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Indicador do café robusta cai com força em abril

Reprodução
Depois de atingir patamar recorde real no primeiro trimestre, o Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo recuou com certa força em abril. Considerando-se a média mensal, a baixa foi de 15,5% (ou de 310,70 Reais/saca) em relação a março, passando para R$ 1.692,32/saca de 60 kg.
Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar da oferta ainda limitada, a retração pode estar atrelada à proximidade da colheita da nova safra no estado capixaba e também em Rondônia. Além disso, em abril, o mercado também foi influenciado por fortes oscilações externas, que, por sua vez, decorreram de fatores como a imposição de tarifas pelos Estados Unidos e condições do clima nas principais regiões produtoras do Brasil.
No Espírito Santo, ainda que de forma pontual, a colheita do robusta já foi iniciada e deve ganhar ritmo nos próximos dias. Até o final de abril, levantamento do Cepea mostra que cerca de 5% da produção esperada no estado capixaba havia sido colhida.
Chuvas registradas no fim de abril ajudaram a melhorar as condições das lavouras mais tardias e podem favorecer o desenvolvimento final desses talhões.
Fonte: Assessoria Cepea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Espírito Santo inicia colheita do café conilon de 2025 com evento técnico em Jaguaré

Divulgação
O Espírito Santo, maior produtor de café conilon do Brasil, marca o início da colheita da safra 2025 com um evento técnico que acontecerá no município de Jaguaré, no próximo dia 14 de maio. O “Dia Especial de Abertura da Colheita do Café Conilon” será uma oportunidade para fortalecer a troca de conhecimentos e inovações no setor cafeeiro capixaba, destacando práticas sustentáveis e tecnológicas.
Abertura oficial com foco em inovação e sustentabilidade
O evento, promovido pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pela Prefeitura de Jaguaré, acontecerá das 8h às 14h na Fazenda Água Limpa. A programação será centrada nas inovações tecnológicas e nas práticas sustentáveis que têm transformado a cafeicultura no Estado.
A abertura será marcada pela palestra “Evolução da Colheita Mecanizada do Conilon”, ministrada pelo pesquisador Paulo Volpi, do Incaper. Durante a apresentação, Volpi discutirá os resultados de estudos sobre a eficiência da mecanização e seus benefícios econômicos, incluindo a redução de custos na colheita.
Demonstração de tecnologias inovadoras no campo
Ao longo do evento, os participantes terão a oportunidade de acompanhar demonstrações de colhedoras automotrizes e visitar estações de campo que apresentarão tecnologias de ponta. Dentre as inovações, destacam-se o gotejamento subterrâneo de alta performance, que visa o uso racional da água, e a capina elétrica, uma solução sustentável para o controle de plantas daninhas sem o uso de herbicidas.
Colheita simbólica e expectativa de crescimento na safra 2025
Um dos momentos mais aguardados será a colheita simbólica, que celebra o início de mais uma safra de café conilon, um dos pilares da economia do Espírito Santo. De acordo com a 1ª estimativa de safra 2025 divulgada pela Conab, o Estado deve colher 11,8 milhões de sacas, o que representa um crescimento de 20% em relação à safra de 2024.
A Lei Estadual nº 11.212/2020 estabelece a realização do evento no dia 14 de maio, data que marca o ponto ideal de maturação dos frutos, assegurando a qualidade dos grãos e reforçando a valorização do café produzido no Estado.
O impacto econômico da cafeicultura conilon capixaba
Com mais de 49 mil propriedades produtoras, o Espírito Santo é o principal responsável pela produção de café conilon no Brasil. Em 2024, o Estado colheu 9,8 milhões de sacas, e, com a safra de 2025, as expectativas são altas, com um aumento de produção para 11,8 milhões de sacas.
Os números comprovam a relevância do conilon capixaba na economia brasileira:
- 76% de todo o café conilon exportado pelo Brasil é originário do Espírito Santo.
- Em 2024, o Estado bateu recorde de exportação com mais de 8 milhões de sacas, gerando uma receita de quase US$ 1,8 bilhão.
- O Valor Bruto da Produção em 2023 foi de R$ 7,09 bilhões.
O evento em Jaguaré não apenas dá início à colheita da safra 2025, mas também reforça o compromisso do Espírito Santo com a inovação e a sustentabilidade na cafeicultura. Com avanços tecnológicos e práticas sustentáveis, o Estado continua a consolidar sua posição como líder na produção e exportação de café conilon, impulsionando sua economia e consolidando a qualidade do grão capixaba no mercado global.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Manejo de Precisão na Reta Final da Safra: Garantia de Qualidade e Uniformidade do Café

