Agronegócio
Mato Grosso projeta queda na área de plantio de algodão para a safra 2024/25, mas mantém alta em relação ao ciclo anterior

Assessoria
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) apresentou a projeção de dezembro para o plantio de algodão na safra 2024/25 em Mato Grosso. A área destinada ao cultivo do algodão está estimada em 1,54 milhão de hectares, uma redução de 1,70% em comparação com o relatório de novembro deste ano. No entanto, o número ainda é 2,43% superior ao registrado na safra 2023/24, indicando uma expansão anual, apesar do ajuste recente.
A expectativa de produtividade média no estado permaneceu em 284,34 arrobas por hectare, sem alterações em relação às previsões anteriores. Este dado reforça o compromisso dos produtores em manter altos níveis de eficiência no cultivo, mesmo diante de ajustes na área plantada.
Produção total recua ligeiramente, mas supera safra anterior
A produção de algodão em caroço foi projetada em 6,55 milhões de toneladas, representando uma diminuição de 1,68% em relação às estimativas de novembro. Ainda assim, o volume permanece superior ao da safra 2023/24, refletindo o aumento anual na área plantada e a manutenção da produtividade.
Embora o ajuste na área e na produção sinalize cautela entre os produtores, o aumento anual reforça a importância do algodão na matriz agrícola de Mato Grosso. Com um cenário de mercado global volátil, as decisões sobre manejo e comercialização serão cruciais para sustentar a competitividade e a rentabilidade do setor algodoeiro no estado.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Preços do arroz registram nova queda e acumulam recuo de mais de 40% em 2025, aponta Cepea

Foto: Divulgação
O Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou outubro com média de R$ 58,00 por saca de 50 kg, o que representa queda de 6,2% em relação a setembro e recuo expressivo de 51,4% frente ao mesmo período do ano passado, em termos nominais. No acumulado de 2025, a desvalorização chega a 43,2%, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
De acordo com o Centro de Pesquisas, o mercado segue cauteloso, reflexo das incertezas quanto às medidas anunciadas pela Conab. Esse cenário tem levado indústrias a reduzir o ritmo de compras, com forte diminuição no volume de vendas entre setembro e outubro.
Com a demanda retraída e os estoques ajustados, a estratégia predominante entre os agentes do setor tem sido a aquisição apenas para reposição pontual, o que contribui para manter as cotações em baixa e reforça o ambiente de prudência no mercado do arroz.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
NAPI Erva-Mate vai contribuir inovação e sustentabilidade na cadeia produtiva

