Agronegócio
Tecnologia eleva precisão e gestão na produção de ovos

“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão” – Foto: Pixabay
A incorporação de inteligência artificial à rotina produtiva tem ampliado o desempenho de uma granja de postura que lida diariamente com grande volume de dados operacionais. A tecnologia passou a reunir informações essenciais de ambiente, consumo e manejo, permitindo ajustes rápidos e seguros no processo produtivo.
Com produção de 140 mil ovos por dia, a Granja São Marcos adotou o sistema desenvolvido pela ALLTIS, que integra sensores para controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos. A empresa estima ganhos operacionais de até 90% com o pacote que inclui leitura de temperatura, umidade, água, ração, indicadores de mortalidade e bem-estar animal. A ALLTIS também firmou parceria societária com a MCassab Nutrição e Saúde Animal.
“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.
A São Marcos, fundada em 1983, migrou da criação de frangos vivos para a produção de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos distribuídos em seis estados. Com 170 mil aves, buscou digitalizar processos diante das exigências de gestão e certificação. A granja utiliza quatro soluções da ALLTIS, entre elas o sistema que conta ovos com 99,9% de precisão e a gestão automática de silos, que substituiu verificações manuais antes sujeitas a risco e imprecisão.
A estratégia inclui monitoramento contínuo para decisões mais rápidas, rastreabilidade e planejamento preventivo. Novos avanços estão previstos, como a automatização da contagem por tamanho e coloração, que deve reduzir erros e orientar ajustes finos no manejo.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Jantar reúne produtores e celebra a qualidade da carne ovina dos Campos de Cima da Serra

Foto: Sheila Flores
A tradição, a união dos produtores e o compromisso com a qualidade marcaram o 3º Jantar da Ovinocultura dos Campos de Cima da Serra, realizado no sábado (29/11), em São Francisco de Paula. O evento, organizado pela Emater/RS-Ascar em parceria com o Grupo de Criadores de Ovinos dos Campos de Cima da Serra, reuniu famílias rurais, técnicos, lideranças e consumidores em uma noite dedicada a valorizar a produção regional de cordeiros.
O encontro, que já se consolida no calendário de eventos da região, teve como foco o fortalecimento da cadeia produtiva e a divulgação das potencialidades da ovinocultura local. Doze tipos diferentes de pratos à base de carne ovina, preparados com cortes especiais pela equipe da Emater/RS-Ascar e seus parceiros, mostraram ao público a versatilidade e o sabor diferenciado do cordeiro produzido nos Campos de Cima da Serra.
Na ocasião, a extensionista rural social da Emater/RS-Ascar, Sandra de Moraes, destacou a importância da iniciativa para ampliar a visibilidade do setor e incentivar novos produtores. “O jantar visa fortalecer a cadeia produtiva da ovinicultura dos Campos de Cima da Serra e mostrar que os cordeiros produzidos na região são de qualidade superior, resultado direto do nosso campo nativo, do relevo e do clima característico da região. Tudo isso influencia de forma muito positiva no sabor e na maciez da carne”, ressaltou.
A edição deste ano também celebrou os 10 anos do Grupo de Criadores de Ovinos dos Campos de Cima da Serra (Crocs). Atualmente, a organização formada por produtores recebe apoio técnico da Emater/RS-Ascar, Senar, Sebrae e Farsul, fortalecendo ainda mais o desenvolvimento da atividade na região.
O jantar contou com o apoio de diversas entidades comprometidas com o crescimento da ovinocultura regional, entre elas: Prefeitura de São Francisco de Paula, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Associação Rural, Banrisul, Sicredi, Sicoob, Sindicato Rural, Farsul, Senar, Sebrae, CTG Rodeio Serrano e Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A programação encerrou com um baile comemorativo, celebrando a confraternização entre os participantes e marcando de forma festiva mais um capítulo da história da ovinocultura nos Campos de Cima da Serra.
EMATER/RS
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Mercado de cacau deve registrar superávit na safra 2025/26

