Mato Grosso
Lei de Botelho amplia divulgação do Teste do Pezinho em MT
A Semana Estadual de Triagem Neonatal foi instituída pela Lei 12.584/2024, que chama atenção sobre importância do exame – Fotos: Vanderson Ferraz/arquivo
Mato Grosso deu um passo significativo na conscientização da população sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças detectáveis pelo Teste do Pezinho. Recentemente, foi sancionada a Lei 12.584/2024, de autoria do deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa do Estado. Esta lei estabelece a Semana Estadual de Triagem Neonatal – Teste do Pezinho, resultado de amplo debate com especialistas que atuam na saúde pública.
Objetivo é chamar a atenção por meio de campanhas educativas às necessidades de fazer o teste nos primeiros dias de vida do bebê. Proposta aclamada pelos profissionais de saúde, que participaram do 1º Encontro Mato-grossense de Triagem Neonatal – Teste Do Pezinho, realizado em junho desse ano, pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, em parceria com o Hospital Júlio Muller, na sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá.
Mês de junho
Dessa forma, anualmente, a primeira semana de junho será dedicada a dar ênfase ao Teste do Pezinho, com ciclo de atividades e cursos para reforçar o compromisso com a causa nas Unidades Básicas de Saúde e escolas.
As despesas com a campanha de divulgação será conforme dotações orçamentárias próprias do governo estadual. “O Teste do Pezinho é fundamental no período de ouro da criança (da gestação até dois anos de idade). Por isso, queremos atingir 100% dessa população com a realização do Teste do Pezinho. A conscientização é o melhor caminho”, explica Botelho.
Diagnóstico precoce
Com a imersão no assunto, a população será alertada também sobre as sanções previstas ao descumprimento do exame pelo responsável do bebê, além de ampliar a cobertura e reduzir a coleta inadequada, garantindo aos pacientes diagnosticados: acesso ao tratamento.
Se depender da gestante Marciley Valquíria de Pinho, o Teste do Pezinho para o Kaleb, está garantido. Após 13 anos da primeira filha, está atenta aos cuidados necessários do segundo filho. “Já me informei na Unidade Básica da Família do Parque Ohara, tem que fazer esse exame três a cinco dias após o nascimento. É muito importante a campanha nas redes sociais e escolas, mostrará para muitas mães desinformadas a importância do exame. Importante lei essa do deputado”.
Nova lei é aplaudida
O projeto recebeu apoio do pediatra da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e coordenador do Serviço de Referência em Triagem Neonatal, do Hospital Universitário Júlio Muller, Marcial Francis Galera.
“Foi uma grande conquista para dar mais visibilidade à causa da triagem neonatal”, afirmou Galera. Ressaltou que a nova lei é fruto do trabalho em equipe, que fez a articulação ao deputado.
Há duas décadas o Hospital Júlio Muller é referência no assunto, realizando o diagnóstico das seguintes doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênita, doença falciforme e outras alterações de hemoglobina, deficiência de biotina, hiperplasia adrenal congênita, fibrose cística e a toxoplasmose congênita.
A professora Vera Lúcia Fernandes Aragão Tanus, pedagoga da Triagem Neonatal – Teste do Pezinho, também comemora a sanção da nova lei. Ela destaca que somente em janeiro desse ano, 3.682 crianças fizeram o exame. Em 2023, foram 44.930 recém-nascidos, ou seja, 314.510 exames foram feitos para a análise de sete doenças detectáveis com o Teste do Pezinho.
“Estamos celebrando a criação da lei. Muita gratidão por esse movimento e por esse olhar sensível do deputado para essa pauta, que vai reforçar a nossa luta pela ampliação do número de doenças que podem ser detectadas através do Teste do Pezinho”, concluiu Vera Tanus, ao acrescentar que um jingle foi criado para a campanha.
ITIMARA FIGUEIREDO
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Carrefour pede desculpas, mas episódio está longe de ser encerrado
Alexandre Bompard
O pedido de desculpas do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, enviado ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta terça-feira (26.11), não foi suficiente para conter a indignação do setor agropecuário brasileiro.
A crise foi deflagrada após Bompard afirmar, no dia 20.11, que a carne do Mercosul não seria mais comercializada nas lojas francesas da rede, alegando que o produto não atendia aos padrões de qualidade exigidos pelo mercado europeu.
