Agricultura
Mercado do boi: com demanda moderada, frigoríficos seguem retraídos

Nesta semana a oferta de bovinos para o abate apresentou limitação, enquanto os compradores mantiveram um interesse moderado. Os dados são dos levantamentos do Centro de Pesquisas Avançadas em Economia Aplicada (Cepea).
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De acordo com o instituto, no início desta semana a liquidez esteve baixa, ao passo que a retração por parte dos frigoríficos contribuiu para manter os valores pressionados.
Já na terça-feira (29) o volume de carne bovina ofertado cresceu em algumas regiões, mas ainda assim os frigoríficos permaneceram parcialmente retraídos, cobrando preços menores.
A cotação da carne com osso no atacado também sofreu queda. Ainda assim, no acumulado do mês de abril registrou alta de acordo com os dados do Cepea.
*Sob supervisão de Thiago Dantas
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Agricultura
Pesquisadores identificam linhagens globais do fungo da antracnose do milho e alertam para risco de novos surtos

A disseminação global do patógeno foi impulsionado por fatores naturais e humanos, com destaque para a troca de sementes contaminadas (Foto: Flávia Rogério)
Um estudo internacional liderado por uma rede de cientistas de 17 países revelou novas informações sobre a evolução e a disseminação do Colletotrichum graminicola, fungo causador da antracnose do milho. A pesquisa, que analisou 212 isolados do patógeno coletados em cinco continentes, identificou três linhagens geneticamente distintas: norte-americana, brasileira e europeia — todas com possível origem na Mesoamérica, seguindo a rota de domesticação do milho.
Segundo Flávia Rogério, pesquisadora da Universidade de Salamanca (Espanha) e da Universidade da Flórida (EUA), a linhagem da América do Norte é apontada como a mais ancestral e pode ter sido o elo de disseminação para as demais regiões. “Apesar de mais antiga, a linhagem europeia mostrou-se a mais virulenta, o que acende um alerta para o risco de novos surtos, principalmente em áreas com histórico da doença”, afirma.
O estudo também detectou migração genética entre a Argentina e a Europa, sugerindo que o uso de sementes contaminadas em viveiros de inverno na América do Sul pode ter contribuído para o intercâmbio de isolados. A troca internacional de materiais vegetativos, muitas vezes sem controle sanitário adequado, é apontada como fator determinante na disseminação do patógeno, ao lado da mobilidade natural do fungo, que se espalha por vento, chuva e solo.
De acordo com Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, os dados indicam que 80% dos isolados analisados possuem sinais de mistura genética, o que eleva a complexidade para o desenvolvimento de cultivares resistentes. “Essa diversidade amplia os desafios para o controle da doença, tornando essencial o monitoramento genético constante”, destaca.
Além disso, a análise estatística e computacional utilizada na investigação revelou que até 35,8% da variação genética do fungo está relacionada à distância geográfica, reforçando o impacto da movimentação humana nas últimas décadas. Os cientistas também observaram diferenças no padrão de introgressão genética — o processo pelo qual genes de uma linhagem são incorporados em outra — entre as populações do Brasil, América do Norte e Europa.
Ensaios de patogenicidade realizados na Espanha demonstraram variações expressivas de virulência entre isolados, com potencial para danos semelhantes aos registrados nos Estados Unidos na década de 1970, quando lavouras inteiras foram destruídas, gerando perdas de até 100% em estados do centro-norte e leste do país.
A pesquisa reforça a importância do manejo integrado como estratégia essencial para conter a antracnose do milho. Especialistas da Embrapa Milho e Sorgo recomendam práticas como o uso de cultivares resistentes, adubação balanceada, rotação de culturas e a evitação de plantios sucessivos, além da rigorosa seleção de sementes livres de contaminação.
A identificação das linhagens e da população ancestral do Colletotrichum graminicola representa um avanço importante para o entendimento da dinâmica evolutiva da doença e abre caminho para o desenvolvimento de variedades de milho mais resistentes, protegendo a produtividade agrícola e contribuindo para a segurança alimentar global.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Novo sorgo granífero supera 6 toneladas por hectare e chega ao mercado com alta produtividade

Divulgação
A Embrapa Milho e Sorgo (MG) e a empresa Latina Seeds lançam no mercado o híbrido de sorgo granífero BRS 3002, sob o nome comercial de LAS3004G. Essa nova cultivar se destaca por sua precocidade e estabilidade de produção em plantios na segunda safra, o que proporciona mais segurança ao produtor. Além disso, apresenta potencial de produtividade maior do que seis toneladas por hectare, superior à média nacional de produção por hectare.
O novo sorgo é indicado para as regiões já consolidadas no cultivo dessa cultura, como Centro Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo).
