Pecuária
Prejuízos na avicultura superam R$ 247 milhões

Foto: Pixabay
A avicultura no Rio Grande do Sul enfrenta um cenário de devastação após a catástrofe climática que atingiu o Estado desde o final de abril. Segundo dados preliminares divulgados pela Organização Avícola do Rio Grande do Sul (O.A.RS) e suas entidades, Asgav e Sipargs, os prejuízos contabilizados entre os dias 5 e 26 de maio somam R$ 247.216.306,60.
As perdas são impressionantes. A contagem inicial aponta para a morte de 3.628.002 aves, incluindo aves de corte, poedeiras e genética (avós, matrizes, pintos de corte e postura), resultando em um prejuízo de R$ 23.146.858,52. Além disso, houve a perda de 1.598.657 ovos férteis, avaliada em R$ 2.198.153,38, totalizando um impacto direto de R$ 25.345.011,90 somente em aves e ovos férteis.
As estruturas também sofreram severos danos. Aproximadamente 20 aviários e fábricas de rações foram inundados, resultando em perdas parciais estimadas em R$ 89.499.000,00 e perdas totais de R$ 15.877.334,70. Indústrias de processamento de alimentos, incluindo quatro frigoríficos com atividades paralisadas, tiveram maquinário e equipamentos destruídos, elevando ainda mais o montante das perdas.
Outros prejuízos, somando R$ 116.494.960,00, incluem inadimplência de clientes atingidos pelas enchentes, perda de veículos, caminhões, estoques de embalagens e rações, além de impactos nos resultados zootécnicos, como o aumento da conversão alimentar e mortalidade dos frangos de corte.
AGROLINK – Aline Merladete
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Anuário ASBIA 2025 apresenta raio-x completo do mercado de genética bovina com números e depoimentos de especialistas em corte e em leite

Imagens Ilustrativas
A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) apresenta o Anuário ASBIA 2025, com conteúdo de profissionais renomados da cadeia da carne e do leite e da academia, com análise do mercado de genética bovina leiteira e de corte, com destaque para os números de 2024 e as perspectivas para 2025. A publicação também inclui o INDEX ASBIA 2024 com todos os dados do mercado de sêmen e as mais importantes iniciativas da entidade em prol do setor.
“2024 foi desafiador para a produtividade e, consequentemente, para a rentabilidade da pecuária e dos produtores. A dinâmica de mercado em 2024 impossibilitou o desenvolvimento pleno da atividade e quem cresceu foi aquele que investiu em genética alguns anos atrás. Com o Anuário Asbia 2025 esperamos atingir mais pecuaristas e disseminar a importância da inseminação artificial como ferramenta para o aumento da produtividade e da eficiência da cadeia da carne bovina e do leite”, ressalta Lilian Matimoto, executiva da Asbia.
Alinhado a esse objetivo, o Anuário Asbia 2025 contou com a participação de profissionais renomados que analisaram o mercado em 2024. Além disso, em entrevista o presidente da entidade: Nelson Eduardo Ziehlsdorff destacou a importância da adoção da inseminação artificial nas propriedades pecuárias para a garantia de um futuro produtivo.
Os conteúdos técnicos são assinados pelo professor titular de Genética e Melhoramento Animal da FZEA/USP, José Bento Sterman Ferraz; o professor aposentado da FMVZ/UNESP, José Luiz Moraes Vasconcelos; o professor Pietro Baruselli, da FMVZ/USP; Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea; bem como um sólido corpo de profissionais de destaque da Embrapa Gado de Corte e Embrapa Gado de Leite.
“São todos profissionais experientes, que contribuíram para a elaboração de um conteúdo extremamente valioso para entender os caminhos do melhoramento genético. O Anuário Asbia 2025 tem um viés informativo e funciona como um direcionamento para quem busca recomendações e análises para tomada de decisão em seus rebanhos. O futuro com mais alimentos e rentabilidade passa pela adoção da genética superior na multiplicação dos animais”, completa Lilian.
