Economia
Comissão Técnica de Cafeicultura realiza encontro no Centro de Excelência em Varginha

No encontro foram discutidos temas importantes da cafeicultura envolvendo perspectivas de mercado, Funcafé e questões trabalhistas – Assessoria
A Comissão Técnica de Cafeicultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) se reuniu no último dia 14, em Varginha, no sul de Minas Gerais. No encontro, que contou com a presença de importantes lideranças e especialistas do setor cafeeiro, no Centro de Excelência em Cafeicultura do Senar e na Fundação Procafé (Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira).
O coordenador da Comissão do Café da Faesp, Guilherme Vicentini, fez a abertura da reunião destacando a importância das trocas de conhecimento entre as entidades para o desenvolvimento da cadeia do café. O Departamento Econômico da Faesp foi representado pelo gerente da área, Cláudio Brisolara,m e pela assessora técnica Marina Marangon, que conduziram uma apresentação sobre o mercado do café, recursos do Funcafé e questões trabalhistas.
Além dos membros da CT da Faesp, a reunião contou com a presença do presidente da Comissão Nacional do café da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Fabrício Andrade, e o assessor técnico Carlos Meirelles. A Comissão Técnica do Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) também estava presente representado pelo presidente, Arnaldo Bottrel, o vice-presidente Roberto Barata (também diretor do Centro de Excelência), e o analista Diógenes Caxin.
Os presentes tiveram a oportunidade de conhecer as instalações do Centro de Excelência em Cafeicultura em Varginha, que tem como objetivo promover a formação profissional, produção de conhecimento e pesquisa para ampliar a competitividade da cafeicultura nacional. Além de Guilherme Vicentini, presidente do Sindicato Rural de Altinópolis, participaram da visita ao Centro o presidente do Sindicato Rural de Caconde, Ademar Pereira, e do Sindicato Rural de Franca, José Henrique Mendonça, e também o consultor José Milton Dallari Soares – todos integrantes da CT de Cafeicultura da Faesp.
Após a reunião e visita ao Centro, os participantes visitaram a Procafé, onde acompanharam uma apresentação sobre as principais pesquisas desenvolvidas na fundação, acompanhamento climático, mudas e cultivares, além de uma visita guiada aos laboratórios de análise de solos e de biotecnologia. A agenda da Comissão Técnica possibilitou uma aproximação das entidades, com o objetivo de trocar informações e captar conhecimento para a cafeicultura paulista.
O departamento econômico da Faesp ainda realizou uma visita à Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé) no dia 15 de agosto. Em reunião com a equipe técnica e diretoria da cooperativa, foram discutidos os temas de comercialização mercado de café, além das possibilidades de crédito, proteção ao risco e seguros ao produtor.
“Pudemos conhecer o Centro de Excelência, trocar experiências com integrantes das comissões da Faemg e da CNA, e discutir estratégias para aproveitar as instalações do Centro, que embora esteja localizado no estado de Minas Gerais, tem o objetivo de atender a cafeicultura nacional”, afirma o gerente do Departamento Econômico da Federação, Claudio Brisolara.
“Eventos como esse são essenciais para acompanharmos de perto todo o movimento da cadeia do café. Encontros e parcerias como essas trazem à tona muitas ideias e criam ambiente favorável à projeção do café do Brasil”, afirmou Tirso Meirelles, presidente da Faesp.
Mario Teixeira
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Brasil agiliza importação com despacho antecipado

Foto: Divulgação
O processo de importação no Brasil passa a contar com um novo modelo que promete reduzir o tempo de espera pela liberação de mercadorias internacionais. A mudança está sendo implementada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em conjunto com o Ministério da Fazenda, por meio do Portal Único do Comércio Exterior.
Com as novas funcionalidades adotadas desde o fim de 2024, o processo de desembaraço aduaneiro poderá começar ainda durante o transporte das mercadorias. O procedimento vale tanto para importações marítimas, conhecidas como “despacho sobre águas”, quanto para importações aéreas, chamadas de “despacho sobre nuvens”.
“Quando o navio sai do país de origem com a carga ou quando o avião decola do aeroporto com os produtos comprados lá fora, o importador já pode fazer a declaração de importação antecipada. Não precisa mais esperar a carga chegar ao Brasil para iniciar o processo”, explicou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. “E a economia com isso é enorme, pois cada dia em que o produto fica parado no terminal alfandegário representa um custo de 0,8% do preço total da carga”, acrescentou.
Antes da mudança, o importador precisava aguardar a chegada da carga ao país e a confirmação da presença da mercadoria em solo nacional para iniciar o processo de liberação. Apenas essa etapa consumia de dois a três dias de um tempo médio de nove dias para concluir a operação de importação. Com a nova sistemática, a estimativa é que esse prazo caia para cinco dias.
Até o ano passado, o benefício da declaração antecipada era restrito a empresas certificadas no Programa Operador Econômico Autorizado (OEA), que representam 25% das importações nacionais, mas apenas 1% do total de importadores. Agora, qualquer empresa registrada no Portal Único pode realizar a antecipação.
“Com isso, ampliamos o acesso ao benefício para todas as empresas importadoras, independentemente do porte. Ao reduzir os custos para a entrada de insumos e de maquinário, por exemplo, a medida fortalece a competitividade do país e impulsiona a integração do setor produtivo brasileiro às cadeias globais de valor”, afirmou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.
Segundo dados do governo federal, cerca de 28 mil empresas brasileiras atuam no comércio exterior. Em 2024, as importações somaram US$ 262,5 bilhões.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Demanda por ovos cresce na Semana Santa, mas preços se mantêm estáveis, aponta Cepea

