Pecuária
Rastreabilidade deve impulsionar acesso a mercados internacionais

Divulgação
O Brasil deu um passo importante rumo ao fortalecimento da rastreabilidade na pecuária com o lançamento, no início desta semana, do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB). Apresentado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o plano visa aprimorar a qualificação da rastreabilidade dos animais, com o objetivo de garantir maior controle sanitário e melhorar o acesso do Brasil aos mercados internacionais.
O PNIB irá estabelecer um sistema de identificação individual para cada bovino e búfalo, permitindo o acompanhamento de sua trajetória, saúde e localização ao longo de sua vida. Segundo o Governo Federal, essa medida será crucial para fortalecer os programas de saúde animal, melhorar a resposta a surtos sanitários e garantir o cumprimento das exigências sanitárias de países que importam produtos do Brasil.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável (MBPS), que participaram ativamente da elaboração do plano, destacaram a importância da iniciativa para o setor. José Mário Schreiner, vice-presidente da CNA, ressaltou que o PNIB vai contribuir para o controle sanitário do rebanho brasileiro, sem ser um programa impositivo. “A adesão ao plano será voluntária, e é importante que o produtor, a indústria e o país se beneficiem dessa ação, que foi construída com a participação do setor”, disse.
Ana Doralina Menezes, presidente da MBPS, também comemorou a conquista, destacando que a rastreabilidade era um objetivo emergente. “Com a consolidação deste plano, conseguimos avançar na criação de uma pecuária mais sustentável e competitiva, atendendo às exigências do mercado e da sociedade”, afirmou. Ela reforçou que a rastreabilidade individual é uma das ferramentas essenciais para valorizar a pecuária sustentável e fortalecer a competitividade do setor.
A implementação do PNIB será gradual e deverá ocorrer até 2032. A primeira fase, entre 2024 e 2026, será dedicada à construção da base de dados nacional, enquanto entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais. A meta é que, até 2032, todos os bovinos e búfalos do Brasil sejam identificados de forma unificada e integrada.
O plano será estruturado em seis pilares sanitários que garantirão a eficácia do sistema. Entre os principais, destaca-se a universalização da numeração 076 (ISO Brasil – PGA), que será gerenciada pelo MAPA, e a obrigatoriedade de uso da numeração oficial em todos os protocolos, públicos ou privados. Também será promovida a integração da Guia de Trânsito Animal (GTA) e a identificação do animal antes de sua primeira movimentação.
A ação ainda prevê a definição de regras claras para a reintegração de produtores não conformes na cadeia de fornecimento, visando garantir que todos os participantes do setor sigam os padrões estabelecidos para garantir a rastreabilidade e a sanidade do rebanho.
A implementação desse plano é vista como uma ação estratégica para o setor pecuário, que busca cada vez mais atender às exigências internacionais e se consolidar como fornecedor confiável de carne de qualidade. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) também se manifestou positivamente sobre o lançamento, reconhecendo o impacto positivo que a rastreabilidade individual trará para o acesso aos mercados externos.
Com o fortalecimento da rastreabilidade, o Brasil estará ainda mais preparado para garantir que sua produção de carne esteja em conformidade com as exigências sanitárias de mercados como a União Europeia, os Estados Unidos e outros grandes importadores. Isso pode abrir portas para novas oportunidades de exportação, além de contribuir para a sustentabilidade do setor.
Apesar dos avanços, a implementação de um sistema de rastreabilidade individual para todo o rebanho bovino e bufalino brasileiro apresenta desafios, principalmente para os pequenos e médios produtores, que terão que adaptar suas propriedades e processos. No entanto, o fato de a adesão ser voluntária permite que os produtores possam se preparar e se adaptar de forma gradual, garantindo que o sistema se expanda de maneira inclusiva e sem imposições abruptas.
Além disso, a integração com a Guia de Trânsito Animal e a base de dados unificada representam uma oportunidade de modernização e de maior transparência para o setor. A rastreabilidade não só reforça o controle sanitário, mas também contribui para a valorização da pecuária sustentável, um ponto cada vez mais relevante para consumidores e mercados internacionais.
Com a implementação desse plano, o Brasil dá mais um passo rumo à inovação e à sustentabilidade, mantendo-se firme como líder na produção de carne de alta qualidade, com compromisso com a saúde do rebanho e o meio ambiente.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Fazenda Pantaneira Sustentável promove intercâmbio no Pantanal mato-grossense

Fotos: Assessoria
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), por meio do programa “Fazenda Pantaneira Sustentável” (FPS), promoveram um intercâmbio com a organização The Pew Charitable Trust e a coalizão Pontes Pantaneiras para mostrar como a pecuária tradicional pantaneira pode ser sustentável e rentável, sem perder suas raízes.