Produção de Erva Mate em São Mateus do Sul. Foto: José Fernando Ogura/ANPr
Com o objetivo de fortalecer e valorizar toda a cadeia produtiva da erva-mate no Paraná, foi lançado, no dia 03/11, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Francisco Beltrão, o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Erva-Mate: Inovação e Valorização. A proposta constitui-se como resultado de uma articulação estratégica e colaborativa entre representantes do setor produtivo, da sociedade civil, do poder público e de instituições de ensino e pesquisa. O objetivo é promover o fortalecimento e a valorização da cadeia produtiva da erva-mate no estado do Paraná, por meio da adoção de sistemas de cultivo mais sustentáveis e eficientes, da otimização de processos industriais e da diversificação dos usos da matéria-prima. O investimento, no valor de R$ 3,9 milhões, é do governo do estado do Paraná, por meio da Fundação Araucária.
A Embrapa Florestas irá colaborar com o fornecimento de genótipos com características sensoriais diferenciadas e a implantação de sistemas de cultivo de erva-mate inovadores com estudo de previsões econômicas. Além da produção primária, a equipe da Embrapa contribuirá para o desenvolvimento de protocolos para classificação sensorial e otimização de processos industriais.
Segundo a proposta geral dos trabalhos a serem realizados pela Embrapa Florestas serão realizados estudos clínicos e pesquisas com consumidores brasileiros e de países vizinhos, além do desenvolvimento de novos produtos. “É um projeto amplo com envolvimento do setor produtivo e industrial nas etapas de pesquisa, desenvolvimento e capacitação, promovendo o fortalecimento da bioeconomia da erva-mate em todos os segmentos”, afirma a pesquisadora da Embrapa Florestas Catie Godoy, que liderou os trabalhos no Centro de Pesquisa, com participação efetiva dos pesquisadores Ivar Wendling, José Mauro Moreira e Regina Quisen e do analista Ives Goulart.
Ao todo estão envolvidos 19 instituições: Institut National de la Recherche Agronomique – Unite de Nutrition Humaine-Auvergne/França; Universidade da Califórnia, Davis – Departamento de Nutrição – Faculdade de Ciências Agrárias e Ambientais; Universidade da República (UdelaR) – URUGUAI; Universidade Nacional de Assunção – PARAGUAI; Universidade Nacional de Rosário – Argentina; Associação dos produtores e industriais de erva-mate do Paraná – APIMATE; Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Golden Tree Viveiro Florestal; Ervateira Verdelândia (Guarapuava-PR); Triunfo do Brasil (São João do Triunfo-PR); Associação de agricultores ecológicos São Francisco de Assis (Irati-PR).
O Paraná é o maior produtor nacional de erva-mate, que possui grande relevância econômica, social e cultural para o Estado. Segundo a professora Burgardt de Cássia Fonseca Burgardt, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e articuladora do NAPI, o projeto busca integrar toda a cadeia produtiva, da produção primária ao consumo final, promovendo inovação e maior competitividade.
“Queremos desenvolver formas de produção mais rentáveis, que permitam ao pequeno produtor obter um ganho maior. Além disso, buscamos reduzir contaminantes que dificultam a exportação, garantindo um produto de maior qualidade e valor agregado”, explica Burgardt.
Há também estudos em andamento sobre os possíveis benefícios da erva-mate para a saúde. “Podendo ser benéfico para o coração, para o metabolismo do nosso organismo. A partir desses estudos clínicos, a gente pode indicar o uso da erva-mate, por exemplo em medicamentos, na própria indústria farmacêutica”, comenta Burgardt.Compre vitaminas e suplementos
Segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, o Napi Erva-Mate é mais um passo para fortalecer a relação entre a universidade e a sociedade. “Esse Napi em particular chama muita atenção pelo envolvimento da sociedade civil organizada na região. Ele conta com um grupo bem expressivo, o que para nós é uma satisfação, o fato dessa proximidade das universidades com quem utiliza as pesquisas, quem vai utilizar os resultados. Então para nós é uma satisfação, é um Napi diferenciado e específico para entregas bem tangíveis”, afirma o diretor.
Outro foco importante do projeto é o uso da erva-mate como alimento. A iniciativa prevê o desenvolvimento de novas receitas e produtos alimentares com potencial de ampla acessibilidade, inclusive para inserção na merenda escolar. “A erva-mate é extremamente rica e versátil. Queremos ampliar seu uso na alimentação e promover cursos de capacitação para produtores e merendeiras, difundindo conhecimento e boas práticas”, acrescenta Burgardt.
Setor Produtivo
A diretora da Associação das Indústrias do Mate do Paraná (Apimate) e CEO da startup “e aí, bora — erva-mate fora da cuia”, Dayana Lubian Jankowski, destacou os desafios e avanços necessários para que a cadeia produtiva da erva-mate conquiste novos mercados e maior valorização.
“Nosso desafio à frente da APIMATE é muito grande. Mais do que aproximar universidades e indústrias, precisamos fazer com que o setor olhe para a erva-mate sob uma nova perspectiva — com uma visão de negócio moderna e integrada”, afirmou Dayana. Ela ressaltou que o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Erva-Mate representa um importante avanço nesse processo, especialmente para fomentar a padronização e a identidade do produto.
“O Napi vem para nos fortalecer, principalmente quando tratamos de padrões de qualidade e identidade da erva-mate. Hoje, cada indústria produz à sua maneira, e o consumidor acaba sem referência. Eu, que vim da indústria e hoje atuo no campo da inovação, com a minha startup, vejo que é essencial estabelecer padrões e garantir uma identidade clara. O consumidor tem o direito de saber o que está consumindo e de ter acesso a todos os novos produtos com os seus benefícios”, defendeu a empresária.
Eixos de atuação
O Napi Erva-Mate será estruturado em quatro eixos temáticos principais. No eixo de produção primária, coordenado pela Embrapa Florestas, serão validados genótipos com características químicas e sensoriais diferenciadas. Serão realizadas a implantação de sistemas de cultivo inovadores e estudo de perspectivas econômicas.
Já o eixo de processamento é coordenado pela Unioeste e conta com apoio da UTFPR e Embrapa Florestas, e visa melhorar processos industriais e desenvolver protocolos para classificação sensorial da matéria-prima.
“Hoje a erva mate chega na indústria e não tem um direcionamento adequado de acordo com a qualidade que ela apresenta. Então a gente também quer desenvolver protocolos para a indústria conseguir fazer essa classificação e direcionar, de forma mais assertiva, a nossa matéria-prima. Por exemplo, essa matéria-prima que chegou nesse lote é melhor para chimarrão, é melhor para tererê. Enfim, isso também é um avanço muito significativo que vai agregar muito valor ao produto”, destaca a professora Burgardt.
O terceiro eixo de trabalho diz respeito ao produto e consumidor: Esse Eixo é coordenado pela UTFPR e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em cooperação com a Sustentec (instituição que agrupa produtores, técnicos e profissionais ligados ao desenvolvimento sustentável) e universidades internacionais, que realizarão estudos clínicos, caracterização sensorial, pesquisa com consumidores e desenvolvimento de novos produtos.
O último eixo coordenado pela UTFPR, com apoio técnico do IDR-Paraná, envolve a realização de treinamentos e ações devolutivas a diversos segmentos da cadeia produtiva, além da elaboração do plano de comunicação do NAPI, voltadas à divulgação dos resultados e inovações tecnológicas.
O setor produtivo, representado pela Associação de Produtores e Industriais de Erva-Mate (Apimate), atuará de forma colaborativa em todos os eixos, contribuindo com a validação prática das ações e com a transferência de tecnologia para o mercado.
Fonte: Assessoria/Manuela Bergamim
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Biscoito com farinha de casca do café valorização Robustas Amazônicos

