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Aplicativo gratuito ajuda produtores a reduzir defensivos em lavouras na Bahia

Foto: Nelson Suassuna
De olho no smartphone, produtores de algodão e soja do Oeste da Bahia podem diminuir o uso de defensivos, reduzindo o custo de produção e o risco de danos ao meio ambiente. Na tela do celular, ou do computador, uma ferramenta mostra quando é realmente necessário aplicar produtos na lavoura, combinando dados climáticos e estatísticas de ocorrência de duas ameaças às culturas: a mancha-da-ramulária do algodoeiro e a ferrugem asiática da soja.
Desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a ferramenta funciona por meio de um aplicativo e de uma plataforma online. Chamada de MonitoraOeste, a tecnologia inicialmente contemplava apenas informações sobre as duas doenças causadas por fungos, cujos prejuízos às lavouras podem superar 75%. Depois, passou a reunir informações também sobre a principal praga da cotonicultura, o bicudo, capaz de reduzir as colheitas em até 87%.
A Abapa monitora a presença das três doenças no campo, inclusive por meio de armadilhas. Todos os dados desses levantamentos são inseridos no MonitoraOeste, o que permite ao produtor visualizar rapidamente, no celular, como está o nível de ocorrência das doenças e do bicudo em sua localidade. O sistema também gera notificações de cada nova ocorrência registrada e reúne dados de estações meteorológicas instaladas na região. Com essas informações, a tecnologia usa um modelo matemático que as analisa e gera mapas de favorabilidade. Eles indicam, em tempo real, se há probabilidade de as doenças surgirem e se desenvolverem a cada período.
Os dados permitem aos produtores decidir quando aplicar ou não defensivos, a partir das condições locais. O pesquisador da Embrapa Territorial (SP) Julio Cesar Bogiani explica que três fatores são necessários para a proliferação de doenças nas lavouras: presença do agente causador, dos hospedeiros (as plantas) e condições climáticas favoráveis. O que o MonitoraOeste faz é reunir dados e transformá-los em informações sobre essas condições para mostrar quando o ambiente está mais propício ao desenvolvimento das doenças. Assim, ajuda o produtor a tomada de decisões.
Sem essas informações, os agricultores acabam adotando um calendário fixo definido pelos fabricantes de produtos. Com os índices de favorabilidade fornecidos pelo aplicativo, eles conseguem fazer aplicações de forma mais racional. Em anos com baixa probabilidade de ocorrência das doenças, podem reduzir uma, duas ou mais aplicações, mantendo a eficiência do controle fitossanitário, detalha o pesquisador. Bogiani ainda chama a atenção para a disponibilização de dados em tempo real, característica fundamental do MonitoraOeste para a assertividade na decisão do produtor.
Menor impacto ambiental com redução de emissões
O MonitoraOeste pode ser utilizado gratuitamente por agricultores da região. “Estamos levando essa funcionalidade do aplicativo para todos da cadeia produtiva, mostrando que eles devem baixar para consultar a qualquer momento”, anuncia o gerente do programa fitossaniário da Abapa, Antônio Carlos Araújo. Ele destaca a utilidade de ter, na palma da mão, mapas como o da ocorrência do bicudo do algodoeiro, para saber quando agir, evitando prejuízos, seja uma infestação da lavoura por falta de ação quando necessário seja pelo desperdício de produtos aplicados em momento inadequado.
Há outros benefícios também como o aumento da produtividade e a redução do potencial de resistência dos fungos causadores das doenças aos fungicidas. Técnicos da Abapa, ouvidos pela Embrapa no processo de avaliação do impacto da tecnologia, enfatizaram a contribuição dela para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e para a conservação de habitats e recursos genéticos. A redução no número de aplicações de defensivos reduz o uso de maquinários movidos a combustíveis fósseis e reduz o risco de contaminação de ambientes e pessoas.
A pesquisadora da Embrapa Celina Maki Takemura destaca a rede de pessoas envolvidas como ponto forte do produto. “Produtores, técnicos, pesquisadores e instituições trocando informação, ajudando-se mutuamente e mantendo o sistema funcionando. Essa colaboração constante é o que mantém a ferramenta viva e relevante. Não é só um aplicativo — é um esforço coletivo”, observa. “O projeto nasceu de uma demanda real do campo e continua sendo construído junto com quem usa. Isso faz diferença”, complementa a cientista.