O Pantanal mato-grossense recebeu, nesta semana, uma comitiva formada por representantes internacionais da The Pew Charitable Trust, vindos dos Estados Unidos, e da coalizão Pontes Pantaneiras, além de técnicos do Sistema Famato, para uma agenda de visitas a propriedades assistidas pelo programa FPS. A iniciativa é desenvolvida pela Famato e pelo Senar-MT, em parceria com a Embrapa Pantanal. Na oportunidade, os integrantes da The Pew Charitable Trust captaram imagens e gravaram depoimentos que serão utilizados em um documentário.
Do Sistema Famato, participaram o gestor da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Bruno de Faria; o coordenador Eduardo Barone; o supervisor Marcelo Nogueira; e o analista de pecuária da Famato, o médico-veterinário Marcos de Carvalho.
Entre os visitantes estavam Amelia Moura, Alfred Schoeninger e John Briley, da The Pew Charitable Trust – organização norte-americana com mais de 70 anos de atuação dedicada à pesquisa, inovação e promoção de mudanças sociais e ambientais positivas. A comitiva também contou com André Restel, representante da coalizão Pontes Pantaneiras, que reúne instituições como a Embrapa, a Universidade de Londres (Inglaterra), o Instituto de Pesquisas Ecológicas de São Paulo (IPE) e, agora, a própria The Pew Charitable Trust. O fotógrafo Flavio Forner registrou todos os momentos da visita.
O grupo foi recebido, nesta quarta-feira (14/05), na Fazenda Bela Vista, no município de Poconé (MT), pelos produtores pantaneiros Márcio Granja Souza Vieira, Fábio Dorileo Vieira (pai e filho), e também por José Benedito de Arruda e Silva, conhecido como Juquinha, do Grupo Morada da Serra. A propriedade familiar é acompanhada pela FPS há seis anos e é símbolo de tradição, manejo familiar e preocupação com a sucessão geracional.
“Desde novo a gente ia para a fazenda nas férias e ficava com meus avós. Hoje, tenho orgulho de seguir esse legado e acredito que o Pantanal ainda será casa dos nossos filhos e netos. Produzir e conservar podem andar juntos quando respeitamos nossas raízes”, afirmou Fábio Vieira, que divide a rotina entre o trabalho como servidor público em Cuiabá e o manejo na fazenda nos fins de semana.
A Bela Vista é uma herança que atravessa gerações. Foi herdada por Rudce Fátima Dorileo, esposa de Márcio Granja, considerada por ele e pelos filhos como o esteio da família.
Ao falar sobre o programa FPS, Márcio destacou que o trabalho desenvolvido é um alento em meio aos desafios enfrentados pelos produtores pantaneiros: “Viver no Pantanal é resistir. A gente ama essa terra, mas não é fácil. Com a FPS, a gente volta a ter esperança. Eles nos ajudam a mostrar que é possível cuidar do Pantanal e ainda manter a tradição viva”.
O representante da Pontes Pantaneiras, André Restel, ressaltou que a proposta da coalizão é justamente valorizar o conhecimento e a prática dos pecuaristas pantaneiros: “A pecuária de baixo impacto, que está no Pantanal há cerca de 300 anos, é a que manteve esse bioma de pé. Nosso papel é agregar valor a esse modo de vida, permitindo que o pantaneiro continue sendo pantaneiro – com orgulho e com renda”.
Durante a visita, a comitiva percorreu áreas da fazenda que, neste período, estão alagadas, mas que, durante a seca, se tornam importantes pastagens para o rebanho. Os produtores pantaneiros, Márcio e Fábio, acompanhados dos técnicos de campo do Senar-MT, Hernnann Faria Feliciano da Silva, Levender Mattos e Airton Gonçalves de Barros, apresentaram a rotina de manejo da propriedade, incluindo a aplicação de brincos de identificação em bezerros — ação que permite o controle sanitário e a rastreabilidade do gado, essenciais para a sustentabilidade e o acesso a mercados.
O programa “Isso é AgroPecuária”, transmitido pelo SBT, também acompanhou toda a jornada, documentando a experiência para mostrar como o conhecimento tradicional aliado à assistência técnica pode garantir a permanência do homem pantaneiro em sua terra, promovendo uma pecuária sustentável e resiliente.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Defensivos agrícolas – Albaugh expande alternativas a produtores com novos registros do inseticida Afiado®

Divulgação
A Albaugh Brasil anuncia que obteve a inclusão de registro de seu inseticida Afiado® para as culturas de pastagens, citros e café, além de diversas frutíferas, tomate, grãos e cereais como arroz, leguminosas, incluindo feijão e florestais (eucalipto). “Seguimos comprometidos em ampliar as alternativas do agricultor brasileiro com a oferta de produtos de alta qualidade e formulações diferenciadas”, resume Nelson Azevedo, diretor de marketing e desenvolvimento da Albaugh.
A extensão do registro de Afiado® para pastagens dá acesso a produtores a uma ferramenta eficaz e conveniente para controle de pragas. “Temos visto uma forte adoção das aplicações por drone no segmento de pastagens. Afiado® adapta-se perfeitamente a esse modelo, devido à sua inovadora formulação líquida, que facilita o trabalho de dosagem e o operacional da equipe de campo”, ressalta Jaime Hurtado, diretor comercial da Albaugh.