Foto: Enrique Alves
A Universidade de Brasília (UnB) depositou pedido de patente para uma receita de biscoito elaborado com farinha de café Robustas Amazônicos (Coffea canephora). O produto substitui cerca de 30% da farinha tradicional, tornando-se uma opção mais saudável e viável para consumidores adeptos de dietas balanceadas por conter mais fibras, antioxidantes e cafeína. A inovação também inaugura um novo e promissor mercado para a casca do café, então utilizado principalmente como adubo no Brasil. O estudo, desenvolvido ao longo de dois anos, é resultado de parceria com a Embrapa Rondônia (RO).
Segundo o pesquisador da Embrapa Enrique Alves , as cascas de cafés denominadas finos – produtos com mais de 80 pontos na avaliação da Specialty Ccoffee Association (SCA), que consideram critérios, como aroma, sabor, acidez, corpo e finalização – são insumos nobres, com diversidade sensorial e nutricional muito rica, às vezes até maior do que a dos grãos. “Entretanto, no Brasil, são usados, principalmente, como adubo”, explica.
Além de se enquadrarem na classificação estipulada pela SCA como produtos finos, como variedades de cafés Robustas Amazônicos, selecionados pela Embrapa em conjunto com os cafeicultores nas Matas de Rondônia, resultaram na primeira Indicação Geográfica (IG) de Coffea canephora do mundo, a “IG Matas de Rondônia”, concedida pelo INPI em 2021. O projeto envolve o desenvolvimento de cultivares adaptadas à região e à Floresta Amazônica, plantadas, em sua maioria, por agricultores familiares, indígenas e comunidades tradicionais. “Hoje em todo o estado de Rondônia, mais de 17 mil famílias cultivam essas variedades”, complementa o pesquisador.

Portanto, agregar valor a esse subproduto era uma prioridade para a Embrapa, como explica Alves. “Além da qualidade, as cascas dos cafés Robustas Amazônicas elas ainda carregam características diferenciadas de sustentabilidade para serem cultivadas na Amazônia por povos indígenas e comunidades tradicionais”, destaca.

Lançamento e avaliação na COP30
A inovação tecnológica será apresentada no dia 6 de novembro, durante a Semana Internacional do Café ( SIC ), que acontece de 5 a 7 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Trata-se de uma das maiores feiras do mundo e o grande encontro de profissionais que têm o objetivo de conectar e gerar oportunidades para toda a cadeia de café brasileira sem acesso a mercados, conhecimento e negócios.
Durante a COP30 , o biscoito será oferecido para degustação no Cooking Show, que é um espaço de apresentação e demonstração de produtos resultantes da pesquisa agropecuária, além de troca de experiências entre culinárias tradicionais. A área funcionará dentro do pavilhão “Comida, Tradição e Cultura” na Agrizone – Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa na Conferência – e a programação será compartilhada com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar ( MDA ).

Valorização da casca do café na Embrapa e UnB
Diante disso, a Embrapa Rondônia e a UnB se uniram para desenvolver pesquisas voltadas à valorização das cascatas de cafés Robustas Amazônicos sob diferentes óticas de processamento pós-colheita. A linha de pesquisa, coordenada pela engenheira de alimentos e professora da UnB Lívia de Oliveira, tem como foco a caracterização química, funcional e sensorial dessas cascas e sua aplicação em alimentos, bebidas e cosméticos, contribuindo para uma cafeicultura sustentável e integrada à economia circular.
O estudo teve início em 2023, com a avaliação do potencial químico e sensorial das cascas de Robustas Amazônicos da cultivar Apoatã, produzidos pela Embrapa Rondônia, sob três processamentos distintos: natural (secagem do fruto inteiro em terreiro suspenso por cerca de 20 dias), lavado (despolpamento mecânico e da fração pergaminho) e filtragem anaeróbica autoinduzida (espontânea em ambiente anaeróbio, de 2 a 20 dias, seguido de secagem e descascamento).

