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Agricultura

Brasil monta força-tarefa para apresentar manifestação à China sobre carne bovina

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Foto: Pixabay

Uma força-tarefa foi montada pelo governo federal brasileiro para preparar uma manifestação formal ao Ministério do Comércio da China. A iniciativa ocorre após o país asiático anunciar na última sexta-feira (27) que abriria investigações sobre a carne bovina que importa.

De acordo com informações do colunista Caio Junqueira, da CNN, confirmadas pelo Canal Rural, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), juntamente com o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), começou a discutir a elaboração do documento, cujo prazo para apresentação é de 20 dias, contados a partir desta segunda-feira (30).

Assim, a ideia é demonstrar que as exportações brasileiras não causaram nenhum prejuízo à indústria local chinesa entre 2019 e o primeiro semestre de 2024, período alvo de investigação do governo chinês e que abrange todas as nações que lhe fornecem a proteína animal.

A investigação deverá ter a duração de oito meses e pode, na pior das hipóteses, afetar seriamente as vendas brasileiras de carne ao seu principal parceiro comercial.

Contudo, segundo o Mapa, não há, em princípio, a adoção de qualquer medida preliminar, permanecendo vigente a tarifa de 12% “ad valorem” (frete valor) que a China aplica sobre as importações de carne bovina.

A pasta garantiu que o setor privado participa das conversas com o governo. Exemplo disso foi o posicionamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) que, em nota, diz acompanhar o tema e se colocou à disposição das autoridades do Brasil e da China para colaborar.

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Entenda o caso

O Ministério do Comércio da República Popular da China abriu investigações sobre a carne importada pelo país por meio do Anúncio 60.

A medida foi uma resposta ao pedido de associações pecuaristas chinesas que se sentem prejudicadas pelo grande volume de carne comprado pelo país nos últimos anos.

De acordo com o Mapa, a China é o principal destino das exportações brasileiras do produto. Apenas em 2024, os embarques somaram mais de 1 milhão de toneladas, aumento de 12,7% em relação ao mesmo período de 2023.

Em nota, o Ministério ressaltou que “o governo brasileiro reafirma seu compromisso em defender os interesses do agronegócio brasileiro, respeitando as decisões soberanas do nosso principal parceiro comercial, sempre buscando o diálogo construtivo em busca de soluções mutuamente benéficas”.

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Agricultura

Aprosoja MT divulga os principais eventos que abrem o calendário do agro de 2024

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Foto: Bruno Lopes

 

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) já preparou as primeiras ações de 2025, que abrem o calendário de eventos do agronegócio. E quem abre esse calendário é o professor Luiz Carlos Molion, que fará uma live com o tema “Projeções de colheita e o cenário do milho”, no dia 8 de janeiro, as 19h30 horário de Brasília, pelo Youtube da Aprosoja MT.

Nos dias 15 e 16 de janeiro, acontecem as visitas técnicas do Centro Tecnológico Parecis, que fica em Campo Novo do Parecis, marcando o encontro entre produtores, pesquisadores e representantes do agro do estado. O CTECNO Parecis como é mais conhecido, foi criado pela Aprosoja MT há oito anos, e desenvolve experimentos para melhorar a produção das lavouras e atender produtores rurais em suas principais demandas no manejo de plantas em solos de textura média e arenosa. Entre os temas abordados, estão o uso de micronutrientes na cultura da soja e algumas estratégias de semeadura para melhorar a plantabilidade da soja em diferentes tipos de palhada.

Outro ponto importante será a participação do professor Cimélio Bayer da UFRGS, que vai falar sobre dados de acúmulo de carbono em diferentes sistemas de produção. Vale lembrar que o CTECNO Parecis possui uma área de 86 hectares, com textura do solo variando entre 35% e 10% de argila, destinada à realização de pesquisas que auxiliem o produtor rural em áreas com essa condição.

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Abrindo o calendário nacional de feiras do agronegócio, a 11ª edição do Dinetec (Dia de Negócios e Tecnologias) 2025 ocorre entre os dias 15 a 17 de janeiro em Canarana, e os produtores e associados poderão contar com um estande da Aprosoja MT nos três dias de feira.

Ainda em janeiro, no dia 29, será a vez do CTECNO Araguaia abrir as portas para a visita técnica em Nova Nazaré, e promete trazer atualizações importantes para os produtores de soja da região, especialmente sobre temas como a eficiência do uso de herbicidas, o manejo de água nos solos siltosos e estratégias de conservação. O CTECNO Araguaia é o único centro de pesquisa independente com foco em solos siltosos. As áreas com alto teor de silte representam mais de três milhões de hectares de áreas agricultáveis e careciam de informações técnicas e científicas.

Em 2025, serão apresentados três ensaios de plantabilidade, que avaliam a resposta da cultura da soja a diferentes profundidades de semeadura, com presença e ausência de palha, e ao uso de diferentes bandas cobridoras de semente. Durante o evento, os participantes poderão acompanhar o desenvolvimento de 36 variedades de soja semeadas em duas épocas, uma no final de outubro e outra em meados de novembro, além de discutir as melhores práticas para a produção, adaptadas às condições de solos com alto teor de silte, comum no Vale do Araguaia.

Já em fevereiro, a Aprosoja MT será anfitriã da Abertura Nacional da colheita da soja safra 24/25, no dia 7 de fevereiro, na Fazenda Esperança em Santa Carmem, região de Sinop. O evento que irá contar com painéis de temas relevantes como Sustentabilidade e COP 30 e Biocombustíveis e alimentos. A transmissão será realizada pelo Canal Rural, na TV e no Youtube a partir das 9h, horário de Brasília. O evento marca também a celebração dos 20 anos da Aprosoja MT, que vai homenagear personagens que marcaram a história da Associação ao longo dessas duas décadas.