Divulgação
Levantamentos do Cepea indicam que a demanda por ovos apresentou crescimento gradual ao longo da Semana Santa, período tradicionalmente marcado por maior consumo do produto. Apesar disso, os preços permaneceram praticamente estáveis na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas.
Segundo os pesquisadores do Cepea, as cotações já estão em patamares elevados, o que limita o espaço para novas valorizações. Colaboradores consultados reforçam que, embora a procura tenha aumentado, o mercado encontra resistência para reajustes significativos devido ao nível já elevado dos preços praticados.
A expectativa é que a demanda siga sustentando os atuais valores pelo menos até o fim do período religioso. Após esse momento, com o avanço do mês, é possível que as altas percam força, acompanhando a tendência sazonal de retração no consumo.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
China quer comprar mais. Como fica a logística?

Imagem: Arquivo Pensar Agro
O que poderia ser celebrado como uma excelente notícia para o agro brasileiro pode rapidamente se transformar em um pesadelo logístico. Com uma safra recorde para escoar e portos operando no limite de sua capacidade, o Brasil corre o risco de não conseguir atender à crescente demanda da China por soja — seu principal parceiro comercial no setor.
Nesta semana, uma comissão técnica chinesa desembarca no Brasil para uma reunião bilateral com representantes do governo e técnicos brasileiros. O objetivo é avaliar, de forma reservada, a real capacidade logística do país para cumprir com uma possível ampliação dos embarques de grãos ao gigante asiático. A informação foi revelada pelo jornalista Marcelo Dias, do Canal Rural, e reforça uma preocupação já antecipada pelo Pensar Agro (veja aqui), que alertou sobre o risco de colapso na infraestrutura portuária nacional.
O encontro — tratado como sigiloso — foi tema de uma reunião entre o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada na segunda-feira (14.04), no Palácio da Alvorada. A sinalização é clara: o Brasil está sendo observado de perto, e o mercado internacional exige garantias de entrega em meio a gargalos logísticos cada vez mais visíveis.
Em março, a China se manteve como o maior destino das exportações do agronegócio brasileiro, com compras que somaram US$ 15,64 bilhões — crescimento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A expectativa é de que a procura continue em alta, em especial diante das incertezas climáticas nos Estados Unidos, que ameaçam a safra norte-americana.
O Brasil deve colher um recorde de 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25, um aumento de 10,9% (32,6 milhões de toneladas) em relação ao ciclo passado, segundo o 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 divulgado na quinta-feira passada (10.04), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Porém, o escoamento da produção recorde brasileira enfrenta obstáculos sérios: portos sobrecarregados, filas crescentes de caminhões, limitações ferroviárias e falta de integração entre modais. A situação já preocupa tradings, cooperativas e produtores, que veem com apreensão o aumento da pressão por novos embarques sem a devida estrutura para sustentá-los.
Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio(IA), comentou a situação com preocupação e senso de urgência: “Como comentávamos no domingo, o que estamos vendo é um paradoxo. Produzimos como nunca, temos mercado comprador garantido, mas estamos travados pela falta de estrutura para escoar. A China quer comprar, o Brasil tem para vender, mas a logística virou nosso calcanhar de aquiles. Se não houver uma reação rápida, vamos assistir a um colapso anunciado”, disse.
“Essa visita técnica dos chineses é um sinal claro de que eles querem compromisso com entrega. E o mundo está olhando. Se falharmos, perdemos credibilidade e espaço para outros players. Não é só uma questão de soja ou de safra recorde. É a imagem do Brasil como fornecedor confiável que está em jogo”, comentou Rezende.
“Já passou da hora de tratarmos infraestrutura como política estratégica de Estado. Enquanto continuarmos exportando grãos por rodovias congestionadas e portos saturados, estaremos sempre no limite. É preciso investir pesado e com urgência em ferrovias, hidrovias e ampliação portuária, ou a conta dessa omissão vai chegar com juros para todo o setor”, completou Rezende.
Caso o Brasil não consiga garantir agilidade e eficiência na entrega, corre o risco de perder espaço para concorrentes no cenário global — justamente em um momento de forte demanda e bons preços internacionais. O temor é que atrasos, custos extras com armazenagem e demurrage (multas por espera de navios) minem a competitividade brasileira no mercado asiático.
A possível ampliação das exportações para a China exige, portanto, mais do que vontade política e capacidade produtiva: requer investimentos urgentes em infraestrutura, modernização portuária e ampliação dos corredores logísticos, especialmente os que conectam o Centro-Oeste ao litoral.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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