Conecte-se Conosco

Notícias

Agro paulista se movimenta para manter incentivos

Publicado

em

Fotos: Assessoria

A partir de janeiro a vida da população do estado de São Paulo, 44,4 milhões de pessoas, segundo o último censo do IBGE, pode ser impactada com o aumento de preços dos alimentos mais básicos, como pão e laticínios, com o desemprego, e com a perda de empresas para outros estados. Esse foi o tom da reunião na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), onde representantes de diversos segmentos da cadeia produtiva – produtores, indústria, comércio e serviços – demonstraram preocupação com a perda dos incentivos fiscais no agronegócio paulista.

O presidente da Faesp, Tirso Meirelles, reforçou que esse é um momento de união de todos os paulistas para alertar o governador Tarcísio de Freitas do futuro incerto que ronda o campo, principalmente. Com margens reduzidas, o término dos incentivos do ICMS do setor traz consequências negativas que podem tornar inviável a continuidade da produção em diversas cadeias. Num momento em que o agro paulista lidera as exportações, seria um grande retrocesso.

“Temos no governador um homem sensível aos problemas do campo, conhecedor da importância do setor agropecuário não apenas para São Paulo, mas para o Brasil. Com as discussões em torno da regulamentação da reforma tributária já há uma tensão entre os produtores rurais em relação à redução de alíquotas, conquistada há alguns anos. Se houver o fim dos incentivos a partir do próximo ano, as perdas serão incalculáveis”, frisou Meirelles.

O termo mais utilizado por todos os representantes das indústrias, do setor de fertilizantes e defensivos e da produção foi apreensão. O jurista Ives Gandra, que tem estudado a Reforma Tributária, lamenta que não exista uma visão de empreendedor, no âmbito dessa discussão em Brasília, e ressalta que todos os grandes tributaristas foram contrários ao texto aprovado.

Publicidade

“Eles não entendem que a melhor forma para evitar futuras crises é conhecer os fatos. Aqueles que aprovaram o texto não possuem o conhecimento dos riscos daqueles que empreendem no campo, por exemplo”, explicou o jurista em meio a uma aula sobre o histórico da economia nacional e das várias tentativas de construção de uma reforma tributária.

O diretor executivo da Associação dos Produtores e Distribuidores de Hortifruti do Estado de São Paulo (Aphortesp), Renato Abdo, pontuou as diversas legislações que foram criadas para o setor, a fim de incentivar a produção, e os recuos seguidos. Para ele, se não houver uma sensibilização do governador, muitas famílias encerrarão sua produção. A mesma visão tem o presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Jorge Possato Teixeira, para quem o fim dos incentivos será fatal para o setor de flores e plantas ornamentais no estado, atividade realizada majoritariamente pela agricultura familiar e que mais emprega mulheres. Já o diretor presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, lamentou que o impacto no custo de produção vai inviabilizar toda a cadeia do agro e acredita que esse documento, construído a muitas mãos, vai ajudar a nortear o governador.

“Quando as pessoas falam em benefícios, sempre deixo claro que são incentivos para deixar a nossa produção competitiva. Sabemos o impacto negativo se não houver a manutenção das regras atuais. Estamos cerrando fileiras com a Faesp nessa luta que é de todo o setor produtivo paulista”, afirmou Auro Nineli, presidente do Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias no Estado de São Paulo (Sidocal).

Participaram da reunião e endossaram a iniciativa de preparar um documento para levar ao governador, na próxima semana, representantes da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo); Associação Brasileira de Insumos para Agricultura Sustentável (Inpas); Associação dos Produtores, Beneficiadores, Exportadores e Industrializadores de Amendoim do Brasil (ABEX-BR); Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia); Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram); Associação Misturadores de Adubo do Brasil (AMA); Associação Nacional das Empresas de Produtos Fitossanitários (Aenda); Associação Paulista de Avicultura (APA); Associação dos Produtores e Distribuidores de Hortifruti do Estado de São Paulo (Aphortesp); CropLife Brasil; Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort); Fecomercio SP; Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp); Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de São Paulo (Sindicarnes-SP); e Syngenta.

