Pecuária
Fazenda Pantaneira Sustentável promove intercâmbio no Pantanal mato-grossense

Fotos: Assessoria
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), por meio do programa “Fazenda Pantaneira Sustentável” (FPS), promoveram um intercâmbio com a organização The Pew Charitable Trust e a coalizão Pontes Pantaneiras para mostrar como a pecuária tradicional pantaneira pode ser sustentável e rentável, sem perder suas raízes.
O Pantanal mato-grossense recebeu, nesta semana, uma comitiva formada por representantes internacionais da The Pew Charitable Trust, vindos dos Estados Unidos, e da coalizão Pontes Pantaneiras, além de técnicos do Sistema Famato, para uma agenda de visitas a propriedades assistidas pelo programa FPS. A iniciativa é desenvolvida pela Famato e pelo Senar-MT, em parceria com a Embrapa Pantanal. Na oportunidade, os integrantes da The Pew Charitable Trust captaram imagens e gravaram depoimentos que serão utilizados em um documentário.
Do Sistema Famato, participaram o gestor da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Bruno de Faria; o coordenador Eduardo Barone; o supervisor Marcelo Nogueira; e o analista de pecuária da Famato, o médico-veterinário Marcos de Carvalho.
Entre os visitantes estavam Amelia Moura, Alfred Schoeninger e John Briley, da The Pew Charitable Trust – organização norte-americana com mais de 70 anos de atuação dedicada à pesquisa, inovação e promoção de mudanças sociais e ambientais positivas. A comitiva também contou com André Restel, representante da coalizão Pontes Pantaneiras, que reúne instituições como a Embrapa, a Universidade de Londres (Inglaterra), o Instituto de Pesquisas Ecológicas de São Paulo (IPE) e, agora, a própria The Pew Charitable Trust. O fotógrafo Flavio Forner registrou todos os momentos da visita.
O grupo foi recebido, nesta quarta-feira (14/05), na Fazenda Bela Vista, no município de Poconé (MT), pelos produtores pantaneiros Márcio Granja Souza Vieira, Fábio Dorileo Vieira (pai e filho), e também por José Benedito de Arruda e Silva, conhecido como Juquinha, do Grupo Morada da Serra. A propriedade familiar é acompanhada pela FPS há seis anos e é símbolo de tradição, manejo familiar e preocupação com a sucessão geracional.
“Desde novo a gente ia para a fazenda nas férias e ficava com meus avós. Hoje, tenho orgulho de seguir esse legado e acredito que o Pantanal ainda será casa dos nossos filhos e netos. Produzir e conservar podem andar juntos quando respeitamos nossas raízes”, afirmou Fábio Vieira, que divide a rotina entre o trabalho como servidor público em Cuiabá e o manejo na fazenda nos fins de semana.
A Bela Vista é uma herança que atravessa gerações. Foi herdada por Rudce Fátima Dorileo, esposa de Márcio Granja, considerada por ele e pelos filhos como o esteio da família.
Ao falar sobre o programa FPS, Márcio destacou que o trabalho desenvolvido é um alento em meio aos desafios enfrentados pelos produtores pantaneiros: “Viver no Pantanal é resistir. A gente ama essa terra, mas não é fácil. Com a FPS, a gente volta a ter esperança. Eles nos ajudam a mostrar que é possível cuidar do Pantanal e ainda manter a tradição viva”.
O representante da Pontes Pantaneiras, André Restel, ressaltou que a proposta da coalizão é justamente valorizar o conhecimento e a prática dos pecuaristas pantaneiros: “A pecuária de baixo impacto, que está no Pantanal há cerca de 300 anos, é a que manteve esse bioma de pé. Nosso papel é agregar valor a esse modo de vida, permitindo que o pantaneiro continue sendo pantaneiro – com orgulho e com renda”.
Durante a visita, a comitiva percorreu áreas da fazenda que, neste período, estão alagadas, mas que, durante a seca, se tornam importantes pastagens para o rebanho. Os produtores pantaneiros, Márcio e Fábio, acompanhados dos técnicos de campo do Senar-MT, Hernnann Faria Feliciano da Silva, Levender Mattos e Airton Gonçalves de Barros, apresentaram a rotina de manejo da propriedade, incluindo a aplicação de brincos de identificação em bezerros — ação que permite o controle sanitário e a rastreabilidade do gado, essenciais para a sustentabilidade e o acesso a mercados.
