Agricultura
Incêndio de grandes proporções atinge silo de soja no Sul do RS

Um incêndio de grandes proporções atinge, neste sábado (11), um dos silos de uma empresa de grãos localizada às margens da BR-116, próximo à entrada de Arroio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul. O foco do incêndio é o silo número três do complexo da empresa Cotribá, que armazena cerca de 120 toneladas de soja. A fumaça pode ser vista da rodovia.
As chamas começaram durante a manhã e mobilizaram equipes do Corpo de Bombeiros de Jaguarão e do Serviço Civil e Auxiliar de Bombeiro (SCAB) , grupo de bombeiros voluntários de Arroio Grande. Brigadistas da própria empresa também atuam no combate ao fogo, utilizando os hidrantes internos da estrutura.
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Segundo informações dos bombeiros, a principal hipótese para a origem do incêndio é o atrito entre os próprios grãos de soja, o que pode causar combustão espontânea, um risco conhecido em estruturas de armazenamento agrícola. As altas temperaturas impediram a abertura da lateral do silo, como previsto no protocolo inicial. O teto da estrutura já desabou.
Apesar da intensidade das chamas e do colapso parcial do silo, não há registro de feridos até o momento. Apenas danos materiais foram confirmados. A área é considerada de risco.
Este é o segundo incêndio registrado na mesma empresa somente neste ano. Em julho, dois silos da Cotribá também foram atingidos por um incêndio que levou mais de 48 horas para ser controlado e causou a destruição total das estruturas afetadas.
Dois caminhões do Corpo de Bombeiros, um de Arroio Grande e outro de Jaguarão, estão sendo utilizados na operação. Até a mais recente atualização desta nota, a empresa Cotribá não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.
*Com informações da RBS e Zero Horas
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Agricultura
Paralisação nos EUA deixa soja brasileira às cegas e preços oscilam

O mercado brasileiro de soja registrou uma semana de negócios reduzidos e dificuldade na formação de preços. Segundo a consultoria Safras & Mercado, os contratos futuros em Chicago apresentaram oscilações limitadas devido à paralisação do governo americano, enquanto a alta do dólar trouxe algum suporte às cotações domésticas.
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No mercado físico, os preços de soja registraram movimentos mistos:
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 129,00 para R$ 132,00
- Cascavel (PR): subiu de R$ 131,00 para R$ 135,00
- Rondonópolis (MT): manteve em R$ 125,00
- Porto de Paranaguá (PR): subiu de R$ 135,00 para R$ 137,50
Soja em Chicago
Em Chicago, os contratos de novembro fecharam a US$ 10,13 3/4 por bushel, com desvalorização de 0,42% na semana. A paralisação do governo impediu a divulgação de dados fundamentais, como o levantamento de condições das lavouras do USDA e o relatório de oferta e demanda (Wasde), deixando os operadores “no escuro”. O clima favorável nos EUA, porém, ajudou a reduzir pressões adicionais sobre as cotações.
Exportações
As exportações brasileiras de soja devem alcançar 111 milhões de toneladas em 2026, contra 107 milhões estimadas para 2025, segundo a consultoria Safras & Mercado. O analista Rafael Silveira explica que o ritmo firme dos line-ups e a ocupação da janela de exportações americana, em meio às tensões comerciais com a China, sustentam o desempenho do setor.
A projeção de esmagamento também foi ajustada, passando de 58 milhões de toneladas em 2025 para 59 milhões em 2026. A consultoria não prevê importações para o próximo ano, mantendo a entrada estimada de 800 mil toneladas apenas em 2025.
Apesar das incertezas, os estoques de passagem devem permanecer em níveis confortáveis, refletindo o bom desempenho da safra e a firme demanda global.
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Agricultura
Novo método simplifica a medição de carbono no solo por meio de IA