“Ficou evidente a importância que os técnicos entrevistados atribuem ao sistema”, avalia o pesquisador Juan Diego Ferelli de Souza, da área de Transferência de Tecnologias da Embrapa Territorial. “O relatório de avaliação de impactos do Monitora Oeste demonstra a importância de soluções práticas e confiáveis para auxiliar os produtores rurais, apoiando o processo de tomada de decisões e contribuindo para o aumento da produtividade e para a redução dos custos e dos riscos da produção”.
Como funciona o MonitoraOesteO sistema possui duas versões: aplicativo mobile, disponível para os sistemas operacionais Android e iOS, e plataforma para visualização de dados em um sistema de informações geográficas (WebGIS), acessível em computadores e tablets. O usuário realiza consultas online por município, tipo de cultivo e núcleo fitossanitário, obtendo mapas e gráficos que podem ser baixados. Pelo WebGIS, as imagens são fornecidas em maior resolução. Cadastrando-se no sistema, o agricultor recebe no celular alertas em tempo real sobre ocorrências de doenças que configuram riscos às lavouras em sua propriedade. Além disso, as notificações incluem condições climáticas favoráveis à presença e dispersão de patógenos, facilitando decisões rápidas e assertivas. Estão disponíveis consultas de informações agrometeorológicas, como mapas de índice de vegetação por diferença normalizada (Normalized Difference Vegetation Index, NDVI), albedo, evapotranspiração e biomassa, que auxiliam no planejamento agrícola. A coleta de dados é realizada por uma rede que integra estações meteorológicas locais e armadilhas caça-esporos instaladas em 13 pontos estratégicos. O sistema utiliza modelos matemáticos específicos para cada doença: o modelo para ferrugem asiática foi adaptado a partir de estudos do Consórcio Antiferrugem, coordenado pela Embrapa Soja (PR), enquanto o modelo para mancha-da-ramulária foi ajustado com dados regionais pela Embrapa Algodão (PB). Os modelos permitem a geração de mapas de favorabilidade climática que indicam o momento ideal para a aplicação de defensivos, evitando desperdícios ou atrasos no controle. Além de ser fonte de informação para os agricultores, o MonitoraOeste também constitui um banco de dados para futuros estudos sobre as doenças e pragas, cujas ocorrências registra. Para acessar o WebGIS e o tutorial de uso, clique aqui. |
Parcerias
O MonitoraOeste é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica e Financeira entre a Embrapa, a Abapa e a Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento (Faped), com financiamento do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Também contribuem para a rede de usuários a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a Fundação Bahia, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e empresas de consultoria.
Sob liderança da Embrapa Territorial, o desenvolvimento da ferramenta integrou outras duas iniciativas da Empresa e parceiros no combate a essas duas ameaças: o Consórcio Antiferrugem, coordenado pela Embrapa Soja (PR), e a Rede de Pesquisa de Ramulária, que tem à frente a Embrapa Algodão (PB). Contou ainda com a parceria da Embrapa Agricultura Digital (SP) e da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE).
Vivian Chies (MTb 42.643/SP) – Embrapa Territorial
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Mauro manda reforçar fiscalização contra bebidas adulteradas em Mato Grosso após mortes em SP
foto: Só Notícias/Kelvin Ramirez/arquivo
O governador Mauro Mendes determinou, hoje, que as forças de Segurança intensifiquem a fiscalização em todo o Estado para combater a falsificação e adulteração de bebidas alcoólicas. A ordem foi dada como resposta preventiva aos casos registrados recentemente em outras regiões do país, especialmente em São Paulo, que registrou mortes por bebidas adulteradas com o uso da substância metanol.
“Emitimos um alerta para todas as forças de segurança. Esse é um crime grave, que coloca vidas em risco. Aqui em Mato Grosso, a resposta está sendo rápida e firme”, afirmou o governador.
Mauro registrou que ainda nesta semana a Polícia Civil e a Polícia Militar desarticularam um galpão clandestino em Nova Mutum, onde funcionava um esquema de falsificação de bebidas. No local, foram apreendidas garrafas adulteradas, tampas, rótulos e apetrechos usados para enganar o consumidor, além da prisão em flagrante de três envolvidos. A Politec realizou perícia no material apreendido e colabora com a apuração.
De acordo com o governador, a população também pode ajudar a combater esse crime por meio do disque-denúncia 181, com a garantia do sigilo absoluto. “Se você souber de algo parecido, denuncie. Ligue 181. É anônimo, não precisa se identificar, finalizou.
Redação Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Detran leva palestra sobre segurança no trânsito a estudantes de Cuiabá

Kamila Nascimento/Detran-MT
Nesta segunda-feira (22.9), servidores da Coordenadoria de Ações Educativas para o Trânsito do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) realizaram uma série de palestras na Escola Estadual Prof. Welson Mesquita de Oliveira, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. A unidade atende cerca de 1.600 alunos e recebeu a iniciativa como parte da programação da Semana Nacional do Trânsito.
