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Agronegócio

Carne de frango melhora frente à bovina, mas fica atrás da suína

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em

Foto: Envato

 

A carne de frango vem ganhando competitividade frente à bovina, mas perdendo em relação à suína neste mês, segundo apontam levantamentos do Cepea.

De acordo com o Centro de Pesquisas, enquanto as proteínas avícola e de boi se valorizam, em relação a março, a suinícola registra queda de preços.

Para a carne de frango, pesquisadores do Cepea explicam que, além de uma demanda mais firme, os feriados desta sexta-feira, 18 (Sexta-feira Santa), e da próxima segunda-feira, 21 (Tiradentes), reduzem os dias de programação de abate, o que, por sua vez, resulta em menor disponibilidade de carne no mercado interno.

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E a demanda externa também se mostra aquecida.

De acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea, nos primeiros nove dias úteis de abril, o setor avícola exportador registrou média diária de embarques de 22,4 mil toneladas, 9% acima da de abril do ano passado.

O mercado pecuário tem se caracterizado pela oferta “limitada” de animais para abate e pela demanda externa aquecida, que enxuga a disponibilidade doméstica.

Segundo pesquisadores do Cepea, essa combinação justifica a valorização dos animais no campo e da carne tanto no atacado doméstico quanto no mercado internacional – influenciado também por outros fatores.

Como resultado, conforme o Centro de Pesquisas, o volume posto à disposição do consumidor brasileiro se mostra abaixo da demanda, cenário que vem resultando, desde a última semana de março, em sucessivas altas nos preços da carne com osso e de cortes negociados no atacado da Grande São Paulo.

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Esse comportamento tem reduzido a competitividade da carne bovina frente às principais concorrentes, a carne suína e de frango, e também diante da tilápia, ainda conforme levantamentos do Cepea.

No front externo, o Brasil embarcou até a segunda semana de abril, 10,9 mil toneladas/dia de carne bovina in natura, média 15,6% superior à de abril/24, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea.

(Com Cepea)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Agronegócio

Cana-de-açúcar tem produção estimada em 663,4 milhões de toneladas na safra 2025/26

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Elza Fiúza/Agência Brasil

O ciclo 2025/26 de cana-de-açúcar tem produção estimada em 663,4 milhões de toneladas, volume 2% inferior quando comparado com o obtido na última temporada. A área destinada para a cultura se mantém relativamente estável em relação a 2024/25, com um ligeiro aumento de 0,3% chegando a 8,79 milhões de hectares. Já a produtividade média dos canaviais está estimada em 75.451 quilos por hectares, uma queda de 2,3% quando comparada com a última safra. Essa redução se deve às condições climáticas desfavoráveis durante as fases de desenvolvimento das lavouras em 2024. Os dados estão no 1º Levantamento da Safra de Cana-de-açúcar 2025/26 divulgado nesta terça-feira (29) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A queda da colheita esperada para a região Sudeste, principal região produtora da cultura, afetou a redução da produção nacional. Na região, é esperada uma queda na colheita de cana neste ciclo de 4,4% quando se compara à safra 2024/25, totalizando 420,2 milhões de toneladas. A região registrou uma condição climática desfavorável durante o desenvolvimento das lavouras, sobretudo em São Paulo, onde, além das baixas pluviosidades e altas temperaturas, foram registrados focos de incêndios, que afetaram parte dos canaviais. Esse cenário influenciou negativamente a produtividade média em 3,3%, estimada em 77.573 kg/ha. Além do menor desempenho das lavouras, a Conab também estima uma redução na área colhida.

Já no Centro-Oeste, a segunda região que mais produz cana-de-açúcar no país, tem a estimativa para esta safra de produzir 148,4 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 2,1% sobre o ciclo 2024/25, influenciado pelo aumento da área cultivada em 3,4% chegando a 1,91 milhão de hectares. Esse incremento compensa a perda esperada na produtividade média de 1,2%, projetada em 77.574 quilos por hectare, decorrente de condições climáticas menos favoráveis durante a fase evolutiva das lavouras.