Em um momento onde o enfrentamento às mudanças climáticas ganha cada vez mais espaço, uma inovação brasileira promete transformar a medição de carbono nos solos. Pesquisadores da Embrapa Instrumentação desenvolveram um método que usa laser e inteligência artificial para estimar em uma análise única, o teor de carbono armazenado. A solução simplifica processos tradicionais demorados, reduz custos e pode acelerar iniciativas ligadas a mercados de créditos de carbono.
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Combinando técnica fotônica – tecnologia que manipula partículas de luz, os fótons – e modelo de aprendizado de máquina, o método estima com rapidez e eficiência a densidade aparente do solo e o teor de carbono. A solução é adequada para aplicações de campo em larga escala, como na agricultura de precisão e monitoramento ambiental. A técnica se baseia na espectroscopia de emissão por plasma induzido por laser (LIBS, na sigla em inglês). Assim, ela substitui, em uma única análise, medições separadas de densidade aparente e a concentração de carbono.
Para superar os desafios de métodos tradicionais, como o anel volumétrico, que requer amostras não perturbadas ou indeformadas e impõe etapas longas de coleta e preparo , o pesquisador Paulino Ribeiro Villas-Boas, em coautoria com Ladislau Martin Neto e Débora Milori, desenvolveu um modelo baseado em LIBS para estimativa eficiente e econômica da densidade aparente e do estoque de carbono no solo.
Dessa forma, o método já está com pedido de patente depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e em processo de licenciamento junto ao setor privado. Assim, a apresentação da solução tecnológica ocorrerá no Simpósio Nacional de Instrumentação Agropecuária (Siagro), realizado de 14 a 16 de outubro, em São Carlos (SP).
Método une eficiência, rapidez e economia
“O método proposto emprega modelos de regressão de aprendizado de máquina calibrados com espectros LIBS de amostras de solo com densidade aparente e concentração de carbono conhecidas. Treinamos e avaliamos o modelo usando um conjunto de 880 amostras diversas de solo brasileiro, divididas aleatoriamente em 70% para treinamento e 30% para teste”, conta Villas-Boas.
A coleta das amostras ocorreu em experimentos de campo de longa duração, em instituições de pesquisa, propriedades agrícolas e áreas de floresta nativa, com maior representatividade dos biomas Cerrado e Mata Atlântica. As coletas ocorreram em trincheiras de 0 a 100 cm de profundidade, para, dessa forma, captar variações de matéria orgânica da superfície ao subsolo.
“O método desenvolvido estima não apenas a densidade aparente do solo, como também o teor de carbono, o que permite calcular o estoque de carbono com uma única análise feita por LIBS. A metodologia desenvolvida, facilita o processo de coleta de amostras de solo, pois permite o uso de amostras deformadas, que sofreram alterações em sua estrutura durante a coleta”, esclarece o pesquisador.
Técnica beneficia diferentes usuários
Para Villas-Boas, os resultados do estudo ressaltam o potencial do LIBS para estimar múltiplas propriedades do solo simultaneamente, ampliando a sua utilidade na ciência do solo para além da composição elementar, ao incluir parâmetros físicos e químicos críticos, como a densidade aparente.
“A análise contribui para o manejo sustentável do solo e para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, além de impulsionar iniciativas de monitoramento e mercados de créditos de carbono”, prevê o pesquisador.
O uso da tecnologia beneficiará laboratórios de solos, mas também produtores rurais, uma vez que ele viabilizará estimativas mais frequentes de estoques de carbono de suas propriedades agrícolas, além das certificadoras de crédito de carbono que terão suas atividades e verificações facilitadas.
LIBS requer tratamento mínimo
A espectroscopia de emissão com plasma induzido por laser (LIBS) é uma ferramenta rápida, versátil e eficaz na avaliação de amostras de solo, porque captura características essenciais associadas a densidade aparente e ao teor de carbono.
Milori esclarece que a técnica LIBS consiste em focalizar um pulso de laser de alta energia na superfície da amostra para gerar um microplasma (uma nuvem de átomos, íons e elétrons em alta temperatura). Esse plasma emite uma luz característica que funciona como uma “impressão digital” do material, uma vez que cada elemento químico (como carbono, ferro, cálcio) emite luz em comprimentos de onda específicos.
Segundo a pesquisadora, outra vantagem importante é que a técnica requer um pré-tratamento mínimo da amostra, incluindo remoção de partículas maiores que grãos de areia (gravetos, fragmentos de raízes, folhas e pedras), além de secagem, homogeneização e peletização.
“O espectro LIBS de uma amostra de solo exibe centenas de linhas de emissão correspondentes a elementos comuns do solo, como carbono, silício, alumínio, magnésio, ferro e cálcio. Essas características espectrais, que são influenciadas tanto pela composição elementar quanto pelas propriedades estruturais, desempenham um papel crucial na estimativa da densidade do solo”, detalha Villas-Boas.
Villas-Boas acrescenta que variações na estrutura e na composição do solo se refletem nos espectros de LIBS, os quais, quando associados a modelos de aprendizado de máquina, permitem estimar a densidade aparente do solo.
Estudos futuros podem incluir fusão de técnicas
No entanto, os pesquisadores afirmam que ainda há campo a progredir, o que representa uma oportunidade valiosa para aprimorar métodos da técnica em contextos agrícolas e ambientais, particularmente para otimizar a estimativa do estoque de carbono no solo.
“Avanços em técnicas de fusão de sensores, pré-processamento e modelagem continuam sendo cruciais para o monitoramento confiável do carbono do solo in situ”, conclui Villa-Boas.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
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Agricultura
RS: endividamento e perdas agravam crise dos produtores gaúchos

A situação dos produtores rurais do Rio Grande do Sul se agrava a cada novo ciclo agrícola. Apesar das medidas anunciadas pelo governo nos últimos anos, poucos renegociaram suas dívidas e, os agricultores que conseguiram, enfrentam dificuldades, especialmente no cultivo da soja. O acesso ao crédito para a safra 25/26 está limitado, comprometendo o planejamento e a compra de insumos.
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Nos últimos cinco anos, os agricultores enfrentaram perdas extremas, com quebras de produção superiores a 40%, enchentes históricas que apodreceram grãos no campo e erosão de solos em diversas regiões, especialmente nas áreas de soja, o que encareceu os arrendamentos. Essas adversidades fizeram o estado cair da vice-liderança na produção de soja para a quarta posição, mesmo com projeções favoráveis de órgãos como Emater e Conab para a recuperação nesta safra.
Plantio liberado no RS, mas há dificuldades
Embora o calendário oficial tenha liberado o plantio da soja desde 1º de outubro, muitos produtores ainda não têm insumos básicos, como sementes, adubos e defensivos. A restrição de crédito e o acúmulo de dívidas dificultam o início efetivo da safra e levam alguns agricultores a reduzir áreas de plantio ou devolver terras arrendadas.
As medidas mais recentes do governo, incluindo a MP 1314, que liberou R$ 12 bilhões para a renegociação de dívidas, ainda não estão acessíveis à maioria dos produtores. Inicialmente, 93 municípios haviam ficado de fora da lista, e somente após novas negociações foram incluídas mais 56 cidades.
Produtores afirmam que a sucessão de calamidades climáticas tornou insustentável a produção no estado e pedem maior flexibilidade das instituições financeiras. Segundo representantes do setor, a manutenção da atividade depende não apenas de crédito, mas também de uma atuação coordenada do governo para permitir que os agricultores superem os desafios impostos pelas perdas e pelo clima adverso.
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