Mario Teixeira

Publicidade

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo
Publicidade
Clique Para Comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias

Venda de defensivos agrícolas no Centro-Oeste do Paraná pode superar R$ 950 milhões nas próximas safras

Publicado

em

Divulgação

 

 

O Centro-Oeste do Paraná revela um grande potencial para o mercado de defensivos agrícolas, principalmente para as safras de verão 2025/26 e safrinha 2026/26. Levantamento da EEmovel Agro indica que, até o momento, entre 30% e 35% dos defensivos destinados à safra de verão já foram vendidos, enquanto para a safrinha, a comercialização alcança apenas de 5% a 10%. Historicamente, essa média costuma ultrapassar 80% para o período.

Dimensão da região e potencial financeiro

Com 153.215 propriedades e 361.550 produtores, a região conta com uma área plantada temporária de 3,1 milhões de hectares. Apenas para a cultura da soja, o potencial financeiro ligado à venda de defensivos ultrapassa R$ 953 milhões. Apesar disso, aproximadamente 2 milhões de hectares ainda não realizaram compras de defensivos para a safra de verão que está prestes a começar.

Publicidade
Demanda expressiva ainda não atendida

Luiz Almeida, diretor de operações agro da EEmovel Agro, destaca a expressiva demanda que permanece no mercado:

“Considerando o centro ocidental, noroeste e oeste do Paraná, cerca de 70% da região ainda não adquiriu defensivos agrícolas para a safra que se inicia nos próximos dias.”

Segundo ele, a insegurança dos produtores está ligada ao aumento dos custos de produção, influenciado por conflitos globais, valorização do dólar e redução na oferta mundial de insumos. Esses fatores têm levado muitos agricultores a aguardar por condições de preços mais favoráveis.

Papel da EEmovel Agro no mercado

A EEmovel Agro realiza análises integradas e detalhadas das propriedades agrícolas em todo o Brasil. Com esse mapeamento estratégico, a empresa oferece às indústrias de insumos e distribuidores uma base robusta para identificar oportunidades de negócio e otimizar a comercialização de defensivos e fertilizantes para as próximas safras.

O cenário no Centro-Oeste do Paraná mostra que, apesar dos desafios, o mercado de defensivos agrícolas ainda tem grande espaço para crescimento, refletindo a importância da região para o agronegócio brasileiro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Publicidade

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Notícias

Aplicativo gratuito ajuda produtores a reduzir defensivos em lavouras na Bahia

Publicado

em

Foto: Nelson Suassuna

 

De olho no smartphone, produtores de algodão e soja do Oeste da Bahia podem diminuir o uso de defensivos, reduzindo o custo de produção e o risco de danos ao meio ambiente. Na tela do celular, ou do computador, uma ferramenta mostra quando é realmente necessário aplicar produtos na lavoura, combinando dados climáticos e estatísticas de ocorrência de duas ameaças às culturas: a mancha-da-ramulária do algodoeiro e a ferrugem asiática da soja.

Desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a ferramenta funciona por meio de um aplicativo e de uma plataforma online. Chamada de MonitoraOeste, a tecnologia inicialmente contemplava apenas informações sobre as duas doenças causadas por fungos, cujos prejuízos às lavouras podem superar 75%. Depois, passou a reunir informações também sobre a principal praga da cotonicultura, o bicudo, capaz de reduzir as colheitas em até 87%.

A Abapa monitora a presença das três doenças no campo, inclusive por meio de armadilhas. Todos os dados desses levantamentos são inseridos no MonitoraOeste, o que permite ao produtor visualizar rapidamente, no celular, como está o nível de ocorrência das doenças e do bicudo em sua localidade. O sistema também gera notificações de cada nova ocorrência registrada e reúne dados de estações meteorológicas instaladas na região. Com essas informações, a tecnologia usa um modelo matemático que as analisa e gera mapas de favorabilidade. Eles indicam, em tempo real, se há probabilidade de as doenças surgirem e se desenvolverem a cada período.