Na região Sul, a produtividade tende a se manter estável, em torno de 69 mil quilos por hectare. Já a área deve apresentar uma elevação de 2,3%, chegando a 497,1 mil hectares, o que resulta em uma produção de 34,4 milhões de toneladas.

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Já no Nordeste do país, onde as lavouras estão na fase de crescimento com previsão do início da colheita a partir de agosto, o incremento de área e a expectativa de melhores produtividades deverão aumentar a produção em 3,6%, com expectativa de colheita em 56,3 milhões de toneladas.

Cenário semelhante é encontrado na região Norte. A expectativa de uma maior área destinada ao setor sucroenergético e melhora na produtividade, estimada em 82.395 kg/ha com o fator climático favorável, aponta para uma produção de 4,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

Subprodutos – Mesmo com a redução na safra de cana no atual ciclo, a expectativa é de um incremento na produção de açúcar, podendo chegar a 45,9 milhões de toneladas. Caso o volume se confirme ao final do ciclo, esta será a maior fabricação do produto na série histórica da Conab.

Por outro lado, a produção de etanol, somados os derivados da cana-de-açúcar e do milho, tende a apresentar redução de 1% em relação à safra anterior, estimada em 36,82 bilhões de litros. Quando se analisa apenas o combustível oriundo do esmagamento da cana-de-açúcar, a diminuição chega a 4,2% influenciado pela menor estimativa de colheita da matéria-prima. Essa queda é compensada pelo aumento da fabricação do etanol a partir do milho, que deverá ser acrescida em 11%.

Mercado – A safra 2025/26 traz um cenário de expectativas positivas ainda que marcado por desafios climáticos, sobretudo para o açúcar, pois a competitividade brasileira no mercado internacional segue elevada, tendo em vista os custos de produção relativamente baixos e a possibilidade de menor oferta em outros grandes produtores, como a Índia e Tailândia, por exemplo. Neste panorama, a manutenção dos embarques em patamar robusto é esperada.

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Já no etanol, internamente a demanda continua vinculada à competitividade frente à gasolina e às políticas de precificação de combustíveis. Destaque para o aumento do combustível fabricado a partir do milho. Nos últimos anos, o setor tem expandido a capacidade de processamento do cereal, diversificando a matriz de combustíveis renováveis e garantindo maior estabilidade de preços. Para a safra 2025/26, essa expansão tende a prosseguir, ajudando a suprir a crescente demanda interna e dando suporte ao mercado mesmo quando a disponibilidade de etanol de cana estiver reduzida

Os dados do 1° Levantamento da Safra 2025/26 de cana-de-açúcar e as condições de mercado do açúcar e etanol podem ser acessados no Boletim divulgado na página da Companhia.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Agronegócio

Mercado do boi gordo mantém preços firmes

Publicado

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Foto: Pensar Agro

 

O mercado do boi gordo na América Latina fechou a última semana em alta, especialmente nos países do Mercosul, onde o preço médio da carne para exportação bateu um recorde que não se via há três anos. O quilo da carcaça chegou a R$ 23,14, refletindo a forte demanda internacional.

Na Argentina, o cenário foi ainda mais expressivo: o preço do boi foi cotado a R$ 28,39 por quilo de carcaça, com um aumento de 8,3% em relação à semana anterior. A firmeza dos preços argentinos foi impulsionada não só pela boa procura no mercado externo, mas também pela maior estabilidade do câmbio local, favorecendo os exportadores.

No Brasil, a situação também foi positiva para os pecuaristas, embora o ritmo de negócios tenha sido mais lento nos últimos dias. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a demanda supera a oferta, o que tem sustentado os preços no mercado interno. No entanto, o fluxo de negociações no mercado físico foi considerado inexpressivo, com várias indústrias fora das compras.