O programa “Isso é AgroPecuária”, transmitido pelo SBT, também acompanhou toda a jornada, documentando a experiência para mostrar como o conhecimento tradicional aliado à assistência técnica pode garantir a permanência do homem pantaneiro em sua terra, promovendo uma pecuária sustentável e resiliente.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Prova da raça Brahman confirma evolução genética dos touros

Foto: Assessoria
Uma avaliação realizada com 180 reprodutores da raça Brahman nos últimos cinco anos comprovou uma evolução genética significativa em características de maior impacto econômico para a pecuária de corte, tais como qualidade de carcaça, ganho de peso e eficiência alimentar. O levantamento teve como base os dados zootécnicos coletados em todas as edições da Prova de Eficiência e Performance Brahman Boi com Bula, entre os anos de 2021 e 2025, e foi realizado pelo Conselho Técnico da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), Central Bela Vista e BrasilcomZ.
Os resultados foram apresentados nos dias 1º e 2 de agosto, em Botucatu/SP, durante a final da quinta edição da Prova, que contou com a presença de técnicos e criadores do Brasil e do Paraguai. De acordo com o consultor técnico da BrasilcomZ Guilherme Faria Costa, houve um relevante progresso fenotípico no período avaliado. “Em vários índices da prova de 2025, as médias ficaram acima das verificadas nos anos anteriores. Tivemos um crescimento de 16% nos dados de Espessura de Gordura Subcutânea (EGS), de 7% no marmoreio (MAR) e de 3% na Área de Olho de Lombo (AOL). Isso confirma a aptidão da raça para produção de carne de qualidade e de forma sustentável”, diz Costa.
Já quando comparados os resultados das três últimas edições, quando a prova passou a avaliar somente touros, os índices tiveram elevação ainda maior, sendo 40% de crescimento no EGS, 59% no MAR e 7% no AOL. Em relação à parte morfológica, avaliada pelo método EPMURAS, houve um incremento no progresso fenotípico de 5% entre 2023 e 2025. “Os dados coletados comprovam a eficiência da raça para produzir carne de qualidade a um custo reduzido, com animais de baixo consumo alimentar, boas avaliações de carcaça e boa performance em ganho de peso”, destaca o presidente da ACBB, Gustavo Rodrigues. Somando todas as edições, já foram avaliados 231 animais, sendo 180 touros e 51 fêmeas, de 25 criatórios, de cinco estados (Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo).
Na edição de 2025, participaram 26 reprodutores jovens, que foram avaliados em relação à qualidade de carcaça, ganho de peso, fertilidade e morfologia. No encerramento da prova, o jurado da ABCZ Célio Heim foi responsável pelo julgamento de morfologia. “Os campeões apresentaram carcaça precoce, bons aprumos, bom comprimento, profundidade e acabamento. São reprodutores harmoniosos que contribuirão muito para a pecuária de corte”, explica o jurado da ABCZ.
Os animais foram divididos em dois grupos, conforme a data de nascimento, sendo que 14 deles ficaram na prova 1 (nascidos entre agosto e setembro de 2023) e 12 deles na prova 2 (nascidos entre outubro e dezembro de 2023). O Grande Campeão de Morfologia foi o touro MR Vitória 8099, que também foi Campeão de Performance, Campeão Gourmet, Campeão de Desempenho, Campeão de Eficiência da Prova 1. Ele é de propriedade do criador Alexandre Ferreira, do Brahman Vitória.
O Campeão de Morfologia da Prova 2 foi o touro MR N POUS.POI 6814, de propriedade do criador Felipe Lemos, da Fazenda Nova Pousada. O Campeão de Performance, Campeão Gourmet e Campeão de Desempenho da Prova 2 foi MR N POUS.POI 6849. Ele também pertence ao time da Nova Pousada. Já o Campeão de Eficiência da Prova 2 foi MR. W2R JUPTER 1688, de propriedade de Wilson Rodrigues, da Agropecuária W2R.
A Prova de Eficiência e Performance Brahman Boi com Bula foi realizada pela ACBB, em parceria com BrasilcomZ, Central Bela Vista e teve o apoio da ABCZ.
Larissa Vieira/AguaBoaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Úlcera gástrica em equinos: saiba como prevenir e tratar a síndrome que afeta o desempenho dos animais

Reprodução/Portal do Agronegócio
A Síndrome da Úlcera Gástrica Equina, conhecida pela sigla EGUS (do inglês Equine Gastric Ulcer Syndrome), é uma condição comum em cavalos e potros, causada por desequilíbrios entre os agentes agressivos presentes no estômago e os mecanismos naturais de proteção da mucosa gástrica.
Como se desenvolvem as úlceras gástricas em cavalos
O estômago dos equinos é dividido em duas regiões:
- Parte aglandular, mais suscetível a lesões por não possuir defesas próprias contra a acidez;
- Parte glandular, que conta com mecanismos fisiológicos de proteção, mas que também pode ser afetada em condições adversas.