Reprodução/Portal do Agronegócio
À medida que a colheita do café se aproxima de sua fase final, o manejo técnico se torna ainda mais crucial para assegurar a uniformidade na maturação dos grãos, a qualidade da bebida e a preservação do potencial produtivo da safra subsequente. De acordo com Plinio Duarte, agrônomo e coordenador técnico da Nitro, a fase final exige cuidados especiais, desde o uso de reguladores fisiológicos até a gestão hídrica e a nutrição foliar.
A desuniformidade na maturação dos grãos é um dos maiores desafios nesse estágio. “O uso de produtos à base de etileno tem se mostrado uma solução eficaz para lidar com essa questão, especialmente em lavouras onde há grãos em diferentes estágios de desenvolvimento”, explica Plínio. O etileno, um hormônio vegetal natural, tem impacto direto no processo de maturação dos frutos. Sua aplicação controlada contribui para uma colheita mais precisa, evitando perdas de grãos verdes ou passados.
Em um estudo recente da Embrapa, foi analisada a influência de diferentes fontes e doses de nutrientes na maturação e produtividade do cafeeiro. “Os resultados mostraram que a aplicação de fertilizantes polimerizados na dose recomendada de 100% proporcionou maior uniformidade na maturação e aumentou a massa dos grãos frescos, secos e beneficiados”, destaca Plínio.
Outro aspecto importante na reta final da safra é o controle hídrico, que continua sendo um fator determinante para a qualidade e o rendimento. A falta de água no solo prejudica a translocação de nutrientes, comprometendo o desenvolvimento dos grãos e, consequentemente, a produtividade. “É fundamental garantir que as plantas tenham acesso à água, especialmente nesta fase, pois sem ela os nutrientes não chegam de forma eficiente aos frutos”, completa o agrônomo.
A nutrição foliar também se apresenta como uma ferramenta estratégica nesse período. Com ela, os nutrientes são rapidamente absorvidos pelas folhas e direcionados às partes da planta mais exigidas, como os frutos em desenvolvimento. “A nutrição foliar ajuda a reduzir o estresse fisiológico da planta, principalmente quando as condições climáticas não são favoráveis. Com fontes altamente solúveis, conseguimos fornecer os nutrientes essenciais no momento certo, garantindo o bom enchimento dos grãos e melhor qualidade da bebida”, explica Plínio.
Além disso, o desenvolvimento das gemas florais, que darão origem à safra seguinte, é outro desafio frequentemente subestimado na fase final da produção. Estresses climáticos e fisiológicos nesse momento podem comprometer o potencial produtivo da próxima colheita. “Além de amadurecer os frutos atuais, o cafeeiro precisa preparar as gemas para a florada da próxima estação. Se essa indução for prejudicada, a colheita seguinte será impactada”, ressalta. Nesse contexto, o uso de bioestimulantes e produtos fisiológicos, que atenuam os efeitos do estresse, é de suma importância.
Diante da oscilação nos preços do café e das condições climáticas cada vez mais imprevisíveis, o manejo técnico de precisão torna-se uma vantagem competitiva essencial para o produtor que busca estabilidade, qualidade e rentabilidade. “Investir em tecnologias fisiológicas e estratégias integradas de manejo é uma decisão econômica inteligente, com retorno garantido na forma de maior rendimento por hectare, melhor preço na comercialização e maior resiliência produtiva nos ciclos seguintes”, conclui Plinio Duarte.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Produção da espécie de Coffea arabica ocupa área de 1,48 milhões de hectares e de Coffea canephora 369,65 mil hectares no ano-cafeeiro 2025

Foto: Canva
A área em produção dos Cafés do Brasil, neste ano-cafeeiro de 2025, incluindo as espécies de Coffea arabica (café arábica) e de Coffea canephora (café robusta+conilon), ocupa o total de 1,85 milhão de hectares, nas cinco regiões geográficas brasileiras. E, caso se confirmem os dados da primeira estimativa da safra divulgados em janeiro, o País produzirá um volume físico equivalente a 51,81 milhões de sacas de 60kg que permitirão obter uma produtividade média em nível nacional de 28 sacas por hectare.
Nesse contexto, estabelecendo um comparativo dos dados da estimativa desta safra de 2025 com a performance do que foi efetivamente apurado no ano-cafeeiro de 2024, cujo volume colhido totalizou 54,21 milhões de sacas, numa área de 1,88 milhão de hectares e produtividade média de 28,8 sacas por hectare, constata-se que poderá haver, respectivamente, decréscimos de 4,4% no volume da produção da safra deste ano, em relação à anterior, assim como da área de cultivo (1,6%), e também queda em torno de 2,8% da produtividade, casos tais números se confirmem na etapa final da colheita desta safra.
Especificamente em relação à safra estimada da espécie de C. arabica, de 2025, merece destaque o fato de que a produção total desta espécie foi calculada em 34,68 milhões de sacas de 60kg, que está sendo cultivada numa área equivalente a 1,48 milhões de hectares, o que permitirá obter uma produtividade média de 23,4 sacas por hectare.
Assim, caso tais números desta safra do C. arabica de 2025 se confirmem e sejam comparados com os mesmos dados da safra anterior, cuja produção foi de 39,59 milhões de sacas obtidas numa área de cultivo de 1,50 milhões de hectares, com produtividade de 26,2 sacas por hectare, verifica-se que deverá haver um decréscimo expressivo de 12,4% no volume da colheita, de 1,6% na área de produção e de 11% na produtividade.
Em complemento, com relação à produção de 2025 estimada para os cafés da espécie de C. canephora, vale registrar e destacar que tal safra foi estimada em um volume físico equivalente a 17,13 milhões de sacas, cujo cultivo está sendo realizado numa área de 369,65 mil hectares, o que permitirá obter uma produtividade média de 46,3 sacas por hectare.
Dessa forma, caso seja estabelecida a mesma comparação anterior com o desempenho do C. canephora, de 2024 com as estimativas previstas para 2025, haja vista que a produção colhida no ano anterior foi de 14,61 milhões de sacas obtida numa área de 372,42 mil hectares, com produtividade 39,2 sacas por hectare, verifica-se que haverá aumento em 2025 na produção de 17,2%, assim como na produtividade de 18,1%, e, em contrapartida, um ligeiro decréscimo de 0,7% na área de cultivo, se tais previsões se confirmarem.
Concluindo esta análise convém destacar que os números e dados do desempenho da performance dos Cafés do Brasil que estão permitindo realizar tal estudo constam do Sumário Executivo do Café – Abril 2025, documento que é elaborado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA, e que também está disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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