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Mesmo com a firmeza dos preços, analistas alertam que as cotações podem sofrer pressão de baixa nas próximas semanas. Isso porque as escalas de abate estão um pouco mais confortáveis, e a expectativa é que a oferta de animais prontos para o abate aumente de forma mais significativa a partir da segunda quinzena de maio, com a chegada da safra do boi gordo.

Veja como fecharam as médias da arroba do boi nas principais praças do país:

  • São Paulo: R$ 325,83 (anterior: R$ 327,58)
  • Goiás: R$ 309,46 (anterior: R$ 310,18)
  • Minas Gerais: R$ 319,41 (anterior: R$ 320,29)
  • Mato Grosso do Sul: R$ 323,18 (anterior: R$ 323,64)
  • Mato Grosso: R$ 326,16 (anterior: R$ 326,35)

O Indicador do boi gordo Cepea/Esalq avançou cerca de 2,5% em abril, saindo da casa dos R$ 320 no final de março para R$ 327 a arroba nesta semana.

No mercado atacadista da Grande São Paulo, a carcaça casada bovina valorizou 5,5% na parcial de abril, operando por volta de R$ 23 o quilo à vista. Em dólar, com a cotação de R$ 5,70, esse valor seria equivalente a cerca de US$ 4,04, aproximando-se da média internacional.

Apesar da firmeza, o atacado trabalha com a perspectiva de preços mais estáveis para o restante do mês. A tendência é de um escoamento mais lento da carne bovina, o que reduz a probabilidade de novos reajustes.

Assim, o produtor rural deve acompanhar com atenção o comportamento da demanda nas próximas semanas e se preparar para uma possível mudança de cenário a partir da segunda quinzena de maio, com maior oferta de animais no mercado.

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(Com Pensar Agro)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Agronegócio

Estação na Expochurrasco serve 160 quilos de carne de búfalo aos consumidores

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Foto: Stéphany Franco/Divulgação

 

A carne de búfalo foi novamente protagonista na Expochurrasco, realizada no sábado, 26 de abril, no Jockey Club de Porto Alegre (RS). Em sua terceira participação consecutiva no evento, uma ação promovida por chefs e criadores de búfalos, com apoio da Associação Gaúcha de Criadores de Búfalos (Ascribu), apresentou novos formatos de preparo e atraiu grande atenção do público.

Nesta edição, em vez do tradicional assado de carcaça inteira, a carne foi dividida em paleta, pernil e costela e assada em estacas de madeira. “Essa terceira Expochurrasco surpreendeu muita gente. Em questão de duas horas e meia, toda a nossa carne foi servida. A qualidade foi ímpar, mais uma vez, com carne macia e suculenta”, destacou a presidente da Ascribu, Desireé Möller.

O animal levado para o evento foi uma fêmea de 14 meses, criada exclusivamente a pasto, fornecida pelo criador Luiz Paulo de Moura Nunes, da Cabanha Coxilha Grande. “O evento foi muito bom, vimos um grande público prestigiando e tivemos uma grande procura. As pessoas saíram muito satisfeitas, e essa é a finalidade: fazer com que provem e conheçam o sabor da carne de búfalo”, ressaltou Nunes. A búfala, com peso vivo de 348 quilos, resultou em cerca de 160 quilos de carne servidos ao público.

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O preparo foi conduzido pelo chef Everton Kunzler, da Búfalos El Dorado, que apontou a boa aceitação da carne entre os visitantes. “Conseguimos demonstrar a qualidade da carne de búfalo em comparação com a carne de Wagyu, oferecendo duas opções de excelência. O búfalo está cada vez mais consolidado como alternativa saudável e de alta qualidade”, afirmou Kunzler, que dividiu o espaço na parceria com o chef Roberto Milani.

O vice-presidente da Ascribu, Raphael Gonçalves, enfatizou a importância da presença em eventos públicos como estratégia de divulgação. “É uma maneira que encontramos de divulgar para o público as qualidades da carne de búfalo e torná-la cada vez mais acessível”, concluiu.

Texto: Nestor Tipa Júnior e Érika Ferraz/AgroEffective

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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