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Agricultura

Candidato a diretor do IICA, ex-ministro do Uruguai defende papel de liderança do Brasil no agro

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Foto: IICA

Os ministros da Agricultura das Américas se reúnem em Brasília, entre os dias 3 e 5 de novembro, para escolher o novo diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), órgão que reúne 34 países do continente e atua há mais de 80 anos na formulação de políticas e projetos voltados ao desenvolvimento sustentável do setor.

Um dos candidatos ao cargo é Fernando Matos, ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Associação Rural do Uruguai. Em entrevista ao Rural Notícias, do Canal Rural, Matos destacou a importância da integração entre os países das Américas e o papel de liderança do Brasil no avanço tecnológico do agronegócio.

“O IICA é uma organização multilateral especializada na cooperação para a agricultura, assistência técnica e financiamento de projetos. É um órgão com 83 anos de existência e um papel estratégico na segurança alimentar global”, afirmou.

Potencial das Américas e papel do Brasil

Segundo Matos, o continente americano é o que mais reúne condições para expandir de forma sustentável a produção de alimentos no mundo.

“Temos solo fértil, água doce em abundância, clima favorável e produtores qualificados. O hemisfério ocidental tem um papel central na segurança alimentar global”, destacou.

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O candidato uruguaio também ressaltou que o Brasil é peça-chave nesse processo, principalmente pela expertise desenvolvida na agricultura tropical e pelos avanços da Embrapa.

“O Brasil é exemplo de sucesso, com evolução tecnológica que o colocou entre os principais produtores e exportadores do mundo. A cooperação brasileira, especialmente em pesquisa e inovação, pode transformar a agricultura em outros países das Américas”, afirmou.

Desafios globais e foco em tecnologia

Matos lembrou que o mundo enfrentará um grande desafio nas próximas décadas: produzir mais com menos recursos.

“A população global deve passar de 8 para 10 bilhões de pessoas, o que exigirá entre 50% e 60% mais alimentos, biocombustíveis e fibras. Isso só será possível com tecnologia, pesquisa e sustentabilidade”, avaliou.

O ex-ministro também defendeu a necessidade de reduzir desigualdades regionais e fortalecer a cooperação diante dos efeitos das mudanças climáticas e dos riscos sanitários.

“A paz do mundo dependerá do que fizermos para fortalecer as cadeias produtivas e garantir o abastecimento de alimentos”, concluiu.

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A eleição do novo diretor do IICA ocorre durante a Conferência de Ministros da Agricultura das Américas, em Brasília. Dos 34 países membros, 32 terão direito a voto, já que Venezuela e Nicarágua estão temporariamente impedidas de participar do processo.

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Agricultura

Halloween, festa da colheita que virou tradição mundial

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Foto: Pixabay

Poucos sabem, mas o Halloween tem mais a ver com o campo do que com fantasmas. Antes das bruxas e das abóboras iluminadas, existia o Samhain, festival celta que marcava o fim da colheita e o início do inverno. Era um tempo de transição: as colheitas se encerravam, o gado voltava dos pastos e o povo agradecia à terra pelos frutos do ano, pedindo proteção para o frio que se aproximava.

As fogueiras acesas nas colinas simbolizavam a renovação do ciclo e a purificação da comunidade. Com a chegada da noite mais longa do ano, acreditava-se que o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornava mais fino, e daí nasceu a tradição de acender luzes para afastar os maus espíritos.

Séculos depois, quando o festival atravessou o Atlântico com os colonos europeus, os antigos nabos esculpidos se transformaram em abóboras, fruto abundante nas fazendas norte-americanas. A “Jack O’Lantern” (abóbora esculpida), hoje símbolo mundial do Halloween, é uma herança direta do campo.

O milho, o espantalho e até o costume de oferecer “doces ou travessuras” têm origem agrícola. Nos vilarejos medievais, camponeses pediam bolos e alimentos em troca de orações pelos mortos, uma forma de redistribuir o que sobrava da colheita.

O que era um ritual de gratidão e sobrevivência virou espetáculo urbano, mas a essência permanece: o Halloween celebra o fim de um ciclo de produção e o começo de outro. É o momento em que o homem olha para o que a terra deu, se despede do verão e se prepara para o inverno.

No Brasil, mesmo que a festa tenha outro significado, ela guarda uma lição importante para o agro: tudo nasce, floresce e morre num ciclo que depende do trabalho humano e da generosidade da terra. Por trás de cada abóbora decorada, há uma história ancestral de quem planta, colhe e agradece.

