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Agricultura

Clima seco aumenta preocupações e impacta preços da mandioca

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Divulgação

O clima seco que predomina na maioria das regiões produtoras de mandioca pesquisadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) tem gerado preocupações entre os agentes do setor. Mesmo diante desse cenário adverso, muitos produtores continuaram com as atividades de plantio na última semana. No entanto, a colheita foi reduzida em áreas onde a umidade do solo está mais baixa, comprometendo a oferta da raiz.

Essa diminuição na colheita resultou em uma menor oferta de mandioca, o que, por sua vez, intensificou a disputa pela matéria-prima. Como consequência, os preços da raiz mantiveram-se em alta, refletindo a escassez do produto no mercado. As fecularias, por sua vez, enfrentaram dificuldades para realizar o esmagamento, apesar da demanda enfraquecida por parte das farinheiras.

A continuidade do clima seco pode agravar ainda mais a situação, impactando a produção e os preços da mandioca. Produtores e indústrias estão em alerta, monitorando de perto as condições climáticas e ajustando suas estratégias para lidar com os desafios impostos pela falta de umidade nos solos.

Este cenário destaca a importância de práticas de gestão de risco e de técnicas de irrigação adequadas para minimizar os efeitos das condições climáticas adversas na produção de mandioca. Além disso, a colaboração entre produtores e indústrias é essencial para garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva e a estabilidade dos preços no mercado.

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Fonte: CenárioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Embrapa lança mapas de risco climático para a produção de alface no Brasil

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Foto: Seane Lennon

Plantar alface em campo aberto no Brasil poderá se tornar um grande desafio nas próximas décadas. Essa é a principal conclusão dos mapas de risco climático para a produção de alface no país, elaborados por pesquisadores da Embrapa Hortaliças (DF), com base em projeções do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e em modelos utilizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Os mapas serão lançados no próximo dia 16 de novembro, às 16h30, na Arena AgriTalks da AgriZone, a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA). Eles revelam que, até o fim do século, quase todo o território brasileiro apresentará risco alto ou muito alto para o cultivo da hortaliça mais consumida pelos brasileiros.

Os mapas são ativos cartográficos elaborados com base em dois cenários climáticos: um otimista, com controle parcial das emissões de gases de efeito estufa, e outro pessimista, em que as emissões seguem crescendo até 2100. As temperaturas máximas projetadas para o verão, que podem ultrapassar 40°C em boa parte do país, indicam condições cada vez mais desfavoráveis ao cultivo tradicional da alface — uma hortaliça que exige clima ameno para o seu pleno desenvolvimento. O calor extremo pode provocar florescimento precoce, queima das folhas e morte das plantas, comprometendo a produtividade e a qualidade.

Segundo o engenheiro-ambiental Carlos Eduardo Pacheco, pesquisador da Embrapa Hortaliças, os mapas de risco climático oferecem uma ferramenta estratégica para antecipar impactos e orientar ações de pesquisa e adaptação dos sistemas produtivos. “Compreender como as mudanças climáticas podem afetar a produção de alface em um país tropical como o Brasil é essencial para garantir segurança alimentar e reduzir prejuízos futuros. Os dados evidenciam a urgência de repensar os sistemas produtivos das hortaliças, especialmente nas estações mais críticas”, destaca o pesquisador.

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As projeções indicam que, mesmo no cenário mais otimista, cerca de 97% do território nacional apresentará risco climático alto ou muito alto para o cultivo da alface até o final do século. Para enfrentar esse panorama, a Embrapa tem intensificado pesquisas em duas frentes principais:

– o melhoramento genético de cultivares mais tolerantes ao calor, como as alfaces BRS Mediterrânea e BRS Leila;

– e o desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis e adaptados ao clima, como o plantio direto de hortaliças, a compostagem e o uso de ambientes protegidos.

Essas estratégias visam garantir a sustentabilidade e a continuidade da produção diante dos efeitos das mudanças climáticas.

Os mapas de risco climático integram um estudo de vanguarda sobre inteligência climática aplicada às hortaliças e estão disponíveis na Geoinfo, plataforma de gestão da informação geoespacial da Embrapa.

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De acordo com o pesquisador, é preciso observar esses mapas como ferramentas estratégicas para o delineamento de novas pesquisas e políticas públicas em resposta à crise climática. Além disso, o material pode subsidiar a tomada de decisão de técnicos e produtores sobre melhores regiões e épocas de plantio; apoiar órgãos governamentais na elaboração de políticas públicas; e auxiliar instituições financeiras na avaliação de riscos da produção no crédito agrícola.