Foto: Divulgação
O mercado global de cacau caminha para concluir 2025 em um processo de ajuste dos fundamentos, após dois anos marcados por restrições de oferta e preços recordes. Segundo análises do Relatório de Mercado do Cacau da Hedgepoint, há expectativa de superávit próximo de 305 mil toneladas na safra 2025/26, resultado da recomposição parcial da produção mundial e da retração da demanda nas principais regiões consumidoras. “Apesar da melhora no balanço, o ambiente segue de alta volatilidade, sensível a fatores climáticos, financeiros e logísticos”, afirma Carolina França, analista de inteligência de mercado da Hedgepoint.
A oferta global apresenta sinais de recuperação. A Costa do Marfim conseguiu reverter atrasos nas entregas, enquanto Gana mantém a produção sob risco devido à incidência de doenças em lavouras envelhecidas. O Equador reforça seu papel como principal vetor de crescimento, apoiado por condições climáticas favoráveis e investimentos contínuos, com projeção de 570 mil toneladas e viés de alta. Mesmo assim, os estoques seguem abaixo da média histórica, o que mantém a volatilidade elevada.
Do lado da demanda, o movimento é desigual entre as regiões. A União Europeia registrou queda nas importações e retração na moagem, influenciada pela demanda enfraquecida e pelos preços altos. Na Ásia, a redução foi ainda mais intensa, especialmente na Malásia. Já a América do Norte apresentou aumento nas importações líquidas, impulsionado principalmente por amêndoas. “A remoção de tarifas sobre produtos do Equador pelos Estados Unidos tende a intensificar ajustes nos fluxos comerciais da commodity”, diz França.
O cenário macroeconômico também favorece uma leitura mais construtiva para o setor. O Banco Central Europeu manteve as taxas de juros inalteradas pela terceira reunião consecutiva. Além disso, o cessar-fogo em Gaza e a diminuição das tensões tarifárias entre Estados Unidos e China reduziram riscos no ambiente global. Para a analista, nos Estados Unidos, a cautela em relação a indicadores de inflação e emprego não altera, por ora, a expectativa de estabilidade monetária no curto prazo.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Tilápia impulsiona 600 mil empregos e já representa 68% da produção aquícola no Brasil

Divulgação
Tilápia lidera a aquicultura brasileira e ganha espaço global
A tilápia se consolidou como o principal peixe cultivado no Brasil, representando 68% da piscicultura nacional em 2024. Segundo dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), o país produziu 660 mil toneladas da espécie no ano e deve ampliar essa participação para 80% até 2030.
O desempenho coloca o Brasil entre os maiores produtores mundiais de tilápia, destacando sua importância econômica e social.
“A tilápia foi a proteína animal que mais cresceu nos últimos 11 anos. Ela fortalece o produtor, dinamiza a indústria e atende um consumidor cada vez mais exigente em saúde e qualidade alimentar”, afirma Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR.
Setor gera mais de 600 mil empregos no país
Com presença em mais de 110 mil propriedades rurais, a tilapicultura é uma atividade predominantemente familiar, composta por cerca de 98% de pequenos produtores. A cadeia produtiva movimenta mais de 600 mil empregos diretos e indiretos, sendo um importante vetor de desenvolvimento regional e social.
Os principais polos de produção estão localizados no Oeste do Paraná, na região dos Grandes Lagos (SP e MS), em Morada Nova de Minas (MG) e em diversas áreas de Santa Catarina.
Medeiros ressalta que o avanço do setor já coloca o Brasil em posição de destaque no cenário internacional.
“O país deve encerrar esta década como o terceiro maior produtor mundial de tilápia, muito próximo do segundo lugar. Os investimentos em genética, nutrição e processamento já sustentam essa projeção”, destaca o executivo.
Regulação e competitividade ainda são desafios
Apesar do crescimento expressivo, o setor ainda enfrenta entraves regulatórios que afetam sua competitividade frente a outras cadeias de proteína animal, como aves e suínos.
“A tilapicultura é hoje uma das atividades mais reguladas do país. Para que continue avançando, é essencial reduzir a burocracia e buscar isonomia com outros setores do agronegócio”, reforça Medeiros.
A Peixe BR defende que a simplificação de processos e o fortalecimento da governança pública podem impulsionar ainda mais a produção e a geração de renda no campo.
Sustentabilidade e futuro promissor para o setor
Reconhecida por ser uma atividade de baixo impacto ambiental, a tilapicultura contribui para o desenvolvimento sustentável da produção de alimentos no Brasil. Além de gerar emprego e renda, a criação de tilápia demanda menos recursos hídricos e tem alta eficiência na conversão alimentar, o que a torna uma alternativa estratégica para atender ao crescimento global da demanda por proteína animal.
Com investimentos contínuos em inovação, manejo e tecnologia, o Brasil se consolida como um dos protagonistas globais da aquicultura, reforçando o papel da tilápia como símbolo de produtividade, sustentabilidade e inclusão no campo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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