Segundo a diretora de Educação e Fiscalização de Trânsito do Detran-MT, Adriana Carnevale, o objetivo foi sensibilizar os jovens para uma postura mais responsável nas vias. “Hoje estamos aqui na escola acompanhando uma ação educativa, um circuito de palestras com sete servidores da CAET, ensinando, alertando aos jovens sobre a percepção de risco e sensibilizando o respeito às normas de trânsito”, afirmou.
A ação contou com a participação da Gerência de Política sobre Drogas da Secretaria de Justiça de Mato Grosso. A assistente social Fátima Vieira do Prado destacou a importância de abordar também os riscos associados ao consumo de álcool e ao uso de cigarros eletrônicos. “Viemos fazer uma fala sobre drogas, no caso sobre a influência do álcool no trânsito, e também sobre o cigarro eletrônico, que é a droga mais utilizada por adolescentes no momento”, ressaltou.
O diretor da escola, Fábio Bernardo da Silva, avaliou positivamente a iniciativa. “É extremamente importante a visita do Detran nessas ações, na escola, na programação da Semana Nacional do Trânsito, para o processo de conscientização dos nossos estudantes e da comunidade. Para além da escola, o estudante vai levar essa aprendizagem, essa experiência vivida nesse momento, para seus familiares e responsáveis. Então ficamos felizes com a visita do Detran e sabemos que é de extrema importância a participação do Detran para um trânsito mais seguro, e uma educação que vai além do currículo convencional”, destacou.
A Semana Nacional de Trânsito segue até quinta-feira (25), com ações educativas promovidas pelos Detrans de todos os Estados do Brasil, visando reforçar a conscientização sobre a segurança viária no País.
Roberto Felippe Santiago | Detran-MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Controle parasitário em cavalos garante saúde, bem-estar e desempenho físico

Divulgação
A saúde e longevidade dos cavalos podem ser seriamente comprometidas por parasitas muitas vezes imperceptíveis, como vermes gastrointestinais e carrapatos. Esses organismos afetam diretamente o bem-estar dos animais, prejudicam seu desempenho e, em casos não tratados, reduzem significativamente a expectativa de vida.
De acordo com a zootecnista Paula Kawakami, coordenadora de produtos para grandes animais da Syntec, “os parasitas internos (endoparasitas), como vermes redondos, são comuns e perigosos. Eles se instalam no trato digestivo, causando cólicas, emagrecimento, anemia, diarreia e, em situações mais graves, até a morte”.
Impactos das infestações crônicas no desempenho do animal
Infestações persistentes comprometem o sistema imunológico, tornando os cavalos mais suscetíveis a doenças. Cavalos infectados apresentam fadiga precoce, perda de massa muscular e dificuldade de recuperação após exercícios, o que prejudica não apenas a rotina diária, mas também o desempenho em competições.
“Sem um controle adequado, os danos se acumulam ao longo do tempo, afetando órgãos vitais e encurtando a vida do animal. Em haras e centros de treinamento, a falta de programas preventivos eficazes pode gerar prejuízos econômicos consideráveis, devido à queda no rendimento e ao aumento nos custos com tratamentos”, alerta Paula Kawakami.
Estratégias de controle parasitário para cavalos
O controle eficaz requer uma abordagem integrada, que inclui:
- Vermifugação regular;
- Exames de fezes periódicos;
- Manejo sanitário das pastagens;
- Higienização adequada das baias;
- Controle de vetores.
Segundo a especialista, é essencial que criadores, proprietários e treinadores consultem um médico-veterinário para definir protocolos de vermifugação adaptados à realidade de cada animal e propriedade.
Produtos indicados para controle e tratamento de parasitas
Para auxiliar no manejo parasitário, a Syntec disponibiliza produtos de ampla eficácia:
- Anequim Plus: antiparasitário oral à base de Oxibendazol e Triclorfon, indicado para o tratamento e controle de adultos, larvas e ovos dos principais parasitas que acometem equinos.
- Equimectin: antiparasitário oral à base de Ivermectina, seguro e eficaz, recomendado para o tratamento e controle das principais vermes que afetam os cavalos.
A utilização adequada desses produtos, aliada a práticas de manejo corretas, garante mais saúde, bem-estar e desempenho físico para os equinos, além de prevenir prejuízos econômicos para criadores e treinadores.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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