AGROLINK & ASSESSORIA

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Brasil lidera transição para controle biológico no agro

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Foto: Pixabay

O controle biológico tem se consolidado como uma estratégia eficaz e sustentável para o manejo de pragas na agricultura brasileira. Com aplicações em diferentes culturas e biomas, a prática alia ciência, eficiência e preservação ambiental — e tem conquistado espaço no planejamento de safras em todo o país.

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o número de produtos biológicos registrados vem registrando crescimento expressivo nos últimos anos. A tendência acompanha a demanda crescente por sistemas produtivos de menor impacto e maior resiliência.

Alternativa viável e eficaz

Ao utilizar organismos vivos como fungos, bactérias, vírus ou insetos predadores, o controle biológico busca restabelecer o equilíbrio ecológico entre pragas e seus inimigos naturais. Essa abordagem pode ser aplicada tanto de forma preventiva quanto curativa, com vantagens como menor risco de resistência, ausência de resíduos tóxicos e compatibilidade com o manejo integrado de pragas (MIP).

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Em culturas como soja, milho, algodão, café e hortifrutícolas, bioinsumos já são amplamente adotados para o controle de lagartas, percevejos, ácaros e outras ameaças fitossanitárias. Em muitas áreas, eles têm substituído ou complementado o uso de Inseticidas químicos.

Crescimento impulsionado por políticas públicas

O Plano Nacional de Bioinsumos, lançado em 2020 pelo governo federal, tem sido uma das principais alavancas para a expansão do setor. A política visa fomentar pesquisa, inovação, produção e uso desses insumos na agricultura brasileira.

De acordo com o Mapa, o Brasil é hoje referência global em controle biológico, com ênfase na produção nacional de agentes microbianos, o que reduz custos e favorece a adaptação às condições tropicais. Além disso, o número de biofábricas — unidades especializadas na multiplicação de agentes biológicos — também vem crescendo, especialmente entre cooperativas e associações de produtores.

Apesar dos avanços, ainda há desafios para ampliar a adoção em larga escala. Entre eles, estão a necessidade de capacitação técnica, ajustes na legislação, armazenamento adequado dos produtos e maior integração com práticas já consolidadas no campo.

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Impacto direto na sustentabilidade do agro

O controle biológico contribui para uma agricultura de baixo carbono, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa associados à fabricação e aplicação de defensivos sintéticos. Também promove a saúde do solo e a preservação da biodiversidade — fatores essenciais para a longevidade dos sistemas produtivos.

AGROLINK – Aline Merladete

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Agricultura

Temperaturas baixas retardam maturação do pêssego

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Foto: Pixabay

O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quarta-feira (19) apontou atraso na colheita de pêssego na região administrativa de Caxias do Sul. Conforme o documento, a maturação está “pelo menos uma semana atrasada” devido às temperaturas abaixo do ideal. As variedades de ciclo precoce, como BRS Kampai, estão na fase final de colheita, enquanto PS 25399 (do cedo), Chimarrita, Fascínio e Charme seguem sendo colhidas. Segundo o informativo, os frutos apresentam “calibre médio a grande” nas áreas onde o raleio foi realizado.

A oferta ao consumidor está elevada nos mercados e fruteiras, com preços mais baixos. Nas feiras do produtor, os valores variam entre R$ 3,50 e R$ 7,00 por quilo. Em Caxias do Sul, a variedade PS 25399 está cotada a R$ 6,58/kg na Ceasa/Serra, enquanto frutos de menor calibre são vendidos a R$ 5,00/kg. Ainda na região, uma turma da Faculdade de Agronomia da UFRGS realizou visita técnica em Pinto Bandeira no dia 15 de novembro para observar a cultivar PS 10711 (PS do Tarde), que apresenta atraso no desenvolvimento. A situação, de acordo com o informativo, preocupa produtores quanto à oferta nas festas de fim de ano.

Na região de Pelotas, cultivares mais precoces, como Bonão e Citrino, já estão em produção e seguem para recebimento e processamento pelas indústrias. Os produtores mantêm os tratamentos fungicidas preventivos e a aplicação de iscas tóxicas para controle da mosca-das-frutas. O preço definido pela indústria de conservas é de R$ 2,10/kg para pêssego tipo I e R$ 1,85/kg para o tipo II.

AGROLINK – Seane Lennon

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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