A declaração gerou reações imediatas no Brasil, com frigoríficos suspendendo o fornecimento de carne ao Carrefour no país e organizações do agronegócio se mobilizando contra o que classificaram como um ataque à reputação da pecuária brasileira. O impacto foi sentido rapidamente nas operações do Carrefour no Brasil, que representam 23% da receita global do grupo, cerca de R$ 116 bilhões anuais.
REAÇÕES – Apesar do ministro Carlos Fávaro ter considerado suficiente o pedido de desculpas e dado o caso por encerrado, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) anunciou que adotará medidas jurídicas na União Europeia contra o Carrefour e outras empresas francesas.
Segundo o presidente da CNA, João Martins, as acusações são infundadas. “Fomos surpreendidos pela atitude do Carrefour e outras empresas, que procuraram mostrar uma imagem de que a carne que estamos colocando na Europa não é de qualidade e não atende os padrões europeus. Isso não condiz com a verdade, tanto que o Brasil é o maior exportador de carne do mundo, atendendo mercados exigentes como Estados Unidos, Europa, Oriente Médio e Ásia”, declarou Martins em nota.
A entidade já acionou escritórios em Bruxelas para formalizar uma queixa junto às autoridades da União Europeia, alegando que as declarações podem configurar uma violação das regras de concorrência do bloco. Para Martins, a postura das empresas francesas é alinhada ao governo da França, evidenciada em recentes declarações da ministra da Agricultura daquele país.
Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), também criticou o pedido de desculpas do Carrefour, publicando em seu Instagram: “Depois de 5 dias… Após afirmar que a carne do Mercosul invade o mercado francês com produtos de baixa qualidade e que não atendem aos padrões do mercado francês. Após denegrir a imagem e reputação da pecuária brasileira. Após não ter mais fornecimento de carne nos supermercados do Carrefour e Atacadão no Brasil. Após sentir o prejuízo com o boicote do consumidor brasileiro. Após analisar o risco no mercado brasileiro, o maior mercado fora da França, com receitas de R$ 116 bilhões/ano, equivalente a 23% das vendas globais do grupo… Desculpa!?”
A senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, foi incisiva ao afirmar que o pedido de desculpas de Bompard não compensa os danos à imagem da carne brasileira. Em publicação na rede social X, ela declarou: “O pedido de desculpas não alivia em nada os prejuízos causados à imagem da carne brasileira e também não significa mudança do ponto de vista comercial”.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também reagiu, com um convite ao embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, para prestar esclarecimentos no Senado sobre o boicote francês e as barreiras ao acordo comercial Mercosul-União Europeia.
Embora o pedido de desculpas tenha sido recebido de forma positiva pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que considerou a retratação compatível com o perfil da maior varejista atuante no Brasil, o setor agropecuário segue dividido. “Em contraposição ao equívoco de sua primeira manifestação, a nova carta de Bompard faz jus à maior organização varejista atuante no Brasil”, afirmou a ABPA em nota.
A crise expõe tensões comerciais entre o Mercosul e a União Europeia, em um momento em que a ratificação do acordo de livre comércio entre os blocos já enfrenta dificuldades. Para o agronegócio brasileiro, a defesa da imagem da carne nacional vai além do episódio com o Carrefour, representando uma luta por mercados estratégicos e pela valorização do produto nacional no cenário internacional.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Câmara aprovou o marco regulatório para a produção e o uso de bioinsumos
Mato Grosso
Governo de MT paga salário dos servidores estaduais nesta sexta-feira (29)
Flávio Costa/Assessoria SEFAZ-MT
O Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), efetuará, nesta sexta-feira (29.11), o pagamento dos salários referentes ao mês de novembro para os servidores públicos estaduais. A folha de pagamento líquida soma R$ 717.663.525 milhões e abrange os servidores da administração direta e indireta do Poder Executivo.
Conforme informações da Secretaria Adjunta do Tesouro Estadual, deste montante, R$ 497.801.915 milhões serão destinados ao pagamento dos servidores ativos, enquanto R$ 219.861.610 contemplarão os servidores inativos e pensionistas.
As ordens de pagamento já foram enviadas ao Banco do Brasil, e os valores estarão disponíveis para os servidores ao longo do dia 29 de novembro, conforme o calendário oficial estabelecido no início do ano.
O pagamento será liberado a todos os servidores, inclusive àqueles que optaram pela portabilidade para outros bancos.
Assessoria | Sefaz-MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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