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*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.

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Agricultura

Mitos e verdades sobre o frango: ‘Não se deve lavar antes do preparo’, alerta nutricionista

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Foto: Freepik

Os preços do frango se aproximam dos níveis pré-gripe aviária, impulsionados pela retomada das exportações e pelo aumento do consumo interno. Enquanto a União Europeia voltou a importar a carne brasileira, a China mantém restrições. Além do impacto econômico, a nutricionista Fabiana Borrego esclarece dúvidas sobre o preparo e os benefícios nutricionais.

Um dos principais alertas é que não se deve lavar o frango antes do preparo, pois isso pode espalhar bactérias como a salmonela pelo ambiente. O ideal é temperar e cozinhar diretamente, seja o frango comprado resfriado ou congelado.

Quanto ao congelamento, a nutricionista orienta que o frango resfriado pode ser congelado cru sem problemas. Já o congelado deve ser descongelado na geladeira antes do preparo e só pode ser recongelado após cozido, nunca cru. Esse cuidado ajuda a reduzir a proliferação de bactérias.

Cortes mais saudáveis

Sobre os cortes mais saudáveis, o peito de frango é o mais magro, com menor teor de gordura. Ele contém cerca de 23 g de proteína a cada 100 g cozidos, valor superior a muitos suplementos proteicos do mercado, tornando-se uma excelente opção para quem busca dieta rica em proteína.

Já a pele do frango aumenta o teor calórico e deve ser consumida com moderação. Coxas e sobrecoxas também têm mais gordura e calorias em comparação ao peito.

Formas de preparo

A nutricionista reforça que o frango é uma carne versátil, de alto valor biológico, rica em proteínas facilmente absorvíveis, e que pode ser preparado de diversas formas: grelhado, assado, na air fryer ou até empanado, dependendo da preferência de calorias e sabor.

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Para conservar a suculência, recomenda-se o uso de molhos, como o de laranja, que deixam o frango mais molhadinho e saboroso.

Segundo Fabiana Borrego, a criatividade na cozinha é o principal ingrediente. “O frango é uma carne muito versátil, muito proteica, muito saudável, e vai da nossa imaginação como vamos querer prepará-lo”, afirma.

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Agricultura

Alta do petróleo dá impulso à soja e agita o mercado brasileiro

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Foto: Arquivo Canal Rural, aperfeiçoada por IA

Após uma semana marcada por calmaria e poucos negócios, o mercado brasileiro de soja registrou maior movimentação na quinta-feira (23). Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Rafael Silveira, a alta do petróleo refletiu no complexo soja e estimulou a negociação no mercado físico.

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A Bolsa de Chicago fechou em forte alta, impulsionada pela valorização do óleo de soja, consequência da elevação do preço do petróleo após sanções de Donald Trump contra o petróleo russo. “China e Índia, grandes compradores do petróleo russo, deverão buscar novos fornecedores para evitar penalidades no sistema bancário ocidental SWIFT”, explica Silveira.

Esse movimento visa reduzir a principal fonte de financiamento da Rússia e limitar sua capacidade de sustentar o conflito na Ucrânia.

O dólar recuou frente ao real no Brasil, impulsionado pela entrada de capitais estrangeiros. O real se beneficiou da liquidez global e da demanda por moedas de economias emergentes, segundo o analista.

Mercado físico

No mercado físico, a alta dos preços internacionais impulsionou a comercialização, especialmente para prêmios de outubro e novembro, que ficaram entre US$ 1,60 e US$ 1,75 por bushel (novembro) e US$ 1,50 e US$ 1,70 (dezembro) nos portos de referência. Para a safra nova, os prêmios não registraram variações, mantendo a movimentação mais tímida.

Números de soja pela Abiove

Nesta semana, a Abiove divulgou sua nova projeção para o balanço de oferta e demanda do complexo soja em 2026, apontando números recordes. A produção de soja está estimada em 178,5 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento deve alcançar 60,5 milhões de toneladas. O farelo de soja deve chegar a 46,6 milhões de toneladas e o óleo de soja a 12,1 milhões de toneladas.

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Nas exportações, a expectativa é de 111 milhões de toneladas de grãos exportados, com 24,6 milhões de toneladas de farelo e cerca de 1 milhão de toneladas de óleo, recuo de 25,9%. Espera-se também um leve aumento nas importações de óleo de soja, que devem atingir 125 mil toneladas, enquanto as importações de soja devem somar 500 mil toneladas para suplementar o mercado interno.

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