Afiado® amplia também o portfólio de inseticidas para citros, cultura na qual conta com reputação de liderança, graças a produtos amplamente reconhecidos como o acaricida Braver® e o fungicida Recop®. Na cafeicultura, segmento já atendido de maneira robusta por produtos da Albaugh, Afiado® recebeu a extensão de registro para as pragas ácaro-vermelho e bicho-mineiro, somando-se ao já conhecido e eficiente controle da broca-do-café.
“Desde seu lançamento, Afiado® conquistou forte adoção pela sua eficácia no controle de pragas relevantes como percevejo e cigarrinha-do-milho, seu longo residual e, sobretudo, sua exclusiva formulação líquida”, comenta o diretor Nelson Azevedo. “Afiado® evita problemas de incompatibilidade físico-química e simplifica a logística de tratamento”, conclui o executivo.
A Albaugh LLC é uma empresa global, fundada pelo agricultor e empresário Dennis Albaugh, em 1979. Sediada em Ankeny, Iowa, oferece um amplo e crescente portfólio de defensivos agrícolas em todo o mundo. A Albaugh tem uma estratégia de fábricas próprias para garantir a qualidade e o suprimento de seus produtos, operando sites multifuncionais nos Estados Unidos, Espanha, Brasil, Argentina, México, Eslovênia, China, Taiwan e Índia.
Fernanda Campos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Suplementação Lipídica como Estratégia para Melhorar o Desempenho de Vacas Leiteiras no Pós-parto e Lactação

Assessoria
As vacas leiteiras enfrentam desafios fisiológicos significativos no pós-parto e durante o pico de lactação. Nesse período, a demanda por energia excede a capacidade de ingestão alimentar, resultando no uso das reservas corporais e no surgimento do Balanço Energético Negativo (BEN). Segundo o zootecnista Rafael Cardenas, da Auster Nutrição Animal, “a perda de peso é um dos principais indicadores desse desequilíbrio energético”, o que pode comprometer o desempenho produtivo das vacas. A suplementação lipídica se apresenta como uma solução eficaz para mitigar essa condição e melhorar a performance das animais.
Importância dos Lipídios na Dieta e Suplementação
A dieta das vacas leiteiras desempenha papel crucial no tratamento com lipídios. Fontes naturais de lipídios, como folhas e sementes vegetais, oferecem macronutrientes essenciais que influenciam funções vitais como absorção de vitaminas, metabolismo hormonal e composição da gordura do leite. Os lipídios são compostos por um grupo ligado a três ácidos graxos, que possuem carbonos variando entre 14 e 18 nas plantas. No Brasil, é proibido o uso de gordura de origem animal, como o sebo, na alimentação de ruminantes, o que exige a utilização de fontes vegetais ou de gorduras tratadas, como a gordura hidrogenada.
Efeitos da Suplementação Lipídica na Saúde Animal
Avanços na pesquisa sobre nutrição animal revelam que o tipo e o equilíbrio dos ácidos graxos presentes na dieta impactam diretamente a eficiência alimentar e a saúde das vacas. Dietas contendo entre 4% a 6% de lipídios são cada vez mais comuns, especialmente em sistemas de confinamento. No entanto, o especialista alerta sobre os efeitos negativos do excesso de ácidos graxos, que podem prejudicar o desempenho da dieta. “O excesso de gorduras insaturadas no rúmen pode ser problemático, pois essas gorduras passam por um processo de biohidrogenação, onde são convertidas em ácidos graxos saturados, evitando a toxicidade para as bactérias ruminais. Contudo, quando esse processo é sobrecarregado, pode resultar na formação de compostos indesejáveis, afetando negativamente a gordura do leite e a digestão das fibras”, afirma Cardenas.
Soluções para Garantir a Eficiência da Suplementação Lipídica
Para evitar os efeitos adversos do excesso de ácidos graxos, o uso de gorduras protegidas ou hidrogenadas é altamente recomendado. Essas gorduras são diretamente digeridas no intestino, sem afetar negativamente o rúmen, garantindo a absorção eficiente dos lipídios e contribuindo para a estabilidade ruminal.
Uma solução eficiente disponível no mercado é o suplemento Prius Nat Fry, da Auster Nutrição Animal. Com 97% de extrato etéreo, este suplemento altamente energético é formulado para prevenir distúrbios metabólicos e melhorar a performance reprodutiva das vacas. Além de ser palatável e seguro, o produto auxilia na redução da perda de peso no pós-parto, acelerando a recuperação das vacas e otimizar o desempenho reprodutivo. A Auster oferece respaldo científico para ajudar os produtores a adotar essas tecnologias inovadoras e alcançar resultados comprovados no campo.
Com a implementação de estratégias nutricionais adequadas, como a suplementação lipídica, os produtores podem garantir uma maior eficiência na produção leiteira, promovendo a saúde das vacas e otimizando a rentabilidade do sistema de produção.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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