Vale destacar que as inscrições para o CTECNO Parecis e Araguaia já estão abertas no site da Aprosoja MT. Os eventos serão gratuitos.

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Fonte: CenarioMT com Assessoria Aprosoja

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Crédito rural recua no segundo semestre de 2024, mas financiamentos privados crescem

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Foto: Divulgação/Embrapa

 

A aquisição de crédito rural no segundo semestre de 2024 caiu 22,2% em comparação ao mesmo período de 2023, totalizando R$ 203 bilhões, contra R$ 261 bilhões no ano anterior. Os dados são da matriz de crédito rural do Banco Central.

Além disso, houve uma redução de 13,5% no número total de contratos, que passou de 1,2 milhão em 2023 para 1,1 milhão em 2024. O valor médio de crédito por contrato também sofreu queda de 9,9%, diminuindo de R$ 200 mil para R$ 180 mil.

Desempenho regional
Os produtores rurais do Centro-Oeste, uma das regiões mais promissoras do agronegócio brasileiro, reduziram a contratação de crédito em 20,7%. O total caiu de R$ 68 bilhões em 2023 para R$ 45,1 bilhões em 2024, com uma redução de 16,8% no valor médio por contrato.

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No Sudeste, a queda foi de 14,3%, com o valor contratado recuando de R$ 64,6 bilhões para R$ 55,3 bilhões. O valor médio por contrato permaneceu estável. No Sul, a quantidade de contratos diminuiu 7,2%, e o valor total contratado recuou de R$ 82,9 bilhões para R$ 67,8 bilhões.

Na região Norte, os produtores rurais contrataram R$ 14 bilhões em 2024, ante R$ 18,9 bilhões no ano anterior, representando uma queda de 25,5%. O número de contratos caiu 22,5%, enquanto o valor médio por contrato registrou redução de 4,3% (de R$ 341 mil para R$ 326 mil).

No Nordeste, região com o maior número de contratos, o valor total contratado caiu 20,7%, de R$ 26,4 bilhões para R$ 20,9 bilhões. O número de contratos recuou 16,2%, passando de 511 mil para 428 mil, e o valor médio por contrato diminuiu 5,4%, de R$ 51,7 mil para R$ 48,9 mil.

Financiamentos privados avançam
Enquanto o crédito rural tradicional registrou queda, os financiamentos privados ao agronegócio cresceram significativamente. De acordo com o Broadcast Agro, os títulos com recursos privados alcançaram R$ 1,2 trilhão em novembro de 2024, um avanço de 31,5% em relação ao ano anterior, conforme dados do Boletim de Finanças Privadas do Agro, do Ministério da Agricultura.

O levantamento de títulos é realizado pela Coordenação-Geral de Instrumentos de Mercado e Financiamento, do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. O balanço considera informações da B3, CERC e CRDC, Anbima, Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil.

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Thiago Dantas

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Governo do Piauí vai investir R$ 250 milhões na agricultura familiar

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Divulgação

O Governo do Piauí, por meio da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), anunciou que irá iniciar agora em 2025 a segunda fase II do “Projeto Piauí: Pilares de Crescimento e Inclusão Social”, com um investimento de R$ 250 milhões. O projeto tem como objetivo fortalecer a agricultura familiar no estado, por meio do desenvolvimento de técnicas climaticamente inteligentes para a produção de alimentos e a implementação de sistemas produtivos sustentáveis.

A iniciativa, que será implementada nos seis Territórios de Desenvolvimento do Piauí (Planície Litorânea, Cocais, Carnaubais, Tabuleiros do Alto Parnaíba, Chapada das Mangueiras e outros), irá beneficiar diretamente pequenos produtores rurais e cooperativas, com a implantação de 200 planos de investimentos produtivos e sete planos de negócios específicos.

Além do foco no desenvolvimento agrícola, o Projeto Pilares II também inclui ações de regularização fundiária e ambiental, essenciais para garantir a segurança jurídica e promover a preservação dos recursos naturais. O projeto visa garantir o acesso de agricultores familiares aos mercados, ao mesmo tempo em que adota soluções para reduzir os impactos das mudanças climáticas.

Jairo Chagas Júnior, superintendente de Projetos Territoriais da SAF, ressaltou que a principal característica do projeto é o incentivo à utilização de tecnologias produtivas sustentáveis e adaptadas ao clima. “Nosso foco é apoiar os agricultores familiares a desenvolverem projetos inovadores e sustentáveis, com menor custo e maior eficiência na produção de alimentos. A ideia é fomentar uma agricultura que, além de ser produtiva, também seja adaptada às condições climáticas e ao meio ambiente”, explicou.

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Com recursos obtidos por meio de empréstimo com o Banco Mundial, o projeto será coordenado pela Secretaria do Planejamento (Seplan) e executado pela SAF, o Instituto de Terras do Piauí (Interpi) e a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). A ação beneficiará, ainda, povos e comunidades tradicionais, como quilombolas, indígenas, ribeirinhas e quebradeiras de coco babaçu, assegurando que essas populações também tenham acesso às inovações e ao desenvolvimento no setor agrícola.

O Projeto Piauí: Pilares de Crescimento e Inclusão Social – Fase II é uma grande aposta para fortalecer o agronegócio do estado, promovendo o crescimento sustentável e gerando novas oportunidades para as famílias rurais.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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