Destaque
74 produtores encaminham Passaporte Equestre

Foto: Arnaldo Alves/Arquivo AEN
Com o objetivo de oferecer facilidades ao produtor rural, o Estado simplificou a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para equídeos, com o Passaporte Equestre. Desde setembro do ano passado o próprio produtor pode emitir a guia, tornando mais ágil o trabalho e o transporte dos animais dentro do Estado.
Destinado a proprietários de equinos, asininos e muares procedentes de estabelecimentos cadastrados na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e em conformidade com a legislação sanitária vigente, o passaporte pode ser utilizado para diferentes finalidades: engorda, reprodução, exposição, leilão, esporte, trabalho e atendimento veterinário.
Segundo Maira Polatti Tomaz Sypniewski, chefe da Divisão de Trânsito Animal da Adapar, a iniciativa representa um avanço para o setor. “A emissão da GTA é prática e pode ser realizada diretamente no local de criação, evitando irregularidades no transporte durante o trajeto. O produtor pode emitir diretamente de sua propriedade, garantindo assim um transporte seguro e com regulamentação sanitária”, diz.
Além de agilizar a movimentação, o passaporte tem papel fundamental no controle sanitário. “Ele contribui para o monitoramento de doenças infectocontagiosas, como a anemia infecciosa equina, facilitando a identificação precoce de casos e permitindo uma resposta rápida e eficaz”, acrescenta.
Outro benefício do Passaporte Equestre, instituído pela Lei nº 20.962/2022, é a rastreabilidade dos equídeos.
Conforme explica Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, o sistema registra informações essenciais sobre os animais, como origem, destino e histórico sanitário. “Essa medida ajuda a evitar prejuízos causados por surtos sanitários, mantendo a integridade do setor”, destaca.
PASSAPORTE – Até agora 74 produtores aderiram ao Passaporte Equestre, com 395 equídeos cadastrados no sistema. Desde o lançamento foram emitidas 309 GTAs, que movimentaram 618 animais em todo o Estado.
A maioria das movimentações teve como destino atividades esportivas (241), seguidas por exposições (37), trabalho (15), cria/reprodução (15) e leilão (1). A região dos Campos Gerais lidera em número de animais cadastrados: são 126 em Castro e 104 em Palmeira.
A emissão está condicionada ao cumprimento das exigências sanitárias previstas nas legislações federal e estadual. Ela segue também as diretrizes da Portaria nº 265, de 10 de outubro de 2017, que estabelece as normas para a autorização dos produtores a emitirem a GTA, em processo validado eletronicamente.
Para participar de eventos agropecuários, como feiras, exposições e leilões, a apresentação da GTA é obrigatória. Sem ela, a participação é inviabilizada, restringindo o acesso a canais de comercialização e visibilidade no mercado.
ADESÃO – Para solicitar a autorização para emissão da GTA, o produtor deve ter a propriedade e os equídeos cadastrados na Adapar e estar em conformidade com as normas sanitárias vigentes. O acesso ao sistema é feito pelo portal www.produtor.adapar.pr.gov.br, onde é necessário fazer o cadastro.
Após a adesão, o produtor deve apresentar ao Escritório Local (EL) da Adapar os exames de Anemia Infecciosa Equina (AIE) e o atestado de vacinação contra a Influenza Equina dos animais que pretende movimentar.
De acordo com a Lei nº 21.530/2023, que altera dispositivos da Lei nº 17.044/2011, a adesão ao Passaporte Equestre exige o pagamento de 1,5 UPFs (Unidade Padrão Fiscal) no momento da solicitação e 1 UPF anualmente para renovação. Produtores vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) são isentos dessa taxa.
Segundo a Unidade Técnica de Tecnologia da Informação (UTTI) da Adapar, está prevista a implementação do sistema de pagamento via pix para facilitar o processo de adesão ao programa.
MANUAL – Para apoiar o produtor, a Divisão de Trânsito Animal montou um manual de orientação com o passo a passo para a emissão da GTA.
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
SIPATR reforça cultura de prevenção e cuidado nas unidades rurais da Nutribras

Divulgação
As unidades rurais da Nutribras Alimentos promoveram a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural (SIPATR) 2025, mobilizando colaboradores em uma programação voltada à segurança, à saúde mental e ao bem-estar no ambiente de trabalho. Foram dias que combinaram aprendizado, integração e momentos de descontração, aproximando os participantes das boas práticas de prevenção que fazem parte da cultura da empresa.