Diversos fatores favorecem o desenvolvimento da EGUS, como:
- Alimentação inadequada (baixa em fibras e alta em concentrados);
- Longos períodos de jejum;
- Estresse por confinamento, transporte ou competições;
- Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
Sinais clínicos e diagnóstico
De acordo com a médica-veterinária Camila Senna, coordenadora técnica de equinos da Ceva Saúde Animal, os sinais da úlcera gástrica podem variar de sutis a evidentes, incluindo:
- Redução do apetite;
- Perda de peso;
- Queda no desempenho atlético;
- Bruxismo (ranger de dentes);
- Salivação excessiva;
- Desconforto abdominal;
- Cólica recorrente.
Em potros, é comum observar inquietação durante a alimentação e frequência maior em se deitar após mamar.
Prevenção baseada no manejo alimentar e ambiental
A principal forma de prevenção da EGUS está no manejo adequado da dieta e do ambiente dos animais. Camila destaca que equinos são adaptados ao pastejo contínuo, o que favorece a produção de saliva e ajuda a neutralizar o ácido gástrico.
Medidas recomendadas incluem:
- Fornecimento de volumoso de boa qualidade (feno ou pastagem) ao longo do dia;
- Inclusão de alfafa, que possui maior capacidade tamponante;
- Fracionamento das refeições;
- Redução no uso de concentrados;
- Minimizar situações estressantes e permitir tempo para pastagem ou recreação.
Tratamento: omeprazol como principal aliado
Se a prevenção não for suficiente e o animal já apresentar lesões gástricas, o tratamento com medicamentos se faz necessário. O omeprazol é o fármaco mais indicado por ser um potente inibidor da bomba de prótons, capaz de reduzir a acidez estomacal e promover a cicatrização da mucosa.
Produtos específicos para equinos, como o Gastrozol® Pasta, garantem maior eficácia devido à absorção adequada e praticidade na administração oral. Essa formulação facilita a dosagem correta e proporciona alívio rápido dos sintomas, contribuindo para a recuperação do animal.
“O uso do omeprazol é especialmente indicado para cavalos atletas, que enfrentam fatores estressantes com frequência”, destaca a especialista.
Abordagem integrada é essencial para o sucesso
A eficácia do tratamento depende da associação entre o uso de medicamentos, ajustes na alimentação e no manejo ambiental. A supervisão de um médico-veterinário é fundamental para garantir a recuperação completa e manter a saúde digestiva dos equinos.
O bem-estar e o desempenho dos animais estão diretamente ligados a um sistema digestivo equilibrado — e isso começa com práticas preventivas, manejo adequado e acompanhamento profissional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Leite/Cepea: ‘Média Brasil’ fecha junho a R$ 2,6474/litro

Divulgação
Levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em junho fechou a R$ 2,6474/litro na “Média Brasil”.
Agentes do mercado seguem relatando que a oferta, no momento, supera a demanda, o que tende a pressionar as cotações. O ICAP-L (Índice de Captação do Leite) subiu 3,31% de maio para junho na “Média Brasil”. Esse avanço continua sendo explicado pelos maiores investimentos dos produtores na atividade.
Pesquisas do Cepea mostram que, mesmo com a alta de 0,55% no Custo Operacional Efetivo (COE) de junho na “Média Brasil”, os insumos voltados à nutrição do rebanho apresentaram recuo de 0,37%.
Se, de um lado, os preços no campo estão caindo por conta do aumento da oferta, de outro, a demanda por lácteos não tem crescido pari passu a ponto de sustentar as cotações. Em junho, o mercado de derivados registrou comportamentos distintos a depender do produto, com baixas para o leite em pó, alta para muçarela e estabilidade para o UHT. Os resultados evidenciam o momento delicado do setor lácteo, marcado pela dificuldade em equilibrar a oferta de matéria-prima e a demanda por derivados.
Fonte: Assessoria Cepea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Mato Grosso4 dias atrás
Seciteci abre inscrições para cadastro de reserva e contratação de professores
-
Mato Grosso4 dias atrás
Setasc promove Encontro Técnico para Cuidadores do Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias
-
Transporte3 dias atrás
Polícia Civil prende homem condenado por lesão corporal no contexto de violência doméstica
-
Mato Grosso3 dias atrás
Jogos reúnem povos indígenas de Mato Grosso em território Erikpatsa até domingo (17)
-
Transporte3 dias atrás
Polícia Civil desarticula grupo criminoso que movimentou mais de R$ 185 milhões com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
-
Transporte3 dias atrás
Polícia Civil cumpre mandados de prisão e retira dois criminosos condenados de circulação em Rondonópolis
-
Mato Grosso3 dias atrás
Seciteci realiza 432 atendimentos na 1ª Semana da Cultura Científica de Torixoréu
-
Agronegócio2 dias atrás
Safra de grãos 2024/25 é estimada em 345,2 milhões de toneladas com recorde na produção de milho e soja