Os dados permitem aos produtores decidir quando aplicar ou não defensivos, a partir das condições locais. O pesquisador da Embrapa Territorial (SP) Julio Cesar Bogiani explica que três fatores são necessários para a proliferação de doenças nas lavouras: presença do agente causador, dos hospedeiros (as plantas) e condições climáticas favoráveis. O que o MonitoraOeste faz é reunir dados e transformá-los em informações sobre essas condições para mostrar quando o ambiente está mais propício ao desenvolvimento das doenças. Assim, ajuda o produtor a tomada de decisões.

Publicidade

Sem essas informações, os agricultores acabam adotando um calendário fixo definido pelos fabricantes de produtos. Com os índices de favorabilidade fornecidos pelo aplicativo, eles conseguem fazer aplicações de forma mais racional. Em anos com baixa probabilidade de ocorrência das doenças, podem reduzir uma, duas ou mais aplicações, mantendo a eficiência do controle fitossanitário, detalha o pesquisador. Bogiani ainda chama a atenção para a disponibilização de dados em tempo real, característica fundamental do MonitoraOeste para a assertividade na decisão do produtor.

Menor impacto ambiental com redução de emissões

O MonitoraOeste pode ser utilizado gratuitamente por agricultores da região. “Estamos levando essa funcionalidade do aplicativo para todos da cadeia produtiva, mostrando que eles devem baixar para consultar a qualquer momento”, anuncia o gerente do programa fitossaniário da Abapa, Antônio Carlos Araújo. Ele destaca a utilidade de ter, na palma da mão, mapas como o da ocorrência do bicudo do algodoeiro, para saber quando agir, evitando prejuízos, seja uma infestação da lavoura por falta de ação quando necessário seja pelo desperdício de produtos aplicados em momento inadequado.

Há outros benefícios também como o aumento da produtividade e a redução do potencial de resistência dos fungos causadores das doenças aos fungicidas. Técnicos da Abapa, ouvidos pela Embrapa no processo de avaliação do impacto da tecnologia, enfatizaram a contribuição dela para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e para a conservação de habitats e recursos genéticos. A redução no número de aplicações de defensivos reduz o uso de maquinários movidos a combustíveis fósseis e reduz o risco de contaminação de ambientes e pessoas.

A pesquisadora da Embrapa Celina Maki Takemura destaca a rede de pessoas envolvidas como ponto forte do produto. “Produtores, técnicos, pesquisadores e instituições trocando informação, ajudando-se mutuamente e mantendo o sistema funcionando. Essa colaboração constante é o que mantém a ferramenta viva e relevante. Não é só um aplicativo — é um esforço coletivo”, observa. “O projeto nasceu de uma demanda real do campo e continua sendo construído junto com quem usa. Isso faz diferença”, complementa a cientista.

“Ficou evidente a importância que os técnicos entrevistados atribuem ao sistema”, avalia o pesquisador Juan Diego Ferelli de Souza, da área de Transferência de Tecnologias da Embrapa Territorial. “O relatório de avaliação de impactos do Monitora Oeste demonstra a importância de soluções práticas e confiáveis para auxiliar os produtores rurais, apoiando o processo de tomada de decisões e contribuindo para o aumento da produtividade e para a redução dos custos e dos riscos da produção”.

Publicidade

Como funciona o MonitoraOeste

O sistema possui duas versões: aplicativo mobile, disponível para os sistemas operacionais Android e iOS, e plataforma para visualização de dados em um sistema de informações geográficas (WebGIS), acessível em computadores e tablets. O usuário realiza consultas online por município, tipo de cultivo e núcleo fitossanitário, obtendo mapas e gráficos que podem ser baixados. Pelo WebGIS, as imagens são fornecidas em maior resolução.

