caso as regras não sejam revistas, o cenário previsto é de abandono das lavouras, aumento no endividamento rural e prejuízos econômicos para milhares de famílias do semiárido.

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Além de Adustina, participaram do tratoraço produtores de Cícero Dantas, Sítio do Quinto, Paripiranga, Fátima, Jeremoabo, Pedro Alexandre, Coronel João Sá, Euclides da Cunha, Novo Triunfo e Antas (BA), além de Poço Verde, Poço Redondo e Carira (SE). A manifestação reforçou o apelo por políticas públicas mais adequadas às condições do campo e sustentáveis para a continuidade da produção agrícola no Nordeste.

(Com Pensar Agro)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Projeto de turismo rural feminino tem início

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Foto: Assessoria Comunicação/Toledo/PR

A Prefeitura de Toledo acompanhou o início de uma nova fase do projeto “Empoderando Mulheres do Campo”, promovido pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). O objetivo foi conhecer os benefícios voltados ao empreendedorismo local e avaliar as possibilidades de apoio ao projeto por meio da Secretaria do Agronegócio, de Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico (Deseco).

O projeto tem foco no empreendedorismo feminino voltado ao turismo rural, e busca fortalecer a rede de apoio entre mulheres do campo para alavancar seus negócios ou ainda auxiliar a tirar do papel ideias para novos empreendimentos. A iniciativa é um projeto de extensão coordenado pela professora da Unioeste, Carla Maria Schmidt, e conta com a participação da professora Ivanete Daga Cielo, ambas do curso de Secretariado Executivo Trilíngue, além de duas acadêmicas bolsistas.

O encontro foi realizado na Chácara Kliemann no distrito de Dez de Maio, e reuniu aproximadamente 10 empreendedoras dos ramos de queijaria, locação de chalés, lavandário, e outras que ainda têm apenas ideias de negócios. Foram debatidas possibilidades de criação de associação; questões sobre formalização de empresas; e também foram planejadas as ações para os próximos encontros com base nas necessidades das mulheres e seus negócios.

Carla Schmidt explicou que o grupo retorna às atividades em 2025 de forma intensa. “Faremos formações na Unioeste e também visitas in loco nos empreendimentos, promovendo o fortalecimento e a formação dessas mulheres do turismo rural na região. A intenção é fazer com que essas mulheres se empoderem cada vez mais, acreditem nas suas potencialidades enquanto líderes e gestoras de empreendimentos de turismo rural”, ressaltou a coordenadora do projeto.

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Para a diretora de Indústria e Comércio da Deseco, Michelli Ferronato, o projeto demonstra a força que o turismo rural tem em Toledo. “As demandas apresentadas serão coletadas juntamente com as do Conselho Municipal de Turismo para serem encaminhadas para a Deseco. Juntos poderemos construir propostas para dar apoio para esse projeto e para outras iniciativas similares”, finalizou Michelli.

(Com Prefeitura de Toledo)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Desastre no Pesqueiro: Copel nega ressarcimento após queda de energia

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Foto: Flávio Frizon

 

Há pouco mais de um mês, Simoni enfrentou um grande revés em seu pesqueiro, que fica às margens da BR-163, em Cascavel (PR), onde um ano de trabalho foi comprometido. Uma interrupção no fornecimento de energia resultou na morte de 66 toneladas de peixes.

O local, que oferece serviços de pesque-pague e também produz tilápias para venda em frigoríficos, viu sua operação ameaçada. Desde então, Simoni e sua família têm se esforçado ao máximo para recuperar os danos e continuar com as atividades, enquanto aguardam uma resposta da Copel sobre o ocorrido. A falta de energia no pesqueiro foi crucial, pois impediu a oxigenação e a circulação adequada da água nos açudes, levando à mortalidade dos peixes. “Ficamos 24 horas sem energia. Eles não tiveram oxigênio suficiente na água e a mortalidade aconteceu”, explica Simone de Carvalho.

50 toneladas de peixes vão para a vala por falta de energia

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A resposta da Copel, no entanto, não atendeu às expectativas da empresária dona do Pesqueiro. Em um e-mail, a empresa informou que a interrupção foi causada por um dispositivo de proteção da rede, que visa garantir a segurança das pessoas e propriedades, e, portanto, não se responsabiliza pela continuidade do serviço. Essa justificativa deixou Simoni indignada, que esperava uma explicação mais satisfatória e um suporte diante do prejuízo. “Se eles fizessem a manutenção adequada nas redes, isso teria sido evitado”, desabafa.

Print da resposta da Copel

Desde o incidente no pesqueiro, Simoni tem enfrentado dificuldades para dormir, preocupada com as contas, os funcionários e o futuro do negócio. Agora, ela se vê obrigada a buscar uma solução na justiça. “Achei que teríamos um acordo, um diálogo, mas simplesmente disseram não. Vou entregar nas mãos da Justiça e de Deus”, afirma. Para atender seus clientes, ela teve que comprar peixes de terceiros, pagando o dobro do preço.

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Praia é interditada após ataques de peixes

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Foto: Praia da Figueira/Reprodução

Bonito, reconhecido como um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil, enfrenta um momento de atenção devido a ataques de tambaquis na Praia da Figueira. O local foi interditado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) após relatos de mordidas em banhistas, incluindo o caso de uma professora aposentada que perdeu parte de seu dedo ao ser atacada por um tambaqui.

A lagoa artificial, principal área de banho do balneário, permanece interditada, e o Imasul exige a instalação de barreiras físicas e ações educativas para evitar o contato dos visitantes com a água. Enquanto isso, atividades terrestres no complexo foram liberadas, oferecendo opções como trilhas e áreas de lazer.

A prefeitura de Bonito, em nota oficial, destacou a implementação de um Sistema de Gestão de Segurança (SGS) em seus atrativos turísticos, como forma de aprimorar a experiência dos visitantes e reduzir os riscos. Além disso, o município tem acompanhado de perto os relatos de ataques e reforça que está comprometido em garantir a segurança dos turistas.

Os tambaquis, espécie exótica introduzida artificialmente na lagoa, são conhecidos pela força de sua mordida e têm alarmado especialistas e autoridades ambientais. Medidas adicionais, como barreiras para contenção dos peixes e orientações mais rigorosas aos turistas, foram tomadas pela Praia da Figueira para aumentar a proteção no local.

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As paisagens deslumbrantes e águas cristalinas continuam a atrair visitantes de todo o mundo, mas o município se empenha para que os turistas desfrutem da beleza de Bonito com segurança e responsabilidade.

Com Diário Digital

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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