O Anuário ASBIA 2025 foi produzido pela Texto Comunicação, agência de comunicação da Associação Brasileira de Inseminação Artificial e pode ser acessado de maneira gratuita no link: https://asbia.org.br/anuario/
Sobre a Asbia
Fundada em novembro de 1974, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) trabalha com o objetivo de difundir e fomentar o uso da inseminação artificial na pecuária nacional. Para isso, a entidade realiza ações visando a promoção e divulgação da técnica, colaborando com poderes governamentais. A Asbia também busca cooperar com o aperfeiçoamento e o desenvolvimento do setor empresarial, para ampliar o mercado e melhorar os sistemas de distribuição de seus produtos.
Caio Urbano – Texto Comunicação Corporativa
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Pecuária dá passo estratégico rumo à sustentabilidade

Foto: Wenderson Araújo
Mato Grosso, maior produtor de carne bovina do país, está prestes a inaugurar uma nova etapa em sua história agropecuária: uma pecuária sustentável, com inclusão social e rigor ambiental — mas sem abrir mão da produtividade. No centro dessa virada está o Passaporte Verde, programa idealizado pelo Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) e já em fase de regulamentação.
A iniciativa surge como resposta pragmática a uma demanda cada vez mais presente: o mercado internacional exige carne com lastro ambiental, social e legal. E Mato Grosso quer provar que consegue entregar isso em escala. A proposta é monitorar a origem da carne desde o nascimento até o abate, garantindo que o animal passou por propriedades em conformidade com a legislação ambiental e livre de áreas com desmatamento ilegal.
O programa se apoia em dois pilares principais. O primeiro é o compliance ambiental, viabilizado pelo Programa de Reinserção e Monitoramento (Prem), que permite que produtores em situação irregular avancem no processo de regularização sem serem excluídos do mercado formal. O segundo pilar é o incentivo à intensificação produtiva: recuperação de pastagens, aumento da produtividade por hectare, redução da idade de abate e melhoria da qualidade da carne. O objetivo é reduzir a pegada de carbono e ampliar a rentabilidade da atividade.
Outro diferencial do Passaporte Verde está na rastreabilidade. Ao contrário do sistema atual, considerado burocrático por muitos pecuaristas, o modelo proposto será mais ágil e acessível, com uma plataforma própria para facilitar a identificação e o monitoramento dos animais ao longo da cadeia.
A adesão ao programa poderá garantir ao produtor benefícios práticos, como acesso facilitado ao crédito rural, apoio técnico para regularização ambiental e até oportunidades no mercado de carbono. Além disso, o cumprimento dos critérios ambientais e sociais valorizaria a carne mato-grossense nos mercados mais exigentes.
O avanço do programa ocorre em um momento favorável para a pecuária do estado. Segundo dados recentes do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), entre janeiro e abril foram abatidas 2,39 milhões de cabeças de gado, um recorde histórico para o período, com crescimento de 32,6% frente ao ano anterior. O número foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento no abate de fêmeas, que representaram 55% do total de animais abatidos em abril.
Também em abril, Mato Grosso bateu recorde de exportações de carne bovina, com embarques de 74,9 mil toneladas equivalentes carcaça — avanço de 33% em relação ao mês anterior. A China continua liderando como principal destino da carne mato-grossense, seguida por Emirados Árabes e Filipinas.
O Passaporte Verde, portanto, aparece como um reforço estratégico. Ao agregar valor à produção e garantir segurança jurídica e ambiental, ele fortalece o posicionamento do estado como fornecedor confiável e moderno de proteína animal.
A expectativa é que a proposta seja formalizada por meio de um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Com ele, o estado quer consolidar uma narrativa positiva em um dos setores mais visados globalmente — e mostrar, com números e ações concretas, que é possível produzir com responsabilidade, rentabilidade e visão de futuro.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Fazenda Pantaneira Sustentável promove intercâmbio no Pantanal mato-grossense

Fotos: Assessoria
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), por meio do programa “Fazenda Pantaneira Sustentável” (FPS), promoveram um intercâmbio com a organização The Pew Charitable Trust e a coalizão Pontes Pantaneiras para mostrar como a pecuária tradicional pantaneira pode ser sustentável e rentável, sem perder suas raízes.