Cadastrando-se no sistema, o agricultor recebe no celular alertas em tempo real sobre ocorrências de doenças que configuram riscos às lavouras em sua propriedade. Além disso, as notificações incluem condições climáticas favoráveis à presença e dispersão de patógenos, facilitando decisões rápidas e assertivas. Estão disponíveis consultas de informações agrometeorológicas, como mapas de índice de vegetação por diferença normalizada (Normalized Difference Vegetation Index, NDVI), albedo, evapotranspiração e biomassa, que auxiliam no planejamento agrícola. A coleta de dados é realizada por uma rede que integra estações meteorológicas locais e armadilhas caça-esporos instaladas em 13 pontos estratégicos.

O sistema utiliza modelos matemáticos específicos para cada doença: o modelo para ferrugem asiática foi adaptado a partir de estudos do Consórcio Antiferrugem, coordenado pela Embrapa Soja (PR), enquanto o modelo para mancha-da-ramulária foi ajustado com dados regionais pela Embrapa Algodão (PB). Os modelos permitem a geração de mapas de favorabilidade climática que indicam o momento ideal para a aplicação de defensivos, evitando desperdícios ou atrasos no controle.

Além de ser fonte de informação para os agricultores, o MonitoraOeste também constitui um banco de dados para futuros estudos sobre as doenças e pragas, cujas ocorrências registra.

Para acessar o WebGIS e o tutorial de uso, clique aqui.

Parcerias

O MonitoraOeste é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica e Financeira entre a Embrapa, a Abapa e a Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento (Faped), com financiamento do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Também contribuem para a rede de usuários a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a Fundação Bahia, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e empresas de consultoria.

Publicidade

Sob liderança da Embrapa Territorial, o desenvolvimento da ferramenta integrou outras duas iniciativas da Empresa e parceiros no combate a essas duas ameaças: o Consórcio Antiferrugem, coordenado pela Embrapa Soja (PR), e a Rede de Pesquisa de Ramulária, que tem à frente a Embrapa Algodão (PB). Contou ainda com a parceria da Embrapa Agricultura Digital (SP) e da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE).

Vivian Chies (MTb 42.643/SP) – Embrapa Territorial

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Notícias

Motociclista morre em acidente em avenida de Sinop; 3ª vítima em 3 dias

Publicado

em

fotos: Só Notícias/Fabiano Marques

 

O jovem identificado como Hayran Fellipe Campos Severo da Silva, de 18 anos, faleceu, há pouco, em acidente no cruzamento da avenida das Figueiras com a rua Roma, próximo ao bairro Jardim Itália 3. O Corpo de Bombeiros esteve no local, constatou o óbito do jovem e prestou atendimento médico ao garupa da motocicleta, de 19 anos, que sofreu ferimentos na perna.

O sargento Mauro, da Polícia Militar, relatou que a vítima conduzia uma Honda Twister 250 quando houve a colisão com o caminhão betoneira. “A moto seguia pela avenida das Figueiras. Na rua Roma, um caminhão que carregava o concreto fazia o contorno. Segundo uma das vítimas que sobreviveu, falou que ele (Hayran) seguia pela Figueiras e, quando visualizou o caminhão, reduziu a velocidade, mas mesmo assim sem tempo hábil para evitar o choque”, explicou.

Uma câmera de segurança registrou a batida seguida de atropelamento da vítima. Terceiros ainda tentaram acenar para o condutor do caminhão, que não parou no local.

Publicidade

A Politec foi acionada para perícia e apontará a causa e dinâmica do acidente, enquanto a Polícia Civil investigará as responsabilidades do acidente.

Ele é a terceira vítima fatal em acidentes de trânsito nos últimos 3 dias. Conforme Só Notícias já informou, Alexandre Meyer faleceu logo após o acidente envolvendo duas motos, ontem à noite, na avenida São Francisco. Na sexta, uma jovem foi atropelada por carreta perto do quartel dos bombeiros.

Só Notícias/Wellinton Cunha

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Publicidade
Continue Lendo

Tendência