A agenda incluiu palestras sobre prevenção ao uso de álcool e drogas, ministrada pela Polícia Militar de Vera-MT, saúde mental, conduzida pela psicóloga Ana Carolina, e assédio moral e sexual, apresentada pela advogada Dra. Aline Moro. Além disso, os colaboradores participaram de dinâmicas, sorteios, gincanas e atividades de bem-estar, como corte de cabelo e escova, que reforçaram o caráter acolhedor e integrador da semana.
Para o engenheiro de segurança do trabalho responsável pelas unidades rurais, Tiago Biazoto, a SIPATR demonstrou mais uma vez o impacto positivo que a prevenção gera no cotidiano das equipes. Ele destacou que o compromisso da Nutribras vai além do cumprimento de normas.
“Renovamos nosso compromisso de cuidar e motivar as pessoas, trazendo conhecimento teórico e prático. Segurança não é apenas atendimento normativo, é um valor da empresa. Estimulamos de forma lúdica e dinâmica como escolhas seguras fazem a diferença entre voltar bem para casa ou machucado”, afirmou.
A enfermeira do trabalho Daiane Cardoso Soares ressaltou que a receptividade dos colaboradores foi um dos pontos altos da programação.
“As palestras esclareceram dúvidas e os sorteios e dinâmicas ajudaram a tornar tudo mais interessante e participativo. É gratificante ver o resultado do nosso trabalho voltado para os colaboradores”, disse.
Na avaliação do encarregado de almoxarifado, Carlindo de Sousa Vieira, a adesão dos colegas e o clima de envolvimento marcaram a edição deste ano.
“Todos participaram, houve brincadeiras, sorteios e, principalmente, aprendemos muito sobre prevenção de acidentes no trabalho”, destacou.
A encarregada administrativa, Brenda Barbosa da Silva, também observou avanços em relação a anos anteriores, especialmente na organização e no engajamento das equipes.
“A edição de 2025 foi um sucesso. A decoração, os porquinhos, os brindes e as palestras deixaram tudo mais interessante. Tenho certeza de que em 2026 será ainda melhor”, comentou.
Já a técnica de segurança do trabalho, Dávila Keli Porto Geraldo, enfatizou que a SIPAT ajudou a reforçar a cultura de cuidado dentro das unidades rurais.
“A SIPATR fortaleceu a integração e o aprendizado com palestras sobre assédio, prevenção ao uso de álcool e drogas e saúde mental. As ações de bem-estar, sorteios e dinâmicas reforçaram a cultura de segurança e cuidado no trabalho. Só tenho a agradecer e parabenizar todos os envolvidos”, concluiu.
Ao unir conhecimento, prevenção e cuidado, a SIPATR 2025 consolidou-se como um espaço de aprendizado e valorização da vida, reafirmando o compromisso da Nutribras em promover ambientes de trabalho cada vez mais seguros, saudáveis e humanos.
Nutribras
A Nutribras Alimentos é uma empresa brasileira referência na produção de carne suína, localizada em Sorriso, Mato Grosso, e uma importante exportadora dessa proteína para a América do Sul, Ásia e Leste Europeu.
Com um modelo de produção autossustentável, a empresa produz milho e soja para ração e utiliza biodigestores para tratar dejetos e gerar energia.
Além da verticalização na produção de carne, a empresa investe em nutrição e genética. A Fairfeed desenvolve soluções para a alimentação animal, e a DNA South America é especializada em genética.
Esses investimentos permitem um controle mais preciso sobre a qualidade e a eficiência da produção de carne suína, reforçando o compromisso com a inovação e a sustentabilidade.
Destaque
Campanha “Patas do Amor” arrecada mais de 3 toneladas de ração em prol de animais resgatados

Divulgação
O amor pelos animais ganhou forma e propósito com os resultados da campanha Patas do Amor, que arrecadou mais de 3 toneladas de ração destinadas às ONGs Apam (Associação Mato-grossense Protetora dos Animais) e Associação Lunaar, instituições que atuam no acolhimento e cuidado de animais resgatados.
Idealizada pelo fotógrafo Samuel Neto, a iniciativa nasceu da observação do carinho crescente das famílias com seus pets.