O Pantanal mato-grossense recebeu, nesta semana, uma comitiva formada por representantes internacionais da The Pew Charitable Trust, vindos dos Estados Unidos, e da coalizão Pontes Pantaneiras, além de técnicos do Sistema Famato, para uma agenda de visitas a propriedades assistidas pelo programa FPS. A iniciativa é desenvolvida pela Famato e pelo Senar-MT, em parceria com a Embrapa Pantanal. Na oportunidade, os integrantes da The Pew Charitable Trust captaram imagens e gravaram depoimentos que serão utilizados em um documentário.
Do Sistema Famato, participaram o gestor da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), Bruno de Faria; o coordenador Eduardo Barone; o supervisor Marcelo Nogueira; e o analista de pecuária da Famato, o médico-veterinário Marcos de Carvalho.
Entre os visitantes estavam Amelia Moura, Alfred Schoeninger e John Briley, da The Pew Charitable Trust – organização norte-americana com mais de 70 anos de atuação dedicada à pesquisa, inovação e promoção de mudanças sociais e ambientais positivas. A comitiva também contou com André Restel, representante da coalizão Pontes Pantaneiras, que reúne instituições como a Embrapa, a Universidade de Londres (Inglaterra), o Instituto de Pesquisas Ecológicas de São Paulo (IPE) e, agora, a própria The Pew Charitable Trust. O fotógrafo Flavio Forner registrou todos os momentos da visita.
O grupo foi recebido, nesta quarta-feira (14/05), na Fazenda Bela Vista, no município de Poconé (MT), pelos produtores pantaneiros Márcio Granja Souza Vieira, Fábio Dorileo Vieira (pai e filho), e também por José Benedito de Arruda e Silva, conhecido como Juquinha, do Grupo Morada da Serra. A propriedade familiar é acompanhada pela FPS há seis anos e é símbolo de tradição, manejo familiar e preocupação com a sucessão geracional.
“Desde novo a gente ia para a fazenda nas férias e ficava com meus avós. Hoje, tenho orgulho de seguir esse legado e acredito que o Pantanal ainda será casa dos nossos filhos e netos. Produzir e conservar podem andar juntos quando respeitamos nossas raízes”, afirmou Fábio Vieira, que divide a rotina entre o trabalho como servidor público em Cuiabá e o manejo na fazenda nos fins de semana.
A Bela Vista é uma herança que atravessa gerações. Foi herdada por Rudce Fátima Dorileo, esposa de Márcio Granja, considerada por ele e pelos filhos como o esteio da família.
Ao falar sobre o programa FPS, Márcio destacou que o trabalho desenvolvido é um alento em meio aos desafios enfrentados pelos produtores pantaneiros: “Viver no Pantanal é resistir. A gente ama essa terra, mas não é fácil. Com a FPS, a gente volta a ter esperança. Eles nos ajudam a mostrar que é possível cuidar do Pantanal e ainda manter a tradição viva”.
O representante da Pontes Pantaneiras, André Restel, ressaltou que a proposta da coalizão é justamente valorizar o conhecimento e a prática dos pecuaristas pantaneiros: “A pecuária de baixo impacto, que está no Pantanal há cerca de 300 anos, é a que manteve esse bioma de pé. Nosso papel é agregar valor a esse modo de vida, permitindo que o pantaneiro continue sendo pantaneiro – com orgulho e com renda”.
Durante a visita, a comitiva percorreu áreas da fazenda que, neste período, estão alagadas, mas que, durante a seca, se tornam importantes pastagens para o rebanho. Os produtores pantaneiros, Márcio e Fábio, acompanhados dos técnicos de campo do Senar-MT, Hernnann Faria Feliciano da Silva, Levender Mattos e Airton Gonçalves de Barros, apresentaram a rotina de manejo da propriedade, incluindo a aplicação de brincos de identificação em bezerros — ação que permite o controle sanitário e a rastreabilidade do gado, essenciais para a sustentabilidade e o acesso a mercados.
O programa “Isso é AgroPecuária”, transmitido pelo SBT, também acompanhou toda a jornada, documentando a experiência para mostrar como o conhecimento tradicional aliado à assistência técnica pode garantir a permanência do homem pantaneiro em sua terra, promovendo uma pecuária sustentável e resiliente.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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