Essas amostras foram comprovadas quanto à composição proximal, de compostos bioativos, açúcares, ácidos orgânicos e voláteis, além de solicitações de avaliação sensorial por meio de infusões e produtos derivados.
De acordo com Lívia, os resultados obtidos que:
- As cascas naturais apresentaram maior teor de compostos fenólicos, flavonoides, antocianinas e fibras, além de perfil aromático doce e caramelado.
- As cascas lavadas (originadas do processamento de via úmida) exibiram baixa complexidade química e volátil, predominando compostos estruturais e menor teor de açúcares.
- As cascatas de fermentação anaeróbica autoinduzida demonstraram grande variabilidade conforme o tempo de fermentação. As amostras de 4 a 20 dias apresentaram aromas frutados e florais e bom equilíbrio sensorial, enquanto os tempos intermediários (10 a 16 dias) geraram notas mais secas e amargas.
Essas diferenças foram atribuídas à atuação microbiana no metabolismo de açúcares e fenólicos, que modulam a formação de ácidos orgânicos, ésteres e furanonas (compostos formados durante o processamento de alimentos, que desempenham um papel crucial no seu sabor e aroma), resultando em perfis sensoriais distintos e potenciais de aplicação diferenciados para cada tipo de casca.

Novo biscoito tem ainda mais fibras e menos açúcares
A professora explica que, com base nesses resultados, foi desenvolvido um segundo eixo de pesquisa voltado para aplicação alimentar das cascas, por meio da produção de um biscoito, com 30% de farinha de casca de robusta amazônica. Trata-se de um resultado inédito, uma vez que, pela literatura científica, o máximo de substituição de farinha obtida até o momento tinha sido de 15%.
As formulações reformuladas com lecitina e polidextrose tiveram um aumento de até 15 gramas de fibras por 100 g de produto. Além disso, reduziram em até 45% as gorduras saturadas e em 25% os açúcares aumentados, obedecendo à RDC nº 429/2020 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A melhor acessibilidade sensorial para os produtos produzidos foi com as cascas naturais e fermentadas por 4 ou 20 dias, associadas a notas doces, frutadas e amanteigadas. “Esses resultados evidenciam que o tipo de processamento da cascata é determinante para notas sensoriais do produto final, sendo um parâmetro-chave de inovação tecnológica e posicionamento sensorial. Contudo, todos os biscoitos elaborados possuem recursos sensoriais satisfatórios, confirmando que as cascas de qualquer dos processos podem ser usadas como ingrediente para esse produto”, enfatiza Lívia.
A receita final, submetida ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial ( INPI ) e registrada no dia 4 de setembro, é resultado de um processo de fermentação de 8 dias. De acordo com a professora, com esse período, o produto mantém o açúcar da polpa, não tem excesso de fermentação e possui notas frutadas, que conferem um sabor especial ao biscoito.
A seleção do produto do contorno final com a avaliação sensorial de mais de 250 consumidores convidados pela UnB para degustar os biscoitos oriundos das diferentes etapas da pesquisa.

Novas frentes de pesquisa
A partir de 2026, as instituições vão investir também em estudos voltados ao desenvolvimento de bebidas fermentadas e instantâneas à base da casca de café, incluindo kombuchas e infusões aromatizadas.
Além disso, serão fortalecidas pesquisas de formulações cosméticas com extratos de casca para o tratamento de alopecia e uso dermocosmético.

Cafés Robustas Amazônicos têm salto de produtividade
Os cafés Robustas Amazônicos são cultivados há décadas na Amazônia e, nos últimos dez anos, ganharam visibilidade no mercado e a preferência dos cafeicultores da região. A atividade foi iniciada com agricultores de Rondônia e se expandiu entre produtores de outros estados, que passaram a renovar antigos cafés seminais e implantaram novos plantios com variedades clonais.
De acordo com Enrique Alves, a cafeicultura na Amazônia evoluiu de um modelo quase extrativista para uma produção tecnológica sustentável. A média atual de produção de estados como Acre (51 sacas por hectare) e Rondônia (55 sacas), de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) e da Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ), em nada lembra a produtividade de um passado recente, que superava 10 sacas por hectare.
“Alcançamos avanços significativos na cultura e dispomos de tecnologias que possibilitam aproveitar todo o potencial agronômico dos clones de café Robustas Amazônicos e elevar a produção. Por isso, é comum encontrar propriedades familiares com produtividade de 120 a 150 sacas de café por hectare e algumas atividades superam 200 sacas”, conclui o pesquisador.
Investir em pesquisas que agreguem valor a esses cafés, incluindo outras partes do fruto, como a casca, a polpa, está entre as prioridades das equipes de pesquisa da Embrapa e parceiros.
Fonte: Assessoria/Fernanda Diniz
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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