“Como fotógrafo, eu percebi que muitas pessoas me procuravam para registrar seus animais como parte da família. Daí veio a ideia de unir esse amor em uma causa social: transformar ensaios fotográficos em doações de ração. Com o apoio de empresas parceiras, como a Nutrix, conseguimos ampliar o impacto e ajudar centenas de animais”, contou Samuel.
A ação teve o apoio da Nutrix Pet Food, marca da União Smart Foods, do Grupo MC Empreendimentos, e envolveu uma grande rede de solidariedade entre empresas, tutores e voluntários.
De acordo com o gerente comercial da Nutrix, Rafael Machado, a campanha mostrou o poder das parcerias quando o propósito é coletivo.
“O Patas do Amor uniu quatro grandes forças: o fotógrafo Samuel, a ONG Lunnar, a distribuidora DiagroPet e a Nutrix. A ideia foi simples, mas transformadora — transformar o amor pelos animais em alimento e dignidade. Ver o engajamento das pessoas e o resultado que alcançamos é motivo de muito orgulho para todos nós”, afirmou.
O encerramento da primeira edição da campanha foi celebrado no Festival do Amor, realizado na Associação do Ministério Público, em Cuiabá, (MT), no último sábado (4). O evento reuniu tutores e seus pets em uma manhã de alegria, com desfile temático, creche para animais, palestras com veterinários, sorteios e uma exposição fotográfica da campanha.
O evento também marcou o Dia Mundial dos Animais e reforçou a importância da adoção responsável e da conscientização sobre os cuidados com os pets. Entre os participantes estavam tutores de diferentes perfis, como Regiane Xavier, tutora de Omaha Luna e Flop, que celebrou o caráter solidário da ação.
“Mais do que as fotos, o que valeu foi poder ajudar outros animais. É gratificante participar de algo que mistura amor e solidariedade”.
A professora Irene Cristina de Melo, tutora de Pepe e Omar, dois cães resgatados, resumiu o sentimento coletivo.
“Essas iniciativas nos ensinam sobre respeito, empatia e responsabilidade. É bonito ver empresas e a comunidade juntas por essa causa”
Destaque
O CPF dos imóveis e o peso que vem pela frente — mais um ataque à sua propriedade privada

Por David F. Santos
O governo federal anunciou a criação do Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), apelidado de “CPF dos imóveis”. A promessa é vendida como uma revolução de simplificação e justiça fiscal, embrulhada de modernização, padronização e transparência, mas, quando olhamos com atenção, percebemos que se trata de mais um instrumento para ampliar a arrecadação, agora sobre um bem que representa para a maioria dos brasileiros o maior patrimônio conquistado ao longo da vida: a casa própria.
O governo federal anunciou a criação do Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), apelidado de “CPF dos imóveis”. A promessa é vendida como uma revolução de simplificação e justiça fiscal, embrulhada de modernização, padronização e transparência, mas, quando olhamos com atenção, percebemos que se trata de mais um instrumento para ampliar a arrecadação, agora sobre um bem que representa para a maioria dos brasileiros o maior patrimônio conquistado ao longo da vida: a casa própria.
O IPTU mais caro disfarçado de atualização
Com a criação do Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB) e do Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (SINTER), os municípios passam a ter ferramentas de avaliação mais sofisticadas, aproximando o valor venal do preço de mercado. Isso soa bonito, mas na prática significa que milhares de imóveis que estavam subavaliados terão aumentos de IPTU.
O ITCMD e a falsa justiça social
O Brasil é o país do “jeitinho” até na cobrança de impostos! Ao destrincharmos as consequências, percebe-se algo bem diferente: a modernização dos cadastros e a progressividade obrigatória no ITCMD – Imposto sobre herança, e, podem resultar em um verdadeiro assalto institucionalizado ao bolso do pagador de impostos.
Hoje, uma família que paga R$ 2 mil por ano de IPTU pode ver a fatura dobrar de um ano para o outro, sem reformar nada, apenas porque a Receita Federal decidiu que o valor venal do imóvel mudou. O mesmo vale para doações e heranças. O imóvel de R$ 500 mil que serviu de referência para planejar o futuro dos filhos pode ser reajustado para R$ 1 milhão sem aviso prévio, aumentando em dobro a mordida do imposto. É arrecadação embalada em discurso de modernidade.