Lançamento
O sorgo BRS 3002, nome comercial LAS3004G, será lançado no dia 5 de maio de 2025, às 13h30, durante a 16ª Semana de Integração Tecnológica (SIT). O evento faz parte da Jornada pelo Clima, iniciativa da Embrapa que visa promover a ciência e as práticas sustentáveis no ano em que o Brasil sedia a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, em Belém (PA).
Com o tema “Oportunidades e desafios para a expansão da agropecuária sustentável”, a SIT acontece de 5 a 9 de maio em Sete Lagoas, Minas Gerais, e reúne entidades com o intuito de impulsionar o desenvolvimento rural sustentável.
“Além do nível de rendimento, que garante a sua competitividade no mercado, o BRS 3002 (LAS3004G), apresenta boa sanidade em relação às doenças antracnose, helmiltosporiose e cercosporiose”, pontua o pesquisador Cícero Menezes. O uso de cultivares mais resistentes é o meio mais eficiente de controle de doenças, uma vez que alia vantagens, por ser econômico e seletivo e não deixar resíduos nocivos ao ambiente e ao produto. Dessa forma contribui para a sustentabilidade da produção.
Menezes ressalta ainda a altura média da planta, que é de 130 centímetros, e a coloração vermelha dos grãos.
Produção comercial
A Embrapa e a Latina Seeds já são parceiras em várias frentes de atuação voltadas ao desenvolvimento de novos produtos para o mercado agrícola. O lançamento da nova cultivar de sorgo é mais um resultado nesse sentido. De acordo com o sócio-proprietário da Latina Seeds, Willian Sawa, “o híbrido de sorgo granífero visa atender a um mercado que busca estabilidade e segurança em sua produção. O sorgo por si só já é valente frente às adversidades de clima e pragas, mas esse híbrido, em especial, tem características que o produtor procura no que se refere à precocidade e à estabilidade produtiva”, enfatiza.
Sawa afirma que, tradicionalmente, os sorgos graníferos vêm sendo utilizados pela indústria de ração, mas com essa nova cultivar, uma nova frente se abre com a utilização do grão de sorgo para a produção de etanol e DDG (Dried Distillers Grains) e WDG (Wet Distillers Grains), que são coprodutos da produção desse biocombustível, obtidos a partir da fermentação de grãos. “Esse novo nicho ganha força em regiões onde o milho tem uma janela limitada de plantio, como nos estados de Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia, Alagoas e Sergipe. Considerando a precocidade e a estabilidade da BRS 3002 (LAS3004G), a expectativa é que tenha boa aceitabilidade”, complementa.
Sawa informa ainda que foram estabelecidas áreas pré-comerciais desse híbrido do Rio Grande do Sul ao Maranhão e de Rondônia ao Alagoas, e os resultados comprovam sua ampla adaptabilidade e estabilidade.
“A BRS3002 (LAS3004G) será comercializada em embalagens de 500 mil sementes. A recomendação por hectare é de 200 a 220 mil sementes, dependendo da região, época e investimento, ou seja, com uma saca será possível plantar de 2,27 a 2,5 hectares”, explica Sawa. As sementes chegarão ao setor produtivo após receberem um Tratamento de Sementes Industrial (TSI), um processo que as protege antes do plantio, incluindo o antídoto para aplicação do herbicida S-Metalacloro. “Isso significa que estaremos oferecendo ao mercado materiais com genética de alto potencial, associada às melhores tecnologias disponíveis no mercado”, diz.
O produtor e parceiro da Latina Seeds Darlan Niedermeyer, sediado em Palotina no Paraná, e que além de produtor nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, também atua como consultor na região, relata suas experiências com o BRS3002 (LAS3004G) nessas últimas safras.
“O que eu mais gostei na cultivar é a precocidade e a estabilidade. É um material de ciclo precoce para a nossa região, com 120 dias para o ponto de colheita. Conseguimos colher uma área plantada, com esse tempo. Vimos que ele não apresentou manchas e aguentou bem a seca no Oeste do Paraná e no Sul do Mato Grosso do Sul. O híbrido se comportou bem nas primeiras áreas vizinhas, possibilitando uma colheita de 100 sacas por hectare. Isso mostra que tem potencial e adaptabilidade para as áreas diversas. Quanto à sanidade, aparentemente, parece bem robusta”, relata Niedermeyer.
O consultor Paulo Ferreira, de Naviraí (MS), ficou admirado com a recuperação desse sorgo após passar por um período de estresse abiótico. “É um material que mesmo em situações extremas entrega seu potencial produtivo e adapta-se muito ao clima e ao tipo de solo que temos. Passamos por um calor intenso e o material está bonito e verde. Mesmo com a estiagem entregou acima de 50 sacos por hectare”, diz Ferreira.