A concentração de poder em Brasília é outro ponto que merece reflexão. Até agora, municípios e estados tinham autonomia para definir critérios de cobrança em seus territórios. Com o cadastro nacional, o governo central passa a ditar regras uniformes, ignorando desigualdades regionais e a realidade econômica local. Para a classe média, que já sente no bolso os reajustes de energia, combustível e supermercado, esse “detalhe” pode significar a diferença entre manter a casa própria ou ser empurrado para a venda.
Não se trata de alarmismo. A nossa experiência mostra que sempre que há um novo cadastro, um novo imposto ou uma atualização automática de valores, a conta nunca vem menor. Pelo contrário: quem tem menos condições de se proteger sente mais rápido os efeitos. Grandes grupos econômicos contam com equipes jurídicas e financeiras para reduzir a exposição, enquanto o cidadão comum que é você, o pagador de impostos, fica diante de boletos cada vez mais altos e da ameaça de execução fiscal.
Efeito perverso sobre a economia
O problema não está apenas no aumento nominal dos tributos, mas na inflação que gerará um efeito perverso sobre a economia, com o repasse do aumento de impostos aos inquilinos e para toda cadeia de usuários de locação de imóveis. A Escola Austríaca já alertava, desde Ludwig von Mises, que a expansão estatal via tributos gera distorções severas.
O Efeito Cantillon, estudado no século XVIII, mostra que quando o governo manipula fluxos financeiros — seja via inflação monetária ou via aumento de arrecadação — os primeiros a receber o dinheiro (Estado, fornecedores próximos ao poder) se beneficiam, enquanto a população em geral arca com preços mais altos e menor poder de compra ao longo do tempo. No caso brasileiro, o aumento do IPTU e do ITCMD desloca riqueza do setor produtivo para os cofres públicos, que historicamente desperdiçam recursos em burocracia e corrupção.
E a segurança dos seus dados?
Há também a questão da segurança dos dados. O Brasil coleciona episódios de vazamentos de informações pessoais de contribuintes, principalmente de órgãos federais. Reunir em uma única base todos os detalhes sobre os imóveis do país, sem um debate amplo sobre proteção e uso dessas informações, é brincar com fogo. Aja vistas a CPMI do INSS (que ainda está em andamento), e dizem que a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), usou teria utilizado até mesmo assinaturas de falecidos e menores de idade para possibilitar os descontos irregulares em benefícios do INSS.
Agora imagine. Você, proprietário de imóvel, ter suas informações rodando na mão de entidades que irão tentar te extorquir com algum tipo de “cobrança fantasma”, ou criminosos interessados em pessoas que ficaram “ricas” da noite par o dia, graças a algum ajuste de cálculo da Receita Federal.
“Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado.”
Por trás do discurso técnico, o que está em jogo é uma mudança cultural perigosa. A casa própria sempre foi vista como conquista e estabilidade, um bem para transmitir às próximas gerações. Ao transformá-la em um número corrigido automaticamente por servidores da Receita, o governo reforça a sensação de que somos apenas inquilinos de nós mesmos, sempre sujeitos à boa vontade do Estado.
Modernizar cadastros não é problema; o problema é usar a tecnologia como pretexto para legalizar aumentos disfarçados de justiça fiscal. Ao impor mais carga sobre quem já produz e poupa, o Brasil continua fiel ao seu modelo: punir a produtividade e premiar a ineficiência estatal.
Se a Escola Austríaca de Economia estiver certa — e os fatos mostram que está —, essa “reforma” não é progresso, mas sim mais um capítulo do ciclo eterno de concentração de poder no Estado e empobrecimento da sociedade.
O Brasil não precisa de mecanismos mais sofisticados para tirar dinheiro do pagador de impostos. Precisa de simplicidade tributária, previsibilidade e menos burocracia. O “CPF dos imóveis” pode até ser vendido como inovação, mas soa, na prática, como mais uma engrenagem para aumentar a carga tributária sem o devido debate democrático. A pergunta que fica é se o brasileiro vai aceitar passivamente que até o teto de sua casa vire alvo da sanha arrecadatória.
Em resumo: reforma tributária no Brasil é sempre sinônimo de bolso mais leve para o cidadão e barriga mais cheia para o Leviatã estatal.
David F. Santos é Consultor Empresarial e Tributário na Lucro Real Consultoria Empresarial | e-mail: [email protected]
*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Midia Rural
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