Sorgo no Brasil e no mundo
O sorgo é o quinto cereal mais plantado no mundo, após o milho, o trigo, o arroz e a cevada. Nos últimos anos, a cultura vem se expandindo no Brasil, colocando o País entre os cinco maiores produtores do grão do mundo. “Essa expansão nas últimas safras, principalmente na safrinha, se deve principalmente a dois fatores: a demanda de mercado de bioetanol e ração, e as instabilidades climáticas da segunda safra. O sorgo é mais tolerante à seca, e possui maior janela de plantio no cultivo da segunda safra”, considera o engenheiro agrônomo da Embrapa Frederico Botelho.
Nas últimas safras, a área nacional de sorgo aumentou consideravelmente, saindo de 864,6 mil hectares na safra 2020/21 para 1,46 milhão de hectares na safra 2023/24, com crescimento em áreas já consolidadas como Goiás e Minas Gerais, e com incremento em novas regiões pouco tradicionais para a cultura como Matopiba, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, e Paraná.
O sorgo apresenta diversos usos, sendo mais utilizado no Brasil para a alimentação animal, podendo substituir o milho em 100% nas rações de aves, suínos e bovinos, mas também tem expandido seu uso na alimentação humana, na geração de bioenergia e biocombustível.
Lançamento e Jornada pelo Clima: rumo à COP30
O novo híbrido de sorgo granífero é uma tecnologia que impulsiona a produção de grãos, com qualidade, em regiões com restrições hídricas, o que é uma característica importante da cultura do sorgo. Além disso, sua resistência às principais doenças contribui para o seu potencial produtivo.
Por isso, o lançamento da cultivar acontece durante a 16ª Semana de Integração Tecnológica (SIT), evento que integra o calendário oficial da Embrapa de ações na Jornada pelo Clima da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30).
A Semana de Integração Tecnológica é uma realização da Embrapa Milho e Sorgo, em parceria com o Sistema Faemg (Faemg, Senar, Inaes e Sindicatos), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). O evento tem apoio de unidades da Embrapa de outras regiões do Brasil, empresas privadas, cooperativas e fundações.
A SIT é uma grande oportunidade para atualização de conhecimentos, troca de experiências, estabelecimento de negociações e parcerias.
A chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, Sara Rios, destaca que o híbrido de sorgo BRS 3002 traz uma grande vantagem competitiva como genética brasileira de ampla adaptação (Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste), além da precocidade da cultivar, o que é muito relevante para as janelas curtas de cultivo em segunda safra, considerando as especificidades, desafios e também oportunidades no sistema brasileiro de produção de grãos.
O híbrido foi desenvolvido em uma parceria de inovação aberta com a empresa Latina Seeds, permitindo a disponibilização comercial de uma nova cultivar para os produtores de sorgo granífero, com ganhos de produtividade. “O lançamento na SIT integra uma programação estratégica para o Brasil e para o mundo, com visibilidade como evento pré-COP30 na Jornada pelo Clima, além de uma programação técnica no dia 8 de maio, dedicada à cultura do sorgo, com o tema “Oportunidades para a produção de sorgo no Brasil: alimentos, alimentação e energia na nova matriz de produção nacional”.
Fonte: Assessoria/Sandra Brito
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Preço do Frango se mantém firme, mas ovos registram queda intensa

O mês de abril apresentou movimentações mistas para a carne de frango no Brasil. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), enquanto as cotações da proteína se mantiveram firmes nas praças paulistas, o cenário foi de queda na região Sul. Além disso, o cenário foi de queda intensa no mercado de ovos nacional. Segundo o Cepea, a média de preços atingiu o menor patamar dos últimos três meses.
Carne de frango
A movimentação reflete o cenário de vendas aquecidas no Sudeste, enquanto para a região Sul, a menor liquidez da proteína acabou pressionando as cotações de maneira negativa, como explica o Centro de Pesquisas.
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Os recentes feriados também impulsionaram o mercado paulistano, reduzindo os dias para o abate, e gerando uma menor oferta de carne de frango e aumentando os preços, como explica o instituto.
Ovos
Os feriados de páscoa e tiradentes foram comprometedores para o desenvolvimento das vendas da proteína. Outro fator que também diminuiu a demanda foi o baixo poder de compra da população no final do mês.
Em algumas praças analisadas pelo instituto, um aumento no estoque contribuiu ainda mais para a desvalorização do produto. Os ovos vermelhos, de acordo com as pesquisas do Cepea, foram os principais afetados.
*Sob supervisão de Thiago Dantas
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